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20 de novembro de 2010

𝙃𝙖𝙣𝙣𝙖𝙝 𝙂𝙧𝙞𝙢𝙚𝙨

Reunidos ao redor de uma mesa enquanto jantamos uma comida digna acompanhada de refrigerante — para as crianças — e bebidas alcoólicas. As risadas de todos alegravam todo o ambiente, deixando tudo mais vivído.

Daryl se sentou ao meu lado com sua garrafa de whiskey nas mãos.

— vem cá, você não come? — questionei enquanto o observava

Daryl me deu um breve olhar e despejou o líquido em um copo de dose, o empurrando para mim. Ele sorriu pequeno e tocou minha bochecha

— tome um gole, vai te deixar menos amarga

As pessoas deram risada enquanto eu o olhava boquiaberta, perplexa com tamanha ousadia. Virei o copo, sentindo o álcool arder enquanto descia por minha garganta, me obrigando a fazer uma careta e balançar a cabeça.

— desacostumou a beber? — me serviu outra dose

— virei tia de família — viro a outra dose — o álcool me faz liberar um eu que não pode ser liberto.

Ele despejou outra dose, desta vez empurrando o copo para Glenn, que estava do meu lado esquerdo na mesa, que virou sem fazer questionamentos.

— quero te ver vermelho igual pimenta hoje — falou enquanto servia outra dose.

— Glenn é fraco para a bebida, cinco doses é o limite — dou uma garfada em minha comida

— é, e você são três — rebate — mais uma dose e você vai estar fazendo um Streeptess gratuito para todos verem.

— nada de doses para a Hannah — Daryl fala afastando a garrafa de mim

A gargalhada do grupo é tudo o que ouço. Encaro seus olhos com um sorriso esboçado no rosto, ele me encarava de volta. Daryl com certeza já está meio altinho, talvez seja por isso que tem um sorriso encantador nos lábios.

(...)

Já deve passar das onze e a maioria já se retirou, menos Daryl e Glenn, que permanecem bebendo sem parar. Já fui e já voltei, mas eles permanecem firme na bebida.

— sabem que amanhã vão estar com uma ressaca desgraçada, não sabem? — questiono enquanto coloco água em meu copo — acho ótimo que tenham virado amigos, mas vocês já estão bem bêbados.

Glenn não costuma relutar com o que falo quando ele está bêbado, então ele se levanta cambaleando, pronto para ir se deitar.

— seu ex namorado é o máximo, Hannah — bate em meu ombro — acho que vocês dois juntos são ainda mais máximo

Glenn jura que estava sussurrando, mas na verdade ele falou alto o suficiente para Daryl escutar e dar um sorriso ladino imperceptível aos olhos bêbados de Glenn.

— tudo bem, máximo. Vá para a cama, gigi já está dormindo com a Carol e Sophia.

Ele não retruca, apenas sai cambaleando pelo corredor. Daryl se levanta com a garrafa de whiskey na mão e cambaleia até mim, me roubando um selinho rápido.

— o álcool te deixa atrevido, sabia?

Ele sorri e me beija, largando a garrafa sobre a mesa e colocando as mãos em minha cintura, me puxando para si. O gosto da bebida em sua boca era forte, o que me faria reclamar bastante se fosse outra pessoa no lugar dele, mas nada me faz reclamar do beijo de Daryl Dixon.

— também acho que nós dois seria o máximo — sussurra em meu ouvido, fazendo cada pedacinho meu arrepiar

— está bêbado, precisa de banho e cama

Daryl me lança um olhar atrevido, me fazendo sorrir e negar.

— me acompanha em ambos?

— não, mas posso te acompanhar até seu quarto.

Ele bufa feito criança birrenta, me causando um riso baixo. Pego em sua mão, o guiando pelo enorme corredor branco.

— por que não pode dormir comigo?

— ex namorados não dormem juntos

— então volte — para no meio do corredor, viro para ele, vendo que está de braços cruzados e o pé batendo contra o piso — qual o problema em voltar?

O encaro com um sorriso nervoso e as sobrancelhas arqueadas.

— o problema é que está bêbado. Conversamos sobre isso quando não estiver sob efeito de álcool, tudo bem?

Ele bufa outra vez e rola os olhos. Estico a mão, ele a pega, entrelaçando nossas mãos outra vez.

— dormia comigo no acampamento — resmunga

— você não estava bêbado quando eu dormia com você no acampamento.

— então o problema é que estou bêbado? — estala a língua — na minha opinião você está com medo de cair na tentação, outra vez.

Dou risada de sua fala.

— verdade, você é muito irresistível mesmo

— claro que sou, você sabe disso.

Paramos em frente a porta do quarto em que Daryl ficará, que é de frente para a que Carol está com as duas garotas. Ele abre a porta, me puxando para dentro da sala de descanso.

— o que é isso? Sequestro relâmpago? — o encaro, vendo seus olhos azuis me encarando de volta

— me diz que não quer ficar e eu te deixo ir — sussurra

Maldito efeito que Daryl Dixon tem sobre mim. Seu hálito quente bate em meu rosto, suas mãos pousam em minha cintura, seu corpo se aproximava cada vez mais do meu. Suspiro sabendo que não vou conseguir falar não a este homem hoje.

— sabe meu ponto fraco, está roubando — sussurro de volta

Um sorriso saliente nasce em seus lábios e no segundo seguinte, Daryl está com os lábios colados aos meus, me dando um beijo calmo e desejado. Sua língua pede passagem, a libero, deixando que ele explore cada pequena parte. Nos separamos pela falta de ar.

— vai tomar banho, te espero aqui — selo nossos lábios outra vez — não demora

Ele sorri e corre em direção o banheiro. Enquanto Daryl toma banho eu arrumo o lugar onde iremos dormir. Estico o colchão de casal, o forrando com o lençol que tinha sobre a mesinha de centro e jogando os travesseiros em cima. Busco pela mochila de Daryl, pegando seu cobertor e o colocando sobre o colchão.

Ele sai com sua toalha branca na cintura, a entradinha perfeita a mostra e o cabelo molhado. Prendi meu olhar no peitoral definido, e pelo visto olhei demais. Ele sorriu ao perceber meu olhar, me fazendo o desviar para o piso branco.

— ainda está bêbado?

— se eu disser que sim você vai me ajudar a vestir a roupa?

Voltei a olhar, o vendo revirar a mochila em busca de roupas, bagunçando tudo totalmente.

— de jeito nenhum. Quanto mais longe eu ficar da tentação, melhor.

Daryl solta uma risada gostosa que eu não ouvia a anos, me fazendo sorrir de imediato.

— pensei que fosse dormir comigo — ele ironiza, me deixando sem argumentos. — sabia que você dorme agarrada a tentação?

— contra fatos não há argumentos — murmuro, me jogando no meio do colchão — vem logo, tentação.

Ele se joga ao meu lado e me envolve em seus braços, me puxando para mais perto, nos enfiando de baixo do edredom azul.

Daryl enterra o rosto na curva de meu pescoço, aspirando meu perfume e deixando um beijo casto no local, me causando arrepios por todo o corpo.

— como consegue cheirar tão bem no meio de um apocalipse zumbi?

— tomando banho, você deveria tentar — brinco, ele levanta a cabeça, encarando meus olhos e depois meus lábios — o que foi?

Seus olhos azuis brilhavam e ele tinha um sorriso ladino nos lábios, aquele maldito sorriso...

— por que quando eu olho pra você volto a me sentir como um adolescente apaixonado, e quando te beijo ainda sinto a mesma coisa que senti na noite em que nos beijamos pela primeira vez?

Suas palavras me causaram uma sensação estranha no estômago, me balançando por inteira. Tenho um sorriso esboçado nos lábios e pisco algumas vezes, tentando assimilar o que acabei de escutar.

— me diz você, por que ainda tem tanto poder sobre mim, Daryl Dixon?

Ele encara meus lábios, umidecendo os seus, os colando aos meus por poucos segundos e afundando o rosto em meu pescoço outra vez.

— porque ainda me ama — sussurra sonolento

Não o respondo, apenas me aconchego melhor, passando meu braço por seu corpo, o abraçando.

Estou em baixo de um edredom com meu ex namorado gato e gostoso, o ex namorado que se me pedisse, eu voltaria correndo. Daryl tem um efeito surreal sob a minha pessoa, isto é fato, assim como o meu amor por ele está mais vivo do que nunca.

Tudo bem, talvez eu ainda ame Daryl Dixon.

















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001| tenho inspiração quando o assunto é Daryl e Hannah

002| me sigam no tik tok, posto edit da fic lá
@cadelinha_da_cohan

003|ansiosa pra escrever a parte da prisão, mas está tão longe ainda. 

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