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18 de novembro de 2010

𝙃𝙖𝙣𝙣𝙖𝙝 𝙂𝙧𝙞𝙢𝙚𝙨

Jim foi deixado na estrada por estar mordido, foi um momento doloroso para todo o grupo. O cara era meio calado e na dele, mas era um bom homem, não merecia uma morte como essa, ninguém merece.

O comboio de carros estaciona um atrás do outro. O grande edifício está logo a nossa frente. Cheio de vidros e paredes brancas, é o Centro de controle de doenças. Mais uma quadra e chegávamos no prédio em que eu morava antes do surto, mais uma esquina e chegávamos ao meu trabalho.

— vamos lá, crianças. Quero todos juntos — falo abrindo a porta do carro

Assim que desço do carro as mãos de Giulia se entrelaça a minha, Lara pega a filha nos braços e nos juntamos ao resto do grupo.

— o que fazemos agora? Vamos lá e tocamos a campainha? — Shane ironiza

— tem uma ideia melhor? — Rick retruca

Encaro Lara, que tem a mesma expressão que a minha. Dúvida. É impressão minha ou a dupla dinâmica está discordando de algo constantemente? Não estou totalmente certa, mas há algo de errado aqui.

— fiquem por perto, pessoal. Há muitos podres por aqui — Glenn manda

Seguimos Rick e Shane pelo campo que provavelmente era militar. Zumbis se levantavam assim que nos escutavam e partiam para cima, mas os homens cuidavam disso, limpando caminho para o resto do grupo passar.

Ver aquelas coisas tão de perto me causava calafrios. O cheiro é horrível e a textura de alguns é extremamente nojenta, me causando um embrulho no estômago.

Rick grita em frente a porta, bate e implora para que, seja lá quem for, nos deixe entrar.

— temos crianças, você precisa nos deixar ficar — ele gritava enquanto olhava para a câmera

Os gritos de Rick atraiam mais zumbis, o que me deixava aparovara.

— Rick, temos que ir, os zumbis estão chegando — Shane disse

— não, a câmera se mexeu, ela se mexeu — gritava descontrolado

— não tem ninguém ai, cara. Estão todos mortos, a gente precisa ir.

Giulia grudou em meu braço, os abraçando fortemente enquanto choromingava sem parar.

Shane puxou meu irmão, que se virou indignado e veio conosco. Assim que íamos começar a correr, a grande porta se abriu, revelando um homem armado lá dentro.

— estão infectados? — é a primeira coisa que ele pergunta

— o único infectado foi deixado para trás.

— busquem o necessário, quando essa porta se fechar não irá mais abrir — ele manda.

Lara, Lori e Carol deixaram as crianças comigo e correram junto aos outros até os carros, pegando nossas coisas. Nos minutos seguintes já estávamos dentro do local, em segurança.

O homem nos guiava pelo grande hall do prédio, nos colocando dentro do elevador.

— quem é você? — Rick questionou

— doutor Edwin Jenner — disse, apertando o botão do terceiro andar

— e todos os médicos daqui andam armados?

Ele nos deu um breve olhar, nos fitando por menos de um segundo. Estava sério e posturado.

— não me parecem pessoas ruins, acho que não vamos precisar — encara meu sobrinho — menos você, ficarei de olho em você.

Carl lhe dá um pequeno sorriso e o elevador é aberto, o homem sai andando, nos guiando até um outro cômodo.

— vão precisar fazer exame de sangue — se vira para nós — só para termos certeza de que não há nenhum infectado.

Uma sala de testes, estamos em uma sala de testes. O homem fala com uma inteligência artificial e organiza as ferramentas necessárias para os testes, mandando primeiro as crianças.

(...)

Me sento na cadeira e ergo a manga da blusa, liberando meu antebraço para a agulha entrar e viro o rosto para o outro lado, apertando os olhos com força.

— uma médica que tem medo de agulhas? — Carol brinca — essa é nova até para mim

— você é médica? — o homem questiona, passando o algodão ensopado de álcool em meu braço

— dois meses para terminar a faculdade, mas estagiava na clinica Beever aqui da esquina — falo mantendo os olhos fechados

— Hannah sempre teve medo de agulhas — ouço Lori dizer — para fazer exames rotineiros era uma verdadeira guerra

— óbvio que sim, você me dizia que a gente ia ao circo e me levava ao médico.

Ouço a risada de alguns, então o homem introduz a agulha, abro os olhos lentamente, vendo ele puxar meu sangue.

— acho mais interessante quando não sou eu quem sinto a dor — resmungo

— seja forte, tia Hannah — o garotinho me encoraja, fazendo as pessoas darem um riso baixo — você consegue, nem dói tanto

— é, tia Hannah — Sophia diz — a senhora é forte.

— não seja bebê chorão, tia — a coreana finaliza.

A diferença de personalidade entre Carl e Sophia para Giulia é gritante. Enquanto os dois são fofos e educados, gigi é uma cópia minha e de Glenn, não tem hora para zoar com a cara de alguém.

— prontinho — o homem diz, retirando a agulha lentamente — agora é só aguardarmos o resultado.

(...)

O resultado dos exames de todos deram negativo, então finalmente o homem nos levou para conhecer o local. Edwin nos disse que é o único que permaneceu, que todos os outros ou fugiram, se mataram, ou morreram tentando. O que significa que estamos totalmente ferrados e destinados a viver em um mundo fudido pelo resto de nossas vidas.

— não posso levar vocês para nossos dormitórios, gastaria muita energia. Então vou deixá-los em nossas salas de descanso, no fim do corredor há uma brinquedoteca para as crianças, usem de tudo menos os videogames, ok?

As três crianças assentiram e o doutor continuou a pequena tour pelas salas de descanso e cozinha.

— apenas não abusem da água quente

— tem água quente? — perguntamos em uníssono

— recomendo que não demorem mais do que cinco minutos no banho, regulem bem as coisas.

Deixei as minhas coisas em um dos quartos, o mesmo que Lara e gigi. O lugar era grande e aconchegante, dormiriamos bem depois de semanas, sem se preocupar com zumbis ou o frio.



















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001| oi gente, desculpem o capítulo pequeno, é que eu realmente não gosto dos eps no CCD

002|obrigada pelos quase 9K de leitura e 1K de votos
Vocês são mto incríveis, sério.

003|preciso de amizades com outras autoras, urgenteeee

Leitores também, se quiserem amigar é só mandar mensagen, eu sempre respondo<3

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