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                        𝗕𝗮́𝗿𝗯𝗮𝗿𝗮 𝗣𝗮𝘀𝘀𝗼𝘀

Uma semana havia se passado e as coisas estavam corridas. Estávamos em semana de prova na faculdade e eu estou estudando feito maluca.

Se tem uma coisa que eu odeio é tirar notas ruins. No momento eu estou sentada na minha cama, rodeada de livros e anotações.

Ajeito meu óculos no rosto e levo a caneta até a boca, mordendo a ponta dela. Minha cabeça já estava doendo, eu estava desde que a aula acabou lendo e escrevendo.

A porta do dormir se abriu e Tainá entrou, acompanhada de Lara. As duas se sentaram na cama da Carolina.

——— Ficou presa nesse quarto a tarde toda.  Nós vamos ao lago beber e comer algumas coisas, vamos? ——— Tainá pergunta e eu largo a caneta.

——— Não posso, eu tenho prova na sexta feira. ——— falo e ela bufa.

——— Você está estudando a semana toda, e você é inteligente, certeza que tudo que você estudou já está na sua cabeça. ——— Lara diz. ——— Vamos, vai está todo mundo lá.

——— Todo mundo quem? ——— perguntei.

——— Tainá e eu, Elena e Jack e Nate e uma garota que ele está conhecendo. ——— a ruiva responde.

Ah...então Nate está conhecendo uma garota nova...

——— Ir para ficar de vela? Nem a pau, prefiro ficar aqui estudando. ——— falo.

——— Ué...——— Lara olha de canto de olho para a namorada e depois volta a olhar pra mim. ——— Vai com o Victor.

Assim que o nome "Victor" saiu da boca da Lara, Tainá olhou para ela com uma cara nem um pouco boa, a repreendendo com o olhar.

Intercalo o olhar entre o casal e depois passo a língua pelos lábios.

——— Acho que não é uma boa ideia, Larissa. ——— abro um sorriso sem graça e arrumo uma mecha rebelde do meu cabelo. ——— Vou ficar aqui estudando mesmo.

——— Para Bárbara. ——— Tainá revira os olhos. ——— Vai com ele. Se pra te ter por perto é preciso tê-lo por perto, eu posso fazer esse sacrifício.

——— Vou ver se apareço por lá. ——— falo e as duas se levantam.

——— Okay, a gente te ama. ——— Tainá fala e as duas saem do dormitório.

Fecho os livros sentido uma pontada de alívio. Me levanto e abro a porta do dormitório, saindo de lá e começando a caminhar pelos corredores.

Subi um andar e depois entrei no dormitório do Victor. Normalmente é um pouco arriscado entrar assim sem bater, posso pegar o colega de quarto dele pelado, porém é um hábito.

Por sorte só tinha o Victor ali, com um cigarro na boca.

——— Bee. ——— ele abriu um sorriso de lado e soltou fumaça pela boca.

——— Oi. ——— sorri e me sentei entre suas pernas, apoiando umas das mãos em seu joelho.

——— Não te vejo desde o almoço, o que estava arrumando? ——— Victor pergunta e traga mais uma vez seu cigarro.

——— Estudando, coisa que você deveria está fazendo. ——— falei e ele fez careta.

——— Estudo o suficiente nas aulas, não preciso de mais. ——— ele fala e eu dou risada. ——— Adoro quando você está de óculos, fica uma gostosa.

Minhas bochechas coram com o elogio e eu desvio o olhar.

——— Para com isso, fico toda esquisita.

——— Você não fica esquisita nunca, Bárbara. ——— ele segura a minha bochecha e da um apertinho nela.

——— Então. ——— volto a olhar para ele. ——— Vim perguntar se quer ir ao lago comigo e meus amigos?

——— Seus amigos? Aqueles que me odeiam? Claro que sim! ——— ele responde com ironia e eu reviro os olhos.

——— É sério, Victor. Eu iria gostar se você fosse comigo, nem precisamos ficar muito tempo lá.

——— Tudo bem, vamos, estou sem fazer nada mesmo. Mas se algum deles vier fazer graça com a minha cara, não vou ficar calado.

——— Victor...

——— É sério, Bee. ——— ele se levanta e estende a mão pra mim. ——— Bora.

Seguro sua mão e me levanto. Victor jogou seu cigarro pela janela e pegou a chave da sua moto.

Isso pode ser uma péssima ideia, ter Victor e Nate no mesmo ambiente, a última vez que isso aconteceu, ambos saíram machucados.

Mas talvez agora que Nate vai estar com outra garota, eles não se entranhem.

Descemos para o estacionamento e Victor pegou os capacetes, me entregando o meu e colocando o seu, subindo na moto em seguida.

Coloquei meu capacete e subi na garupa, abraçando a cintura dele.

Não demoramos para chegar no lago, não era longe. Victor estacionou a moto e nós dois descemos.

Já estava ficando escuro e na beira do lago era possível ver meus amigos envolta de uma fogueira, sentados em colchonetes e com cobertas.

Comecei a sentir uma ansiedade, ninguém ali gostava do Victor e acho que estou arrependendo de ter vindo, vai pesar muito o clima.

——— E se a gente ir embora? ——— perguntei para o moreno e ele franziu o cenho.

——— A gente acabou de chegar, Bee.

——— É mas parece que estou cansada, vamos aproveitar que não viram que chegamos e ir embora. ——— tentei colocar o capacete novamente mas Victor me impediu.

——— O que está acontecendo, Bárbara? Sei que não está cansada.

——— É que...vão ficar me julgando, me achando trouxa e burra por estar com você e isso me deixa muito angustiada. ——— falei e desviei o olhar.

——— Não deveria ligar para o opinião dos outros. Ficar procurando aprovação de todo mundo fode com o psicológico de qualquer um. ——— Victor fala e se apoia na moto.

——— São meus amigos, a opinião deles importam para mim. ——— mordo o lábio inferior. ——— Podemos ir? Por favor...

——— Ir por que? ——— escuto a voz de Lara atrás de mim e me viro para ela, que me encarava confusa.

——— Ah, oi. ——— sorri fraco. ——— Lara, de todos ali você é a única que aceita Victor, os outros odeiam ele e vivem fofocando por aí o fato de eu ser burra e tudo mais. Não é uma boa ideia ficar aqui.

——— Estão todos esperando por você, Babi. A gente sente sua falta, de uns tempos pra cá você tem se afastado de nós. ——— ela fala com decepção.

——— Não tenho não, é que tá tudo muito corrido e...

——— Tudo muito corrido ou ele só está te privando das coisas sem ao menos você perceber? ——— ela pergunta, indicando Victor com a cabeça.

——— Eu não privo ela de nada! ——— ele fala rispidamente.

——— Jura? Porque você acha ruim dela estar no mesmo ambiente que qualquer outro homem e infelizmente no nosso grupo de amigos tem dois deles. Sem contar que sempre que a chamamos pra sair ela está com você!

——— Isso não tem nada a ver com você, pimentinha! ——— Victor diz.

——— Gente...——— chamo a atenção dos dois. ——— Já deu. Lara, ele não me priva de ver vocês.

——— Então você não sai mais com a gente porque você está ocupada demais com ele pra não se importar com os amigos? Babi, você nem está almoçando mais com a gente!

——— Não é isso...

——— Tudo bem Babi, eu entendo. ——— ela diz. ——— Foi mal, me alterei. Prometo que se alguém olhar torto para vocês dois, eu mesma faço questão de chamar a atenção deles.

——— Mesmo? ——— pergunto e ela passa o braço pelo meu ombro.

——— Mesmo! ——— ela olha para Victor e sorri de lado. ——— Vem.

Começamos a caminhar até o pessoal, eles se levantaram e me abraçaram e o máximo que fizeram com o Victor foi falar um simples "oi".

Victor e eu nos sentamos em um colchonete próximo do de Lara e Tainá, cobri minhas pernas com a coberta que tinha ali e coloquei o capuz do meu moletom.

Lara entregou duas cervejas, uma para mim e outra pro Victor. Estavam todos conversando, exceto Victor que se mantinha calado, apenas observando tudo e bebendo.

O tempo foi passando e até que o clima não estava pesado. Eu estava com a cabeça apoiada no ombro do Victor e sua mão estava envolta da minha cintura, acariciando minha coxa.

Olhei para cima e o céu estava muito lindo, totalmente estrelado. Fiquei olhando ele por muito tempo, admirando sua beleza e paz.

——— Vamos nadar! ——— Nate se levantou e os outros começaram a se levantarem também.

——— Nesse frio? Vocês estão loucos? ——— perguntei indignada. Realmente está muito frio!

——— A água está morna. ——— Elena falou.

——— Vamos? ——— Tainá perguntou.

——— Podem ir, estou fora dessa. ——— respondi sorrindo e minha amigo retribui-o o sorriso.

——— Então tá.

Todos eles se afastaram, indo para o tablado que tinha ali. Bebi um gole da minha cerveja e olhei para Victor.

——— Viu só? Não está sendo péssimo! ——— ele falou.

——— É, não está. ——— empurrei seu peito para trás, fazendo ele deitar no colchonete e me deitei em cima dele.

Apoiei minhas mãos em seu peito e meu queixo em minhas mãos, olhando para ele. Ele coloca uma mecha do meu cabelo para trás da orelha e acaricia minha bochecha.

——— Estou começando a ficar com fome. ——— falo.

——— Está cheio de salgadinhos ali, pega um para você. ——— ele aponta pra os salgadinhos no meio dos colchonetes.

——— Não, não estou com fome de salgadinho...

——— Está com fome de que? ——— Victor pergunta.

——— De Hambúrguer. ——— abro um sorriso.

——— Quer ir comer?

——— Sim! ——— respondo animada e saio de cima dele, me colocando de pé. Victor se levantou também. ——— Galera, estou indo. Tchau. ——— gritei para meus amigos e eles começaram a dar tchauzinho' para mim.

Victor e eu fomos até sua moto e logo estávamos indo rumo a alguma lanchonete.

Quando chegamos na lanchonete, Victor estacionou a moto e entrelaçou seus dedos nos meus. Entramos e nos sentamos em uma mesa que ficava no canto do estabelecimento, que tinha um sofazinho no lugar de banco.

Rapidamente peguei o cardápio e comecei a procurar o que eu iria querer, quando escolhi, Victor começou a olhar o cardápio.

Quando a atendente se aproximou, fizemos nosso pedido.

——— Milena disse que já quer te ver de novo e me pediu seu número, eu posso passar pra ela? ——— ele perguntou e eu confirmei com a cabeça.

——— Claro. Qualquer dia a gente pode marcar alguma coisa de novo. ——— abri um sorriso e Victor passou a mão pelo meu ombro, me puxando para perto -estávamos sentados lado a lado-.

Começamos a conversar até que nossos hambúrgueres chegassem. Comemos com calma. Quando acabamos, Victor pagou e fomos para Yale.

Assim que entramos no meu dormitório, prendi meu cabelo em um rabo de cavalo alto e me sento novamente entre os livros.

——— Ah não, eu estou aqui e você vai ficar estudando? ——— Victor pergunta com uma voz dramática e eu arrumo o óculos no meu rosto.

——— Vê alguma coisa na TV, eu não vou demorar aqui.

——— Não. ——— ele se senta na ponta da minha cama e joga meus livros no chão.

——— Victor! ——— cruzo os braços e me abaixo pra pegar meus livros novamente, porém ele me impede, segurando meu braço.

——— Shiu. ——— ele empurra meu corpo para trás, me deitando na cama e rapidamente sobe em cima de mim.

——— Eu preciso estudar...——— reclamei e tentei empurra-lo de cima de mim, porém meus braços imobilizados ao lado da minha cabeça.

——— Acho que já deu essa greve de boceta, tô a um tempinho na seca. ——— ele começou a beijar meu pescoço e eu mordi um sorriso.

——— Se vai ser assim, você vai ser obrigado e estudar comigo amanhã o dia inteiro, tá okay? ——— pergunto e ele me olha, confirmando com a cabeça. ——— Ótimo!

Ele soltou meus braços e eu fiz força para mudar nossas posições, ficando por cima dele.

Tirei meus óculos e coloquei eles em cima da escrivaninha, me preparando para beija-lá mas ele impediu.

Franzi o cenho.

——— Com o óculos! ——— ele esticou a mão e pegou meu óculos nas mãos, em seguida colocou ele em meu rosto.

——— Que fetiche mais estranho.

——— Estranho? Você fica uma delícia com esse óculos. ——— ele aperta a minha bunda com força e eu ataco seus lábios.

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