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𝗩𝗶𝗰𝘁𝗼𝗿 𝗖𝗮𝗺𝗶𝗹𝗼
Como já era de se esperar, Bárbara dormiu no meio do filme. Milena e eu assistimos outros dois e ela continuou dormindo, na mesma posição e agarrada em mim.
Milena havia se levantado e ido para a cozinha. Com cuidado tirei Bárbara do meu peito, deitando a cabeça dela na almofada.
Me levantei e fui até a cozinha também, encontrando Milena sentada em um dos bancos envolta do balcão. Caminhei até o bebedor e enchi um copo d'água.
——— Ela é legal. ——— Milena fala e eu olho pra ela enquanto bebo um gole da minha água.
——— É sim. ——— sorrio de lado.
——— Gosta dela, né?! ——— ela pergunta e eu apoio os cotovelos no balcão, abaixando a cabeça e ficando em silêncio. ——— Gosta, Victor?
——— Acho que sim. ——— dou de ombros e volto a olhar pra minha irmã.
——— Acha? ——— ela se apoia como eu no balcão. ——— Tenho certeza que gosta, você é diferente com ela, no seu jeitão, mas é.
——— É...
——— Mas conhecendo você, creio que isso que vocês dois tem não é saudável, principalmente vindo da sua parte. Bárbara gosta de carinho e com certeza ama um clichê e você é totalmente ao contrário. Com certeza é um ciumento, possessivo e ainda por cima é grosso.
——— Qual a necessidade disso? ——— pergunto e ergo a sobrancelha.
——— Estou tentando dizer para você mudar, engolir essa sua frieza por ela. Você não pode deixar essa menina ir, ela é uma ótima pessoa, super educada e gente boa, da mil em todas as putas que você é acostumado a comer por aí.
——— Eu juro que tô tentando, estou tentando até ser carinhoso. A única coisa que não consigo mudar é o ciúme. Só de pensar em outro homem com ela eu fico possesso de ódio, me dá vontade de matar.
——— Isso é tão tóxico, Victor...
——— Mas sou assim e ela sabe. Além do mas ela não tem muita opção, quando bati meus olhos nela a quis e assim está sendo. É minha querendo ou não!
——— Sei que não vai adiantar eu falar o quanto isso é errado, né? ——— confirmo com a cabeça. ——— Só não machuca ela, nos dois sentidos, fisicamente e emocionalmente.
——— Nunca bateria nela.
——— Mesmo? Até quando você usa tanta droga que fica cego e faz coisas das quais não faria sóbrio? ——— ela pergunta e sai da cozinha, deixando a pergunta no ar e eu pensando sobre.
Eu nunca bateria nela. Não mesmo!
Retorno para sala de e minha irmã não estava lá, provavelmente havia subido para o seu quarto.
Me aproximo de Babi e com cuidado pego ela nos braços, saio da sala de cinema e subo devagar para o meu quarto, colocando ela deitada na cama.
Fui até o banheiro, fiz xixi e retornei para o quarto, apagando a luz do quarto e deixando só o abajur aceso. Me deitei na cama e me cobri.
Bárbara ainda estava na mesma posição que eu havia a deixado. Sua mãos estava embaixo da bochecha, fazendo ela se amassar um pouco e um pequeno bico em seus lábios.
Tinha alguns cabelos em seu rosto, com as pontas do dedo os tirei e coloquei atrás de sua orelha.
Puxei Bee para perto de mim e ela abraçou meu pescoço, aconchegando seu rosto na curva do meu pescoço.
É estranhamente bom ficar abraçado com ela, é muito confortável e o cheirinho do seu cabelo de morango é uma delícia.
É engraçado eu sentir falta dela quando não dormimos juntos, é como se houvesse um vazio quando ela não estava comigo.
Isso é muito estranho, mas é uma sensação boa.
Desligo a luz do abajur e o quarto fica totalmente escuro. Pego no sono rapidamente.
Sinto meu corpo ser chacoalhado com força e rapidez. Reclamo e enfio minha cabeça embaixo da coberta.
Quando percebo que seja lá quem for não vai parar de tentar me acordar, descubro a cabeça e abro meus olhos, tendo a surpresa de encontrar meu irmão me olhando com sorriso.
——— Finalmente, né maninho? ——— Gilson da um tapinha em minha testa e eu me levanto, passando a mão no olho.
——— Pensei que não fosse chegar nunca! ——— falo e me levanto da cama, me espreguiçando.
——— Não deu para vir ontem. ——— ele se senta na minha cama. ——— Sua namorada é legal.
——— Não é minha namorada.
——— Ah, não?! Eu pensei que fosse, vou arrumar ela pra algum amigo meu então.
——— Você não é louco! ——— entro no banheiro e fecho a porta.
Tomei um banho rápido e escovei meus dentes. Quando sai do banheiro, Gilson não estava mais no meu quarto.
Troquei de roupa e sai do quarto. Escutei vozes vindo da cozinha e fui até lá encontrando Babi, Milena e Gilson sentados na mesa e tomando café da manhã.
——— Bom dia, bela adormecida. ——— minha irmã cumprimenta e eu puxo uma cadeira ao lado de Babi, me sentando ali.
——— Acordou tarde, hein? ——— Bárbara falou e colocou algumas torradas em meu prato.
——— Fui dormir tarde demais, já você não assistiu nem 40min do filme, como sempre!
——— Mas você só quer assistir filme quando já está tarde, aí é claro que vou dormir né?!
——— Nada a ver, você é fraquinha para filmes. ——— falo e ela empurra o meu ombro, me olhando séria.
——— Não sou nada! ——— abro um sorriso e ela não segura o seu, sorrindo também. ——— Idiota.
Pego uma das torradas que ela havia colocado em meu prato e mordo um pedaço.
——— Vamos fazer um churrasco aqui hoje, Gilson e Victor vão lá comprar as coisas no mercado enquanto eu e a minha cunhadinha vamos ficar tomando sol e nadando na piscina.
——— Amei essa ideia. ——— Babi pisca para minha irmã e ela sorri.
——— Bom, então eu acho melhor a gente já ir, Victor. ——— meu irmão fala e se levanta.
——— Então tá. ——— falo sem muito ânimo. Eu não queria fazer compras, queria ficar na piscina. ——— Até logo, pra vocês duas.
——— Até. ——— Babi fala e eu deixo um selinho rápido em seus lábios, me levantando em seguida e acompanhando Gilson até a saída.
𝗕𝗮́𝗿𝗯𝗮𝗿𝗮 𝗣𝗮𝘀𝘀𝗼𝘀
Assim que eu e Milena terminamos de tomar café subimos para o seu quarto e ela me emprestou um biquíni vermelho dela, coube direitinho em mim.
Ela foi para o banheiro se trocar e eu fui para o quarto de Victor. Caminhei até o guarda roupa e peguei uma camisa social branca, coloquei e abotoei apenas os botões do meio.
Quando desci, Milena estava me esperando sentada no sofá da sala, quando me viu, se levantou e veio até mim.
——— Pedi para prepararem margueritas para a gente, já estão lá no quintal esperando a gente. Vamos. ——— entrelaçou seu braço com o meu e fomos para a área da piscina.
Como Milena havia falado, tinha uma jarra de marguerita e duas taças prontas em uma mesinha entre duas espreguiçadeiras.
Deve ser muito bom ter dinheiro!
Nos sentamos nas espreguiçadeiras e logo peguei a taça, bebendo um gole da bebida que estava uma delícia.
——— Conversei com meu irmão ontem, enquanto você dormia. ——— ela fala e ajeita seu óculos de sol no rosto. ——— Conversamos sobre você.
——— Coisa ruim ou coisa boa? ——— pergunto sorrindo.
——— Coisa boa. ——— ela ri. ——— Sei que é difícil Victor admitir isso pra você então vou falar. Ele disse que gosta de você.
——— Ah...——— desvio o olhar, ficando envergonhada. ——— Gosta mesmo? Porque não parece...
——— Gosta sim. Provavelmente você já saiba como ele é, então ele gosta de você do jeito dele. ——— volto a olhar para Milena e bebo mais um gole da bebida. ——— Sei colo ele é, sei que ele é tóxico, que ele não te da liberdade e com certeza te priva das coisas.
——— Exatamente. O pior é que mesmo querendo me afastar não dá, porque ele não deixa e então acabei criando alguns...sentimentos por ele.
——— Deve ser difícil.
——— É sim. Briguei com a minha melhor amiga por conta disso, ela não apoia nem um pouco eu e Victor. Sem contar que até ele até bateu em um garoto por conta de mim. As vezes tenho medo do que ele pode fazer com as pessoas ou até mesmo...comigo.
Milena fica em silêncio por um tempo, depois enche mais sua taça com Marguerita.
——— Acredito que por você ele possa mudar.
——— Espero. ——— sorrio de lado e ela faz o mesmo.
——— Mas vamos mudar de assunto, né? Falar de coisas alegres e divertidas.
Milena e eu ficamos conversando até os meninos chegarem. Milena se levantou e foi ajudar o Gilson em alguma coisa lá dentro, enquanto Victor se sentou na ponta da minha espreguiçadeira.
——— Que bom que chegou, passa protetor nas minhas costas? ——— pergunto e ele confirma com a cabeça, se levantando e se sentando atrás de mim, me deixando entre suas pernas.
Tiro a camisa branca e deixo ela de lado.
Eu não precisava de protetor solar, era inverno e estava frio, mas queria que ele passasse em mim apenas pra tê-lo por perto um pouco.
Sim, eu tenho muito receio de me aproximar dele e ser tratada com grosseria ou ele pensar que quero apenas sexo.
Logo sinto o gelado do protetor nas minhas costas e em seguida as mãos de Victor espalhando tudo.
——— Compraram muita coisa gostosa? ——— perguntei.
——— Sim. Espero que você goste de molho barbecue. ——— ele cochicha no meu ouvido e eu dou risada.
——— Gosto sim.
Ficamos em silêncio mais uma vez. Quando ele terminou de passar o protetor, se encostou no encosto da espreguiçadeira e me puxou para apoiar as costas no peito dele.
——— Vamos embora hoje né? ——— perguntei.
——— Sim, mas apenas à noite. ——— ele me respondeu e eu senti seus lábios tocarem minha nuca, deixando beijos beijos até a minha bochecha. ——— Gostou dos meus irmãos?
——— Sim, eles são bem legais, bem diferente de você!
——— Aí. ——— ele falou em um tom ofendido e eu dei risada. ——— Assim você me magoa, Bee.
——— Bee? De onde você tirou esse apelido hein? ——— escutamos a voz do Gilson e olhamos para a direção dele, que estava ao lado de Milena.
——— Quando eu conheci ela, ela estava usando uma meia soquete com listras pretas e amarelas, me fez lembrar uma abelha. ——— Victor explica.
——— Desde então ele fica me chamando desse jeito nada carinhoso...——— resmungo.
——— Engraçado que esses dias para trás você estava pedindo para eu te chamar de "Bee"...——— ele provoca.
——— Ah...mas é que eu acostumei a ser chamada de Bee, né?!
——— Vou te chamar de Bee também. ——— Milena brinca.
——— Nem pensar. ——— Victor fala depois de apontar o dedo para ela.
——— Credo, tá bom. ——— ela levanta a mão em rendimento.
——— Então tá casal, bora pra área do churrasco! ——— Gilson falou rindo.
Nos levantamos e fomos para onde a churrasqueira estava. Vesti a camisa novamente e me sentei com Milena enquanto os meninos estavam na churrasqueira.
Ficamos batendo papo apenas nós duas, depois eles se sentaram com a gente e ficamos assim até ficar perto do sol abaixar.
Já estava começando a ficar muito frio então decidi entrar. Fui para o banheiro do quarto do Victor e tirei a camisa e o biquíni. Depois entrei no box e liguei o chuveiro, deixando a água quente cair em meu corpo.
A porta do banheiro se abriu e Victor entrou, rapidamente me virei de costas e comecei a tomar banho, até ouvir a porta do box abrir, fechar e depois sentir as mãos dele em minha cintura.
——— Por que fica escondendo seu corpo de mim? Não é como se eu nunca tivesse te visto pelada...inclusive te vi em várias posições e jeitos. ——— ele cochichou no meu ouvido e eu me virei para ele.
——— Para de ser pervertido! ——— dei bronca e ele riu de um jeito cafajeste e extremamente lindo.
——— Eu?? ——— Victor leva a mão até o peito fingindo indignação e inocência. ——— Não sou pervertido, Bee.
Sua mão deslizou pela minha nádega direita e apertou, me puxando para mais perto dele.
Franzi as sobrancelhas. ——— Estou vendo! Pois fique sabendo que se quiser tomar banho comigo será apenas banho.
——— Por que? ——— ele faz uma cara de cachorrinho abandonado, como se eu fosse sentir dó.
——— Você não anda merecendo, senhor Victor.
——— Por que? ——— ele pergunta mais uma vez.
——— Acha que eu me esqueci da garota que você estava conversando quando foi me buscar no boliche? ——— cruzei os braços.
——— De novo com isso? ——— ele bufou e jogou a cabeça para trás.
——— Você pode ficar putinho' por eu ter abraçado ou conversado com meu amigo mas eu não posso ficar brava por você está dando em cima de outra?
——— Pela milésima vez, eu não estava dando em cima dela! Ela chegou para conversar comigo, estava dando ideia em mim mas não sei moral. Eu não te trairia em dois minutos, né Bárbara?
——— "Trairia"? Então temos um relacionamento sério agora?
——— Ainda estava em dúvida? ——— ele ergue a sobrancelha.
——— Óbvio, isso nem foi conversado. Eu ainda não tenho habilidades de adivinhar as coisas.
——— Está avisada agora!
——— Tá então, se é assim saiba que qualquer gracinha com outras mulheres é traição!
——— Estou ciente! ——— ele sorri. ——— Agora podemos transar?
——— Não! ——— tiro a mão dele da minha bunda e ele finge chorar.
—
Me desculpem a demora, eu realmente estava sem tempo para escrever!
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