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                         𝗕𝗮́𝗿𝗯𝗮𝗿𝗮 𝗣𝗮𝘀𝘀𝗼𝘀

Era aproximadamente 12h e eu havia acabado de sair da minha última aula antes do almoço.

Eu não tinha visto nenhum dos meus amigos ainda e normalmente nós almoçamos em um restaurante todos os dias.

O restaurante era aqui perto, então fui andando mesmo. Quando cheguei, avistei Elena e Lara sentadas na mesa de sempre, fui até la e me sentei com elas.

——— Oi gata. ——— Elena me cumprimenta e eu abro um sorriso.

——— Oi gente. ——— tiro minha jaqueta jeans e ajeito ela já cadeira.

——— Ficou sumida esse final de semana, Babi. ——— Lara diz.

——— Pois é...——— abri um sorriso um pouco sem graça. ——— Sabem se o Nate vai vim almoçar com a gente hoje? Ele ainda não falou comigo desde que acabou com o que a gente tinha.

——— Não sei, última vez que vi ele foi no sábado. ——— diz Elena.

——— Tainá e eu meio que "brigamos"...Estou me sentindo péssima. ——— passo a mão pelo rosto.

——— Ah não, vocês são tão fofas, devem resolver isso rápido. ——— a ruiva fala e o garçom chega a nossa mesa.

Fizemos nossos pedidos e só retornamos a falar sobre esse assunto quando o garçom saiu.

——— Foi ela que começou. ——— me apoio no encosto da cadeira e cruzo os braços.

——— Tainá anda meio estressada ultimamente, é porque ela vai conversar com os pais dela no fim de semana sobre a gente e isso esta deixando ela irritada. ——— Lara fala e eu franzo cenho.

——— Vocês já estão sérias a esse ponto?

——— Ah...provavelmente ela não te contou, pedi ela em namoro na sexta feira. ——— minha amiga fala e eu abro a boca surpresa.

——— Amiga, aí meu Deus! ——— abro um sorriso e ela levanta a mão, mostrando sua aliança. ——— Aí que tudo, vocês foram feitas uma pra outra. Eu estou muito feliz por vocês.

——— Obrigada, Babi. ——— ela abre um sorriso.

——— Vou ao banheiro, gente. ——— Elena se levanta e caminha até o banheiro.

——— Mas voltando ao assunto, por que vocês duas brigaram? ——— Larissa pergunta e eu suspiro.

——— Ela não gosta que eu fique perto do Victor. ——— falo. ——— Desde que nós duas nos conhecemos ela me fala o quanto ele é babaca e que eu deveria me manter longe dele. O pai dele morreu e eu fiquei com ele durante esse tempo que estive longe.

——— Tainá tem um "história" com Victor, provavelmente é por isso que ela não te quer perto dele. ——— ela diz e eu franzo o cenho.

——— Uma história? Como assim?

——— Os dois eram bem amigos, tanto eles quanto Tainá e Carol. Aconteceu de em uma noite a Tainá e o Victor dormirem juntos, no outro dia ela dormiu com outro e o Victor espalhou umas fotos dela de calcinha e sutiã no vestiário feminino. A faculdade inteira ficou enchendo o saco dela e zoando por semanas.

——— Ah, nossa...Eu não fazia ideia. ——— nego com a cabeça. Victor é tão infantil!

——— Pois é. Eu particularmente não tenho nada contra ele, não fede e nem cheira, sabe?! ——— confirmo com a cabeça. ——— Vocês dois estão juntos?

——— Não. Nós dois...bom, eu não sei explicar. Mas não estamos juntos. É mais pra um lance.

——— Entendi. Eu acho que você já tem idade o suficiente para tomar suas próprias decisões, não vou te falar se você deve ou não ter esse "lance" com Victor. Só não deixa ele te fazer de trouxa.

——— Eu sei. ——— sei mesmo?

Elena logo voltou para mesa e se sentou com a gente. Mudamos de assunto começamos a fofocar sobre diversas outras coisas.

Tainá e Jack acabaram vindo também. Minha amiga me cumprimentou apenas com um meio sorriso e não falou comigo o resto do almoço.

Quando deu nosso horário, retornamos para a faculdade e fomos cada um para sua aula.

A faculdade está me matando, porém, eu gosto. As aulas são complexas  e interessante. É claro que tem aquelas super chatas, mas é necessário.

Entrei no meu dormitório e Carolina estava sentada em sua cama, enquanto escrevia algumas coisas em um caderno.

——— Oi sumida. ——— ela me cumprimenta e sorri.

——— Oi. ——— retribuo o sorriso e me jogo na minha cama, tirando os meus tênis, ficando apenas de meia.

——— Como foi? Victor está bem? ——— Carol pergunta e larga o caderno.

——— Quando eu cheguei lá, o encontrei drogado, bêbado e desacordado. Tive que dar banho e cuidar dele. Ele está triste, por mais que tente demonstrar que não. ——— eu não contaria a parte em que ele chorou agarrado em mim, até porque Victor é bem fechado com essas coisas. Não tem necessidade de eu contar essa parte.

——— Meu Deus, tadinho. ——— ela diz eu confirmo com a cabeça.

——— Ele não queria nem vir para a faculdade mais, disse que só fazia por conta do pai. Conversei com ele e depois de insistir muito ele concordou em continuar.

——— Você de alguma forma faz bem para ele.

——— Por que? ——— franzo a sobrancelha.

——— Victor é fechado pra caralho, mas pelo jeito não é assim com você. Se ele tenta se abrir com você, quer dizer alguma coisa.

——— Não sei não...——— me sento e balanço meus pés. ——— Mas vamos falar de outra coisa. Você e Arthur. Vocês não vão voltar?

——— Querer eu quero, pra cacete. Mas não vai ser eu que vou correr atrás. A gente terminou por conta de burrada dele, entende?

——— O que ele fez? ——— perguntei, curiosa com o assunto.

——— Ele começou a me dar uns perdidos, bebia até tarde com os amigos, ia para festas e eu preferi terminar. Foi tipo, de cabeça quente, porque sei que conversando com ele resolveria.

——— Você parecem se amar. ——— falo e ela abaixa a cabeça, mordendo os lábios.

——— Eu amo ele pra caralho. Nós estávamos juntos desde o ensino médio, fizemos o possível para conseguirmos entrar em Yale juntos.

——— Ah, acho que vocês deveriam conversar. ——— abro um sorriso.

——— Não sei não. ——— ela fica pensativa por um tempo. ——— Enfim, uma amiga me chamou pra fumar um. Até depois.

——— Até. ——— Carolina se levanta e sai do dormitório.

Me levanto e entro no banheiro, eu não faria mais nada hoje, então tomei um banho demorado e relaxante e depois me vesti com um baby doll.

Me sentei na minha cama e liguei a TV, coloquei um reality show da Netflix e comecei a assistir. Fiquei até as 20h e pouca da noite assim, mas fui interrompida quando batidas soaram na porta do dormitório.

Resmunguei e me levantei, caminhando até a porta e abrindo, colocando apenas a cabeça pra fora - o baby doll que estou não é muito...comportado-

Me surpreendi quando vi Nate, com um sorrisinho não lábios.

——— Nate? Meu Deus, estou surpresa em te ver aqui. ——— abro a porta por completo, dando passagem pra ele passar. ——— Entra aí.

Nate entra e se senta na ponta da minha cama. Fecho a porta e vou até a cama, me sentando também.

——— Então, o que te traz aqui? ——— pergunto e tombo a cabeça pro lado, encarando ele.

——— Bom, primeiramente eu queria pedir desculpas por ter te ignorado todo esse tempo. Talvez eu tenho te deixado chateada.

——— É..você deixou. Eu acho que poderíamos apenas parar de ficar e voltar pra amizade, porém você ignorou minha existência real!

——— Fiquei puto com o que aconteceu na pool party, de verdade. Naquele dia ficou claro quem você prefere. Você nem foi ver como eu estava, sumiu com Victor lá pra dentro e só apareceu depois de fazer não sei o que com ele dentro daquela casa.

——— Me desculpa. ——— fica sem graça por ele ter me visto entrando na casa com o Victor e abaixo a cabeça. ——— Mas esse negócio de preferência não é verdade. Gosto muito de você, Nate.

——— Também gosto de você. ——— ele diz e eu mordo um sorriso. ——— Mas meu posicionamento continua o mesmo. Apenas amizade. Me meter no meio dessa parada louco entre você e o Camilo é burrice. Quem sabe no futuro, quando você nem lembrar mais dele.

——— Quem sabe...——— volto a olhar para Nate e ele abre os braços, me chamando para um abraço.

Me aconchego em seus braços, em um abraço confortável. Eu gostava de estar perto dele.

Ficamos assim por muito tempo, em silêncio, apenas curtindo a presença um do outro. Até escutarmos a porta se abrir, olhei por cima do ombro e vi Victor entrar, seus olhos pararam em Nate e seu olhar tranquilo mudou para raiva.

——— Bom, acho melhor eu ir. Foi um alívio me resolver com você. ——— Nate disse e se levantou, sorrindo para mim.

Depois ele passou pelo Victor e com certeza se olhar matasse, eu não gostaria de ser o Nate.

Quando Nate saiu, Victor se sentou na cama da Carol e se apoia nas mãos. Colocando a língua na bochecha e me encarando.

——— Não vai abrir a boca? ——— ele pergunta e eu ergo as sobrancelhas.

——— Ué e o que eu deveria falar?

——— O que aquele bunda mole estava fazendo aqui, abraçado com você ainda por cima?

——— Ele veio se desculpar pelo dia da pool party e também por ter me ignorado todo esse tempo. Voltamos a ser amigos.

——— Hum. E você estava com seu "amigo" vestida em um pijaminha desses? ——— ele encara minha roupa e eu suspiro.

——— Não começa, Victor. ——— volto a me deitar na cama. ——— Se for continuar com o ciúmes sem motivos e essa sua marra pode sair, se não, deita aqui comigo para assistir alguma coisa.

Ele revira os olhos e vem até mim bufando, tira seus sapatos e se deita ao meu lado, se enfiando embaixo da coberta.

——— Assunto encerrado! ——— falo e passo minha perna por cima da dele. Sua mão começa a acariciar minha coxa e eu começo procurar algo pra gente ver.

Desculpem a demora...

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