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𝗩𝗶𝗰𝘁𝗼𝗿 𝗖𝗮𝗺𝗶𝗹𝗼

Amo festas, sempre faço questão de estar em todas possíveis. A única coisa que pega, é o outro dia, quando tenho que acordar cedo e ir assistir aula.

Faço direito, não por opção e sim obrigação do meu pai. Eu sinceramente odeio, mas sempre gostei de agradar o meu pai, então estudei, passei em Yale mesmo odiando tudo isso.

Eu estava com tanto sono que dormi em todas as aulas, acordava apenas para mudar de sala.

Agora estava na hora do almoço. Achei a loira sentada no restaurante que sempre almoçava e me sentei de frente para ela.

Os olhos azuis de Carolina se erguem até o meu rosto e a garota sorri de lado.

——— Eae Camilo, o que você quer? ——— ela pergunta e coloca a franja atrás da orelha.

——— É assim que você trata seu amigo? Nem me pergunta se eu estou bem? Ou como foi a minha manhã? ——— pergunto ironicamente e ela revira os olhos.

——— Sei que você quer saber alguma coisa, ou quer alguma colega minha, então desembucha! ——— abro um sorriso e encosto as costas na cadeira.

——— Qual é a da sua colega de quarto?

Carolina larga o garfo e ergue a sobrancelha. ——— Já conheceu a Bárbara?

Bárbara...Então esse é o nome dela.

——— Conheci sim e eu acho que seria melhor você começar a transar em banheiros ou armários, porque deixar sua colega de quarto sentada no corredor...oh que coisa feia.

Ela bufa e ignora minha provocação.

——— O que você viu nela? Ela é uma garota sem graça e toda certinha. Que decadência, Camilo...

——— Ah, qual é? Carne nova no pedaço, quero ser o primeiro a saborear. ——— roubo uma batata do prato da loira e coloco na boca.

Carol me lança um olhar mortal e aponta o dedo na minha direção.

——— Não toque na minha comida.

——— Deixa de ser chata, vai me ajudar com a moreninha ou não? ——— pergunto e ela revira os olhos mais uma vez.

——— Tá, tanto faz, vou dar uma forcinha mas não garanto nada, a menina é chata e acho que não gosto muito de mim.

——— Obrigado, gatinha. ——— pego mais uma batata e me levanto, saindo do restaurante.

Era fim de tarde, eu havia acabado de tomar banho quando Arthur entrou no dormitório e se joga na sua cama.

——— Não de vi hoje durante o dia todo, estava comendo quem? ——— pergunto e visto minha camisa.

——— Ninguém, eu não estava comendo ninguém. Carolina saiu da festa de ontem com outro garoto aleatório...

——— Ah, estava sofrendo pela ex, normal para você. ——— coloco meu celular no bolso e abro a porta. ——— Sai dessa depressão, Ramos, já faz um mês.

Saio do dormitório e desço um andar, onde ficava o dormitório de Carolina. Entro sem bater, isso já é comum.

——— Um garoto veio aqui atrás de você e pediu para encon- ——— a morena para de falar assim que seus olhos se erguem dos livros e me encara. ——— O que você está fazendo aqui? ——— ela ajeita sua postura, se sentando na cama.

——— Você fica uma gracinha de óculos, porque não usa mais vezes? ——— pergunto e me sento na cama da Carol.

——— São para descanso. ——— ela fecha o livro e coloca no criado mudo. ——— O que você está fazendo aqui?

——— Só passando o tempo, Bárbara , relaxa. ——— abro um sorriso e me levando, me sentando na ponta da cama dela.

——— Como sabe o meu nome? ——— a garota franze a sobrancelha.

——— Eu fico sabendo de tudo, Bee. E já que você não me perguntou, eu mesmo te falo, me chamo Victor——— pisco e tento tocar a bochecha dela, porém ela se afasta.

——— Sai.

——— Ah...por que? ——— me aproximo e ela se levanta.

——— Não ficou claro ontem à noite? Não me interesso por você, você é o tipo de cara que eu quero passar longe. ——— Bárbara abre a porta ——— Sai.

Solto um riso e me levanto, mas antes de sair paro de frente a ela.

——— Não pense que vai se livrar de mim tão fácil. ——— seguro seu maxilar e aperto de leve. ——— Se eu quero, é meu. ——— aponto meu dedo na sua cara. ——— Lembre-se disso.

Saio do quarto e escuto a porta se fechando atrás de mim.

                        𝗕𝗮́𝗿𝗯𝗮𝗿𝗮 𝗣𝗮𝘀𝘀𝗼𝘀       

Mandei uma mensagem para Tainá e pedi que ela viesse até meu dormitório, em menos de dez minutos ela chegou.

——— Oi gatinha, vamos fazer o que? Ver filme? Comer besteira. ——— ela se senta em
minha cama e se apoia nas mãos.

——— Ah, podemos fazer tudo isso mas antes preciso perguntar uma coisa para você. ——— coloco as mãos nos bolsos traseiros da minha calça jeans.

——— Claro, pode perguntar. ——— me sento ao lado.

——— Você estuda aqui a um tempo e eu queria saber se você conhece um garoto chamado Victor. Eu não sei o porque, mas achei ele um pouco invasivo, até chegou a me dizer umas coisas estranhas...

O semblante da Tainá mudou.

——— Fica longe dele, Babi. É sério, faça o possível para ficar longe dele. Victor não é bom!

——— Por que, Tainá? ——— pergunto confusa, ela havia ficado estranha depois do que eu disse.

Ela suspira. ——— Só segue o meu conselho, tá bom? ——— confirmo com a cabeça. ——— Ótimo, então vamos assistir alguma coisa e pedir pizza!

Passamos um bom tempo assim, assistimos filmes e pedimos uma pizza. Tainá foi embora por volta das onze da noite.

Não havia sinal da minha colega de quarto a um bom tempo, o que eu acho que será normal.

Guardo os pedaços pizzas que sobraram e vou até o banheiro para tomar banho. Quando terminei, coloquei uma calcinha e um blusão e me deitei na minha cama.

O jeito que Tainá ficou quando mencionei Victor me intrigou e fiquei ainda mais intrigada quando ela disse com um certo desespero para que eu ficasse longe dele.

Mas mesmo estando curiosa, vou apenas escutar Tainá e ficar longe dele.

A forma que ele segurou o meu maxilar e disse aquela palavras para mim, me deixou com um pouco de medo.

Sei lá, ele falou com tanta convicção, como se fosse um maluco.

Melhor seguir o conselho da minha nova amiga.

Eu ainda acho que o garoto está blefando.

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