|Capítulo 50|
P.O.V Narradora
A brisa da tarde era suave, acariciando o campo com delicadeza enquanto o sol se punha aos poucos. Abby estava deitada com a cabeça no colo de Embry, os olhos fechados, sentindo o carinho constante dos dedos dele passeando entre seus fios ruivos. O silêncio entre eles era confortável, como se o mundo lá fora tivesse deixado de existir por um tempo.
— Sabe — disse Embry de repente, quebrando o silêncio, a voz baixa e pensativa — Daqui a três meses eu me formo na escola da reserva.
Abby abriu os olhos e olhou para ele de baixo, atenta.
— Ainda não sei o que quero... nem pra onde ir. Faculdade, futuro... — ele deu de ombros, como se o peso da incerteza estivesse sobre eles.
Abby se sentou devagar, o rosto sereno mas atento. Levou a mão até o cabelo e prendeu uma mecha atrás da orelha.
— Então escolhe algo que você goste de verdade.— aconselhou, simples e sincera. — Não faz por ninguém, faz por você.
Embry assentiu, mas a expressão dele revelava o conflito interno. Ele não sabia se teria condições de pagar por uma faculdade. Uma bolsa? Talvez. Mas tudo parecia distante, quase inalcançável. Mesmo assim, o que mais pesava em sua mente não era o futuro acadêmico e sim o futuro ao lado dela.
Foi quando Abby, com a voz um pouco mais contida, soltou:
— Embry... daqui a dois meses eu volto pra Nova York. Preciso continuar meus estudos de piano.
As palavras dela soaram como um sopro gelado. Ele já sabia. Sempre soube que aquele momento chegaria. Ele havia conseguido convencê-la a ficar uma vez, mas não podia prendê-la pra sempre. Ela tinha um futuro, uma vida. Ele podia suportar a distância… ou pelo menos tentaria. Mas e o lobo dentro dele? Aguentaria?
— Embry? — ela o chamou, notando a mudança sutil em seu semblante. — Falei algo errado?
Ele piscou, saindo dos próprios pensamentos, e forçou um sorriso tranquilo.
—Não...— ele disse, com um leve riso abafado. — Aliás...— Embry enfiou a mão no bolso da jaqueta e puxou uma pequena caixa de veludo, estendendo para ela. — Feliz aniversário.
Os olhos de Abby se arregalaram de surpresa e encanto. Ela pegou a caixinha e, ao abrir, encontrou uma pulseira repleta de pequenos pingentes: um piano, um livro, uma nota musical, um coração… e um lobo. Seus olhos brilharam com emoção.
— Embry… é a coisa mais linda que já me deram.— ela murmurou, antes de pular no colo dele e abraçá-lo apertado, distribuindo beijos pelo rosto dele entre risos.
Embry riu também, passando os braços em volta da cintura dela, sentindo o alívio de tê-la sorrindo. Mas o momento foi interrompido pelo som insistente do celular.
Abby revirou os olhos e atendeu.
— Bella?— disse ao reconhecer o número.
— Mana...— a voz da irmã soou chorosa do outro lado. — Briguei com o Edward.
— Ah, pelo amor de Deus...— Abby suspirou. — O que aconteceu agora?
— Não quero falar no telefone. Só... vem me buscar, por favor. Tô na casa dele.
Abby apertou os olhos, claramente irritada.
— Eu juro que vou matar aquele vampiro, viu? Tô indo.—rla desligou o telefone e se levantou, suspirando.— Preciso buscar minha irmã antes que ela mate alguém. Ou eu.
Embry se levantou também, sorrindo de leve.
— Beleza. Eu só vou juntar as coisas aqui, aí a gente vai junto.
Abby assentiu e se aproximou dele, beijando-o rapidamente.
— Obrigada pelo presente, Em. Sério mesmo.
— Você merece muito mais, ruiva.— respondeu ele, sorrindo com sinceridade.
(...)
Na casa Cullen, tudo já estava pronto. Alice, com um sorriso satisfeito, ajustava o último enfeite pendurado no teto da sala: uma bola de espelhos cintilante, típica das festas dos anos 80. O ambiente estava completamente decorado com luzes coloridas, pôsteres de bandas antigas, fitas VHS espalhadas como parte do cenário, e uma mesa longa repleta de comida, doces, salgadinhos, pizza e um enorme bolo decorado em tons de roxo e azul.
No canto da sala, Charlie segurava um copo de cerveja disfarçando, pois Billy, ao seu lado, já havia trazido um "reforço" mais forte e estava tentando convencer Charlie a experimentar. O grupo dos lobos ocupava outro canto: Jacob, Quil, Paul, Seth e Jared discutiam qual música pedir para tocar. Risadas ecoavam de vez em quando, principalmente por conta dos comentários sarcásticos de Paul.
Rosalie estava encostada no corrimão da escada, os braços cruzados, olhando para o grupo de lobos como se o simples ato de eles respirarem no mesmo ambiente que ela fosse um crime. Emmett estava ao lado dela, tentando convencê-la a relaxar, mas ela apenas revirava os olhos.
Bella apareceu na sala, guardando o celular no bolso com um sorriso de missão cumprida.
— Ela tá vindo.— anunciou. — Demorou, mas consegui chamar ela até aqui.
Edward, encostado na parede com os braços cruzados, parecia inquieto. O rosto sério e o olhar nervoso denunciavam a tensão.
— Só espero que ela não me jogue pela escada— murmurou ele, Belal riu leve.
15 minutos depois, do lado o lado de fora, passos subindo as escadas ecoaram e logo a voz de Abby, irritada, pôde ser ouvida:
— Edward Cullen, se você estiver aprontando alguma coisa, juro que te amarro com corda de alho e te jogo dentro de uma igreja!
Lá dentro, Jacob e Emmett soltaram risadas ao ouvirem a ameaça. Jared sussurrou.
— Ela realmente não é irmã da Bella.
Na porta, Abby parou e olhou para Embry com os olhos semicerrados, desconfiada.
— Por que você tá sorrindo assim? Você tá escondendo alguma coisa...
— Eu?— respondeu ele, com a cara mais inocente possível. — Nunca.
Sem dar tempo para ela protestar, Embry puxou sua mão e entrou com ela. Abby seguiu desconfiada, especialmente com o silêncio da casa o que era estranho considerando o número de adolescentes e imortais ali.
Quando eles pisaram na sala, todas as luzes se acenderam de uma vez e um coro de vozes gritou:
— FELIZ ANIVERSÁRIO, ABBY!
Ela deu um pulo, assustada, e se agarrou no braço de Embry.
— O quê?! — disse ela, com os olhos arregalados.
Logo, porém, o choque foi substituído por um sorriso iluminado. Ela riu, meio sem acreditar, olhando ao redor para todos os rostos sorridentes.Charlie se aproximou, sorrindo emocionado.
— Achou mesmo que eu ia esquecer seu aniversário, minha garotinha?
Abby soltou um riso, os olhos marejando. Ela se afastou de Embry para abraçar o pai, mas antes que chegasse nele, Bella apareceu e levou um soco leve no braço.
— Você me enganou! — acusou Abby, rindo.
— Por uma boa causa— respondeu Bella, puxando a irmã para um abraço.
Abby então olhou ao redor, ainda sem saber como reagir, e murmurou:
— Eu nem sei o que dizer… isso é incrível.
Esme se aproximou, sorridente e gentil como sempre, e a envolveu em um abraço caloroso.
— Você é da família, Abby. Isso é o mínimo que podíamos fazer por você.
Abby sentiu o coração apertar com aquele abraço um gesto tão simples, mas que ela não recebia há muito tempo de uma figura materna. Apertou Esme com força por alguns segundos antes de se afastar, emocionada.Alice surgiu em seguida, como um raio, com uma câmera instantânea nas mãos, clicando uma foto de Abby antes mesmo que ela pudesse posar.
— Espero que tenha gostado do tema! Anos 80 combinam com você!
Abby riu, ajeitando o cabelo e tentando parecer brava.
—Só porque eu nasci com alma velha, né?
— Exatamente! — respondeu Emmett com um piscadela.
Abby virou-se para Embry, os olhos brilhando.
— Você ajudou nisso tudo, né?
Embry sorriu de lado, orgulhoso.
— Talvez.
— Eu te amo. — disse ela, sem pensar duas vezes, e pulou no pescoço dele, o abraçando com força.
— Eu também te amo.
Mais um capítulo amores espero que gostem amores ♥️🥰♥️🥰♥️
Vou deixar o caos para o próximo capítulo hehehe
Meta de curtidas 50
Meta de comentários 20
Até o próximo capítulo amores 🥰♥️
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