|Capítulo 35|

P.O.V Abigail Swan

Eu abri os olhos lentamente, piscando algumas vezes enquanto tentava me situar. O quarto ainda estava escuro, e o silêncio só era quebrado pela respiração tranquila de Embry ao meu lado. Passei a mão no rosto, pensando em voltar a dormir, quando um pensamento me atingiu como um raio. Meus olhos se arregalaram de repente. Droga. Não usamos camisinha. 

Sentei-me na cama num movimento rápido, meu coração disparando. 

— Embry! — chamei, cutucando o ombro dele. 

Ele resmungou alguma coisa, ainda grogue, e virou a cabeça na minha direção. 

— Hm? Que foi? — murmurou, a voz rouca de sono. 

— Não usamos camisinha.— engoli em seco antes de soltar de uma vez

Os olhos de Embry se abriram instantaneamente, e ele se sentou tão rápido que quase me assustou. Ele me encarou, agora completamente desperto. 

— O quê? Sério? — ele esfregou o rosto com as mãos, tentando processar o que eu tinha acabado de dizer. 

— Sério! —respondo me levantando da cama, andando de um lado para o outro enquanto a ansiedade me dominava. — Como... como a gente foi esquecer disso?! 

Embry se levantou logo em seguida, os cabelos bagunçados e a expressão preocupada. Ele passou as mãos pelos cabelos, claramente nervoso. 

— Eu não sei! Foi tudo tão... tão rápido. — ele deu um passo na minha direção, tentando me acalmar. — Tá, vamos pensar. Você tá... tipo, usando alguma coisa? Anticoncepcional? 

— Não, Embry. Eu... eu não tomo.— eu balancei a cabeça, me sentindo ainda mais ansiosa. 

Ele respirou fundo, colocando as mãos na cintura enquanto olhava para o chão, claramente tentando encontrar uma solução. 

— Ok, ok... então a gente resolve isso. Vamos amanhã na farmácia. Tomamos as devidas precauções, tudo bem? 

Eu o encarei por um momento, tentando me acalmar com o tom seguro dele. Finalmente, assenti. 

— Tá. Mas isso nunca mais, Embry.— murmurei —Nunca mais a gente esquece, entendeu? 

Ele me puxou para perto, segurando meus ombros e olhando nos meus olhos. 

— Nunca mais, Abby.— respondeu ela—Prometo. 

(...)

O sol já estava alto quando eu e Embry chegamos à farmácia. Eu estava nervosa, mexendo nos fios do meu cabelo enquanto esperava do lado de fora. Ele insistiu em entrar sozinho, dizendo que seria mais rápido assim. 

Encostei-me à moto, tentando não pensar muito. Não demorou muito para que Embry saísse pela porta automática, carregando uma sacolinha e uma garrafa de água. Ele veio direto até mim, o olhar calmo como se quisesse me tranquilizar. 

— Aqui. — ele me entregou a garrafa e a embalagem com a pílula. 

Peguei sem dizer nada, abrindo rapidamente o remédio e colocando o comprimido na boca. Embry abriu a garrafa para mim, e tomei um grande gole, sentindo o frio da água descendo pela garganta. Soltei um suspiro longo depois de engolir, finalmente me sentindo um pouco mais aliviada. 

Olhei para ele, que me observava em silêncio, e sorri de leve, tentando aliviar o clima. 

— Tá com fome? — perguntei. — Saímos tão cedo que não deu tempo de comer nada. Quando a gente voltar, eu faço um café da manhã pra gente. 

Embry arqueou uma sobrancelha, abrindo um sorriso pequeno e relaxado. 

— Claro.— respondeu ele—Mas você sabe que, se depender de mim, a gente vai acabar comendo só ovo e pão queimado, né? 

Ri da resposta dele, o que ajudou a quebrar a tensão que ainda pairava no ar. 

— Relaxa, chef.— respondi —Eu cuido disso. 

(...)

Estava na cozinha da casa do Embry, concentrada em preparar panquecas. Sentia o olhar dele em mim o tempo todo, e vez ou outra dava uma espiada por cima do ombro. Ele estava encostado na mesa, braços cruzados, com aquele sorrisinho que só ele sabia dar. 

Assim que terminei, coloquei as panquecas na mesa e virei para pegar os talheres, mas, antes que pudesse me afastar, Embry me puxou pela cintura, fazendo-me cair no colo dele. Soltei uma risada surpresa, tentando empurrá-lo de brincadeira. 

— Embry! Eu tô tentando colocar a mesa! — protestei, rindo. 

— A mesa pode esperar. — ele sorriu, me segurando firme enquanto eu desistia de lutar. 

Balancei a cabeça, mas peguei um garfo e uma faca para cortar um pedaço da panqueca. Levei até a boca dele, que aceitou com um olhar divertido. 

— E aí? Tá boa? — perguntei, esperando uma resposta sincera. 

Ele mastigou devagar, fazendo suspense, e depois abriu um sorriso largo. 

— Tá uma delícia.— respondeu ele—Acho que vou te sequestrar pra cozinhar pra mim todo dia. 

— Só se você me pagar bem.—  revirei os olhos, sorrindo. 

Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, ele se inclinou e me deu um selinho rápido, me pegando de surpresa. 

— Considera esse o pagamento adiantado — brincou ele, com aquele olhar travesso. 

Não consegui evitar o sorriso, deixando minha cabeça cair no ombro dele.

(...)

Passei a tarde toda com Embry, e ele insistiu em me levar de volta para casa. Assim que entramos, a primeira coisa que vi foi Bella e Edward na sala, parecendo mergulhados em alguma conversa. Ambos levantaram o olhar quando nos viram. 

Bella se ajeitou no sofá e me olhou com um ar decidido, o que já me deixou em alerta. 

— Abby, eu tava pensando... Vou passar um tempo com a mamãe e com Phil. Vamos? — perguntou ela, como se fosse algo simples. 

Meu estômago revirou só de ouvir o nome dele. Fechei a expressão, tentando ao máximo afastar qualquer lembrança indesejada. 

— Forks está ótimo pra mim, obrigada. — cruzei os braços, olhando para ela de forma desafiadora.Bella soltou um suspiro, como se estivesse se preparando para argumentar. 

— Mamãe está com saudades de você, sabia? — ela insistiu, olhando para mim com um ar de súplica. 

Respirei fundo, sentindo o peso das palavras dela e o olhar constante de Edward, que parecia estar analisando cada reação minha. 

Olhei para Embry, que estava ao meu lado, oferecendo o único conforto naquela situação, antes de voltar a encarar minha irmã. 

— Eu vou pensar. — minha voz saiu mais firme do que eu esperava, querendo encerrar o assunto ali. Peguei a mão de Embry e me virei. — Vem, Embry. 

Consegui sentir o olhar de Edward queimando nas minhas costas enquanto subíamos as escadas juntos. Assim que chegamos ao meu quarto, soltei um suspiro e me virei para Embry, o mesmo  me olhou com aquela expressão de preocupação que ele sempre tinha quando algo parecia fora do lugar. 

— Abby, está tudo bem? — ele perguntou suavemente, se aproximando e colocando as mãos no meu rosto, os polegares acariciando minha pele. 

Senti meu coração apertar, mas forcei um sorriso, tentando parecer convincente. 

— Claro. — menti descaradamente, mas o olhar dele me dizia que ele não acreditava em mim. Para evitar mais perguntas, me aproximei e dei um selinho nele, tentando desviar o foco. 

Depois, me aconcheguei, deitando a cabeça no ombro dele enquanto passava os braços ao redor de sua cintura. O calor de Embry sempre me fazia sentir um pouco mais segura, mas naquele momento, minha mente estava a mil. 

Eu não quero ficar na mesma casa que Phil...

Mais um capítulo amores espero que go
stem amores ♥️🥰♥️🥰♥️

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Até o próximo capítulo amores 🥰♥️

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