|Capítulo 26|
P.O.V Narradora
Na manhã seguinte, a casa dos Swan estava envolta em uma atmosfera pesada e silenciosa. O relógio na parede marcava o passar das horas, mas Charlie ainda não havia voltado. Ele estava na floresta, junto com alguns policiais e amigos, em uma busca que oficialmente era por um animal selvagem. Harry, que conhecia a verdade, tentava apagar as pegadas dos lobos para garantir a segurança da matilha, enquanto os lobos caçavam Victoria pela densa floresta.
Durante a perseguição, a mente de Embry estava longe dali. Ele corria entre as árvores, mas seus pensamentos estavam fixos em uma única pessoa: Abby. O plano que ele vinha formulando precisava ser colocado em prática, e a ansiedade o consumia a cada passo. No entanto, sua distração não passou despercebida pelos outros lobos, que podiam ler sua mente. Sam, deu uma ordem direta, trazendo Embry de volta à realidade.
— Embry, foco! — a voz autoritária de Sam ecoou em sua mente, arrancando-o de seus devaneios. Embry balançou a cabeça, tentando afastar os pensamentos sobre Abby e se concentrar na missão. Mas o nó em seu estômago não cedia, e ele sabia que, mais cedo ou mais tarde, teria que lidar com o que estava sentindo.
Enquanto isso, na casa dos Swan, Bella estava na cozinha, perdida em pensamentos enquanto empurrava distraidamente a comida em seu prato. A tensão entre ela e Abby era palpável, um abismo que se formara entre as irmãs. Bella estava sentindo um misto de raiva e tristeza. Ignorar Abby era o último recurso que Bella tinha para lidar com a dor de saber que poderia perder a irmã, mas cada segundo que passava a decisão parecia mais insuportável.
Abby entrou na cozinha, sentindo o peso do silêncio de Bella. Ela hesitou por um momento, esperando que Bella a reconhecesse, mas tudo o que recebeu foi o mesmo olhar distante e frio. Bella mantinha os olhos fixos no prato, como se ignorá-la fosse a única maneira de manter o pouco controle que ainda tinha.
Sem dizer uma palavra, Abby foi até o armário, abriu a porta e pegou uma caixa de cereal. O som da embalagem sendo aberta parecia ensurdecedor naquele silêncio opressivo. Abby lutava contra a tristeza que crescia em seu peito, desejando que Bella dissesse qualquer coisa, mas ela sabia que a situação entre elas era complicada.
Bella olhou de soslaio para a irmã, o conflito interno claramente refletido em seus olhos. Ela odiava tratá-la daquela maneira, mas a dor de pensar em Abby partindo era esmagadora.
— É assim que vai ser, então?—finalmente, Bella quebrou o silêncio, a voz um tanto amarga.—Você só vai continuar fingindo que está tudo bem?
Abby parou o que estava fazendo, respirando fundo antes de responder.
— Não estou fingindo nada, Bella. Eu só... — Abby hesitou, sabendo que qualquer coisa que dissesse poderia piorar a situação. — Eu só não sei como consertar isso.
— Talvez não haja o que consertar. — Bella respondeu, o tom mais frio do que ela pretendia. — Talvez você já tenha tomado sua decisão.
As palavras de Bella cortaram Abby como uma faca, mas ela sabia que Bella estava falando mais da dor do que com o coração. Ela queria encontrar uma maneira de consertar o que estava quebrado entre elas, mas, por ora, tudo o que restava era o silêncio e a distância crescente.
Abby suspirou, pegou sua tigela de cereal e saiu da cozinha, deixando Bella sozinha com seus pensamentos.
(...)
Aquela manhã foi estranhamente silenciosa. Nem Bella nem Abby saíram dos seus quartos, ambas perdidas em seus próprios pensamentos. Já passava das três da tarde quando Abby finalmente decidiu sair de seu quarto. Ela pegou sua mochila e, com um suspiro pesado, desceu as escadas em direção à sala. Algo dentro dela dizia que o pai não apareceria tão cedo, talvez algum imprevisto no trabalho tivesse surgido. Com essa ideia na cabeça, Abby foi até a cozinha, pegou uma folha de papel e uma caneta, e começou a escrever um bilhete.
"Pai, eu te amo Abby."
Ao se virar para colocar o bilhete em um lugar visível, Abby deu de cara com Bella, que estava parada na entrada da cozinha. Havia algo diferente no olhar da irmã, como se uma ideia insana tivesse tomado conta de sua mente.
— Onde você vai? — questionou Abby, sentindo uma preocupação crescente. Bella a olhou, seus olhos refletindo uma mistura de sentimentos conflitantes. Apesar de odiar a ideia de Abby voltar para Nova York, Bella se aproximou lentamente. E então, em um gesto inesperado, ela envolveu Abby em um abraço apertado, um abraço que parecia uma despedida. Abby ficou sem reação por um momento, surpresa com a mudança repentina de atitude de Bella. Só algumas horas antes, sua irmã estava furiosa com ela, e agora a abraçava com tanto carinho.— Você é bipolar, sabia? — murmurou Abby, tentando esconder a emoção em sua voz.Bella se afastou ligeiramente, olhando nos olhos da irmã. Havia uma intensidade ali que Abby não conseguia decifrar.
— Eu te amo. — Bella sussurrou, a voz carregada de uma sinceridade quase dolorosa. Em seguida, ela se afastou completamente e, sem dizer mais nada, saiu de casa.
Abby ficou parada no meio da cozinha, o coração apertado. Algo na maneira como Bella havia agido não parecia certo, e isso a deixou com um sentimento incômodo.
— Que você não faça nenhuma coisa idiota, Bella. — murmurou Abby para si mesma, sentindo um calafrio percorrer sua espinha.
(...)
A casa de Sam estava envolta em um silêncio pesado, preenchido apenas pelo murmúrio baixo das vozes da matilha. Todos estavam reunidos ali, absorvendo a triste notícia sobre Harry Clearwater. Oficialmente, a causa da morte era um infarto, mas os membros da matilha sabiam a verdade: Victoria era a responsável. A dor e a raiva pairavam no ar, intensificando o clima sombrio.
Embry estava afastado de todos, encostado na porta, os olhos fixos na floresta à frente. Sua mente estava longe, focada em Abby. Cada fibra do seu ser desejava estar ao lado dela, mas ele sabia que sua responsabilidade era com a matilha. Ele precisava estar ali, com seus irmãos.
Sam, percebendo o distanciamento de Embry, se aproximou, parando ao lado dele em silêncio por um momento. Ele observou o mais jovem com um olhar compreensivo, antes de falar.
— O amor nos deixa loucos, não é? — Sam comentou suavemente, sua voz carregada de uma sabedoria que Embry ainda estava começando a entender, o garoto virou o rosto para Sam, confuso. As palavras de Sam o pegaram de surpresa.
— O que você quer dizer? — Embry perguntou, tentando entender o que o Alfa estava insinuando, o mesmo manteve o olhar na floresta enquanto continuava.
— Um Imprinting é poderoso, Embry. É algo que nos conecta de uma forma que não podemos ignorar. Mas o amor, quando é verdadeiro, entre duas almas gêmeas, é ainda mais forte. Se você realmente ama alguém, precisa lutar por ela. — Sam fez uma pausa, virando-se para olhar Embry nos olhos. — Se você quer ir atrás dela, vá. Antes que seja tarde demais. Se você a ama, precisa correr atrás dela antes que perca sua única chance.
Embry abriu a boca para responder, mas hesitou. Ele sentia o peso da responsabilidade como membro da matilha, mas também a urgência de estar com Abby.
— Eu... não posso. — Embry começou a dizer, mas Sam o interrompeu.
— Isso é uma ordem do seu Alfa. Vá atrás da sua garota, Embry. — Sam disse com firmeza.
Embry olhou para Sam, processando suas palavras, antes de finalmente assentir. Sem dizer mais nada, ele se virou e correu em direção à sua moto. Subiu rapidamente na moto, o motor roncando alto.
— Onde o Embry está indo?—Jared, que estava mais perto, o viu partir e gritou para Sam, sem entender o que estava acontecendo.
— Atrás da garota dele—Sam, com um pequeno sorriso no rosto, respondeu calmamente..
Embry acelerou, a moto rugindo enquanto ele disparava pela estrada, o vento batendo em seu rosto. Havia apenas uma coisa em sua mente agora: Abby. Ele sabia que precisava encontrá-la, segurá-la, dizer o que sentia antes que fosse tarde demais.
Mais um capítulo amores,espero que gostem e me desculpem pelo erros de português amores ❤️ 🥰 ❤️ 🥰
Me 30 curtidas amores.
Até o próximo capítulo amores ❤️ ❤️
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