|Capítulo 14|


P.O.V Narradora

Na caminhonete, Abby abriu os olhos lentamente. Uma dor insuportável latejava em sua cabeça. Colocando a mão na testa, sentiu algo líquido escorrendo. Ao olhar para a mão, percebeu que era sangue. Desprendeu o cinto de segurança com dificuldade, abriu a porta do carro e caiu no chão, sua respiração pesada e irregular. Com muito esforço, ela se levantou e começou a caminhar cambaleando em direção à estrada.

Ao chegar na estrada, um carro que vinha lentamente a atingiu levemente, fazendo com que Abby caísse no chão novamente. O carro parou imediatamente, e um rapaz saiu em desespero ao ver a garota no chão.

— Ai Deus... eu te atropelei? — perguntou o rapaz, correndo até ela.

— Não, idiota. — sussurrou Abby sarcasticamente, tentando esconder a dor.

O rapaz se abaixou ao lado dela, notando o ferimento na testa de Abby. A chuva começou a cair novamente, pesada e fria. Sem pensar duas vezes, ele a pegou no colo.

— Vem, vou te levar para o hospital. — disse ele,enquanto a carregava até seu carro.

Abby tentou protestar, mas estava fraca demais. O rapaz a colocou no banco do passageiro e correu para o volante, ligando o carro rapidamente e partindo em direção ao hospital.

(...)

Na floresta, Embry e Sam se moviam rapidamente, os olhos atentos e os sentidos em alerta. Quando chegaram próximos ao local do acidente, Embry captou um leve aroma familiar que fez seu coração disparar.

— Eu sinto o cheiro dela! — disse Embry, a voz carregada de desespero.

— Mantenha a calma, Embry. Vamos encontrá-la. — respondeu Sam, tentando controlar a tensão na própria voz.

Embry não conseguiu esperar e saiu correndo na direção de onde o cheiro vinha, seus pés baterem forte contra o chão úmido da floresta. Sam correu atrás dele, tentando acompanhar o ritmo frenético do jovem lobo.

Chegando ao local do acidente, Embry viu a caminhonete de Bella batida contra uma árvore. Ele se aproximou rapidamente, farejando o ar com mais intensidade.

— Abby! — chamou ele, sua voz rouca e angustiada ao perceber que ela não estava lá.Sam chegou logo depois, observando a cena com uma expressão grave.

— Ela deve estar por perto. O cheiro ainda é recente. — disse Sam, tentando manter Embry focado.

— E se... e se algo aconteceu com ela? — Embry murmurou, a voz trêmula enquanto inspecionava o interior da caminhonete, vendo manchas de sangue no banco.

— Não pense no pior. Vamos continuar procurando. Ela não pode estar longe. — Sam afirmou, colocando uma mão firme no ombro de Embry para acalmá-lo.

Embry assentiu, tentando controlar o pânico que crescia dentro de si. Ele seguiu o cheiro, que levava para a estrada. Cada passo aumentava sua ansiedade, temendo pelo que poderia encontrar.

Quando chegaram à estrada, eles viram marcas de pneus frescas e, ao lado delas, pequenas manchas de sangue.

— Alguém deve tê-la encontrado e levado. — disse Sam, olhando para Embry.

— Então ela está viva... — suspirou Embry, um misto de alívio e preocupação em sua voz. — Temos que descobrir para onde a levaram.

— Vamos voltar e informar os outros. Precisamos de todos para ajudar. — Sam decidiu, guiando Embry de volta à floresta.

(...)

Charlie estava nervoso, o cenho franzido enquanto dirigia pela estrada molhada. A chuva havia voltado com força, dificultando a visibilidade e aumentando sua preocupação. Bella, sentada ao seu lado, segurava o celular, esperando por qualquer notícia.

De repente, o celular de Bella tocou, fazendo-a saltar. Ela atendeu rapidamente, reconhecendo o número de Jacob.

— Jacob? — disse Bella, sua voz tensa.

— Bella, Embry e Sam encontraram a caminhonete. Está batida contra uma árvore... mas ela não estava lá. — a voz de Jacob soou grave e preocupada.

Bella sentiu um frio percorrer sua espinha. Tentando manter a calma, ela olhou para o pai, que estava atento à estrada.

— Quem era? — perguntou Charlie, a voz carregada de ansiedade.

Bella hesitou por um segundo, desligando o telefone. Ela sabia que precisava proteger seu pai da preocupação excessiva, pelo menos até que tivessem mais informações.

— Era Jacob. Ele disse que eles e os outros ainda estão procurando por Abby. — mentiu Bella, tentando manter a voz firme.

Charlie apertou o volante com mais força, os nós dos dedos ficando brancos.

— Vamos encontrá-la, Bella. — disse ele, mais para si mesmo do que para ela.

Bella assentiu, olhando para a estrada escura e molhada. Cada segundo que passava parecia uma eternidade, e a preocupação por Abby crescia em seu peito. Ela sabia que Jacob, Embry, Sam e os outros estavam fazendo tudo o que podiam, mas o medo de que algo grave tivesse acontecido era esmagador.

Enquanto continuavam a busca, Bella não podia deixar de se sentir impotente. Ela olhou para o pai, vendo o mesmo desespero em seus olhos.

— Vamos encontrar Abby. — repetiu Charlie, quase como uma prece.

Bella segurou a mão de seu pai por um momento, um gesto silencioso de apoio e esperança. Eles tinham que acreditar que tudo ficaria bem, que Abby estaria segura. Era a única coisa que os mantinha em movimento na escuridão da noite chuvosa.

(...)

Abby estava deitada em uma cama de hospital, sentindo a dor de cabeça pulsar intensamente. O quarto era pequeno e iluminado por uma luz suave, criando um ambiente quase acolhedor, se não fosse pelas circunstâncias. A médica, uma mulher de meia-idade com expressão preocupada, estava examinando Abby atentamente.

— Como está se sentindo, querida? — perguntou a médica, ajustando o estetoscópio ao redor do pescoço.

— Minha cabeça ainda dói muito. — respondeu Abby, tentando se manter calma apesar do desconforto.A médica franziu a testa, parecendo considerar a situação.

— Acho melhor você ficar aqui no hospital por enquanto, para observação. — disse a médica, anotando algo no prontuário.Abby suspirou, resignada. Nesse momento, a médica levantou os olhos.

— Seu namorado está na recepção, ele pode entrar para te ver?— perguntou ela.

— Namorado?—Abby olhou para a médica, surpresa—Eu não tenho namorado.

— Desculpe, deve ter sido um mal-entendido— a médica pareceu confusa por um momento, depois sorriu suavemente.— Qual é o seu nome completo, querida?

— Abigail Swan. — respondeu Abby, ainda tentando processar tudo o que havia acontecido.

— Swan?—a médica arregalou os olhos, a surpresa evidente em seu rosto.—Você é filha do Xerife Charlie Swan?

— Sim, sou.—Abby assentiu, confirmando.

— Com licença, Abigail.

—Vou sair um momento, mas voltarei logo. — disse a médica, apressando-se para sair do quarto.

Abby ficou ali, sozinha, tentando juntar as peças do que havia acontecido. O silêncio do quarto era interrompido apenas pelo som distante de passos e vozes no corredor. Ela sabia que seu pai logo descobriria onde ela estava, mas o que mais a preocupava era o que aconteceria depois. A lembrança da mulher ruiva e a sensação de estar sendo observada a deixavam inquieta.

(...)

O coração de Charlie disparou ao receber a ligação de Billy. A notícia de que haviam encontrado a caminhonete de Bella batida em uma árvore o deixou atordoado. Sem perder tempo, ele saiu em disparada para o local do acidente, dirigindo sob a chuva torrencial.

Ao chegar, Charlie avistou Billy e Jacob já presentes, com semblantes sérios. Sam, Paul e Jared estavam usando suas forças combinadas para trazer a caminhonete de volta para a estrada. O cenário era caótico, com a chuva forte e as luzes dos faróis iluminando a cena do acidente.Charlie saiu do carro apressado, com o coração na boca.

— Onde está minha filha? — perguntou ele, olhando ao redor desesperado.

Billy e Jacob trocaram olhares, sem saber como responder de imediato. Foi Sam quem finalmente se aproximou de Charlie.

— Xerife, sentimos muito, mas não encontramos ninguém no carro. — disse Sam, com a voz grave.

Charlie passou a mão pelos cabelos, nervoso e tentando processar a informação.

— Como assim? Ela estava dirigindo essa caminhonete! — exclamou ele, sentindo o pânico crescer.Jacob deu um passo à frente, tentando acalmar o xerife.

— Charlie, vamos encontrá-la. Ela pode ter saído para procurar ajuda. — sugeriu ele, tentando manter a voz firme.

— E se algo aconteceu com ela? — Charlie disse, a voz embargada. — A chuva está piorando, e ela está machucada.—Billy se aproximou do amigo.

— Estamos todos procurando por ela. Vamos encontrá-la, Charlie. — garantiu Billy, com convicção.

O celular de Charlie tocou, e ele rapidamente o pegou, atendendo com mãos trêmulas. Bella, ao lado da caminhonete danificada, olhava para o veículo com um sentimento de culpa esmagador. Ela estava rezando silenciosamente para que sua irmã estivesse bem.

— Alô? — disse Charlie, ansioso.

Uma voz do outro lado da linha informou que Abby estava no hospital. Charlie soltou um suspiro de alívio e olhou para todos ao redor.

— Abby está no hospital. — anunciou ele, a voz carregada de alívio.

Todos ao redor, incluindo Embry, Bella, Billy, Jacob, Quil,Sam, Paul e Jared, sentiram um peso enorme ser retirado de seus ombros. Embry, especialmente, sentiu um alívio imenso ao ouvir a notícia, quase desabando de tanto nervosismo contido.

— Precisamos ir logo. — disse Bella, ansiosa, já se encaminhando para o carro de Charlie.

— Obrigado pela ajuda, pessoal. — disse Charlie, grato, enquanto se preparava para ir ao hospital. — Vou para lá agora.Billy e Sam trocaram um olhar cúmplice antes de Billy falar.

— Vamos também, Charlie..— responderam juntos.Sam, observando a ansiedade evidente de Embry, acrescentou.

— Embry, vá com Charlie. Sei que você quer ver Abby. Nós cuidaremos de tudo por aqui.—disse Sam.

Embry olhou agradecido para Sam e Billy. Ele não precisava de outra palavra de incentivo. Sem hesitar, ele entrou no carro de Charlie, preparado para ver Abby o mais rápido possível. Bella já estava sentada no banco de trás com Embry.

Charlie ligou o motor, e o carro acelerou pela estrada molhada, as luzes dos faróis iluminando o caminho escuro e chuvoso.

Dentro do carro, o silêncio era pesado, carregado de preocupações e alívio simultâneos. Charlie olhou pelo retrovisor, observando Bella e Embry.

— Ela vai ficar bem, vocês sabem disso, né? — disse ele, tentando confortar a si mesmo tanto quanto aos outros.

— Ela é forte, pai. — respondeu Bella, tentando soar confiante.

— Vou pedir desculpas a ela.— munurrou Embry pra si mesmo.

(...)

No hospital, Embry estava inquieto na recepção, andando de um lado para o outro enquanto esperava por notícias de Abby. Sua ansiedade era evidente, cada movimento seu revelava a preocupação que sentia. Bella e Charlie subiram até o quarto onde Abby estava internada.

Dentro do quarto, Abby estava deitada na cama com a testa enfaixada e um curativo no braço. Charlie estava sentado em uma cadeira ao lado da cama, segurando a mão da filha, enquanto Bella se sentava na beira da cama, tentando oferecer algum conforto.

— Que bom que você está bem, querida. — disse Charlie, com alívio na voz, apertando levemente a mão de Abby.

— Eu estou bem, pai. Foi só um susto. — respondeu Abby, tentando sorrir para tranquilizar o pai.

Charlie olhou para Bella, que acenou com a cabeça, confirmando que ambos estavam aliviados. Então, ele voltou sua atenção para Abby, querendo entender o que havia acontecido.

— O que aconteceu, Abby? Como você perdeu o controle da caminhonete? — perguntou Charlie, preocupado.

Abby hesitou por um momento, sabendo que não podia contar toda a verdade, sobre a mulher que viu.

— Eu... eu estava dirigindo devagar por causa da chuva. — começou Abby, tentando soar convincente. — De repente, algo passou na frente do carro, acho que um animal. Virei o volante e acabei perdendo o controle, saí da estrada e bati em uma árvore.

Charlie franziu a testa, preocupado, mas não duvidava da filha. Ele suspirou, aliviado que o acidente não tivesse sido pior.

— Que bom que você está bem, isso é o que importa. — disse ele, tentando esconder o medo que ainda sentia.Bella, ao lado da irmã, acariciou o cabelo de Abby, tentando confortá-la, a ruiva olhou para Bella com um olhar de culpa.

— Desculpa pela caminhonete, Bella. — disse Abby, com um tom arrependido,
Bella balançou a cabeça, sorrindo levemente.

— A caminhonete não importa, Abby. O que importa é que você está bem. — respondeu ela beijando cuidadosamente a testa da irmã.— Ah pai, você não quer tomar um café? — sugeriu Bella, olhando para Charlie que franziu a testa, inicialmente confuso, mas logo entendeu a intenção da filha.

— Claro, Bella. Um café seria ótimo. — disse ele, levantando-se da cadeira.Abby olhou para os dois, confusa— Voltamos logo, bebê do papai. — disse Charlie, beijando a testa de Abby antes de sair do quarto com Bella.

Na recepção, Embry estava visivelmente nervoso, andando de um lado para o outro. Ele sentia o olhar do rapaz que havia trazido Abby ao hospital, mas tentava ignorá-lo. Quando Charlie e Bella se aproximaram, Embry foi direto ao ponto.

— Como ela está? — perguntou Embry, a preocupação evidente em sua voz.

— Ela está bem, só com um corte na testa. — respondeu Charlie, tentando tranquilizá-lo. — Aliás, poderia ficar com ela um momento?

— Irei levar Charlie para tomar um café. — murmurou Bella, dando um leve sorriso para Embry.

— Claro, eu fico com ela. — respondeu Embry, aliviado por finalmente poder ver Abby.

(...)

No quarto, Abby estava perdida em pensamentos, olhando para a parede. A porta se abriu silenciosamente e Embry entrou. O olhar dela imediatamente se voltou para ele, uma mistura de emoções passando por seu rosto. Embry colocou as mãos nos bolsos do blusão e se aproximou da cama, sentando-se com cuidado ao lado dela.

— Oi. — disseram ambos simultaneamente, suas vozes se sobrepondo de maneira quase cômica. Abby abaixou o olhar, sem saber exatamente o que dizer.Embry suspirou, tentando encontrar as palavras certas.

— Me desculpe por hoje mais cedo. — começou ele, e Abby levantou o olhar, arqueando uma sobrancelha. — E me desculpe por ter sido um grande babaca também, por ter sumido e por aquele dia na praia. — completou, sua voz carregada de sinceridade. — É que rolou tanta coisa...

Embry tirou as mãos dos bolsos e pegou na mão dela, fazendo um carinho suave. Abby sentiu a sinceridade no toque dele, e a tensão em seu corpo começou a relaxar.

— Você me deixou preocupado. — disse ele, os olhos fixos nos dela.Abby sentiu um calor familiar se espalhar pelo seu peito. Ela sabia que havia sido difícil para ele admitir seus erros.

— Você realmente foi um idiota. — disse ela, abrindo um sorriso sincero. — O que aconteceu com você? — perguntou ela, se sentando na cama com dificuldade. Embry abriu e fechou a boca, lutando para encontrar as palavras certas. Como ele poderia explicar tudo sobre ser um metamorfoseador, as lendas, e tudo mais que envolvia sua transformação, e principalmente sobre o Imprinting?

— É difícil de explicar. — murmurou ele, sua voz baixa e hesitante. Abby se inclinou mais perto, diminuindo a distância entre eles. A proximidade fez Embry ficar nervoso, e ele tentou se ajustar na cama, o que resultou em ele quase caindo.Ela riu, um som leve e alegre.

— Embry, você tá bem? — ela perguntou, olhando para ele ainda jogado no chão, com um sorriso brincalhão nos lábios.Embry riu junto, sentindo a tensão se dissipar.

— Sim, estou bem. — respondeu ele, se levantando e voltando a sentar na cama ao lado dela.

Pela porta, Bella observava discretamente a interação entre sua irmã Abby e Embry. Ela não pôde deixar de sorrir ao ver a cena se desenrolar diante de seus olhos.

Mais um capítulo amores,espero que gostem e me desculpem pelo erros de português amores ❤️ 🥰 ❤️ 🥰

Me 15 curtidas amores.

Será que os 3k vem aiii???

Até o próximo capítulo amores ❤️ ❤️

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