|Capítulo 10|
P.O.V Abigail Swan
Nem tive cabeça para ir atrás de Bella e Jacob. Tudo o que eu queria era voltar para casa e ficar sozinha. Então foi exatamente isso que fiz. Caminhei bastante até chegar em casa, e quanto mais andava, mais frustrada eu ficava. Assim que entrei, bati a porta com força. O que diabos tinha acontecido com Embry?
Subi as escadas com passos pesados e fui direto para o meu quarto. Sem pensar duas vezes, me joguei na cama, soltando um suspiro. O som abafado do colchão contra meu rosto parecia o único conforto naquele momento. Tudo estava confuso, e eu não conseguia entender por que Embry agia daquele jeito. Ele simplesmente sumiu, depois reapareceu para me dizer para me afastar. Não fazia sentido. E eu só queria uma resposta.
Sentei-me na cama, esfregando as mãos no rosto, tentando organizar os pensamentos.
—Ah, isso não vai ficar assim... eu vou descobrir.—murmurei para mim mesmo, a determinação crescendo a cada segundo. Embry não podia simplesmente desaparecer e depois agir como se nada tivesse acontecido. Eu precisava de respostas, e estava disposta a fazer o que fosse necessário para consegui-las.
P.O.V Narradora
Na casa da Emily, Embry andava de um lado para o outro, claramente nervoso, deixando todos os outros desconfortáveis, especialmente Sam, que observava o comportamento do garoto com preocupação.
—Embry! Quer parar com isso?— Sam finalmente falou, com a voz firme. Embry parou e olhou para o alfa, um pouco confuso.—Desde a conversa com a Abby, você está agindo estranho... o que aconteceu?—ele abriu e fechou a boca várias vezes, sem saber como responder. Emily se aproximou, colocando mais comida na mesa.
—Teve um imprinting com ela, né?— Emily disse com a maior naturalidade do mundo. Todos os rapazes olharam para Embry, que ficou visivelmente envergonhado.
—Teve um imprinting com a Swan ruiva?—provocou Paul, e foi nesse momento que a ficha caiu para Embry.
—Eu tive um imprinting com a Swan?— murmurou Embry, ainda tentando processar a ideia.—Droga... espera, eu tive um imprinting? E antes do Jacob?
—Jacob ainda não se transformou, isso não conta.—disse Quil, enquanto Embry se sentava em uma cadeira, passando a mão na testa, como se tentasse achar uma solução para o problema.
—O que eu vou fazer? Ela é minha melhor amiga. E eu sumir sem dar resposta, e ainda ajo como um idiota com ela hoje.— assim Embry terminou de falar, Quil deu um tapa na cabeça dele, provocando um resmungo de dor.
—Você é um idiota!—murmurou Quil. —Todo mundo aqui sabe que você é apaixonado pela Abby desde os 10 anos de idade.—Embry cruzou os braços, claramente envergonhado.
—E, cara, você nunca soube disfarçar.— disseram Paul e Jared juntos, divertindo-se com a situação.
—Seja homem e vai falar com ela— disse Sam, encarando o garoto com seriedade.
—O que eu vou dizer? Contar a verdade? 'Ei, Abby, sou meio lobo, tenho uma alcateia, e tive um imprinting por você'?— questionou Embry, parecendo completamente perdido.
—Não parece uma ideia tão ruim— murmurou Emily.
— Se ela quiser ver ele, isso sim— comentou Quil, provocando risadas discretas entre os rapazes.
(...)
À noite, Abigail estava em um sono profundo, os cabelos espalhados pelo rosto. Embry abriu a janela sem fazer barulho, entrando no quarto com passos suaves. Ele caminhou lentamente até ela, observando-a dormir, um sorriso discreto nos lábios. Com cuidado, afastou os fios de cabelo que cobriam seu rosto, e ela se mexeu ligeiramente, abrindo os olhos.
Abigail, ainda sonolenta, acendeu a luminária, mas não havia ninguém no quarto, apenas a janela aberta deixando entrar a brisa noturna. Ela franziu a testa, confusa, e tirou as cobertas, calçando suas pantufas antes de se levantar da cama. Caminhou até a janela, ainda meio grogue, e colocou a cabeça para fora.
Lá embaixo, entre as sombras da floresta, estava Embry, olhando para cima. Ele acenou de forma discreta, quase imperceptível, mas o sorriso em seu rosto era claro. A surpresa deixou Abigail sem palavras por um momento, mas então ela sorriu de volta, intrigada e encantada pela presença inesperada dele.
Abigail se afastou da janela, com um misto de curiosidade e incerteza. Caminhou até a porta do quarto, abrindo-a com cuidado para não fazer barulho e saiu do quarto.Desceu as escadas silenciosamente, o piso de madeira rangendo levemente sob seus pés descalços, e chegou até a porta dos fundos. Ela a abriu devagar, espiando a escuridão do lado de fora.
Mas Embry já havia partido. Ela olhou em volta, esperando encontrá-lo escondido entre as sombras, mas não havia sinal dele. Decepcionada, cruzou os braços e soltou um suspiro, a brisa fria da noite tocando seu rosto.
Ainda imaginando se Embry poderia estar escondido em algum lugar, ela decidiu entrar na floresta. Os sons noturnos a cercavam enquanto ela caminhava entre as árvores, sentindo o cheiro fresco do bosque. O chão estava úmido sob seus pés, e ela seguia procurando qualquer movimento ou som que indicasse a presença de Embry. Mas ele parecia ter desaparecido na noite.
(...)
No meio da floresta, Abigail percebeu que tinha andado demais e agora estava perdida. O arrependimento a atingiu com força. Parada entre as árvores, ela olhou ao redor, sem ideia de para onde ir. A noite estava escura, e a escuridão só aumentava sua ansiedade.
—Ótimo...—murmurou para si mesma, tentando decidir o que fazer.—Para onde agora? Esquerda ou direita?—ela apontou entre as direções, mas tudo parecia igual.—Ah, eu não sei— ela exclamou, levantando os braços em frustração. —Quero um sinal!
No momento em que falou, um som veio de trás dela, um farfalhar sutil, mas suficiente para fazer seu coração disparar. Virou-se abruptamente, o medo crescendo dentro dela, e encarou uma figura feminina com olhos vermelhos. A imagem era aterrorizante. Um grito escapou dos lábios de Abigail, tão alto que ecoou pela floresta. Em seu pânico, ela tropeçou nos próprios pés e caiu ao chão, o impacto sendo amortecido pelo solo coberto de folhas.
A figura de olhos vermelhos avançou um passo, cada movimento lento e calculado. Abigail tentou se arrastar para trás, mas estava paralisada pelo medo. A floresta parecia se fechar ao seu redor, o silêncio sendo quebrado apenas pelo som de seu coração acelerado.
(...)
Embry caminhava pela floresta, xingando-se mentalmente por ter saído daquela forma. Ele sabia que deveria ter conversado com Abigail, em vez de simplesmente desaparecer. Cada passo era um lembrete do quanto ele estava sendo covarde.
—Por que não falei com ela? Idiota, idiota, idiota...—ele repetia para si mesmo.
No instante em que ouviu o grito dela, seu coração deu um salto, um frio percorreu sua espinha. Ele parou por um segundo para localizar a direção do som, então virou-se e começou a correr. Não havia tempo a perder. No momento em que deu o primeiro pulo, seu corpo mudou; músculos alongaram, pêlos cresceram, e sua mandíbula se alargou. Ele se transformou em lobo no ar, suas patas tocando o chão com força, deixando marcas profundas no solo.
O medo por Abigail impulsionava cada passada, as árvores passavam rápido ao seu redor enquanto ele corria em direção ao grito. Cada movimento era ágil e preciso, seus sentidos aguçados para detectar qualquer ameaça à garota. Ele sabia que tinha que chegar lá o mais rápido possível. Nada importava mais do que protegê-la.
(...)
Abigail estava imóvel, encarando a mulher com olhos vermelhos, seu corpo tremendo de medo. Victoria, a vampira, se abaixou para ficar à altura de Abigail, sua mão gelada tocando a bochecha da garota. O coração de Abigail batia cada vez mais rápido, quase saindo do peito.
—Você é parecida com ela.—comentou Victoria, deixando Abigail confusa e ainda mais aterrorizada. A garota tentou responder, mas sua voz não saiu; estava paralisada pelo medo.
Antes que Victoria pudesse fazer algo mais, um grande lobo cinza surgiu do nada, saltando sobre a vampira e tirando-a de cima de Abigail. O choque paralisou Abigail enquanto via a cena se desenrolar diante de seus olhos. O lobo ficou entre ela e Victoria, rosnando com força, mostrando os dentes afiados.
Victoria se levantou com um olhar furioso, encarando o lobo. A tensão era palpável. Abigail ainda estava caída no chão, mas o medo agora se misturava com um sentimento de alívio.
O rosnado de Embry aumentou em intensidade, um som ameaçador que ecoou pela floresta, fazendo Victoria recuar alguns passos antes de desaparecer em alta velocidade. Assim que ela sumiu, o lobo cinza se virou para encarar Abigail, que ainda estava sentada no chão, chocada e sem palavras. Ela percebeu que aquele era o mesmo lobo dos seus sonhos.
Abigail tentou se levantar, mas sua perna cedeu, e ela caiu de bunda no chão, sentindo uma dor aguda no tornozelo.
—Droga.—sussurrou ela, massageando o tornozelo. O lobo se aproximou, colocando uma pata sobre sua coxa, como se quisesse confortá-la. Ela olhou para ele, um pouco surpresa, e viu que ele estava apontando com a cabeça para ela subir em suas costas.—Você quer que eu... espere, desde quando lobos não atacam humanos?— perguntou, ainda mais confusa. A ideia de subir em um lobo gigante era assustadora, mas havia algo familiar naquele olhar, uma sensação de que ela podia confiar nele.
Mesmo com dificuldade, ela conseguiu se levantar e, com um pouco de esforço, subiu nas costas do lobo. Ele esperou até que ela estivesse segura, então começou a andar, movendo-se com cuidado pelo terreno irregular da floresta. Abigail segurava firme no pelo dele, seu coração ainda batendo rápido, mas agora a adrenalina estava começando a ceder, dando lugar a um certo alívio. Ela não sabia para onde estavam indo, mas sentia que o lobo sabia exatamente o que estava fazendo. E, estranhamente, ela confiava nele.
Mais um capítulo amores,espero que gostem e me desculpem pelo erros de português amores ❤️ 🥰 ❤️ 🥰
Me 15 curtidas amores.
Até o próximo capítulo amores ❤️ ❤️
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