034
Becca caiu no chão morta, olhei horrorizada para seu corpo assim como todos.
Corri até lá, me abaixei ao seu lado.
- Cassie! Sentiu minha falta?— ouvi um microfone e a voz da Victoria.
eu não conseguia respirar, minhas mãos tremiam e eu ainda olhava para o corpo da Becca.
- não, não, não.— repetia.
Vi Maddy chorando porém correu e pegou as crianças.
Elas correram para algum lugar e Mason pegou minha mão correndo também.
Dei a mão para Miguel e corremos.
Miguel decidiu se esconder sozinho por algum motivo, eu não quis mas mason me puxou.
Eu e Mason nos escondemos dentro de um armário em um quarto.
- tá se escondendo? Qual é! Quando fugiu de mim e me traiu não se escondeu né?— a voz dela ecoava depo microfone.
Minha mente estava longe, estava em Becca, nela caindo.
"Um dia eu vou morrer— Becca falou"
Para!- falei
Eu vou, e você vai ser a última sobrevivente Cassie!—"
Não, eu não vou deixar isso acontecer.
Tiros começaram a ser ouvidos, muitos parecendo que eram de metralhadora ou algo assim.
Olhei assustada para Mason, ele me olhou do mesmo jeito.
- vai ficar tudo bem, eu tô aqui, vai ficar tudo bem.— ele sussurrou.
Tudo se acalmou por um tempo.
30 minutos e nada.
- acabou?— mason sussurrou.
Não acho que tenha acabado.
- vamos checar!— mason falou saindo do armário.
- tá doido?— falei.
Ele saiu na frente e eu fui atrás dele.
Olhei pela janela vendo apenas os corpos das pessoas que morreram por zumbis.
Mason parou atrás de uma janela, olhei para dentro vendo que não tinha nada.
Vi um zumbi se aproximar, antes que ele fizesse algo eu o matei.
- tá vazio!— ele falou.
- é melhor não irmos!— falei mas ele não me ouviu.
Ele deu um passo para frente.
Assim que ele olhei para o pátio, paralisou e voltou.
Olhei para ele.
Vi seus olhos se encherem de lágrimas e fui para frente.
Ele tentou me segurar mas eu vi.
Maddy e jade, mortas.
Jogadas no chão.
Coloquei a mão na boca horrorizada, meus olhos encheram d'água mas nenhuma saiu.
Oque diabos eu fiz.
- vamos fugir! Tem uma saída ali.— mason falou com lágrimas na bochecha.
Assenti, ele me deu a mão e corremos, passamos por uma parte mais escondida, mas eu olhei vendo Miguel ali no chão, sangue escorria fazendo uma poça no chão.
- Cassie.— mason me chamou.
Dei passos para trás indo embora.
Um tiro foi desperado em minha direção, mas antes que eu pensasse em algo vi mason me abraçando.
A bala acertou seus coisas fazendo com que um impacto forte me fizesse perceber oque aconteceu.
Me dei conta de tudo e rapidamente segurei a cabeça do Mason enquanto ele caia no chão.
Cai junto com ele o segurando, fiquei de joelhos sem saber oque fazer.
Sangue escorreu em sua boca.
Abracei seu corpo, minha boca tremia de choque.
Olhei em minha volta, e ali eu realmente percebi que estava sozinha.
Todos morreram, todos que eu amava.
- ca-ssie!— mason chamou.
- fica comigo, fica comigo!— falei e uma lágrima caiu.
-por, favor, não desmorone, eu não aguento ver seu coração partido.— falou com dificuldade.
- parece que o tempo não está ao nosso favor, isso não é um adeus, é somente um revejo mais tarde!— ele falou e uma lágrima desceu em sua bochecha.
- eu não me arrependo de nada, cada palavra que eu falei, você sabe que sempre será verdade, significa o mundo pra mim ter você na minha vida.— ele falou e eu comecei a chorar.
- eu te espero na próxima vida, porque, Cassie, sempre foi você é nunca parou de ser você!— ele falou e eu deitei minha cabeça em sua barriga chorando.
Ele fechou os olhos, não existia mais o Mason.
- Cass.— ouvi Miguel chamar.
Olhei rápido para ele.
- Miguel, eu vou te ajudar, fica comigo tá bom, fica aqui!— falei chorando.
- Cassie não, eu tô bem, é confortável, eu não aguento, viver nesse mundo é difícil, e eu não aguento, não somos sobreviventes mas nós não vivemos, Cassie sobreviver não é viver! E eu tô cansado!— ele falou.
- Cassie, você é sempre vai ser minha irmã, e saiba que eu te amo.— ele falou e fechou os olhos.
Sentei no chão, fiquei uns segundos até que minha mente realmente processou oque aconteceu.
- não, não!— gritei.
- não é justo, não é justo, não em deixem aqui, me matem também, porque vocês não me matam também.— chorava.
- qual é do seu problema Victoria, oque eu te fiz caralho, você tirou a minha vida, porque não me mata de uma vez!— chorava ainda mais.
- você é um monstro você é um monstro que merece pagar, eu vou te matas sua filha da puta!— falei com todo meu ódio.
- tia!— uma voz mais do que famíliar me chamou.
Virei na maior velocidade que eu consegui e vi ela ali com a mão na barriga enquanto sangue jorrava.
- não, Melanie você não, você não pode, não.— falava várias vezes.
- tia, eu não quero morrer!— ela começou a chorar.
- eu só quero minha amiga Jade de volta, eu quero você de volta, eu quero a tia Brooke e a tia Becca, eu quero todo mundo de volta, porque minha vida tem que ser tão ruim, porque a Victoria tem que estragar minha vida desde que eu nasci.— ela falou ajoelhando no chão.
Eu também estava ajoelhada.
- Melanie, eu não aguento mais ficar aqui, eu não suporto.— falei baixo.
A dor era tão grande que eu não sabia como reagir, meus olhos pesavam, minha cabeça rodava e eu só queria morrer.
Melanie correu até mim, ela me abraçou, e novamente eu perdi tudo quando deram um tiro matando Melanie.
Não tive reação.
Eu quero chorar e gritar, colocar tudo para fora.
O corpo dela caiu ao meu lado, olhei para ele e lágrimas desceram abracei seu corpo gritando, gritei várias vezes mas era como se minha voz estivesse no mudo e a dor não conseguisse ir embora.
Dei outro grito mais algo ainda.
Olhei para todos os corpos, Maddy, Becca, mason, Miguel... Jade.
Melanie.
Peguei a câmera que estava ali no chão, a que Mason falou.
Fiquei em pé.
Dei alguns passos xingando tudo oque via, peguei uma estátua que tinha ali e dei um grito quebrando ela na parede.
- se até agora, eu estava sendo a vítima, a partir de agora eu vou ser a vila, e você vai morrer sua filha da puta.— falei com todo o ódio do meu corpo, um ódio que eu nunca tinha sentido antes.
Peguei uma pistola, um facão, uma mochila e a câmera.
Amarrei o cabelo e sai dali olhando para os corpos.
Lágrimas desceram.
- eu vou vingar vocês, eu amo vocês!— falei com os lábios tremendo por conta do choro.
Eu posso morrer nisso, e eu realmente espero que eu morra, não tenho nada mais a perder.
Sai da comunidade e em alguns minutos já estava pulando I muro de Hotop.
Não tinha plano, e nem queria ter, o plano e matar a vagabunda, se não der certo eu morri, só vejo vantagem.
Entrei vendo seguranças virem, peguei o facão e o Machado, meus olhos queimavam de ódio.
Segurei firme o facão e cortei a cabeça de alguns seguranças.
Matei vários, a parede branca da mansão agora estava vermelha.
Cheguei na porta da Victoria, tentei abrir mas ela tinha trancado.
Meu ódio aumentou ainda mais e eu segurei o Machado com toda minha força.
Bati na porta fazendo um buraco se abrir, bati na porta mas umas vezes e consegui passar pelo buraco.
Olhei para a sala vendo ela com uma arma apontada.
Apertei ainda mais o Machado.
- FILHA DA PUTA!— gritei indo para cima.
Ela atirou pegando de raspão em minha barriga.
Bati o Machado em seu braço e ela gritou.
- sabe oque você merece? Sofrer, e é isso que você vai, vai sofrer antes de eu te matar.— falei batendo sua cabeça na quina da mesa quebrando seu nariz.
Ela caiu no chão com o nariz sangrando.
- que foi? Se escondeu e quando todos morrem, quer se vingar?— ela falou e levou um murro.
Peguei minha fama e dei uma fala cada nela.
Outra e outra.
Ela gritava de dor.
- que foi? Agora que tá pagando tá sofrendo? Você tinha que sofrer a sua vida toda e ainda não seria o suficiente, sabe oque você merece?— falei.
- você merece degree tudo oque fez comigo e com minha família, mas eu não vou perder meu tempo com um lixo que nem você, então, esse é seu fim.— falei e mordi seu pescoço tirando um pedaço.
Cuspi e vi o sangue jorrar.
Dei mais outras facadas nela, muitas.
Até que ela morreu.
Levantei mas não estava satisfeita.
Caminhei até sua mesa onde tinha uma espada na qual estava em um vidro.
Peguei ela e andei até Victoria e logo cortei sua cabeça.
Peguei a cabeça e segurei pelos cabelos.
Coloquei a cabeça em cima da mesa.
Fui até minha mochila e peguei a câmera.
Sentei no canto da sala, todo o ódio tinha passado e agora só restou a tristeza.
Abri ela me gravando.
"Há tantas coisas que eu quero dizer, mas eu não sei como começar, bem vindo ao futuro, é como o presente, só que mais fudido." Falei olhando para a câmera.
"Eu não sabia o porque disso, nem o porque eu me sentia assim, mas agora eu sei, porque tô tão mal. Eu conto as horas para chegar à noite, durante o dia eu só tento não tá assim, e quando chega eu deito na cama, e me pergunto: quando isso acaba? Isso é justo? Eu mereço isso?" Falei chorando.
" e então eu começo a chorar querendo que esse sentimento suma"
"Eu já tive minha vingança, estou sozinha, mas não tenho coragem de tirar minha vida, então eu só queria que alguém entrasse aqui agora e me matasse"
Desliguei.
Abri a galeria vendo os outros vídeos.
"Oi Cassie! A gente nem namora mais, mas volta pra mim, eu não te trai não, volta pra mim" Mason falava no vídeo.
"Manda beijo para o vídeo!"
"Beijinho vídeo, amo você" Jade e Becca falavam.
A câmera começou a dar defeito.
De repente uma voz saiu dela.
- você concluiu, parabéns, mas precisa acordar!— a voz falou.
Abri o olho vendo que eu estava em um carro.
Estranhei e olhei para o lado.
Tinha outra de mim ali, mas ali era eu de 15 anos, eu estava diferente.
Ela gritava com alguém, olhei para a frente vendi meus pais ali.
- QUER MESMO SABER QUAL MEU PROBLEMA? VOCÊS, VOCÊS SÃO MEUS PROBLEMAS! VOCÊS NAO ESTÃO NEM AI PARA MIM! NAO SE IMPORTAM NEM UM CARALHO DE MERDA!— eu gritava.
- eu me importo pra caralho com você Cassie!— meu pai gritou.
- VOCÊS NAO DEVIAM TER FILHOS SE VÃO ABANDONAR TODOS ELES, PORQUE A GENTE FICA ACHANDO QUE A CULPA É NOSSA, A VIDA TODA!— eu gritei novamente.
Meu pai desviou o carro de repente quase batendo mas conseguiram sair sem bater. Até que uma luz forte se fez presente no vidro, todos olharam e antes que pudessem ver, o caminhão bateu no carro.
Algumas horas depois a eu de 15 anos acordou toda ensanguentada e olhou para a situação dos pais, começou a chorar mas logo desmaiou.
De repente eu abri meus olhos vendo que estava em uma sala de hospital.
Meus olhos ardiam e minha garganta tava seca.
Senti um peso em meu braço e olhei vendo um menino de cabelo loiro sentado ali com a cabeça deitava no meu braço.
Ele me olhou e se assustou quando me viu acordada.
- Cassie?— ele falou eufórico e logo deu um sorriso.
Era Harry, meu irmão.
- oque aconteceu?— perguntei.
- você tava em cima, a 2 anos!— ele falou e eu paralisei.
Lembro de flashbacks de zumbis e um cabelo cacheado.
DHORAS DEPOIS
Harry tinha me explicado.
Eu estava no carro com nossos pais quando um acidente aconteceu.
Só eu sobrevivi porém fiquei em coma.
Mas aquilo dos zumbis, parecia bem real.
3DIAS DEPOIS.
Ainda estava no hospital.
Chorava todo dia por me sentir culpada pela morte dos meus pais
Estava em observação.
Levantei indo até a máquina de comida que tinha no hospital .
Coloquei o dinheiro nela para poder pegar um suco porém não saiu.
- merda!— falei..
Um garoto chegou do meu lado ele tinha o cabelo cacheado e era alto e chutou a máquina fazendo com que caísse mais do que deveria.
- obrigada.— falei.
Ele estava com um gesso no braço e um negócio no pescoço.
Dei de costas e ele me chamou.
- ei, a gente se conhece? Você é familiar também.— falei
- eu acho que sim, também tive essa impressão.
- você quer, dar uma volta pelo hospital?— ele perguntou e eu assenti.
Começamos a andar e conversarmos.
- quer sair pra jantar quando você sair daqui?— ele perguntou.
FIM
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