𝐂𝐀𝐑𝐃𝐈𝐆𝐀𝐍 🌾

🥞 Capítulo dois;

"Eu te conhecia, me deixando como um pai, correndo como água."

Betty, muito antes daquele verão.

A

cafeteria de esquina era onde Betty passava grande parte do seu tempo, muitos conhecidos costumavam passar por lá, mas ninguém ficava tanto tempo quanto a dupla de melhores amigas.

— Quem é aquele? — Dorothea apontou para através da vitrine onde conseguiam ver do outro lado da rua Augustine andando ao lado de um garoto que elas não conheciam. — Aquela garota não é da nossa escola?

Betty pôs outro livro em sua bolsa e então viu os dois atravessando a rua, obviamente viriam até a cafeteria, Dorothea era muito curiosa e ficou mais do que feliz em ver os dois entrando no local.

Foi quando Betty conheceu James, quando Dorothea chamou Augustine para conversar apenas para que ela apresentasse o seu novo amigo. A loira olhou para o garoto novo e ele sorriu para ela, James era diferente dos garotos que ela conhecia, a garota cresceu em cidade pequena e ele vinha de cidade grande e conhecia muito mais do que ela sobre o mundo.

Eles conversaram na cafeteria por algum tempo, e descobriram que o garoto teve que se mudar por conta do trabalho do pai, que era dono de quase metade de Starfox aparentemente. Betty gostou de James porque ele não era como os meninos que ela conhecia, ela conseguia ter uma conversa com ele sem que o garoto agisse como um total idiota.

Dorothea teve que voltar para casa então Betty foi com ela, se despediu de Augustine e James, que acabou adicionando o número dela em seus contatos, foi uma tarde agradável, eles se conheceram em um dia bom...

Já tinham se passado alguns meses desde que James se mudou, e Betty não tinha mais o visto andando por aí com Augustine, ao invés disso o garoto acabou se juntando ao seu grupo de amigos depois de entrar para o time de Lacrosse e fazer várias amizades rapidamente. Agora eles andavam todos juntos por aí, e Betty e James se aproximavam cada vez mais, gostavam de passar tempo um com o outro e de conversar muito.

— Então você só tem cardigans? — Ele perguntou, estava deitados no jardim da casa da garota e falavam sobre como Betty tinha um casaco para cada dia da semana. — Nenhum moletom ou uma jaqueta?

— Tenho moletom e jaqueta também, mas não gosto tanto deles quanto gosto desses cardigans — Ela explicou com um sorriso divertido enquanto sentia os olhos de James sobre ela.

— Bem, você fica linda com eles — James deixou escapar e Betty olhou para o garoto, gostava de ser elogiada, e gostava ainda mais quando era elogiada por ele.

— Obrigada — A garota disse se levantando de repente e correndo para dentro da casa, James não entendeu, mas a seguiu mesmo assim. Betty foi até o forno elétrico na cozinha, tentando salvar os biscoitos que estavam assando, mas eles já estavam praticamente torrados. — Que droga!

James entrou e se aproximou para observar melhor a frustração da garota, ele tirou um dos biscoitos da forma — um que não estava totalmente torrado — e então mordeu. Betty conseguiu ver a careta que ele tentou disfarçar, o que a fez rir mesmo sabendo que aquilo não era bom.

— Sou péssima na cozinha, meu tio sabe disso — Ela foi até a lixeira jogando suas tentativas de biscoitos fora, e se voltando para o garoto que estava sentado em cima do balcão. — Não sei porque ele me pede para fazer essas coisas...

— Ah não está tão ruim... — Ele tentou mentir mas Betty o encarou como quem já sabia a verdade então ele se rendeu e jogou fora o biscoito que segurava. — Bem, pra sua sorte, eu sou um ótimo cozinheiro.

— Você? — Betty questionou custando a acreditar.

— Vou fingir que não ouvi esse tom de surpresa.

— Não, é só que... você não parece o tipo que cozinha — Ela tentou explicar.

— E o que é "um tipo de quem cozinha"? — James perguntou para a garota que pensou um pouco e então olhou pela janela.

A Sra. Williams colocava naquele momento uma grande torta de cerejas, ou qualquer outra fruta vermelha que Betty não reconhecia de longe, ela apontou para ela e James também se aproximou da janela para observar. Vivian usava uma toca de cozinha e um avental com várias panelas estampadas, fora que carregava outra torta na outra mão, parecia uma cozinheira de mão cheia naquele momento.

— Tudo bem, isso é mesmo um tipo de quem cozinha — Ele admitiu e Betty concordou enquanto ainda observava sua vizinha da casa da frente. — Já experimentou alguma das tortas dela?

— Sim, ela costuma vender nas feiras de quarta-feira — Betty disse ainda observando pela janela. — Ela é mãe da Augustine, sabia?

James negou com a cabeça e então colocou as mãos nos bolsos para procurar pelas chaves do carro e Betty o encarou confusa.

— Vamos fazer biscoitos — Ele disse — E talvez uma torta.

Betty tentou dizer algo, mas James pegou sua mão e a conduziu até o carro, eles ouviram músicas antigas, as favoritas de James e então ele prometeu que Betty poderia escolher qualquer música na hora da volta.

— Não sabia que você gostava de rock de tiozão — Betty riu quando James olhou incrédulo para ela como se a garota houvesse acabado de ofender toda sua família. — Iris? Sério?

Iris the goo goo dolls tocava quando eles pararam no estacionamento do mercado mais próximo que encontraram, e James os fez ficar no carro até a música acabar. Betty amava aquela música, mas agora não iria admitir, preferia rir de James por ouvi-la apenas para vê-lo ficar bravo por alguns segundos.

— Gotas de chocolate! — Betty apontou e puxou o garoto pela mão correndo até a prateleira com os pacotes de gotas. — Não pode faltar...

— Não mesmo — O garoto colocou na cesta de mercado e então eles seguiram atrás dos outros ingredientes que precisavam.

Quando tudo já estava na cesta de compras, Betty correu até o corredor de salgadinhos para pegar pelo menos dois pacotes de Cheetos para ela mesma, e então James escolheu alguns salgadinhos também e viu a garota procurando por outro corredor até finalmente encontrar, não tinha quase ninguém ali e Betty sentou no chão abrindo logo um pacote de salgadinho, o garoto a encarou como se ela fosse maluca, mas no fim também sentou ao lado dela.

— A gente pode fazer isso? — Ele perguntou olhando para os lados esperando algum funcionário vir gritar com eles.

— Pode, nós vamos pagar de qualquer maneira — Betty deu de ombros e então colocou outro salgadinho na boca. — E eu sempre fazia isso quando era pequena, eu aprendi com a minha mãe na verdade, ela fazia isso para acabar com aquela coisa de que você escolhe sua comida mas só pode comer quando estiver longe do mercado.

Betty não entendia direito e muito menos sabia explicar o sentido disso, mas sua mãe Rebeka Brooks não era uma mulher que fazia muito sentido mesmo.

Eles ficaram sentados lá, conversando sobre qualquer coisa por algum tempo, era divertido e Betty achava que se tornaria a coisa favorita dela, ela gostava de conversar com as pessoas mas nem sempre havia assunto suficiente, mas com James não era assim, ele nunca deixava o assunto morrer e sempre acaba arrumando alguma coisa nova para comentar com ela.

Quando eles voltaram do mercado, James ensinou a Betty como fazer os biscoitos e também quantos minutos eles poderiam ficar no forno, parecia muito fácil quando era ele que fazia, ela gostaria de saber se seria tão fácil assim quando fosse fazer fazer sozinha.

— Então, onde você aprendeu a cozinhar assim? — A garota perguntou enquanto esperavam os biscoitos ficarem prontos.

— Foi a minha mãe que me ensinou — Ele contou balançando as chaves do carro. Betty olhou com curiosidade para ele, o garoto não parecia muito confortável com o assunto então ela não iria insistir, mas ele continuou; — Ela era chefe de cozinha.

— Era?

— É... — Ele guardou as chaves no bolso novamente. — Ela se foi no outono passado...

— Eu sinto muito — A garota disse segurando a mão dele como sinal de apoio, aquilo ainda era recente demais e ela sequer poderia imaginar como deveria ser estar passando por isso.

— Está tudo bem — Ele sorriu, mas não era como os outros sorrisos que James já havia dado a ela, era um sorriso triste, Betty os reconhecia porque sempre os espalhava por aí. — Estou bem agora.

Betty concordou, porque não sabia mais o que dizer, e só então notou o quão próximos eles estavam, e James se aproximou mais e mais até ela conseguir sentir a respiração dele em sua pele, e quando ele tocou seu rosto ela não se afastou. Ela sentia seu coração acelerado, não sabia se aquele era o momento certo para um primeiro beijo, ela já tinha beijado antes, mas nuca havia beijado James, e parecia um tanto quanto errado beijá-lo depois de conversar sobre sua mãe morta.

— Betty! — Robert Farley, seu tio, a chamou entrando pela porta da sala e procurando por ela.

James e Betty se afastaram bruscamente e então a garota correu para a porta de cozinha para mostrá-lo onde estava, e James checou se — o que ele chamou de "camisa vintage" — não estava amassada.

— Estou aqui! — Ela acenou para o tio que andou até ela, mas antes de qualquer coisa prestou atenção na outra figura masculina na casa. — Oh, esse é James, nós estávamos fazendo os biscoitos, que aliás acho que já estão prontos.

Betty andou até o forno e o desligou, colocou as luvas e tirou com cuidado a forma de lá, Robert se aproximou para ver melhor os biscoitos e então provar se o gosto estava tão bom quanto o cheiro que se espalhou por toda a casa.

— Cuidado, estão quentes — James avisou sem aparecer saber bem o que dizer.

Robert mordiscou um pedaço do biscoito e então abriu um grande sorriso, andou até James e deu dois tapinhas nas costas do garoto elogiando os biscoitos e dizendo que ele deveria vir cozinhar mais vezes.

— Acho que ele gostou de você — Betty sussurrou quando o tio deixou a cozinha.

— É parece que sim — Ele sorriu para a garota e então seu celular tocou e a mensagem que ele leu pareceu acabar com seu bom humor. — É, eu tenho que ir agora.

— Aconteceu alguma coisa?

— Não, eu só tenho que buscar meu irmão na escola — Ele respondeu rapidamente e então Betty o acompanhou até a porta, antes de sair ele segurou a mão dela e beijou sua bochecha, a garota sorriu porque achou fofo, mesmo não entendendo o porquê. — Vejo você amanhã?

Amanhã... Betty pensou e então lembrou que passaria o dia ajudando com os preparativos para sua festa de aniversário, então não poderia vê-lo, mas queria muito.

— Eu tenho que arrumar algumas coisas para o meu aniversário — Ela falou e James a olhou surpreso.

— Amanhã é seu aniversário?

— Não! Que dizer... sim, mas a festa é só no domingo — Betty explicou de forma confusa. — Enfim, amanhã tenho que ajudar minha mãe com os preparativos.

James ficou em silêncio por alguns segundos e Betty tentou adivinhar seu pensamentos, mas nada do que ela teorizou foi o que ele disse.

— Deveríamos fazer alguma coisa amanhã — James sugeriu e Betty sorriu embora se perguntasse como fugiria dos serviços de sua mãe. — Ajudo você com os preparativos... se você quiser...

— Isso seria ótimo!

— É?

— Sim, com certeza — Ela sorriu animada causando o riso do garoto, que novamente se aproximou e beijou sua outra bochecha antes de se afastar novamente e devagar soltar sua mão para andar até o carro. — Até amanhã!

— Até amanhã, Betty! — Ele acenou antes de entrar no carro e desaparecer de visita.

₍🌿 𓏲࣪⋆ ꒰

Betty sorriu para James do outro lado da sala, ele arrumava as decorações de mesa enquanto ela escolhia os arranjos de flores junto com sua mãe.. Que tinha voltado de viagem ontem a noite apenas para passar o aniversário junto com ela e logo no outro dia voltar para sua casa em NY.

— Alguém vai me contar porque os olhinhos verdes daquele risonho não estão na decoração e sim em você? — Rebeka perguntou e Betty desviou sua atenção do garoto para poder olhar para sua mãe tentando negar que ele estava olhando para ela. — Ora, não minta, sabe que eu sempre descubro mesmo.

— Não é nada, só um amigo — Betty falou mas Dorothea negou com a cabeça. — O que foi?

Ainda — Ela concretizou. — Mas eles tem passado tanto tempo juntos, essa semana eles se viram todos os dias depois da escola.

— Dorothea!

— Pensei que não gostasse dos garotos da cidade, Betty — Rebeka sorriu marota para a filha que sentiu suas bochechas esquentando enquanto James se aproximava. — Ah é mesmo... ele não é da cidade.

Rebeka e Dorothea eram as que mais apoiavam que Betty desse um jeito de arranjar um namorado, mas também não podia ser qualquer um, elas eram muito seletivas, mas gostavam de James.

— Acha que ele é o "dourado"? — Dorothea sussurrou para Rebeka como se Betty não estivesse bem ali entre elas.

— Talvez possa ser — Rebeka respondeu analisando o garoto. — Vai ser muita sorte não ter que passar pelo vermelho ou azul antes.

Betty escondeu o rosto com as mãos como se aquilo fosse fazer sua mãe parar de falar sobre a teoria dela de que o amor se dividia em cores. Quando James se aproximou para ajudar com as flores, Rebeka começou logo a puxar assunto com o garoto e de repente os dois já eram muito amigos, gostavam das mesmas músicas, bandas, atores antigos e até mesmo livros.

Aquilo era bom porque Rebeka também ensinou Betty a gostar de todas aquelas coisas.

— Terminamos aqui — A ruiva disse e então Betty assentiu. — Agora vocês podem sair

— O que? — Betty e James perguntaram ao mesmo tempo.

— Foi bem fácil perceber que vocês iam dar um jeito de fugir uma hora ou outra, estavam fazendo as coisas tão rápido que era quase assustador. — Rebeka ruiu com Dorothea. — Vão logo.

Os dois nem mesmo pensaram em resistir, James foi esperar no carro enquanto Betty subiu rapidamente para pegar um casaco e quando estava saindo de casa ouviu Rebeka e Robert discutindo.

— Nem sequer perguntou aonde eles vão? — Robert perguntou parecendo nervoso.

— Deixe-os em paz, eles são apenas jovens, Robert. — Rebeka rebateu.

— Isso mesmo — O homem falou — E quando você é jovem não sabe de nada!

Betty não quis mais ouvir nada, correu para o carro de James antes que seu tio conseguisse estragar totalmente seu dia.

James a levou até o lago, onde Betty descobriu que havia uma festa surpresa para ela, uma festa diferente da que ela teria no outro dia. Dorothea chegou minutos depois dizendo que Rebeka já sabia, e por isso os deixou sair. O dia estava ensolarado mas Betty manteve seu casaco dentro do carro porque sabia que iria esfriar ao entardecer.

Betty bebeu um pouco mas já foi o suficiente para deixá-la muito mais do que feliz, a garota cumprimentou quase todos os que estavam ali, deu o máximo de atenção que conseguiu e então viu James afastado de todos perto de uma árvore enquanto fumava e a observava.

— Com licença — Ela saiu de onde estava e então andou até ele que sorriu ao vê-la se aproximando. Era tão estranho, todas aquelas pessoas ali desejando a ela um feliz aniversário e querendo comemorar com ela, mas tudo que importava é tudo que ela conseguia ver era ele. — Por que não está lá?

— Não gosto muito de multidões — Ele sorriu e então se aproximou segurando a mão dela novamente. Betty olhou por cima do ombro dele e então avistou o lugar perfeito para eles se afastarem de todas aquelas pessoas.

— Então vem comigo — Ela sorriu pegando duar garrafas de cerveja e puxando o garoto para dentro de uma pequena floresta que havia na beira do lago.

— Pará onde você está me levando Betty Brooks? — Ele perguntou enquanto ela fingia grande mistério até que eles chega a um monte de rochas gigantes, a garota subiu e então James também o fez. — Aqui é bonito.

— Eu sei — Ela balançou as pernas olhando para baixo e então voltou-se para o garoto que já olhava para ela. — Obrigada, Dorothea disse que você ajudou muito.

— Eu sabia que você iria gostar — Ele disse convencido.

— Ah é? — Ela viu o garoto dar de ombros bebendo mais um pouco da cerveja. — E você acha que me conhece bem assim?

— É na verdade acho sim. — Ele respondeu.

— Então me diz meu nome do meio. — Ela o desafiou e viu ele tentar adivinhar mas não conseguir assim como ela esperava. — Não adianta, só minha mãe sabe essa, e bem Dorothea também sabe.

— Falando nela... — James apontou em direção ao lago e eles viram Dorothea se aproximar junto de um garoto que eles não conseguiam lembrar o nome agora.

— Ei vocês! — A garota estendeu a mão para Betty que pulou e ficou ao lado da amiga esperando que James fizesse o mesmo. — Vamos, parem de brincar de esconde-esconde.

— Vão vocês, eu já volto pra lá — James disse e Dorothea assentiu levando Betty de volta para a festa.

Betty se divertiu muito naquela tarde, e quando o sol começou a se pôr, ela correu para trocar a roupa de banho que Dorothea tinha trazido para ela e colocou sua roupa de antes, mas dessa vez queria seu casaco.

Ela andou até o carro de James enquanto tentava se livrar do excesso de água em seu cabelo, acenou para ele quando o viu já no banco do passageiro.

— Sai, eu dirijo — Ela disse vendo o garoto olhar incrédulo para ela. — Vi você bebendo, você não vai dirigir.

— Você sabe dirigir? — Ele perguntou tendo em vista que a garota acabou de fazer dezesseis anos.

— Não. — Ela disse e ele riu. — Então vamos a pé.

James hesitou por um momento e enquanto ele pensava Betty entrou no carro para pegar seu casaco e quando se voltou para o garoto ele se aproximou rapidamente e juntou seus lábios, mas tão rapidamente quanto se aproximou ele se afastou.

— Desculpa... a... você está bêbada? — Ele perguntou e Betty lembrou que a última vez que bebeu deveria ter sido com ele a umas três horas atrás e então negou.

— Você está? — Ela perguntou vendo ele negar também. — Porque eu não quero fazer isso se você não for lembrar amanhã.

— Eu vou lembrar muito bem — Ele disse com um sorriso no rosto.

E então se aproximou de novo e Betty o imitou, e quando seus lábios se tocaram, com mais calma dessa vez, a garota sentiu seu coração tão calmo em um instante e no próximo tão acelerado que ela achou que explodiria, não sabia que se sentir assim com as borboletas na barriga e todas essas coisas da qual ela já tinha ouvido falar mas nunca tinha experimentado, não até James.

Eles se afastaram e sorriram sem saber bem o que dizer, desceram do carro e Betty vestiu o seu casaco, e as mãos de James estavam debaixo deles um segundo depois, ele a carregou por um tempo enquanto os dois riam nas ruas vazias, pareciam dois malucos dançando e rindo alto na rua.

E quando se despediram e ele foi para casa, a garota não conseguiu dormir por estar feliz demais, mas em algum momento da madrugada ela adormeceu e quando acordou ouviu sua mãe falando sobre se arrumar rápido pois os convidados já estavam chegando para seu outro aniversário.

₍🌿 𓏲࣪⋆ ꒰

Estavam todos lá, praticamente a cidade inteira, todos cantavam parabéns para a garota por seu aniversário de dezessete anos, Betty sorria alegremente enquanto olhava para única pessoa que ela realmente queria que estivesse ali.

E um ano depois, James ainda estava sorrindo para ela a palma de suas mãos batendo uma contra a outra enquanto ele cantava um parabéns animado para a garota, e a coisa que mais chamava a atenção em suas mãos era a brilhante aliança de compromisso que ele usava com a Betty.

Quando o parabéns e praticamente toda a festa chegou ao fim, James e Betty saíram para jantar, só os dois e mais ninguém, mas no meio do seu jantar James recebeu uma ligação e eles tiveram que deixar o restaurante para ir até o hospital, onde Betty descobriu que o pai de James estava doente.

— Por que você não me contou? — Ela perguntou quando eles voltaram para o carro. O Sr. Collins teria que ficar em observação por um tempo e James tinha que voltar para casa e cuidar do irmão mais novo. — James, por que não me disse nada?

— Não achei que era importante. — O garoto respondeu mas Betty via como as mãos dele tremiam enquanto ele brincava com as chaves como fazia quando estava nervoso. — E não queria estragar nada...

— Você não teria estragado nada. — Ela respondeu tirando as chaves das mãos dele e tocando seu rosto. — O que está acontecendo?

Betty não era burra, ela notou que James estava distante nas últimas semanas e também já tinha essa teoria de que era algo que ele estava passando em casa, mas o garoto sempre desviava do assunto quando ela tentava.

— Meu pai já está doente há alguns anos e sempre que ele piora eu tenho que largar tudo para cuidar do meu irmão e de todas as outras coisas na casa e no trabalho dele, mas eu não quero largar tudo dessa vez, Betty — Ele desabafou e Betty viu as lágrimas escorrendo pelo rosto dele. — Eu não quero perder você.

— Você não vai. — Ela garantiu.

E eles lidaram com tudo que puderam juntos, o Sr. Collins passou dois meses afastado do trabalho e de todas as suas outras funções, James cuidou do trabalho do pai e Betty o ajudou com as coisas Sá casa e a cuidar do seu irmão, ficaram muito ocupados e sempre desapareciam depois da escola, não querendo contar para as pessoas o que estava acontecendo.

Mas o Sr. Collins melhorou e tudo voltou ao normal, e Betty e James voltaram a sair com seus amigos depois da escola ou a passar um tempo juntos sem fazer nada, tinham dias ruins, mas nunca dias impossíveis, eles lidavam com tudo juntos.

E agora estavam em um bar com show ao vivo, e estavam felizes que suas identidades falsas haviam funcionando, ou talvez o fato de que o segurança conhecia Rebeka Brooks.

— James — Betty o chamou enquanto eles dançavam uma música calma tocada por uma banda nova. James a olhou com aqueles olhos verdes que foi uma das primeiras coisas que ela notou nele, e ela amava aqueles olhos, ela amava o sorriso, amava tudo nele e naquele momento ela queria que ele soubesse disso. —Eu te amo.

E os segundos que ele levou para dizer algo ou para processar o que ela disse, para a garota pareceram longas horas.

— Eu te amo também, Betty — Ele respondeu e então a beijou.

E ela sabia que ele duraria como um beijo tatuado.

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top