cap.020; sombras do caos

A felicidade parecia ter encontrado um lar no coração de Amadahy e Zuko. Seus dias eram recheados de pequenas aventuras pela cidade, risadas compartilhadas e promessas silenciosas trocadas em olhares. O namoro deles havia se tornado o alicerce de suas vidas em Ba Sing Se, trazendo um sentimento de estabilidade que ambos há muito tempo desejavam.

Amadahy sentia algo que não experimentava desde os dias antes de tudo desmoronar: esperança. Zuko, por sua vez, estava mais leve, como se o peso de seu passado estivesse começando a diminuir com a presença dela.

Mas a paz nunca dura muito em tempos de guerra.

A Trégua Quebrada

Era uma tarde quente em Ba Sing Se quando Amadahy sentiu algo errado pela primeira vez. Enquanto caminhava com Zuko pelo Grande Mercado, uma sensação inquietante tomou conta de seu peito, como se um fio invisível estivesse puxando-a em direção a um perigo distante.

— Você está bem? — Zuko perguntou, notando a expressão dela.

Amadahy parou, levando a mão ao coração. — Algo está errado. Eu... sinto como se alguém próximo estivesse em perigo.

Zuko franziu a testa, preocupado. — Quer voltar para a loja?

Ela balançou a cabeça. — Não é isso. É... mais profundo.

Naquela noite, enquanto estavam juntos no jardim escondido onde costumavam se encontrar, a inquietação de Amadahy não diminuiu. Pelo contrário, parecia crescer. Quando a lua surgiu no céu, uma explosão distante iluminou o horizonte, e Amadahy soube que a trégua em Ba Sing Se havia acabado.

A Emboscada

Na manhã seguinte, notícias correram pela cidade: o Avatar estava em Ba Sing Se, e ele havia sido atacado. Amadahy e Zuko ouviram os rumores enquanto ajudavam Jasmine na loja, mas quando Amadahy soube que Azula estava envolvida, seu coração parou.

— Eu preciso ir — ela disse, já correndo em direção à porta.

Zuko a alcançou, segurando seu braço.
— Espera. Não sabemos onde ele está. É perigoso.

— Eu não posso ficar aqui, Zuko. Se Azula está atrás do Avatar, isso significa que ela está mais perto de descobrir sobre mim também.

Ele hesitou, mas sabia que não poderia impedi-la. — Eu vou com você.

Os dois partiram para as bordas da cidade, onde os rumores diziam que o confronto havia acontecido. Ao chegarem a um templo abandonado, ouviram os sons de luta ecoando pelos corredores de pedra.

A Batalha

No centro do templo, o caos reinava. Azula, com seu sorriso cruel, lançava relâmpagos em direção a Aang, que fazia o possível para desviar, embora parecesse exausto. Katara e Toph lutavam ao lado dele, mas estavam em desvantagem.

Quando Amadahy e Zuko chegaram, a cena era desesperadora. O chão estava coberto de marcas de queimadura e destroços, e o Avatar parecia prestes a cair.

— Amadahy, não! — Zuko gritou quando ela correu para o meio da batalha.

— Eu preciso ajudá-lo! — ela respondeu, sua voz firme.

Com um movimento rápido, Amadahy lançou uma onda de água retirada de um dos jarros quebrados ao redor, interrompendo o ataque de Azula. A princesa do Fogo se virou, surpresa ao vê-la.

— Ora, ora, quem diria? A menina da floresta decidiu aparecer.

— Saia daqui, Azula — Amadahy disse, sua voz gelada. — Você não vai machucar mais ninguém.

Azula riu, mas seus olhos estavam cheios de desdém. — Você acha que pode me impedir?

Amadahy sabia que Azula era perigosa, mas ela não podia recuar. Canalizando toda a sua energia, lançou um ataque combinado de água e gelo, obrigando Azula a recuar momentaneamente.

A Tragédia

No entanto, Azula era tão astuta quanto mortal. Ela percebeu rapidamente que Amadahy tinha uma conexão especial com o Avatar – um vínculo que a tornava vulnerável. Enquanto Amadahy estava distraída ajudando Aang a se levantar, Azula reuniu toda a sua energia e lançou um relâmpago diretamente nela.

— Amadahy! — Zuko gritou, mas era tarde demais.

O impacto do ataque fez Amadahy voar para trás, batendo contra uma coluna de pedra antes de cair no chão, imóvel. Zuko correu até ela, enquanto o mundo ao seu redor parecia desaparecer.

— Não, não, não... — Ele a segurou nos braços, seus olhos cheios de desespero.

Katara correu até eles, tentando usar sua dobra de cura, mas a energia de Amadahy parecia ter desaparecido completamente.

— Ela não está respirando — disse Katara, a voz trêmula.

Zuko sentiu o chão se abrir sob seus pés. Amadahy, a pessoa que trouxera luz à sua vida, estava ali, sem vida em seus braços.

— Azula... — ele murmurou, sua voz carregada de ódio. Mas quando ergueu o olhar, ela já havia fugido, deixando apenas o caos para trás.

O Luto de Zuko

Nos dias seguintes, a notícia da morte de Amadahy se espalhou. Zuko estava inconsolável. Ele se afastou de todos, até mesmo de seu tio, e passava horas no jardim onde costumavam se encontrar, como se esperasse que ela aparecesse a qualquer momento.

Jasmine tentou confortá-lo, mas não havia palavras que pudessem aliviar sua dor. Ele se culpava por não ter sido rápido o suficiente, por não ter protegido Amadahy quando ela mais precisava.

— Ela era tudo para mim — ele disse a Iroh uma noite, sua voz cheia de lágrimas.

— Eu sei, meu sobrinho — disse Iroh, colocando uma mão gentil em seu ombro. — Mas o que ela te ensinou, a luz que ela trouxe, ainda está com você.

Zuko balançou a cabeça, incapaz de aceitar a perda.

A Verdade no Silêncio

O que ninguém sabia, porém, era que Amadahy ainda não estava completamente perdida. Seu vínculo com o Avatar, que fora a causa de sua queda, também era sua salvação. Enquanto seu corpo permanecia imóvel, sua consciência flutuava em um limbo entre a vida e a morte, um lugar onde ela podia sentir as energias do mundo ao seu redor.

Ela não sabia quanto tempo havia se passado, mas sabia que precisava lutar para voltar. A promessa que fizera a Zuko, de estar ao lado dele, a impulsionava.

E assim, enquanto o mundo lamentava sua perda, Amadahy começou sua jornada de volta, determinada a encontrar seu caminho novamente – para Zuko, para Aang e para si mesma.



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1. tem mais um capitulo!! e se tudo der certo um livro dois.

  

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