cap.006; sokka

  Amadahy encarou o seu reflexo no espelho do quarto cedido para ela, o vestido de coloração vermelha lhe envolvia o corpo como um enorme vestido de dança; ele era envolto da coloração vermelha forte, as mangas soltas lhe davam a leveza e graça, enquanto o cinto de ouro lhe dava a elegância de uma verdadeira menina da nação do fogo, o tecido leve e vem desenhado a fazia sorrir largamente para o seu reflexo, ela amava o modo como aquele vestido tinha lhe caído no corpo.
  Amadahy encarou a penteadeira em sua frente, resolvendo deixar os cabelos soltos ela optou somente por uma pequena trança em cada lado de sua cabeça. O seu pescoço sem nada a fez se sentir vazia, os seus dedos delicados passarem pelo local e ela sorriu suavemente.

– Eu sou uma diva.

  Era um dos dias onde o navio estava agitado e com a enorme tensão no ar, o mau humor dos navegadores se misturava com o mau humor de Zuko, enquanto Iroh e Amadahy ficavam no meio tentando entender o que fazer, ou como interferir. Eles não interferiram no final, muitos focados em jogar pai sho.

Amadahy saiu andando por entre o local até a saída, empurrando a pesada porta de metal ela sentiu o ar lhe beijando o rosto.

–  Onde estamos indo? _ perguntou enquanto se aproximava dos mais próximos.

  Todos ali pareciam adorar a menina, era como se ela fosse o completo oposto de Zuko, e eles amavam isso nela.

-- Até a ilha Kyoshi, senhorita._ o segundo no comando falou. - Achamos que o...

-- O traidor está se escondendo lá. _ Zuko cortou o navegador antes de ele soltar algo valioso. - Eu vi que pôs o vestido que lhe dei. _ a analisou.

-- Eu amei! _  sorriu para o mesmo. - Achei que era tempo de usar. Ocasiões especiais, eu acho.

-- Ficou muito bem em você. _ um leve sorriso pode ser visto nos lábios do mesmo, um sorriso rígido.

-- Então _ olhou para o horizonte, onde a ilha já parecia visível. - Eu ouvi sobre Kyoshi. Ela foi uma avatar, não foi? Ouvi dizer que o ethereal dela era... cruel. Kairo, esse era o nome dele.

-- Ele era fanático por ela. _ Zuko explicou o pouco que sabia. - Mas ouvi dizer que era justo.

-- Se aquilo era justiça, nem quero ver o que é injustiça pra você.

[...]

Amadahy fora ordenada a ficar no navio quando todos iam em busca do traidor, ela nunca tinha visto o mesmo, ela nem sequer sabia o quão perigoso ele era. Porém tinha algo dentro de seu peito que a impedia de ficar lá naquela lata do mar, algo que fazia ela querer correr pelo local e buscar por algo perdido.
  Se levantando rapidamente da mesa a mesma deixou as peças do pai sho caírem e rolarem pelo chão, correndo para fora ela saiu do navio de modo rápido.

  Era como fogo dentro de sua alma, como se algo a chamasse de dentro da floresta, como se algo que ela tanto ansiava estava lhe esperando, como se toda esperança dentro de seu peito estivesse ali, naquela ilha.
  Amadahy andou por entre as árvores, caminhou por entre árvores caídas e caminhou até um pequeno riacho que tinha ali, a água flui suavemente, se abaixando ela encarou o seu reflexo trêmulo pelas ondas, o modo como os seus cabelos flutuavam com o vento que batia nas árvores e como tudo ao seu redor parecia em paz, enquanto não tão longe dali uma guerra ocorria.

  O som de passos soou pela floresta, Amadahy se levantou e girou no local, parado em sua frente estava um garoto de cabelos presos e olhos tão azuis quanto o céu, ele usava roupas azuis como um dobrador de água e tinha armas de um povo distante.

-- Você! _ Sokka apontou de modo acusador. - Você não parece uma dobradora de fogo.

-- Eu nao sou. _ negou suavemente, os seus olhos cinzas inocentes fizeram o menino derreter. - Zuko e Iroh me acharam na floresta e...

-- Você está com eles. _ exclamou enquanto se armava em defesa, nem mesmo os olhos inocentes de Amadahy eram capazes de deixar ele tão aflito.

  Amadahy piscou, os seus olhos foram para as roupas vermelhas em seu corpo, e depois para o menino em sua frente.

-- Não somos tão diferentes, somos? _ quis saber.

-- Eles mataram meu povo. _ explicou de modo rápido.. - Mataram todos que amamos.

-- Sinto muito. _ sussurrou. - Eles tiraram algo de mim também... eu só não consigo lembrar.

   A feição de Sokka suavizou, sua guarda baixou e ele sorriu suavemente enquanto a encarava.
Ela não parecia uma pessoa perigosa, na verdade, parecia inocência em pessoa.

-- Sou Sokka! _ se apresentou. - Da tribo da água do sul.

  Amadahy sorriu, suas mãos entrelaçando.

-- Sou Amadahy. _ estendeu a mão para o menino. - Eu sou a...

-- 'DAHY! _ a voz de Zuko soou pelo local, Amadahy olhou por cima do ombro de Sokka de onde a voz vinha.

-- Vá! _ correu até o garoto e o empurrou suavemente na direção oposta. - Vá e não olhe pra trás. Ele vai querer lutar se te ver.

– Eu não temo uma luta.

– Por favor, vai. Não quero briga.

-- Venha comigo, minha irmã e amigo podem ajudar você. _ segurou a mão da menina. - Ele vai machucar você.

-- Ele não pode. _ riu, e por instantes Sokka viu a verdade. - Zuko não é um monstro. Eu lido com ele! _ o empurrou suavemente. - Agora vá, Sokka da tribo da água do sul. Creio que não vai demorar para nós nos vermos novamente.

  Sokka correu em busca de sua irmã, ele olhou por cima do ombro quando estava bem longe, só para ver Amadahy e Zuko conversando frente a frente, tão perto que ele achou que o príncipe do fogo estava a machucando.

  Amadahy segurou o braço do menino, esse que a encarou.

-- Eu só cansei de ficar no navio, me desculpe.

  Zuko suspirou.
Ele sabia como era estar preso, ele já tinha ficado preso por muito tempo.

-- Quando eu peço pra ficar, só fique. _ o garoto a encarou. - Vamos, quase saímos sem você.

  Lado a lado eles andaram, Amadahy olhou por cima do ombro da direção do rio que Sokka, o menino perdido de seus amigos, havia ido.

[...]

   O vento balançou os cabelos de Sokka, deitado sob Appa, o grande bisão voador, ele encarava o céu do anoitecer, o laranja e vermelho brincando no mundo como algo doce.

-- No que está pensando, Sokka? _ Katara o encarou.

-- Em uma garota. _ falou.

  Aang riu de modo divertido.

-- A garota Kyoshi, heim? _ sorriu divertido.

-- Não. _ negou, Katara e Aang se encararam pasmos e voltaram para o menino.

-- Se não for ela. Quem? _ Katara quis saber.

-- Quando a tribo do fogo veio eu corri até as floresta para achar vocês _ explicou. - Tinha uma garota perto do riacho. Ela era tão… diferente.

-- Diferente como?

-- Era como se ela emanava paz e amor. _ sorriu de modo sonhador. - Como se o toque dela fosse feito de...

-- Éter. _ Aang murmurou, os olhos encarando seu amigo. - Qual o nome dela?

-- Amadahy. _ falou, Sokka se arrumou no local. - Ela disse que o nome dela era Amadahy.

  Katara encarou Aang ao seu lado, os olhos repletos de lágrimas, mas o grande sorriso no rosto.

-- Aang? _ balbuciou, ele sorriu.

-- Ela está viva. _ sorriu. - Minha Amma está viva.

Katara sabia que não era algo para se orgulhar, porém dentro de seu peito, bem no fundo, algo sobre Aang chamá-la dele, aquilo fez a garota da tribo da água desejar a morte da ethereal. Mas assim como veio, se foi com um remorso terrível.
  Aang tinha achado a pista que faltava da presença da única pessoa que ele conhecia a 100 anos atrás, e ela estava viva.

– Ela pode ser nossa inimiga agora _ Katara balbuciou. - Ela está com eles.

– Amma não é assim. _ Aang a defendeu.

– Ela não é mais sua Amma, Aang. _ Katara falou. - Ela é só uma garota com a nação do fogo. Não seria a primeira ethereal a se rebelar contra o avatar, e nem a última.

– Você está errada, Katara. _ se levantou. - Ela ainda é minha Amma, e sempre será.



continua...

votem e comentem.
maratona ⅗
eu ia postar mais cedo, só que eu dormi :')
ansiosa pra fazer eles se reencontrarem!!

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