two. who is she?
ミ 𝗘𝗖𝗛𝗢𝗘𝗦 𝗢𝗙 𝗧𝗛𝗘 𝗦𝗨𝗡 *ೃ
꒰ 𝗖𝗔𝗣𝗜́𝗧𝗨𝗟𝗢 𝗗𝗢𝗜𝗦 ꒱
❝ quem é ela? ❞
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Após passar um tempo no amansador, fazer um passeio pela Clareira na companhia de Alby e quase ir em direção a morte certa, a noite havia caído e Thomas estava ao lado de Newt, enquanto a festa acontecia atrás deles. Era a noite da fogueira.
A primeira coisa que ele reparou quando ficou mais calmo no passeio com o líder foi na belíssima garota de cabelos dourados e olhos castanhos que estava o assistindo enquanto ele corria desesperado e assustado. Ele achava estranho o fato de ter apenas ela de garota no meio de um bando de garotos e se perguntava o porque disso.
E estranhamente, algo dentro dele dizia que ela não era muito estranha. As suas memórias foram apagadas, então era nítido que ele não se lembrava dela. Mas por que o seu coração insiste em dizer que ela era... especial.
Ficava se perguntando o tempo todo quem era ela. Quem era a garota que ele não tirou os olhos desde quando pisou naquela Clareira? A garota que não saia da sua mente desde quando seu olhar pousou em sua direção?
—Que baita primeiro dia, não é, Fedelho? — diz Newt quebrando o silêncio entre eles dois e tirando o novato de seus pensamentos. O garoto e o loiro estavam sentados encostados em um tronco de árvore, onde dava visão para os portões que iam para o Labirinto. Um lugar um pouco mais calmo, longe da festa que estava acontecendo. — Aqui. — entregou um copo que parecia mais com uma jarra para o moreno. — Toma uma coisa mais forte.
O novato pegou o objeto das mãos de Newt e deu um gole na bebida de cor marrom com um toque de amarelo. A sua boca queimou e imediatamente sentiu vontade se vomitar e cuspir a bebida, e assim fez. Ele cuspiu a bebida no gramado e tossia, mas Newt parecia se divertir com a situação visto que dava risada do moreno.
—Meu Deus! O que é isso?! — indagou enquanto entregava o copo para Newt.
—Não faço a menor ideia. — diz olhando para o copo e deu outra gargalhada. — Receita do Gally. — olhou para atrás, onde estava o garoto mencionado. — Segredo industrial.
—É, mas ainda é um babaca. — comentou o moreno.
—Ele salvou a sua vida hoje. — o loiro disse após poucos segundos de silêncio. — Acredite, o Labirinto é um lugar perigoso. — completou e bebeu um pouco da bebida. Um silêncio permaneceu entre os dois, o fedelho estava meio pensativo enquanto olhava para os portões do Labirinto que permaneciam fechados.
—Estamos presos aqui, não é? — perguntou.
—No momento sim. — respondeu a sua pergunta. — Mas... — começou enquanto se virava e apontava em uma direção. — Está vendo aqueles caras? — completou enquanto apontava para um grupo, onde estava alguns garotos. Lá estava Minho, que comia a sua comida, e ao seu lado estava Amélia e Henry, que faziam companhia para o asiático. — Ali, perto da fogueira? — o moreno também se virou e começou a olhar na direção em que Newt apontava. — São os corredores. O cara no meio, é o Minho. Ele é o Encarregado dos Corredores.
E novamente, o olhar do garoto se fixou na bela garota de cabelos dourados. Nunca havia imaginado um sorriso tão lindo que nem o dela. Não que ele se lembrasse de alguma coisa, mas havia se apaixonado pelo seu sorriso. Era como se o seu sorriso fosse uma forma de animar um dia ruim de alguém apenas pelo seu brilho. Ele precisava saber quem era ela.
—Achei que aqui só tinha garotos... — comentou, franzindo o cenho enquanto olhava na direção da mesma. Newt rapidamente olhou na mesma direção que o moreno para saber do que ele falava.
—Ah, você está falando da Mel. — concluiu o loiro. — Pois é, não sabemos por quê, mas ela é a única garota aqui.
—Mel? Esse é o nome dela? — a pergunta saiu quase automática, e Newt soltou uma risada.
—Não exatamente. O nome dela é Amélia, mas pode chamá-la do que quiser. A Mel não liga pra essas coisas. — deu de ombros. — Ela é encarregada dos socorristas.
Amélia... Então esse era o nome da garota que não sai da sua cabeça desde quando subiu naquela caixa.
—Mas, a Amélia não é o ponto principal, estávamos falando dos corredores. Toda manhã, quando aquelas portas se abrem, eles correm pelo Labirinto, mapeiam e memorizam, tentando achar uma saída.
—Há quanto tempo procuram? — perguntou.
—Três anos. — Newt respondeu.
—E não acharam nada?
—É mais fácil falar do que fazer! — retrucou o loiro meio debochado. — Escute. — ele disse, fazendo silêncio logo em seguida, deixando o moreno escutar os barulhos que vinham do Labirinto. — Está ouvindo? É o Labirinto... Mudando. Muda toda noite.
—Como isso é possível? — perguntou o novato, incrédulo.
—Pergunte a quem nos pôs aqui se encontrar os desgraçados. — retrucou o loiro novamente. — A verdade é que, os corredores são os únicos que sabem o que há lá. São os mais fortes e rápidos de nós. É bom, pois se não voltarem antes de fechar, passam a noite lá. — ele ficou em silêncio por poucos segundos. — E ninguém sobreviveu a uma noite no labirinto.
Novamente um silêncio havia se instalado entre os dois. Até o novato o quebrar com outra pergunta:
—O que acontece com eles?
—Os chamamos de Verdugos. — começou a explicar. — É claro que ninguém jamais viu um e viveu para contar. Mas eles estão lá.
Se essa explicação de Newt era para fazer o novato de não querer entrar no labirinto, na verdade fez o efeito contrário. O que mais o garoto queria era entrar ali, algo dizia que ser um corredor era o trabalho perfeito para ele.
—Tá legal, chega de perguntas por hoje. — o loiro disse olhando para o moreno. — Vem. Você é o nosso convidado de honra. — o calouro tentou o impedir. — Não! Ande logo. Vou lhe mostrar tudo.
O garoto tentou relutar para não se levantar, mas Newt acabou o convencendo, o levantando a força para apresentar o lugar.
Os clareanos estavam animados, dando gargalhadas. E no meio estava Gally e alguns outros garotos, fazendo uma espécie de luta.
—Ali ficam os Construtores. — disse Newt apontando para um grupo de garotos. — São bons com as mãos, mas não são tão inteligentes. E há o Winston, — apontou para um garoto, que estava em outro grupo. — encarregado dos Retalhadores. — logo em seguida, Newt apontou para dois garotos que estava passando por eles. — Temos os outros dois socorristas, Clint e Jeff. — os dois socorristas passaram e cumprimentaram o loiro. — Eles ajudam a Amélia e o Henry na enfermaria. Passam um tempão enfaixando os Retalhadores.
—E se eu quiser ser Corredor? — perguntou sem pensar, visto que nenhuma das outras profissões estava lhe agradando.
—Você ouviu alguma palavra do eu que disse? Ninguém quer ser um Corredor. Além disso, você tem que ser escolhido.
—Escolhido por quem? — perguntou.
—Está substituindo o Alby na questão de cuidar do fedelho, Newt? — a voz de Henry se aproximou antes que Newt respondesse a pergunta do novato. Os dois olharam na direção da voz, vendo Amélia e o outro loiro se aproximando. — É sempre assim, quando Alby está ocupado, o Newt assume o seu lugar. — o loiro diz dando um sorriso de canto. — Ele está te dando muito trabalho?
—Não mais do que você quando resolve dormir ao invés de ajudar na enfermaria. — retrucou Newt, com um sorriso irônico nos lábios. Seu olhar voltou para Thomas. — Fedelho, esse é o Henry. Um dos socorristas.
—Seja bem vindo, novato. — disse o loiro entendendo a mão para o moreno, que não hesitou em apertar sua mão.
—Não se preocupe, ele é sempre assim. — finalmente Amélia disse, e só então que o novato ouviu a sua voz pela primeira vez. — A propósito, eu sou a Amélia. — ela se apresentou com um sorriso. — Newt só te apresentou o Henry e esqueceu completamente que estou aqui. — diz encarando o garoto, que apenas deu de ombros.
—Eu já tinha te apresentado, de uma outra forma. — explicou ele.
—Aliás, você correu bem hoje. — Amélia voltou a dar sua atenção para o moreno. — Tem potencial para ser um corredor. Por que não fala com o Alby sobre isso? — perguntou para o Newt.
—É capaz dele bater de cara no chão assim como aconteceu. — diz Henry, dando uma pequena gargalhada. Discretamente, Amélia e Newt também sorriu ao se lembrar do tombo que o novato levou assim que chegou. O novato rapidamente ficou sem jeito pelo evento de mais cedo.
Antes dele falar sobre a opinião da loira de ser um corredor, um garoto foi jogado para fora do círculo, se batendo contra o novato. Ele estava em uma luta com Gally, que, havia acabado de vencer.
—E aí, novato? Quer ver do que é capaz? — diz Gally olhando para o moreno.
Logo um coro para o novato se fez presente, um coro para que ele aceite o desafio de Gally. Amélia imediatamente balançou a cabeça em negação.
—Gally, acha isso necessário? — indagou ela, o encarando.
Amélia sabe que é apenas uma brincadeira e que o garoto não machuca ninguém de propósito, mas mesmo assim achava desnecessário o fato do Gally fazer isso com o novato, que mais cedo estava completamente atordoado por acordar em um lugar desconhecido e sem se lembrar de nada. Além de que, era ela quem cuidaria dos machucados causados pelo Gally.
—Relaxa, Rapunzel, é só uma brincadeira, sabe disso. — diz Henry, que estava ao seu lado.
—É, Lia, parece que esqueceu da melhor parte da noite. — disse Gally com um sorriso.
—É porque sou que vai cuidar de todas as pessoas que se machucarem. — retrucou ela. — Mas enfim, fazem o que quiserem. — a loira deu de ombros, como se não se importasse mais com o que fariam.
E então, sem muita escolha, Thomas se posicionou na roda junto com Gally, prontos para uma luta. Dava para ver que o garoto estava meio confuso e se perguntando no que havia se metido.
—Vamos lá! — começou Gally. — As regras são simples, calouro. Vou tentar te tirar do círculo. E tente ficar por cinco segundos.
Após essa fala do mesmo, todos começaram a rir com a tamanha bobeira dessa regra, ainda mais que o novato, comparado com o brutamontes que era o Gally, parecia ser fraco e não aguentaria nem um segundo dentro daquele círculo. Amélia assistia tudo com atenção, e sentia uma estranha preocupação com o garoto.
E então, Gally o empurrou, o fazendo cair para atrás e ser segurado pelos outros garotos. Quando ele tentou se recompor, o mais alto o empurrou para atrás, e o novato caiu de cara na areia.
—Vamos novato. — disse Gally. — Não acabamos ainda.
Então, ele se levantou, já sentindo uma certa irritação preencher o seu corpo.
—Para de me chamar de novato! — ele diz enquanto encarava Gally.
—Parar? E como quer ser chamado? De trolho? — provocou o mais forte, arrancando risadas dos outros. — O que acham garotos? Ele tem cara de trolho?
Foi aí que o novato correu na direção de Gally, tentando o empurrar para fora do círculo. Porém, acabou não dando certo, visto que foi ele quem caiu no chão.
—Quer saber? Passou a ser trolho. — Gally provocou mais uma vez.
O novato novamente correu em sua direção, o tentando derrubar de novo. Depois de muito tentar, finalmente ele havia conseguido. Gally estava no chão agora. Porém, durou pouco tempo até ele mesmo levar uma rasteira do mais forte e cair, batendo a sua cabeça com força no chão. Amélia imediatamente sentiu uma onda de preocupação pensando se ele havia se machucado.
Ele sentiu sua visão escurecer, por um segundo o mundo havia se apagado enquanto ouvia os murmúrios dos outros.
Thomas.
A voz ecoava em sua mente, como um sussurro insistente. Era isso o que ele ouvia em seu sub consciente. Um nome. Aquele que com certeza deveria ser o seu.
—Thomas. — ele repetiu para si mesmo. — Thomas! — ele repetiu novamente enquanto se levantava. — Aí! Thomas! Eu lembrei do meu nome! Eu sou o Thomas!
Alby foi o primeiro a comemorar, os outros logo o seguiu. Todos pareciam felizes, até mesmo Gally. Todos comemoravam.
Os garotos começaram a fazer uma roda, lhe dando um copo da bebida misteriosa feita por Gally, que foi oferecido pelo Henry. No entanto, uma pessoa havia chamado a sua atenção novamente. Amélia. Que sorria junto com os outros. Porém, não demorou muito para ela se afastar e sair discretamente do local, indo em direção às redes. Provavelmente já iria dormir ou pelo menos iria descansar após um dia agitado.
Thomas queria saber mais sobre ela. Queria saber o porquê daquela sensação estranha de ficar fissurado na garota. Queria conversar com ela.
Queria saber quem era ela.
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Dessa vez cumpri a minha promessa e postei hoje☝🏻
Desde já quero pedir mil perdões pela demora. Para quem não sabe, comecei a trabalhar faz uma semana e tem vezes que chego tão cansada em casa que não tenho animo nenhum para fazer NADA! E também, EU ODEIO ESCREVER O PRIMEIRO ATO! Juro, com Fire Blood foi a mesma coisa. Em minha perspectiva, o primeiro filme é o mais chato de escrever porque os babados mesmo só acontece no segundo e no terceiro. E é por isso que as vezes eu demoro, EU NAO GOSTO😭😭 mas, ainda sim, tenho que escrever porque é importante. E penso que logo logo iremos para o segundo ato e tudo certo!
Primeira interação do nosso casal! Foi bem simples, mas prometo que logo logo vai aprimorar!
Peço perdão pelos erros ortográficos, tento ao máximo evitá-los, mas pode passar despercebido.
Vejo vocês no próximo capítulo🫶🏻
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