three. nicknames

ミ 𝗘𝗖𝗛𝗢𝗘𝗦 𝗢𝗙 𝗧𝗛𝗘 𝗦𝗨𝗡 *ೃ
 ꒰ 𝗖𝗔𝗣𝗜́𝗧𝗨𝗟𝗢 𝗧𝗥𝗘̂𝗦 ꒱
❝ apelidos ❞
╰⊱ ☀️ ⊱╮


Thomas havia tido um sonho estranho essa noite. Os seus sonhos eram bem parecidos com os de Amélia. No entanto, diferente da garota loira, os seus pareciam mais nítidos. Porém, ainda eram confusos, como se fosse um quebra cabeças com peças totalmente embaralhadas esperando para ser montado da forma certa.

Após mais uma caminhada com Alby, onde ele explicou sobre os dias escuros, e colocar seu nome na parede junto com os dos outros Clareanos, Thomas foi passar o dia com Newt, onde iria começar a fazer as tarefas da Clareira junto com os encarregados para ver qual seria a melhor para defini-lo.

Entretanto, seus olhos percorriam o lugar, procurando algo em específico. Ou melhor dizendo, alguém. O moreno estava a procura de Amélia, essa que apareceu em seu sonho de forma nítida, se perguntando o porquê disso ter acontecido.

—Procurando algo? — a voz de Newt o tirou de seus pensamentos, o fazendo o encarar de forma confusa. — Ou... Alguém? — ele perguntou com um sorriso de canto. Droga, nem para Thomas ser um pouco mais discreto.

—Não vi a Amélia hoje. Ela saiu cedo ontem da fogueira, não é? — indagou o moreno, recebendo um aceno positivo do loiro.

—A Mel é como se fosse uma jovem senhora, dorme cedo e acorda cedo. E você só não a viu hoje porque desde de manhã que ela está na enfermaria cuidando das pessoas que Gally machucou na noite passada. — explicou Newt, fazendo o moreno entender o motivo de ainda não ter visto a garota de cabelos dourados. O loiro encarou o moreno com um semblante confuso. — Vem cá, qual é a sua tara com ela? Tipo, você vive a olhando e perguntando sobre ela. Para ser bem sincero, a Mel vai achar que você é um stalker se continuar desse jeito.

Thomas imediatamente ficou sem jeito, pensando no que dizer. Contaria a verdade? Que desde quando subiu na Caixa sentir algo sobre ela que nem ele mesmo sabe o por que? Não, Newt o acharia louco, ou até pior, um maníaco. Seria melhor mudar de assunto?

—Alguém já tentou escalar até o topo? — mudou de assunto, fazendo uma pergunta relacionada ao Labirinto.

Newt estava meio desconfiado sobre a atitude de Thomas, mas resolveu seguir o rumo da conversa.

—Tentamos, mas a hera não chega até o topo. E uma vez lá, para onde a gente iria? — o loiro respondeu, voltando a se concentrar em sua tarefa.

—E a Caixa? Dá próxima vez que vier...

—Também já tentamos. — Newt o interrompeu, antes mesmo de Thomas completar sua sugestão. — A Caixa não desce com alguém nela.

—Tá, mas e se nós...

—Já tentamos, tá? Duas vezes! — o outro garoto o interrompeu novamente, o olhando e se escorando na parede improvisada com plantas. — Acredite, já tentamos tudo que você vier a pensar. A única saída é pelo Labirinto.

Porém, antes de falar uma palavra sequer, sua total atenção foi para ela. Amélia estava andando em direção a eles três com Henry ao seu lado. Como sempre, a loira estava com um sorriso radiante em seus lábios, com um brilho no olhar que... ah! O deixava completamente maravilhado. O mundo sumia quando ele a havia. Parece que seu dia melhorava cem por cento quando Amélia entrava em seu campo de visão com seus lindos cabelos dourados como o sol e seus lindos olhos castanhos como chocolate. Thomas poderia descrever detalhadamente como se sentia ao vê-la, mas preferia deixar apenas para si mesmo e mostrar somente com o olhar. Mesmo que ele realmente pareça um stalker, como Newt havia mencionado.

—Precisam de ajuda? — indagou a loira quando chegou perto do meninos. — Henry e eu terminamos nosso trabalho, aí pensamos que seria uma boa ideia vir ajudar vocês.

—Na verdade, essa boa ideia veio apenas pela nossa Rapunzel aqui. — Henry corrigiu, apontando para a loira ao seu lado. — Eu apenas fui forçado a vir.

A loira apenas deu uma gargalhada, causando um certo desconforto em Thomas, mas que tentou espantar esse sentimento com uma volta aos seus sonhos. Não era apenas Amélia e uma garota morena que estavam neles, Henry também estava. Sentado ao lado de Amélia e quando a garota morena estava sendo ao lado de Thomas. Tudo estava uma confusão, por isso que o garoto decidiu afastar esses pensamentos antes de ter qualquer conclusão precipitada. Não se lembrava de nada, certo?

Agora, tudo o que Thomas queria era pelo menos puxar algum assunto com a linda garota de cabelos dourados que não saia de sua mente.

—Ah... Oi. — ele a cumprimentou, meio sem jeito. Amélia o olhou com um sorriso.

—Oi! Thomas, certo? — ele assentiu com a cabeça. — Vejo que está trabalhoso aí. — diz a loira olhando para o trabalho que o moreno estava fazendo.

—Queria ser mais útil. — falou dando de ombros.

—Você quer mesmo ser útil? — a voz de Newt tirou a atenção dos dois. O loiro pegou um balde e jogou para o moreno, que o pegou de uma forma meio desajeitada. — Toma. Vá pegar mais fertilizante.

Thomas olhou para a Amélia, com desapontamento em ter que se afastar da garota. E, sem muita escolha, saiu em direção a floresta para obedecer a ordem de Newt. Ele até sem querer quase tropeçou em um dos galhos que estava preso entre a parede improvisada com plantas e o chão. Essa ação do moreno fez a loira dar uma pequena gargalhada.

—Vai Thomas, pegue mais fertilizante, Thomas. — ele resmungava enquanto se afastava.

Amélia ficava olhando para Thomas andando em direção a floresta com um olhar curioso. Estranhamente ela sentia algo... diferente, em relação a ele. Parece que ambos tem uma conexão em que o coração insiste em avisar mas a mente insiste em não lembrar. Mas, a loira prefere não tirar conclusões precipitadas, visto que não se lembra de nada relacionado ao seu passado.

—Ele é engraçado, não é? — comentou Amélia para Newt e Henry. Newt havia voltado a fazer sua tarefa na parede improvisada com plantas, porém, voltou a olhar para a loira. O garoto logo percebeu que ela falava de Thomas.

—E curioso. Não para de fazer perguntas. — falou Newt.

—É, e sobrou para você cuidar do novato. — debochou Henry. — Coitado de você, cara. — ele diz batendo nos ombros do amigo. — Não queria estar no seu lugar.

—Ah, se quiser eu posso ficar com ele por algum tempo. — sugeriu a loira. — Tem mais três socorristas na enfermaria, acho que consigo dar uma escapada. — diz dando um sorriso, seguido de um riso nasal.

Newt balançou a cabeça, em concordância, como se a ideia da loira ótima.

—Boa. Podemos fazer um planejamento bacana, e...

Newt é abruptamente interrompido por gritos desesperados vindos da floresta. O que fez os quatro olharem em sua direção.

—EIIIIII! SOCORRO!

Era o grito de Thomas.

Amélia já estava se perguntando o que havia acontecido, quando Thomas aparece correndo clamando por socorro, com Ben atrás dele, o que fez todos na Clareira pararem suas tarefas e começar a ir em direção aos dois.

Quando Ben agarra as pernas de Thomas, o fazendo cair violentamente no chão, Amélia agiu por impulso e rapidamente correu junto com os outros na direção do caos que estava reinando ali. Ben estava atacando Thomas, prestes a enforca-lo, e quando se aproximou, a loira desferiu um chute na cabeça de Ben, o que fez ele cair no chão e se afastar de Thomas, logo os outros Clareanos começam a se reunir para imobiliza-lo.

—O que você está fazendo? — Newt questionou para o corredor.

—Se acalme, Ben! — Henry dizia para ele.

—O que aconteceu? — Amélia perguntou para Thomas enquanto o ajudava a se levantar.

—Ele me atacou! — Thomas responde rapidamente, com confusão na voz.

—Você está bem? — indagou Chuck, recebendo um aceno afirmativo da parte de Thomas, visivelmente assustado pelo ocorrido repentino.

Ben lutava ferozmente contra as mãos que o seguravam. Seus olhos estavam negros como o céu noturno e as veias em seu rosto estavam escuras.

Alby se aproxima, e não precisa de palavras, todos presentes compreendiam o significado sombrio da situação.

—Não... Não... — protestava Ben, recusando aceitar a terrível realidade que se desenrolava diante deles.

—Levantem a camisa. — ordenou Alby, e imediatamente a ordem foi obedecida.

Todos recuam ao ver o estado que a barriga de Ben se encontrava, horrorizados. Uma ferida profunda e inflamada, cercada com veias negras pulsantes, a pele inchada e avermelhada.

Uma picada de Verdugo.

—Foi picado. — Gally diz enquanto olhava para Newt e em seguida para Alby. — Na luz do dia? — questionou. Não havia lógica para isso.

—Por favor... Me ajudem... — suplicava Ben com dor lancinante em cada palavra proferida. Mas não tinha o que fazer.

Alby se levantou, decidido a tomar uma decisão.

—Levem-no para o amansador. — ele ordenou.

Enquanto Ben estava preso e berrava no amansador, Amélia levou Thomas para a porta da enfermaria para cuidar do machucado que o corredor havia feito nele. A loira estava preocupada. Por causa de Minho, ela era bem próxima de Ben, e saber que ele pode ser banido é algo que a deixava bastante magoada.

A socorrista estava cuidando do machucado do moreno com a polpa de um quiabo. No começo, o ferimento ardia e o incomodava. Porém, foi só Amélia o tocar que de forma instantânea, o machucado parou de o incomodar. Ele ficou confuso com o que havia acontecido, se perguntando se era coisa da sua cabeça ou se realmente o toque da garota tem algum tipo de onda curandeira.

E então, Thomas a olhou. Estava completamente concentrada em seu ferimento, como se o trabalho fosse mais importante do que qualquer coisa ao redor. Ver ela tão atenciosa com ele fez borboletas invadirem o estômago de Thomas. Por que ele sempre se sentia assim quando estava perto dela?

No entanto, seu olhar foi para os cabelos de Amélia, que, em sua visão, estavam um pouco mais dourados do que o de costume. O sol refletia em seus fios loiros, o que poderia justificar esse fato.

—Como você faz isso? — indagou o moreno, recebendo um olhar confuso da loira. — Tipo, só de você me tocar, parece que toda a ardência do ferimento foi embora. Como... isso acontece?

Amélia apenas deu de ombros, voltando a passar a poupa do quiabo nas marcas de unhas que havia no pulso de Thomas.

—Eu não sei. Sempre que eu cuido de alguém, falam que a dor ou a ardência some quando os toco. Como se eu tivesse algum poder mágico de cura. — diz a loira, dando uma gargalhada em seguida. — Loucura, não é? — falou com um sorriso enorme, olhando para o moreno, dando outra gargalhada. — Esses meninos tem imaginação demais. Falam que sou uma curandeira.

—Esse é o seu apelido? — outra pergunta, essa que recebeu um aceno negativo da loira.

—Eu tenho vários. O Newt me chama de Mel, o Gally de Lia, o Chuck de Lila, aí tem os apelidos diferenciados, como Rapunzel pelo Henry, Quebra Crânio e Amelux, pelo Minho.

—Por que Rapunzel, Quebra Crânio e Amelux?

A loira deu de ombros.

—Henry disse que é porque pareço a Rapunzel. Como nos lembramos disso mas não nos lembramos de nada sobre nós mesmos? Isso vai ser uma resposta para outro momento que não sabemos se irá chegar. Quebra crânio foi o apelido que Minho me deu porque eu cai de uma árvore e bati a cabeça antes de lembrar o meu nome. Ele me chamou assim um dia e o apelido pegou. Porém, ele também me chama de Amelux, que, para ser bem sincera, nem eu sei porque. — ela deu uma gargalhada, fazendo Thomas dar um sorriso fechado.

Amélia pegou a faixa que estava ao seu lado, começando a enfaixar o pulso de Thomas. O moreno estava pensativo, pensando se deveria dar um apelido a ela também. E se sim, qual?

Um apelido veio em sua mente, como se ele fosse bastante familiar para o garoto.

—E de Amy? Alguém te chama assim? — quis saber ele.

A loira fez uma feição pensativa, logo negando com a cabeça, mesmo sentindo que esse apelido não lhe era estranho.

—Ninguém nunca me chamou de Amy... — concluiu ela, após alguns segundos pensativa. — Pelo menos não que eu me lembre.

—Posso te chamar assim? Um apelido só meu, assim como os outros tem. — pediu Thomas, logo se arrependendo de ter pedido algo assim.

Porém, um sorriso de Amélia fez esse arrependimento sumir no mesmo segundo.

—Claro! Amo apelidos, principalmente quando cada pessoa cria um único para mim, só ela podendo usar. — diz ela com um sorriso. — Sabe, faz a pessoa se sentir especial. Não acha, Tom?

Tom. Como que um apelido poderia desestabilizar totalmente uma pessoa? Foi exatamente isso que aconteceu. Um rubor avermelhado surgiu nas bochechas de Thomas, seguidas de um piripaque e borboletas em seu estômago. Aquele sorriso, aquele apelido... Nossa! Como caia bem! Era como se esse fosse o apelido dele desde... sempre. Mas obviamente a sua mente insistia em não lembrar.

—Sim, claro que eu acho. — respondeu ele após sair de seu transe, assentindo freneticamente com a cabeça. Isso arrancou uma gargalhada de Amélia, que havia finalizado o cuidado em seu pulso.

—Não se machuque de novo, tá legal? — pediu ela, com um tom de voz preocupado. — Não quero ter ver aqui na enfermaria tão cedo. Só se quiser me ver, aí está liberado.

Um riso fraco acabou escapando dos lábios de Thomas, fazendo Amélia soltar uma gargalhada alta.

—Certo. Então, recebi alta, curandeira? — perguntou, recebendo um aceno positivo da loira.

—Está oficialmente de alta, paciente. — respondeu ela, com o polegar levantado, indicando um sinal de aprovação.

—Certo, obrigado... Amy. — ele agradeceu, com um sorriso fechado.

—De nada, Tom.

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Esse capítulo está bem bugado, por isso nao irei dizer muita coisa por aqui. Maldito wattpad🙄🤬

O que estão achando?

Perdão pelos erros ortográficos ou de roteiro.

Vejo vocês no próximo capítulo💜✨️

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