𝗰𝗮𝗽𝗶́𝘁𝘂𝗹𝗼 𝟬𝟰

Peço que comentem ao decorrer do capítulo e votem, isso me motiva e eu gosto muito de ver vocês interagindo com a história.
Vamos fazer com que essa fic também chegue em 1º lugar nas #.

𝗕𝗮́𝗿𝗯𝗮𝗿𝗮 𝗣𝗮𝘀𝘀𝗼𝘀🩺

——— Peraí, você vai o que? ——— Carolina me pergunta e deixa o seu sanduíche na bandeja, me olhando surpresa.

Termino de engolir minha batata frita e dou de ombros.

——— Vou jantar com ele, ué.

——— Um encontro, vocês terão um encontro. Está interessada em pegar ele, Babi? ——— ela me pergunta com um sorrisinho malicioso e eu revirei os olhos.

——— Não quero, Carol. Eu gostei da Lily e ela quer ajudar o pai de alguma forma. Victor, pelo pouco que eu conversei, parece ser um cara legal também e talvez possamos ser amigos.

——— Eu acho que você deveria considerar algo a mais do que amizade. Você precisa curtir Babi, tem vinte e seis anos e não sai com homens, não vai a encontros. Qual foi a última vez que transou?

Dou de ombros.

——— Sei lá, tem alguns meses, Carol. Já disse para parar de se meter na minha vida sexual! Estamos no segundo ano de residência, o último, não tenho tempo para sair à procura de namorados.

——— Eu consigo tempo para namorados.

——— Claro que consegue, você é Carol ——— dou risada.

Sexta feira havia chegado. Como eu estava de folga, me permiti acordar tarde, almoçar besteira e ficar o dia todo assistindo série.

Quando era aproximadamente oito horas, me levantei fui tomar banho. Depois do banho sequei o meu cabelo e fui trocar de roupa. Na maquiagem eu fiz algo básico, apenas rímel, blush e um gloss nos lábios.

Victor havia me passado o número do apartamento dele por mensagem. Então sai do meu e desci até o sexto andar, depois fui olhando de porta em porta até chegar no apartamento de número 453. Toquei a campainha e em menos de um minuto a porta foi aberta.

——— Oi. ——— Victor me cumprimentou e sorriu ——— Entra aí ——— ele me deu espaço para entrar e assim fiz. Logo pude sentir o cheiro delicioso do jantar. ——— Já está quase pronto.

——— O cheiro está ótimo! ——— sorri de lado e comecei a seguir Victor que estava indo rumo a cozinha.

——— Obrigado. Eu realmente espero que o gosto esteja tão bom quanto o cheiro...

——— Tenho certeza que vai estar. Lily falou muito bem da sua lasanha, deve ser deliciosa.

——— Lily não serve de base, aquela garotinha gosta de qualquer coisa. ——— ele deu risada e eu acompanhei.

——— Lily é muito esperta para idade, achei muito bonitinha a atitude dela sobre querer te arrumar uma namoradinha'. ——— falei sorrindo e ele revirou os olhos de brincadeira.

——— Quando ela coloca uma coisa na cabeça ninguém tira. Você não tem noção das inúmeras vezes que ela me fez passar vergonha com mulheres, as convidando para um encontro comigo.

Solto uma risada.

——— Com certeza elas não levaram na maldade, elas entendem como crianças são.

——— Pode ser, mas mesmo assim fiquei morrendo de vergonha. Ficou parecendo que eu estou desesperado atrás de mulher, e não é assim que estão as coisas.

——— Deixe elas pensarem o que quiserem, provavelmente você não vai vê-las nunca mais!

Victor deu de ombros.

——— Tem razão. ——— na mesma hora o forno apitou, indicando que a lasanha estava pronta. ——— Vamos comer!

O moreno colocou a lasanha em cima da mesa e nos servimos com arroz e depois com a lasanha. Victor colocou vinho em duas taças e nos sentamos para comer.

Dou um gole em meu vinho e pergunto:

——— Você me disse no hospital que cria Lily sozinho. A mãe dela, o que aconteceu com ela? ——— Victor molha os lábios ——— se não quiser responder está tudo bem, sério.

——— Relaxa, de boa. Ela simplesmente foi embora de uma hora para outra. No dia anterior estava tudo normal, no outro dia acordei e ela não estava na cama, encontrei um bilhete dizendo que ela havia ido embora, que não era para eu procurá-la e que mandaria os papéis do divórcio para eu assinar. Ela nunca mais deu as caras. E eu realmente espero que ela nunca mais apareça.

——— Meu Deus. Será que foi algum surto?

——— Normal ela não era. Abandonar a filha no qual ela dava tanto carinho e amor, do nada, com certeza não é uma mulher normal.

——— Imagino o quanto deve ter sido difícil para você, de uma hora para outra começar a criar uma neném sozinho, você com certeza estava acostumado com a ajuda dela.

——— Sim, foi complicado, muito complicado. Ela tinha mais prática porque eu trabalhava de manhã até a noite, e ela decidiu sair do emprego para cuidar da Lily, então era ela que tinha mais prática, sabia dos segredos e era nela que Lily era mais apegada. ——— enquanto ele contava, eu comia e prestava bastante atenção em cada palavra. ——— Durante meses Lily não dormia direito, ela estava acostumada a dormir com a mãe. Foi bem difícil mas aos poucos ela foi se esquecendo e hoje em dia nem se lembra da mãe.

——— Mesmo não lembrando da mãe, talvez ela sinta falta de uma presença materna na vida dela. Pode ser que por esse motivo, ela quer que você namore alguém.

——— Sim, eu também acho. Mas eu tenho medo de encontrar alguém e esse alguém de alguma forma fazer mau para Lily.

——— Eu te entendo, é realmente muito difícil. Mas saiba que você não falhou na criação da
sua filha,eu de verdade gosto muito dela.

——— E ela também gosta muito de você, tipo, pra caralho. De alguma forma você conquistou ela, Lily não é assim com as outras pessoas. ——— Abro um sorriso ——— Mas acho que sei como, você é uma ótima pessoa, Babi. Sério mesmo!

——— Obrigada. ——— largo os talheres e bebo um gole do meu vinho ——— Eu estava pensando, será que Lily gostaria se as vezes eu levasse ela pra sair, sabe, coisa de meninas. Se você deixar, claro.

Victor abre um sorriso.

——— Claro que eu deixo. Com certeza Lily vai amar, ela nunca teve isso a não ser com a minha mãe de vez em quando.

——— Ótimo.

Nós entramos me outro assunto até terminarmos de comer. Depois, Victor pegou a taça de vinho e fomos para a varanda, continuamos conversando por lá enquanto víamos o movimento na avenida lá embaixo.

——— Quando foi que se interessou por medicina? ——— Victor perguntou e eu me animei, eu sempre gostava de falar sobre esse assunto.

——— Bom, antes eu queria ser advogada mas aí meu pai acabou adoecendo, ele teve câncer no pulmão, foi um momento bem difícil mas teve uma médica que fazia de tudo para ajudá-lo e eu comecei a admirar muito a profissão. Eu passava muito tempo no hospital do câncer, eu fiz amizade com muitos pacientes e alguns deles morreram e aquilo acabou me mudando, fazendo eu me apaixonar pela medicina, querer ajudar as pessoas. O meu pai me apoiou em tudo, eu morava em uma cidade pequena e passei em Harvard, fui morar Cambridge, Massachusetts, durante a faculdade o meu pai se curou e isso me fez apaixonada ainda mais nesse ramo. Quando me formei vim para Seattle e aqui estou, no meu último ano de residência.

——— Isso é muito lindo, Babi. ——— Victor diz sorrindo e termina de virar o restante do líquido da sua taça.

Olhei em meu relógio e vi que já era uma e quarenta da manhã. Termino de beber o vinho que tinha em minha taça e coloco em cima da mesinha de centro.

——— Eu tenho que ir, está tarde e amanhã eu trabalho.

——— Tudo bem, vou te acompanhar até a porta.

Nos levantamos e fomos até a porta. Victor, um pouco sem jeito, depositou um beijo em minha bochecha e eu sorri.

——— Tchau. ——— digo.

——— Tchau.

Viro meus calcanhares e começo a caminhar pelo o corredor, escutando a porta de seu apartamento se fechar.

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top