𝗖𝗮𝗽𝗶́𝘁𝘂𝗹𝗼 𝟮𝟴

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𝗩𝗶𝗰𝘁𝗼𝗿 𝗔𝘂𝗴𝘂𝘀𝘁𝗼🥀

Já fazia dois dias que Babi não tinha nenhuma parada cardíaca, graças a Deus. Ela tinha acordado a algumas horas e permaneceu acordada, diferente das outras vezes que ela apagava imediatamente.

Eu nem sei ao certo quantos dias tem que eu não durmo, apenas cochilo alguns minutos na cadeira.

Os meus sogros estão aqui em Seattle, vieram assim que souberam do acidente. A gente está alternando em ficar no hospital, mas mesmo quando eu estou em casa, não consigo pregar o olho direto por preocupação.

Eu havia acabado de chegar no hospital e fui direto para sala da Lara, quando entrei ela me olhou e sorriu de lado.

——— Oi de novo, Victor. ——— ela voltou a olhar para seus papéis. ——— Não, não tem nada de novo.

——— Certeza? Eu sinto que vocês não estão querendo me contar algumas coisas.

——— A gente já te contou mais do que devia. A situação do bebê é essa, vai ser uma gravidez de risco. ——— Lara falou e eu respirei fundo.

——— Mas ainda não acharam nada para reverter a situação?

——— Não, sinto muito...——— ela me olha, com um semblante triste.

——— Porra. ——— bato na mesa e me sento em uma cadeira que tinha ali. ——— Vou matar a Melanie, eu juro por Deus que quando acharem ela, vou matá-la.

——— Não, você não vai fazer isso. Quando os policiais acharem ela, ela vai ser presa e pronto. Se você fizer algo, vai ferrar sua vida, sabe disso.

——— Lara, ela quase matou a Bárbara por puro ciúme e obsessão.

——— Eu sei...Eu também não sei o que faria se encontrasse com ela. ——— a ruiva fica de pé. ——— Mas agora, tenho pacientes para consultar.

——— Certo. ——— me levanto e saio da sala dela, indo até a UTI, pro quarto da Babi.

Quando entrei, Carol estava lá, sentada em uma poltrona enquanto mexia em seu celular, quando percebeu minha presença, se levanta e me cumprimenta com um abraço.

——— Como ela está? ——— pergunto e me aproximo da maca, tocando de leve a mão da morena.

——— Não piorou...——— Carol para do meu lado. ——— Ela está dormindo a alguns minutos. Passou a noite bem, só teve uma queda de temperatura, mas foi momentâneo.

——— Okay...——— deixo um beijo na testa da minha namorada e me sento em uma cadeira ao lado da maca.

——— Victor. ——— Carol me chama e eu olho para ela. ——— Você precisa descansar, você está péssimo. O tempo que você fica em casa, você deve dormir. Pra Babi ficar bem, temos que ficar bem.

——— Não consigo, Carol. ——— olho para baixo. ——— Eu tenho medo de dormir, acontecer alguma coisa com ela e pelo cansaço, eu não acordar com o celular tocando ou algo assim.

——— Eu entendo, mas você que Babi te mataria se soubesse que você não dorme, não come e que faz dias que você não vê Lily.

——— Ela me mataria mesmo. ——— abro um sorriso. ——— Ela sempre quer cuidar de mim a todo custo, é o jeito dela.

——— Sim, ela é demais. ——— Carol sorri também. ——— Foi a melhor pessoa que eu conheci. A Babi é cuidadosa, entende o lado de cada um, procura bondade em todo mundo e isso as vezes pode até ser ruim.

——— Sim...ela é boa demais pro mundo.

Carolina deixa um beijo no rosto da amiga e toca a mão dela.

——— Tenho que ir agora, tenho um cirurgia marcada pra daqui 20 minutos e preciso me preparar. ——— ela diz para mim.

——— Tudo bem, vai lá. ——— sorrio de lado e ela retribui, em seguida sai do quarto, me deixando sozinho com a Babi.

Depois de mais ou menos duas horas, Babi acordou, ela começou a tossir e colocar a mão na garganta.

Corri até o corredor e chamei uma médica que estava passando por ali. Ela entrou e rapidamente tirou o tubo que tinha na boca da Bárbara.

——— O que está acontecendo, doutora? ——— pergunto preocupado.

——— Calma, está tudo bem, ela apenas começou a respirar sozinha, isso é um bom sinal. ——— a doutora sorri e levanta um pouco o encosto da maca.

——— Oi, meu amor. ——— falei e os olhos lacrimejamos da minha namorada encontraram os meus.

Babi engoliu em seco e mordeu os lábios, sorrindo de leve. ——— Oi. ——— foi praticamente um sussurro.

Abro um sorriso e tive vontade de chorar de alegria, apenas por ouvir a voz dela novamente. Teve dias que eu pensei que nunca mais escutaria...

——— Victor...——— ela segurou o meu braço e engoliu em seco novamente. ——— Nosso bebê? Eu perdi?

——— Não, você não perdeu. ——— passo a mão pelo cabelo dela.

Babi abriu um sorriso fraco e fechou os olhos fortemente quando tentou se mexer.

——— Não se mexa, vai te machucar. ——— a médica pede. ——— Tá bom? ——— a morena confirma com a cabeça.

A médica sai do quarto e fecha a porta.

Com o passar das horas, Babi foi conseguindo se comunicar mais e se manteve bem durante todo o tempo, agora, a janta dela havia acabado de chegar, antes ela estava se alimentando apenas por sonda.

——— Hum, essa sopa está com uma cara maravilhosa. ——— tento motivar a minha namorada que encarava a sopa com desdém.

——— Não mente, tem uma cor esquisitinha', não sei se quero! ——— ela resmunga.

——— Você tem que comer. Pode ser que o gosto esteja melhor do que a cor. ——— dou de ombros e Babi segura a colher, levando até a boca.

——— Até que não é ruim. ——— ela sorri de lado e me observa. ——— Você anda comendo? Ou dormindo?

——— Claro que sim. ——— minto e mordo o lábio, colocando as mãos na cintura.

Babi estreita os olhos e aponta a colher na minha direção. ——— Você é um péssimo mentiroso, amor.

——— Tá legal. Eu não estou tendo tempo para comer ou dormir, na verdade, nem ao menos lembro de fazer tais coisas.

——— Você emagreceu e está com uma aparência de derrotado, não queria que deixasse de se cuidar, isso faz mal.

——— Fiquei muito preocupado com você, Babi. A minha vida está se resumindo a ficar sentado aqui do seu lado. ——— deixo um selinho em seus lábios. ——— Não se preocupa comigo, termina de comer.

Já era de madrugada e eu e Babi estávamos vendo um filme que passava na tv. Eu sentado na cadeira e Babi deitada na maca.

Senti a mão da minha namorada no meu ombro e olhei para ela.

——— Deita aqui comigo.

——— Claro que não, vou te machucar, doida!

——— Não vai, é só se deitar com calma. Anda, vem. ——— penso um pouco e me levanto, Babi chega um pouquinho para o lado e respira fundo quando faz isso.

——— Amor...——— tombei a cabeça pro lado e encarei ela.

——— Shiu. Deita logo.

Tirei meus chinelos e com bastante calma me deitei, virado de frente para ela. Ela ainda estava um pouco pálida, a boca ressecada e olhos cansados, porém, está mil vezes melhor do que a quatro dias atrás, ela parecia estar morta...foi péssimo!

Babi entrelaçou nossas mãos, já que não podíamos nos abraçar. Depois, com a outra mão, me cobriu com a mesma coberta que estava usando.

——— Dorme, eu estou bem, aqui do seu lado e viva. ——— seus lábios tocou minha bochecha. ——— Eu amo você!

——— Eu amo muito você, meu amor. ——— ela sorriu de leve e desviou o olhar para a televisão.

Aos poucos meus olhos começaram a pesar, e então peguei no sono rapidamente.

Eu e a mãe de Babi havíamos acabado de trocar o "turno" do hospital. Entrei em meu carro e comecei a dirigir em direção a minha casa quando meu celular tocou. Era Carol.

——— Alo, Carol. ——— falei assim que atendi e coloquei o celular no viva voz.

——— Oi, Victor. Você não vai acreditar, Lara e eu estávamos indo almoçar em um restaurante e encontramos Melanie. Ela entrou em um prédio e aparentemente está abandonado, deve ser lá que está se escondendo.

——— Me manda a localização daí.

——— Beleza, vem rápido, estamos no carro, paradas do outro lado da rua do prédio.

——— Tá bom. ——— desliguei o telefone e assim que Carolina mandou a localização, comecei a dirigir até lá.

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