pocketful of sunshine, bruce banner
Os primeiros raios de sol da manhã entravam pelas cortinas abertas, banhando o quarto em uma luz dourada. Sn abriu os olhos devagar, espreguiçando-se preguiçosamente na cama. Era um daqueles dias em que a vida parecia perfeita, mesmo sem um motivo específico. O cheiro de café fresco vinha da cozinha, e um sorriso se formou nos lábios de Sn, sabendo que Bruce já estava acordado.
Sn desceu as escadas, os pés descalços tocando o chão frio da madeira, e encontrou Bruce na cozinha, vestido com uma camiseta simples e calças de moletom. Ele estava concentrado, derramando o café em duas xícaras. Quando ele percebeu a presença de Sn, um sorriso suave iluminou seu rosto.
── Bom dia ── disse ele, entregando uma das xícaras a Sn.
── Bom dia ── Sn respondeu, pegando a xícara e tomando um gole do café quente. ── Algum plano para hoje?
Bruce deu de ombros, olhando pela janela para o quintal banhado pelo sol. ── Pensei em aproveitar o dia lá fora, talvez dar uma caminhada. Está um dia lindo.
Sn assentiu, sentindo-se grato por esses momentos de tranquilidade. A vida ao lado de Bruce não era sempre fácil, mas dias como aquele faziam todo o esforço valer a pena. Havia uma paz em sua companhia, uma segurança que Sn raramente sentia em outro lugar. E naquele dia em particular, Sn queria compartilhar algo especial com ele.
── Bruce, há um lugar que eu quero te mostrar ── disse Sn, os olhos brilhando de excitação.
Bruce arqueou uma sobrancelha, intrigado. ── Onde?
── É uma surpresa. Prometo que você vai gostar ── Sn respondeu com um sorriso travesso.
── Você sabe que eu não gosto de surpresas ── Bruce disse, mas havia um brilho de curiosidade em seus olhos que entregava o contrário.
Sn apenas riu, pegando sua mão e puxando-o em direção à porta. Eles saíram de casa e caminharam até o carro. Sn deu a direção até um local um pouco afastado da cidade, um lugar que sempre teve um significado especial para Sn, mas que nunca havia compartilhado com ninguém.
A estrada sinuosa os levou até uma trilha em meio a uma floresta. Sn parou o carro e olhou para Bruce, que agora estava claramente curioso.
── Estamos quase lá ── disse Sn, saindo do carro e começando a caminhar pela trilha.
Bruce a seguiu, observando as árvores altas ao redor e ouvindo o som das folhas sob seus pés. O ar estava fresco e puro, e havia algo quase mágico naquela floresta.
Depois de alguns minutos de caminhada, a trilha se abriu para uma clareira. Ali, uma pequena cabana de madeira ficava isolada, cercada por flores silvestres e banhada pela luz suave do sol. Era um lugar simples, mas lindo, quase como se tivesse saído de um conto de fadas.
── É aqui ── Sn disse, parando na entrada da cabana e olhando para Bruce com expectativa.
Bruce olhou em volta, maravilhado. ── É lindo, Sn. O que é este lugar?
── Eu costumava vir aqui quando era criança. Meus pais compraram essa cabana quando eu era pequeno, e costumávamos passar os finais de semana aqui. É o meu lugar especial, meu refúgio ── Sn explicou, a voz suave e cheia de memórias.
Bruce se aproximou, colocando uma mão gentilmente no ombro de Sn. ── Por que você nunca me contou sobre isso?
── Acho que queria que fosse nosso ── Sn respondeu, virando-se para ele com um sorriso. ── Eu sabia que você precisava de um lugar como este. Um lugar para escapar quando as coisas ficam difíceis.
Bruce respirou fundo, sentindo o peso de suas preocupações e ansiedades se dissiparem naquele lugar. Ele olhou para Sn, grato, e assentiu.
── Obrigado por me trazer aqui ── ele disse suavemente.
Eles entraram na cabana, que era tão acolhedora por dentro quanto parecia por fora. Havia uma lareira, um sofá confortável e uma grande janela que dava para a floresta. Sn mostrou a Bruce o pequeno quarto com uma cama de madeira e roupas de cama macias, e a cozinha simples, mas funcional.
Depois de explorar o interior, Sn pegou a mão de Bruce novamente e o levou para fora, para uma pequena clareira ao lado da cabana. Ali, havia um rio que corria suavemente, e uma árvore grande com um balanço de corda pendurado em um dos galhos mais baixos.
── Eu costumava passar horas nesse balanço ── Sn disse, rindo ao se lembrar dos dias da infância.
Bruce sorriu, vendo Sn se sentar no balanço e empurrar-se levemente para frente e para trás. Havia uma alegria genuína no rosto de Sn, algo que aquecia o coração de Bruce. Ele se aproximou, segurando as cordas do balanço e começando a empurrar Sn com mais força.
── Cuidado, Bruce! ── Sn exclamou entre risadas, enquanto o balanço ia mais alto a cada empurrão.
Bruce riu também, sentindo-se incrivelmente leve. Era como se todo o peso que carregava diariamente, toda a luta interna com o Hulk, se dissipasse naquele lugar, deixando apenas a pessoa que ele queria ser: alguém capaz de sorrir, de se divertir, de viver.
Depois de algum tempo, Sn pediu para parar, e Bruce segurou o balanço até que ele parasse completamente. Sn desceu, um pouco ofegante, mas com um sorriso radiante.
── Obrigada por isso ── Sn disse suavemente, olhando nos olhos de Bruce.
Bruce puxou Sn para um abraço, segurando-a perto. Ele não era um homem de muitas palavras, mas Sn sabia exatamente o que ele estava sentindo. Aquele momento, aquele lugar, era tudo o que ele precisava.
Enquanto o dia passava, eles exploraram mais a floresta, colhendo flores silvestres e mergulhando os pés no rio gelado. Sn contou histórias de infância, cada uma trazendo à tona memórias que pareciam tão distantes e, ao mesmo tempo, tão vivas.
Quando o sol começou a se pôr, eles voltaram para a cabana, acenderam a lareira e se aconchegaram no sofá com cobertores e uma caneca de chá. Sn deitou a cabeça no ombro de Bruce, sentindo-se completamente em paz.
── Eu te amo, Bruce ── Sn murmurou, quase como um suspiro.
Bruce beijou suavemente o topo da cabeça de Sn, fechando os olhos. Ele não precisava dizer nada; o sentimento estava ali, presente em cada gesto, em cada olhar. E naquela cabana isolada, naquele refúgio particular, eles encontraram algo que parecia quase impossível no mundo em que viviam: um pocketful of sunshine, um bolso cheio de luz do sol, um lugar onde nada mais importava além de estarem juntos.
Eles adormeceram abraçados, a luz do fogo da lareira iluminando suavemente o quarto. E, pela primeira vez em muito tempo, Bruce dormiu em paz, sabendo que, enquanto estivesse com Sn, ele sempre teria um lugar onde poderia ser ele mesmo, sem medo, sem dor ── apenas amor e serenidade.
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