best friends or lovers? tom holland

SN nunca tinha passado tempo tempo em um avião, ir à Inglaterra em vôo direto não foi a coisa mais inteligente que já fizera. Apesar de ter sido lhe oferecido a classe executiva tinha dito à Tom que não seria necessário e agora se arrependimento matasse, estaria morta a séculos. Ao menos valeria a pena, já faziam anos desde a última vez que se viram, estando no Brasil os encontros entre os dois eram ainda mais raros.

Toda vez que contava a história precisava apresentar as provas, afinal quem em sã consciência acreditaria que por acaso -- do destino -- encontrou -se com ninguém menos que Tom Holland nas ruas da Inglaterra?. Tinha sido uma bela cena de filme clichê; o clima frio, neve caindo sob os casacos lhes forçando a fitar o chão enquanto andavam para que não as tivessem em breve colando nos cílios -- não era lá a sensação mais agradável do mundo. Estava saindo da cafeteria carregando o copo cheio do conteúdo quente em uma das mãos enquanto fechava à porta do ambiente com a outra e foi justamente aí que esbarraram. Os dois quiseram se xingar no momento, Tom por ter seu casaco molhado na temperatura fria da cidade e Raquel por ter perdido mais da metade do seu tão apressiado chá. Mas eram oito da manhã, quem tinha disposição o suficiente para brigar à estas horas? No fim a culpa tinha sido de Tom, por não olhar para frente antes de tentar entrar para a cafeteria o que lhe fez pedir desculpas e oferecer mais um copo de chá quente. Sn não tinha nada a perder, e não voltaria para o hotel sem seu chá.

Em resumo deste primeiro encontro acabaram por descobrir que tinham muito mais em comum do que uma simples escolha de cafeteria, passaram horas conversando na mesa do estabelecimento, o casaco de Tom até teve tempo para se secar sozinho. Houveram trocas de número e uma amizade inseparável desde então.
Mas era hora de voltar, o Brasil chamava Sn novamente -- infelizmente -- mantiveram contato pela internet, indo além das mensagens às chamadas de vídeo. Tom compartilhava tudo com a mulher, não havia uma única coisa em sua vida que ela não soubesse e sabia que ela adorava saber de cada detalhe quando irradiou felicidade ao saber que daria vida à Peter Parker? Um de seus novos personagens favoritos.

Agora, finalmente tinha arrumado férias e dinheiro para voltar ao país que conhecerá a melhor pessoa de toda a vida e ansiava para poder ouvir a voz de Tom pessoalmente e revê-lo ao vivo e à cores. Tom dividia o mesmo sentimento de Sn, sentia falta de quando ela estava na Inglaterra e podia sair para jantares ou tardes em seus parques favoritos.

Sn agarrou suas malas depois de sair da imigração, o último passo estava concluído e só restava no momento encontrar com o amigo no meio de centenas de pessoas zanzando pelo aeroporto encontrando com todas as pessoas possíveis. Encontrou quem desejava ao olhar no andar debaixo do aeroporto, estava lendo algum livro -- que de tão longe era impossível ler seu título, mas a capa era azul escuro -- usava jeans, camiseta e uma jaqueta preta o que quase indicava que o clima estava ameno do lado de fora, totalmente o contrário do avião que desceu a menos de 40 minutos.
Ela agarrou suas malas prendendo a almofada de pescoço preto na nuca para evitar que caísse enquanto descesse as escadas rolantes -- não queria mesmo deixar nada para trás.

Quando Sn chegou perto do banco que Tom estava, ele sequer ergueu o olhar perdido por completo em sua leitura. Fazendo com que a mulher enfiasse o rosto entre o livro e seus braços lhe dando um susto.

─── Deveria estar me esperando.

─── E eu não estou?

Tom fechou o livro rapidamente agarrando-a suavemente em seu pescoço lhe abraçando ali mesmo no colo enquanto Sn tentava inutilmente se arrumar no banco para não cair.

─── Eu também senti sua falta, mas está quase me esmagando!  ─── Sn resmungou tendo a voz abafada pela jaqueta perfumada de Tom. Mesmo depois desses anos ele não tinha trocado o perfume, continuava com o mesmo cheiro que se lembrava.

─── Você não parece sentir nenhum pouco minha falta, sequer retribuiu o afeto.

─── Não me lembro de ser tão carente, Holland.

Sn tomou impulso tirando a cabeça do colo de Tom se levantando do banco em seguida retirando a almofada do pescoço.

─── Como foi o vôo? ─── quis saber também se levantando pegando a mochila das costas de Sn pondo das suas próprias e puxando uma das malas.

─── Zerei o catálogo de filmes.

─── Só não me diga que assistiu Sr e Sra Smith mais uma vez.

─── Você sabe que sim. Baixei apenas para poder rever.

Tom riu, as vezes Sn era previsível para ele.

[...]

Nenhum dos dois quiseram tempo para respirar depois do aeroporto, tinham muito para conversar e o mesmo parque central de sempre pareceu boa ideia depois de ter deixado as malas em casa. Mas havia algo diferente, os olhares não eram os mesmos de antes, por mais que Tom quisesse esconder já não conseguia mais, estava nitido no seu sorriso bobo e olhar brilhante quando olhava para Sn perdida no lago a frente depois de terem conversado sobre tudo e mais um pouco. Não havia como negar mais, não depois de ter passado todo esse tempo longe daquela mulher e ainda assim cada canto seu parecer se iluminar na sua presença.

─── A gravidade não faz sentido quando você está por perto...

Sn se virou para Tom franzindo o cenho confusa.

─── Eu não gosto nem de imaginar como seria se não estivesse nevando quando nos conhecemos.─── sorriu ─── Eu teria passado por você sem esbarrar e não me lembraria mais...

─── Essa conversa tá ficando estranha.

Estranho mesmo estavam os batimentos cardíacos de Sn, completamente disparados com a possibilidade de receber uma declaração de Tom. Sabia que algo tinha mudado na maneira que ele a olhava mais não imaginava que teria sido por conta de uma paixão.

─── Eu juro que quando lhe ofereci outro copo de chá, era para ser só um pedido de desculpas, não era para evoluir. Eu não imaginei que me apaixonaria tão perdidamente por você a ponto de sentir meus pés saindo do chão ─── Tom inflava o peito ao falar, acompanhando o gesto com um sorriso. Era impossível acusar alguma palavra que lhe saia de boca de calúnia. Era a mais pura verdade. ─── Eu não sei como você fez isso, eu não sei como você faz isso comigo, mas toda vez que falo com você ou quando estou com você sinto que o resto não tem importância alguma.

Sn não tinha o que falar, estava em choque, tudo que um dia já achou que sabia em inglês fugiu -- até mesmo as palavras em português lhe fugiram-- mas sabia muito bem como agir e não desperdiçaria a oportunidade.
À mulher se arrumou no pano que sentava junto à Tom se aproximando de seu rosto com o auxílio de suas mãos em seus pescoço, sua intenções era de seguir com calma, mas essa não era a prioridade de Tom -- não quando não tinha certeza que teria a mesma chance outra vez de fazer algo que queria a muito tempo -- Holland entrelaçou seus dedos nos cabelos de Sn selando seus lábios.

Era estranho beijar sua melhor amiga de anos, mas não ruim, isso não passava nem perto da definição do momento. Repetiria o ato milhões de vezes depois.

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