01

O vento batia no meu rosto a música tocando nos meus fones de ouvidos e meus olhos fechados aproveitando a viajem.

Era relaxante, dou um empurrão no meu irmão que caiu do banco.

───chega pra lá seu gordo ── tirei os fones irritada.

── o banco não é só seu adotada.

Aquela palavra aquela maldita palavra fazia todos os meus pensamentos me atormentar.

── adotado é você ── dou um soco no seu braço.

──pai a Reyyan tá me batendo ── resmungou Ju-young.

── crianças parem.

Mordi o braço do mesmo que fez a mesma coisa e começamos uma briga.

──PAREM VOCÊS DOIS ── gritou nossa mãe irritada saindo fogo pelas ventas ── Ju-young deixa sua irmã em paz e isso serve pra você também Reyyan.

Cruzamos nossos braços e nos viramos enquanto a Jookyung dava risada da nossa cara.

Alguns minutos depois havíamos chegado na nossa antiga casa, desço do carro ajeitando meu vestido e olhando em volta.

─── Reyyan ajuda o papai com as coisas ── diz Ju-young entrando para dentro da casa apenas com sua mala.

── E VOCÊ TAMBÉM - gritou mamãe e dou risada.

Ajudei com as caixas de mudança e depois entrei em casa tirando os cinhelos e arrastando minha mala até o quarto.

Jookyung já estava no mesmo arrumando suas coisas. A minha cama era do lado da minha irmã.

── Ju isso é seu ──joguei a nécessaire de maquiagem para a mesma.

── valeu maninha.

Peguei a toalha descendo as escadas eu precisava tomar um banho e antes do Ju-young entrasse no banheiro.

── Lim Reyyan ── antes de eu entrar no banheiro ouço a voz da minha mãe ──vá comprar essas coisas aqui.

── mas eu iria tomar banho.

── faz isso quando chegar.

Ela deu de ombros se virando e bufei frustada, amarrei meu cabelo em um cook frocho e sair da casa usando meus chinelos.

Alguns minutos depois havia chegado no supermercado peguei todas as coisas da lista usando o dinheiro que minha mãe deu para fazer o pagamento.

Sair da loja e aproveitei para andar um pouco, enquanto comia uma barra de cereal que comprei junto com as coisas.

Os pensamentos do que havia acontecido na minha antiga escola vieram na minha mente, eles me chamando de órfã e adotada que eu era uma aberração.

── duvido que alguém goste de você órfã.

── eles sentiram pena de você adotada.

── sua aberração.

Todas essas palavras me deixaram mal o bastante para eu me sentir a pior pessoa do mundo pelo acidente dos meus pais serem a minha culpa.

Mas eu era tão pequena, nem me lembro o que aconteceu e isso e a pior coisa não saber como eles morreram.

Saio dos meus pensamentos quando vejo uma moto vindo na minha direção me joguei para o lado e acabei arranhando meu joelho.

Levantei quando o garoto que caiu da moto tirou o capacete erguendo sua cabeça para me olhar.

Ele é um gato!.

Nossos olhos se encontraram e antes que eu possa ajudá-lo ele praticamente saiu correndo quando um grupo de delinquentes vieram em sua direção.

Dou de ombros pegando o capacete do mesmo que estava perto dos meus pés e me aproximei da moto levantando a mesma.

──droga!.

Corrir atrás do garoto e me escondi vendo que ele estava cercando pelos grupos de delinquentes.

── você se esquivou ── o outro garoto que parecia ser o líder deles indignou ── se fazer isso vai se pior.

──ei no rosto não── o gato da moto disse.

O outro cara deu um soco na sua barriga e iriam bater nele quando ativei o alarme.

── polícia vamos dar o fora.

Os babacas praticamente saíram correndo e encarei o lugar pondo o capacete debaixo do meu braço.

── que medrosos ── digo rindo e virei batendo de frente com o gato da moto.

──e quem é você?.

── eu ajudei você vou caindo fora ── me virei pra sair mas o mesmo puxou meu casaco fazendo meu corpo bater contra o seu.

── fiz uma pergunta garota ──ele diz sua voz era mais linda que ele.

──sou a pessoa que você quase atropelou agora me soltar.

Virei dando um chute no pé do mesmo que resmungou de dor se agachando e sair correndo.

Ponho as mãos nos joelhos recuperando o fôlego quando estava em frente a porta de casa olhei para debaixo do meu braço vendo que o capacete estava ali.

─── droga porque eu trouxe isso ──exclamei abrindo o portão.

Entrei em casa ouvindo as gritarias da minha mãe.

── que demora garota ── ela diz puxando a sacola da minha mão e encarou o capacete no meu braço ── roubando de novo Reyyan?.

── não mãe isso... deixa pra lá ──digo após a mesma dar as costas indo pra cozinha subir as escadas indo pro quarto.

Entrei no mesmo pondo o capacete na mesa e descir novamente pegando a toalha que havia deixado em cima do sofá entrando no banheiro.

Tomei meu banho e depois coloquei um moletom deixando meus cabelos úmidos e descir pra jantar.

── Rey amanhã temos escola── comentou Jookyung de boca cheia.

──tinha que me lembrar ── a olhei fazendo careta ──tem alguma chance de eu largar a escola.

─── se fizer isso eu te expulso de casa ── diz minha mãe seriamente.

── isso não é uma escolha, tenho que ir mesmo.

Após terminar de jantar subir pro meu quarto arrumando minhas coisas para a escola amanhã e para as perguntas, as pessoas não achavam que eu era irmã da Jookyung.

Na verdade nunca fomos mas crescemos juntas sou filha adotiva desde dos meus cinco anos quando perdir meus pais.

E por isso vinha os boatos de que eu não era nada parecida com minha irmã, ao qual mamãe mandou dizer que éramos gêmeas para que nada disso não acontesse.

Mas as pessoas enxergam que eu não sou irmã da Ju e muito menos gêmea.

── ei Lim Reyyan ──minha irmã estralou os dedos no meu rosto.

── ah oi ──virei meu rosto a olhando.

── no que está pensando? ──ela pergunta arrumando suas maquiagens.

──nos boatos.

Levantei do chão jogando minha mochila da escola na cama e sentando na mesma Jookyung virou pra mim.

──não se preocupe estamos em uma nova escola vai dar tudo certo.

──eu espero ──sussurrei me jogando na cama.


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