𝐗. 𝐹𝑟𝑒𝑑'𝑠 𝑗𝑒𝑎𝑙𝑜𝑢𝑠
— WOOD, DAVIES, apertem as mãos — mandou Marlene, que era a responsável por iniciar a partida de quadribol naquele dia, como professora de Vôo. Os dois capitães (Grifinória e Corvinal) se cumprimentaram. — Montem nas vassouras... quando eu apitar... três, dois, um...!
Harry, e sua maravilhosa vassoura Firebol novinha em folha, deram um impulso para subir que riscou o céu, a vassoura era muito rápida.
Arya estava sentada na arquibancada de novo, mas dessa vez não chovia como na partida passada, estava um friozinho apenas. Jade dessa vez decidiu que iria ver o jogo com sua irmã mais nova, Jane, na arquibancada da Corvinal.
"Era isso que você devia fazer!" — pensou uma voz irritante e crítica na cabeça de Arianna, que saltitava toda vez que a lembrança de Bianca era mencionada.
— Com licença, esse lugar está ocupado? — Arya estava tão entretida em seus pensamentos que não notou uma menina ao seu lado, um pouco mais velha que ela. A loira fez que não com a cabeça. — Eu sou Ally.
Arya não sabia que estavam em uma conversa. Ou talvez todos os sinais de que Ally estava falando seu nome com um sorriso no rosto indicavam que ela queria que Arya continuasse. Mas ela não havia percebido isso não.
Ally era bem magra e alta, parecia ser muito boazinha. Seu cabelo era castanho e longo, preso em uma presilha de vidro de borboleta. Ela bastante angelical, na opnião de Arya, parecia ser bem certinha, mas não do tipo chata.
— Arya, prazer. — ela respondeu, um pouco antes de Wood passar quase de raspão na multidão com uma vassoura a mais de 200 Km/h.
— Ah, esse é meu namorado! As vezes ele se impolga muito com o quadribol. — ela deu um risinho tímido.
"Será que eu já conheço ela e aí ela acha que temos intimidade?" — a voz continuou.
— Não sabia que Wood tinha uma namorada. Achei que ele era Quadribolsexual ou alguma coisa assim.
— É, pois é. A maioria das pessoas acha isso. — ela riu, o que desencadeou uma curva nos lábios de Arya. — As vezes até eu acho isso. Mas eu amo ele mesmo assim, meio doidinho.
Então Fred — alguma coisa a dizia que era Fred — passou a milhão da torcida, assim como Wood havia feito a poucos minutos atrás. Ele segurava um balaço que parecia muito pesado. Algumas veias da mão dele — que Arya podia ver pelo vento que batia na manga do uniforme — estavam bem destacadas. Ally deu um meio sorriso ao perceber que Arya começou a sorrir quando viu o ruivo.
— E esse aí é o que seu? — ela perguntou rindo da cara de boba da loira.
— Namorado que não é. Fred é meu amigo.
— Hum. — Ally a encarou de canto de olho, talvez esperando que Arya negasse e dissesse que gostava dele.
Mas a verdade é que ninguém sabia que ela gostava dele, e não sairia gritando para os quatro ventos algo que ela nem havia definido direto.
— Jordan, você se importa de nos dizer o que está acontecido no campo? — a Professora McGonagall interrompeu mais uma vez uma sessão de elogios proferidos por Lee, que era o comentarista oficial de Quadribol, para Harry e sua magnífica vassoura. Uma Firebolt.
— Certo, professora, só estava situando os ouvintes... — ele retrucou. — A Firebolt, aliás, tem um freio automático e...
— Jordan! — advertiu McGonagall.
A partida, além dos comentários icônicos de Jordan e as conversas curtas com Ally durante o jogo, estava indo bem, Grifinória estava ganhando por oitenta pontos a trinta de Corvinal. George já até havia levado um cartão de advertência!
Harry — depois de fugir de alguns dementadores quando os notou pairando sob o Campo de Quadribol — e Cho disputavam o Pomo de Ouro, e logo o menino levou vantagem e o capturou, anunciando a vitória do time contra a Casa Azul. Arya sentiu a necessidade de descer para comemorar com a equipe.
— Parabéns, Harry! — parabenizou Angelina, deixando um beijo na bochecha do garoto mais novo. Em seguida, Fred quase desmembrou Harry quando o abraçou.
— Harry! Conseguiu! Ganhamos! — gritou Arya, indo até o menino e o abraçando.
Mais algumas pessoas invadiram o campo para o parabenizar, Arya encarou isso como sua deixa para virar as costas e ir embora.
— Arya!
Ela ouviu uma voz atrás dela a chamar, revelando a presença de Fred, que corria em sua direção.
— Oi! — era estranho.
Era estranho porque eles ainda não haviam se falado desde a lareira. No almoço do dia seguinte a aquele dia, Arya decidiu se sentar ao lado de Angelina, e não em seu lugar comum ao lado de um dos gêmeos.
— Eu só queria saber se... se as coisas ficaram estranhas depois daquela noite. — ele disse, encarando as mãos.
Ele estava atraente naquele dia. Todos os dias, mas naquele momento ele parecia muito melhor do que antes. E olha que ele estava todo suado, alguns raminhos de grama grudados na pele e usava o uniforme de quadribol, que era muito não-sexy mas que, por algum motivo, parecia perfeito nele. Quando ele levantou o olhar para ela, talvez cobrando uma resposta a pergunta dele, os olhos dele a deixavam sem ar, Arya sentiu que caíria para trás.
— Ah, claro! Por que não estaria? — ela respondeu, rindo de nervoso.
— Porque talvez você esteja me ignorando.
Não... será?
— Eu não estou te ignorando.
— Está sim.
— Não estou não. — ela afirmou bem séria, como se fosse uma disputa.
— Então tudo bem. — ele respondeu, parecendo não se importar. — É, a gente vai dar uma festa hoje... sabe, em comemoração da Taça. E você tem que ir.
Arya sorriu.
— Eu tenho que ir? — ela perguntou divertida.
— Uhum, ou você vai ser sentenciada a prisão perpétua. E se não nos ajudar com a playlist, vai ser em Regime Fechado. — ele brincou, arrancando uma risada dela.
— Então é melhor que eu vá, não é? Não posso arriscar ser presa!
Eles riram juntos. E ali mesmo, no meio do Campo de Quadribol, depois de um jogo, ela queria muito continuar aquilo que começaram na lareira.
— Fred! Vamos atrás de cerveja! — gritou George, de uns 3 quilômetros de distância.
— Eu vou... indo. — ele murmurou meio sem jeito, dando um sorris para ela, Arya assentiu, como se liberasse ele, devolvendo o sorriso.
🌞
A primeira festa de Arya em Hogwarts.
Quer dizer, teve a de Halloween, mas essa era a primeira festa contrabandeada dela. E Fred e George eram os maiores festeiros que Arya conhecia a partir daquele dia.
Estava na mesa de bebidas, tentava encher o seu e o copo de Angelina, que estava conversando com Lee. Mas claramente Arya não tinha coordenação motora nenhuma para encher dois copos de cerveja amanteigada.
— Precisa de ajuda? — um garoto, um ano mais velho que Arya, disse atrás dela. É claro que isso a assustou e ela quase derrubou um litro de cerveja em si mesma.
— Oi... é, acho que sim! — respondeu Arya, com um sorriso tímido. O menino pegou um dos copos e começou a enchê-lo no barril da bebida.
— Vincent. E você? — ele perguntou, com um sorriso bonito.
— Arya. Eu sou nova aqui, provavelmente você não tenha me visto ainda, e...
— Eu estava te vendo, ali do canto — ele apontou para uma parede do lado oposto da sala. — Talvez a gente possa conversar melhor por ali.
Não é necessário comentar que um par de olhos castanhos estava acompanhando a conversa de longe, tentando ser discreto.
— Pode ser. — ela deu um sorrisinho sujo. — Só preciso entregar isso para uma amiga.
Arya pegou um dos copos de cerveja e deu na mão de Angelina, sussurrando um "não me chame, você não sabe onde eu estou" para a amiga, que ficou bastante confusa, antes de ir ao encontro de Vincent.
— Notei quando você chegou no primeiro dia, mas nunca tinha te visto aqui antes. Se não com certeza eu já teria te conversado com você. — ele falou, tentando flertar com ela.
Um flerte adolescente, bem ruim mesmo, mas que ela havia gostado. Talvez porque não beijava alguém havia tempo, e ela sabia exatamente o que Vincent queria, apenas uma sessão de pegação e depois voltar ao seu grupinho de amigos. Com sorte, isso era exatamente o que Arya queria também.
Vincent era muito bonito. Era moreno, alto, tinha cabelo curto e cacheado, com um desenho na lateral. Seus olhos eram muito bonitos, embora ela não conseguisse distinguir se eram verdes ou castanhos. Tinha cara de malandro, que se ela não fosse esperta acabaria com um coração partido.
— Quem garante que eu quisesse falar com você antes? — ela se atreveu a dizer, com uma expressão convencida. Ele travou o maxilar e olhou para o lado.
— Qual é, princesa? Eu não sou tão ruim, sou? — ele mostrou mais uma vez seus dentes muito brancos em um sorriso sem-vergonha.
— Nem um pouco. — ele se aproximou dela a preensando na parede, arrumou seu cabelo para o lado e começou com um beijo perto da bochecha esquerda dela, descendo para o pescoço e voltando para o canto da boca dela.
Arya pois as mãos atrás da cabeça dele, deixando que suas unhas vermelhas arranhassem de leve atrás da orelha dele.
E assim, Arya já estava se agarrando com um menino que havia acabado de conhecer, a Arya de antes estava de volta.
Vincent beijava bem, não dava para negar. Ele era bonito, tinha prática, sem Arya perceber ele já havia incluído a lingua no beijo, e posto as mãos um pouco acima da bunda dela, mesmo que elas já tivessem passado por ali.
Quando terminaram, exatamente quando os dois não aguentavam mais tanto tempo sem respirar, Arya respirou fundo. Ele a olhou brevemente, e o momento meio constrangedor depois de um beijo começou.
— Arya, estava te procurando! — chegou George, com um entusiasmo surprendente. — Ah, Vincent. Espero não estar atrapalhando nada.
— Não, Weasley. Não está. — Vincent revirou os olhos como se não suportasse o cara. — Olha, gata, eu tenho que ir. Adorei "conversar" com você, a gente se vê por aí.
Arya sabia que isso era só mais uma desculpa esfarrapada das várias que ele daria só naquela noite.
— De nada. — o ruivo sussurrou para ela quando Vincent já estava de volta ao seu grupinho de amigos.
— Pelo quê? — ela indagou confusa.
— Por te livrar desse babaca. Vincent MacGuire é conhecido por ser um idiota com as mulheres. — George explicou, a oferecendo um sapinho de menta que Arya aceitou de bom grado. — Além disso, não aguentava mais Fred encarando vocês, ele até perdeu meu malabarismo com as garrafinhas de Licor de Fogo. Totalmente maluco.
Espera aí... Fred estava encarando ela? Estava encarando ela quase devorando um cara aleatório prensada contra a parede?
— De que jeito ele estava encarando, George? — ela perguntou tentando não parecer obsecada por esse assunto, ele deu de ombros.
— Do jeito que faz um buraco nas costas do moleque. — ele respondeu como se fosse algo comum. — E olha, Arya, ele nunca fica assim por nenhuma menina que ele fica afim. Nunca vi Fred com ciúmes de ninguém.
Aquilo era ridículo! Ele não gostava dela e não tinha por quê George ficar inventando essa história e fazendo ela se iludir com essa hipótese de ele gostar dela também. Era crueldade fazer isso.
— Não seja ridículo, George. Fred não está afim de mim. E definitivamente não estava com ciúmes de ninguém, muito menos meu.
— E eu pensando que o cego desse lugar era o Harry... — ele disse para si mesmo, revirando os olhos. Ele puxou Arya para o meio da Sala Comunal de novo, a deixando no meio da pista de dança.
Angelina parecia ter bebido um pouco mais do que o aceitável de Licor de Fogo, que pelo nome já fica explícito a intensidade da bebida. Ela dançava animada enquanto uma música trouxa pop bem conhecida de uma caixa de som.
— Arya! Vem! — gritou uma Angelina que talvez não fosse lembrar de nada disso no dia seguinte. Mesmo assim, Arya foi atrás dela, mesmo contra vontade, e começou a se empolgar junto de Angelina.
Enquanto a festa rolava, é claro que ela notava o quanto Fred parecia ter perdido alguma coisa no corpo dela, para a encarar tão indiscretamente. E talvez fosse que isso que a motivasse dançar ainda mais.
De qualquer jeito, Arya e Angelina se davam muito bem, embora só viessem descobrir isso um tempo depois do primeiro dia de aula.
— Ele não para de olhar para você. — comentou a amiga, embora errase algumas palavras por conta do licor no sangue. Arya tentou mexer a cabeça para o encontrar encostado em um canto, com um copo de cerveja e os braços cruzados enquanto a olhava promíscuamente, de cima a baixo.
Ela sorriu ao pensar na possibilidade de isso acontecer, que era zero. Talvez não fosse tão ruim que estivesse se apaixonando por seu melhor amigo.
🌞
A festa da Grifinória acabou quando a Prof. McGonagall apareceu vestida com seu robe de tecido escocês verde-esmeralda e os cabelos grisalhos presos em uma touca de cetim da mesma cor, às duas horas da manhã, insistindo para que fossem dormir.
Arianna teve que, praticamente, arrastar Angelina escada a cima, já que ela insistia que 'não sentia as pernas' junto de George. No fundo eles se amavam, um dia eles iriam perceber isso.
A noite estava tranquila, tudo parecia muito bem, as meninas dormiam em paz e, por um milagre, Arya realmente conseguiu dormir direto, sem uma de suas crises de insônia.
Seus doces sonhos foram interrompidos por um grito escandaloso vindo de algum outro quarto. As meninas todas saíram desesperadas para fora, se reunindo com a Torre da Grifinória inteira de pijamas na Sala Comunal. Aparentemente o motivo do grito foi Ron Weasley, que estava branco de susto.
A Prof. McGonagall talvez amaldiçoaria qualquer um que interrompesse seu sono mais uma vez, já que ela já havia sido acordada pela música alta dos gêmeos.
— É bom que alguém esteja morrendo, porque se já morreu era melhor nem ter me acordado... — comentou Arya, rabugenta. Ela e Angelina se puseram ao lado dos gêmeos e de Lee, que usava uma pantufa enorme de leõezinhos.
— Todo mundo chegando... que ótimo! Vamos continuar a festa? — exclamou Fred, atraindo algumas risadas.
— Todos para cama! Agora! — ordenou Percy, que entrou correndo na sala conubal prendendo o distintivo de monitor-chefe no pijama.
— Mas... Sirius Black! — insistiu Rony, com a boz fraca. — No nosso dormitório! Com uma faca! Ele me acordou!
A sala comunal mergulhou em um silêncio, principalmente Arya. Porque ela era a única ali que sabia que era verdade que o fugitivo número 1 do Reino Unido estava ali em Hogwarts, e ela tomava um chá com ele nas horas vagas.
— Que bobagem! — exclamou Percy, parecendo espantado. — Você comeu demais e teve um pesadelo...
— Estou falando! Era ele...
— Agora, francamente, já é demais! — exclamou a Prof. Minerva, furiosa. — Estou encantada que a Grifinória ganhou a partida, mas isto está ficando ridículo! Percy, eu esperava mais de você!
— Você fez uma ilusão para Rony ver Black? — Lee cochichou para Arya enquanto Percy e Ron discutiam o quê aconteceu ou não. Arya deu uma risada mas acenou que não.
— NÃO FOI UM PESADELO! PROFESSORA, EU ACORDEI E SIRIUS BLACK ESTAVA AO MEU LADO COM UMA FACA! — gritou Rony, deixando McGonagall ainda mais atônita. — Pergunte a ele! — Rony apontou para o retrato de Sir Cadogan.
A professora pareceu ponderar a ideia, mas foi para fora do quadro e mesmo assim o perguntou. Uma multidão de pessoas se aglomerou nas menores frestas do buraco do quadro para tentar ouvir. Menos Arya, que conseguia ouvir por conta de seus poderes, era uma das vantagens de ser esquisita.
— Sir Cadogam, o senhor acabou de deixar um homem entrar na Torre? — ela perguntou, acabada.
— Certamente que sim. — o retrato respondeu.
— O senhor... o senhor deixou? Mas... e a senha?
— Ele sabia! Essa e todas as outras dos próximos sete dias! Ele tinha um pedaço de papel! — ele respondeu, orgulhoso.
McGonagall parecia sua mãe Eleanor quando Arya perguntou ao Sr. Malfoy se ele descoloria o cabelo. Estava furiosa.
— Quem foi — ela respirou fundo. — quem foi a criatura abissalmente tola que anotou as senhas desta semana e a largou por aí?
— Caramba, a McGonagall não é grupo de risco? E se ela cai dura agora? — sussurrou Fred para as meninas.
Um silêncio absoluto se fez depois disso, dando destaque para a confissão de Neville Longbottom, que estava branco e tremendo da cabeça até os pés.
E naquela noite ninguém dormiu mais.
————
OII! esse cap ficou bem estranho.
Teve quadribol, festa, pegação, ciúmes, assassino... bem diversidicado KKKK
Oq vcs acharam? Me contem!!
Acho também q nn vou postar nada até o Natal, então feliz natal pra todo mundo!! ❤️❤️
Beijoss
❤️❤️
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top