𝐕. 𝐻𝑜𝑔𝑠𝑚𝑒𝑎𝑑 𝑎𝑛𝑑 𝑐ℎ𝑖𝑙𝑙
— 𝐒𝐄𝐉𝐀 𝐁𝐄𝐌-𝐕𝐈𝐍𝐃𝐀 ao nosso clube! — George disse, enquanto abria uma pesada porta embaixo de uma grande escadaria no final do quarto andar. Como se fosse um armário embaixo da escada.
Mas o lugar não tinha nada de pequeno. Era quase como um mini Salão Comunal, provavelmente tinha um feitiço se expansão indetectável. Tinha uma grande mesa, onde vários frascos, papéis e um caldeirão borbulhava. Parecia mesmo ser o laboratório do Dr. Maluco, Arya duvidava se alguma coisa não iria explodir a qualquer momento.
Lee, Fred, George e Arya entraram, e um dos gêmeos trancou a porta com a varinha. Arya ainda admirava o local boquiaberta, era inesperado.
— Bom, é aqui que foram inventadas as maiores e melhores pegadinhas que o Reino Unido já viu! — Fred comenta, se jogando em um dos dois sofás da sala/laboratório. Arya repetiu o menino, se sentando no braço da poltrona cruzando as pernas, já que ela usava o uniforme da escola com a saia plissada.
— É o seguinte: nós vamos estreiar você esse ano. — Lee explica, se referindo a à loira. — E vai ser algo maravilhoso.
— Explêndido.
— Vai ser incrível! — Fred e George completam o amigo, e Arya não deixava de sentir uma apreensão quanto ao nível de grandiosidade do plano.
— Ah não, eu não duvido de vocês. — ela riu para si mesma. — Mas o quê exatamente vamos fazer?
Os gêmeos se entreolharam, depois viraram para Lee, sorrindo travessos.
— A maior bagunça que o dormitório da Sonserina já pode ter visto na história de Hogwarts! — Fred explicou, ainda com o sorriso maroto.
Podia dar errado. Mas o que ela era se não uma bagunceira? Seria divertido, era isso o que importava.
🌞
Eram mais ou menos nove da noite, depois do treino de quadribol — o qual Arya não participou, mas assistiu por Angelina e os gêmeos —. Estava exausta, estava um pouco frio, mas a ventania naquele descampado era a razão de seus tossidos agora pelo resfriado.
Ainda teria que subir mais alguns (muitos) andares até chegar em sua quentinha e arrumada cama, onde dormiria bem até amanhã de manhã.
Ao chegar no buraco do retrato da mulher gorda, Arya e Angelina notaram um montoado de gente em frente o quadro de avisos.
— O que aconteceu? O Snape se demitiu?— Arya perguntou a Fred e George, que estavam perto do triozinho de ouro, perto da lareira, se aproximando deles.
— Primeiro fim de semana em Hogsmead. — respondeu Rony, apontando para uma nota que aparecera no escalavrado quadro de avisos. — Fim de outubro, dia das bruxas.
— Afinal, tinha Halloween em Durmstrang? — George pergunta, se inclinando para ouvir mais de perto a conversa.
— Ela não veio de Marte, George. — surpreendentemente, foi Hermione quem a defendeu, tirando a cara do livro de Runas que lia para se pronunciar pela primeira vez.
— Desculpa, santa inteligência! — o ruivo esnobou, com uma careta engraçada que fez Angelina rir. Harry encolheu os ombros, com um semblante triste.
— Harry, tenho certeza de que você vai poder ir na próxima visita. — Hermione animou o menino, que havia se atirado em uma poltrona ao lado de Ron com cara de que alguém morreu. — Vão acabar o pegando logo, você sabe. Ele já até foi avistado!
— Vocês acham que vão pegar ele? — Arya perguntou, se fingindo desinteressada. As cinco cabeças viraram para ela em sincronia, incrédulas. — Quero dizer, muita gente odeia ele. Provavelmente ele vai ser morto quando acharem ele. É o que faz sentido, pelo menos.
— De qualquer jeito, Black não é louco de tentar alguma coisa em Hogsmeade. — argumentou Rony. — Pergunte a McGonagall se você pode ir, Harry, a próxima vez pode demorar um tempão para acontecer.
— Rony!
Hermione e Ron agora entravam em uma briga, como todas as outras que fizeram desde que Bichento quase devorou Perebas. Arya estava do lado do gato, afinal ela adorava gatos. Se arrependera de não voltar no Beco Diagonal e comprar aquele gato que tanto gostava quando visitou o lugar com Malfoy. Mas agora já era tarde.
— Eu vou subir, estou exausta. — Angelina declarou, e Arya aproveitou a saída da amiga para ir junto dela, enquanto todos murmuraram um "boa noite!".
Elas nem conversaram direito, apenas se trocaram rápido e murmuraram um "boa noite" uma para a outra também, desligando o abajur e caindo no mundo dos sonhos.
🌞
Manhã de dia das bruxas! E Arya não podia estar mais ansiosa para visitar Hogsmeade. Fred e George só falaram disso por uma semana, e Jade tentava a convencer de que não era grande coisa. Em Durmstrang não havia nada parecido, então para Arya, Hogsmeade era maravilhoso.
A loira praticamente devorara seu café da manhã, correndo para o dormitório para pegar seu dinheiro (uma bolsinha cheia de moedas) e seu batom favorito. A loira logo desceu as escadas, encontrando Jade e Angelina.
Fred e George se aproximaram devagar das meninas, numa tentativa de assustar Angelina (algo que irritava a menina terrivelmente).
— Oi Fred! Oi George! — Jade quase gritou, e os ruivos rolaram os olhos em decepção, depois forçando um sorrisinho para a loira.
— Oi Jade... — disseram em coro. Angelina se matava de rir da decepção deles, e Arya também. — Animadas para Hogsmeade?
— Deve ser incrível lá! — Arya exasperou animada, e Fred soltou um risinho.
— É mesmo. — George respondeu. — Angelina, não deixa de levar ela na Zonko's, por favor!
— O quê? Vocês não vem com a gente? — Angelina quase gritou, levantando as sobrancelhas.
— A gente tem que comprar umas coisinhas, pra o nosso plano... — respondeu George, com um sorriso travesso surgindo. — Você vai sentir muito minha falta?
— Não enche, George!
🌞
Por mais que a fila para sair de Hogwarts e entrar em Hogsmeade fosse enorme, e Filch parecesse um troll guardando a entrada do saguão da escola, verificando se os nomes constavam em uma longa lista, abordando cada um para ter certeza de que ninguém sairia sem autorização.
— Ok, agora que já passamos pela Guarda Real da Rainha da Inglaterra — Angelina ironizou. — Tem muita coisa pra você ver.
— Ah, ah! Já sei! Vamos te levar primeiro na Derbixes & Bangues! — exasperou Jade, ora ou outra esfregando as mãos pelo frio.
— Eu não tenho ideia do que isso seja, então por mim... — a loira murmurou, também esfregando as mãos por conta do frio.
— Arya, você se considera corajosa? — A mudança de assunto, e de tom de voz, de Angelina chamaram a atenção de Arya.
— Como?
— Acha que tem coragem? — Angelina repetiu, e Arya ergueu as sobrancelhas, declarando confusão.
— Sim, eu acho que sim.
— Então devemos ir na Casa dos Gritos, não? — sugeriu Angelina, e Jade suspirou um "oh" surpreso. — Dizem que ela é assombrada por um espírito de um ex-aluno. Que faz muito tempo, um aluno de Hogwarts veio aqui à noite, e quando foi até uma casa abandonada no topo daquele monte, ficou preso, e morreu. Morreu agonizando, chorando e gritando de dor. — Angelina sussurrava, enquanto as três andavam pela rua até o começo da vila de Hogsmeade.
— Quando eu entrei, no meu primeiro ano, Fred e George ficavam me assustando dizendo que viram o menino morto, e que o corpo dele ainda estava lá. — contou Jade, fungando.
— Não seja ridícula, Angelina. — Arya se manteve firme ao falar. — Isso seria impossível, e eu não tenho medo.
— Está certo, então. — por fim, suspirou vencida. — Vamos ver um pouco as lojas, e no final vamos lá. E você vai ver que é.
— Eu gostei muito de te conhecer Arya! — Jade a abraçou de lado, como uma despedida. Arya soltou um risinho antes de a abraçar também.
Enquanto tudo isso, elas ainda rumavam pela estrada de terra, chegando em Hogsmeade um pouco depois. E o lugar era lindo, parecia uma das vilas alemãs que Arya via na Alemanha, com os telhados curvados e os canteiros de flores nas janelas.
Mas era lotado, lotado de alunos. Qualquer loja que você visse não tinha menos que 5 alunos vendo as prateleiras.
A mais linda de todas era a Zonko's. Que já era para ser uma loja chamativa, já que sua mercadoria também era bem explosiva. Mas é claro que a Dedosdemel também não ficava atrás, sendo que a loja era toda colorida. Desde os enormes dispensadores de balas e jujubas coloridas de todos os sabores, sapos de chocolate, feijõezinhos de todos os sabores, varas de alcaçuz... todos os tipos de dosces bruxos possíveis.
E assim foi o dia em Hogsmeade, vendo lojas, bebendo uma cerveja amanteigada no Três Vassouras — e fofocando com Madame Rosmerta sobre os clientes e alunos de Hogwarts —. Passar aquela tarde com Angelina e Jade estava sendo incrível.
— Estava muito bom, Madame R. — interrompeu Angelina, já preparando para se levantar com as meninas. — Mas temos um compromisso agora.
— Onde vão? — a mulher se apressou em perguntar, se pondo para recolher as canecas de cerveja amanteigada que as três consumiram.
— Vamos levar Arya na Casa dos Gritos, ela nunca foi... — respondeu Jade, reunindo suas sacolas que estavam ao lado de sua banqueta no bar.
— Certo, cuidado meninas! — Rosmerta alertou, com um sorriso simpático.
As três saíram do bar, indo até a casa que ficava no final de uma ruazinha sem muito movimento. Ao ver a situação da casa — totalmente velha e abandonada, com lodo crescendo nas paredes e janelas quebradas, e cercada por cercas aramadas — Arya começava a se arrepender de estar ali.
— Não achei nada demais. — mesmo assim, a loira respondeu, não querendo transparecer seu medo.
— Não, é? Então vamos chegar um pouco mais perto. — Angelina deu uma risada.
— M-mas porquê? Estou bem vendo daqui! — murmurou Jade, engolindo seco, mas depois concordando e pular a cerca da propriedade junto das meninas.
Ver a casa mais de perto fazia Arya querer ainda mais ir embora dali correndo, era medonha.
— Quer ir embora? — perguntou, mais uma vez, Angelina, a provocando.
— Eu quero entrar. — Arya respondeu firme, sem demonstrar medo. Jade se encolheu, e Angelina apenas assentiu, as levando para mais perto da casa e entrando no lugar.
Era tão péssimo quanto por fora. Qualquer canto que você olhasse era empoeirado, com teias de aranhas enormes, janelas quebradas, lustres quebrados... era um horror.
Seus olhos verdes corriam pela casa, examinando o lugar enquanto um arrepio descia por sua espinha. Cada passo era cauteloso, cada respiração era baixa, cada piscada era meticulosa, porque o lugar também era escuro, além de tudo.
Arya sentia os olhos de Angelina sob ela, esperando que ela amarelasse e fosse embora dali. Não, iria aguentar e provar para elas que não tinha medo.
Havia uma escada levando para o segundo andar, a madeira velha da escada rangia a cada degrau que Arya subia, tendo cuidado para tudo não desabar. E se no primeiro andar havia um pouco de luz que entrava pelas janelas, o segundo era um breu. Os móveis cobertos com panos empoeirados, as cortinas roídas e o chão estalava a cada vez que Arya transferia o peso de uma perna para outra.
— Oi! — uma voz soou, de repente, no ouvido da loira, ela conseguia sentir a respiração da pessoa em sua nuca. A menina vibrou de susto, quase pulando no mesmo lugar, tremendo de medo.
Ela deu um grito fino e alto, que ecoou pela casa abandonada. Conseguia ouvir as risadas de Angelina no andar debaixo, e as de Fred, George e Lee ao lado dela, com um dos gêmeos encostados na nuca dela.
— EU VOU MATAR VOCÊS! — ela berrou quando Lee acendeu uma vela, revelando a identidade deles. A loira foi atrás de Fred e George, que correram para mais fundo da casa, onde a luz da vela cada vez menos refletia.
— CALMA! — um dos ruivos berrou para a menina vermelha de raiva.
— Calma é o cacete! — ela respondeu de volta, correndo atrás de um dos gêmeos, já que eles se separaram ao dar de frente a dois corredores.
Sem saber, ela corria atrás de Fred, que por ser (um pouco) maior que ela, estava bem mais na frente. Ele parou de repente, no escuro, com sorte Arya percebeu e parou também, ficando bem na frente dele.
— Vocês são uns idiotas. — a loira murmura, enquanto ainda se recuperava da corrida atrás do ruivo, suspirando pesado e com as mãos no joelho.
— Ficou com medo, não foi? — responde o ruivo, assumindo um tom provocante na voz, cruzando os braços com um sorriso pretensioso. Uma sombra de luz que insistia em entrar pela janela do quarto abandonado permitia que Arya visse um pouco do rosto dele.
— Vai ter volta, pode esperar. — ela diz, se aproximando um pouco mais dele para o dar empurrãozinho no ombro (que era mais ou menos só a parte que ela alcançava nele). Fred deu um sorrisinho de canto revirando olhos, se divertindo com a situação.
— E o quê você vai fazer? — ele devolveu o ato dela, dando o mesmo empurrão nela, fazendo Arya se desestabilizar.
— Se você me derrubar, eu te levo junto. — ameaçou a garota, se agarrando na blusa dele com uma mão. O mais alto, de propósito, sorriu atraentemente ao fazer de novo, e ela finalmente caiu no chão, ainda segurada nele, fazendo com que ele caísse em cima dela.
— Se você queria ficar deitada em baixo de mim, era só falar, sabia? — ele provocou, apoiando uma mão no chão em uma tentativa de não esmagá-la
— Eu te odeio. — ela murmurou com raiva, olhando nos olhos castanhos dele. Nunca esteve tão perto dele quanto estava agora, podia ver claramente todos os detalhes do rosto dele, como suas sardas milimetricamente diferentes, que se espalhavam por todo o rosto dele, podia sentir seu cheiro de chocolate, por mais que sua perna direita estivesse doendo por estar sendo prensada no chão, ela esperava que aquele momento não acabasse agora.
— O que vocês est- GEORGE, VEM VER! — Lee abre ruidosamente a porta do quarto, assustando o ruivo e a fazendo pular para longe dele em um segundo, enquanto o moreno tinha os olhos arregalados e estava estático no batente da porta. Não demorou para que George, Angelina e Jade também se juntassem na porta do quarto para ver o motivo do grito do amigo.
— Eu garanto que não é o que vocês estão pensando... — a loira logo se apressou em dizer, mas Angelina já ria alto e George e Jade ainda mais, escandalosamente. Arya e Fred sentiam seus rostos queimarem, facilmente sendo comparados a um tomate.
— Claro... — respondeu Angelina, tentando parar de rir mas sendo levada de novo pela vontade de rir da situação. Um trovão alto corta o céu, interrompendo o flagra dos dois numa posição comprometedora.
A chuva começava a cair em gotas gordas, um temporal pesado com ventos fortes atingia a região. E o pior, já se aproximava da hora de voltarem para Hogwarts se quisessem se arrumar para a festa de Halloween que aconteceria dali duas horas.
— Que saco, estava sol até quinze minutos atrás! — Arya murumurou irritada, tentando espiar pelo pequeno buraco na janela com tábuas pregadas.
— O Fred te empresta a jaqueta dele, relaxa! — provocou Lee, recebendo um olhar furioso da loira e um dedo meio do ruivo.
— Vai se ferrar!
🌞
A festa havia sido incrível, o salão estava inteiramente decorado para a festa de Halloween. Os estudantes usavam cada fantasia mais estranha e divertida que a outra. Arianna havia se vestido de fada, então usava um vestido curto e cheio de babados e tule verde, com um detalhe de flores na parte de cima do vestido. Além da asa translúcida de fada que ela usava junto do vestido tomara-que-caia. Seu cabelo loiro estava preso em uma trança decorada com flores de verdade que Angelina delicadamente posicionara milimétricamente.
Por falar na menina, essa havia se vestido de cupido... o que incluía até um arco e flecha de coração! Jade também foi de anjo, mas o convencional mesmo, e seus olhos foram encantados para que ficassem rosa-chocking de vez em quando.
Fred e George eram franksteins, que era do que eles planejavam se fantasiar desde março. E Lee era o próprio Michael Jackson — mas segundo ele, sem as plásticas estranhas.
A festa estava muito boa, mas era hora de voltar para as comunais quando o relógio bateu 00:00, e a enorme fila de alunos da Grifinória começou a se amontoar no corredor do quadro da Mulher Gorda.
Arianna, assim como todas as pessoas ali, estava encafifada com o que teria acontecido para esse trânsito, e cutucou George, que estava um pouco atrás dela.
— Ei...ei! — o ruivo virou bruscamente para ela, sua expressão era um pouco atordoada por conta de todo o ponche batizado que ele havia tomado. Mas quem seriam Fred e George se não batizassem o ponche da festa da escola? — Ta vendo alguma coisa?
— Ahm, sim... — ele murmurou sófrego, estreitando os olhos tentando enxergar, enquanto cambaleava em seus tornozelos. — To vendo muita gente, é. To vendo um quadro também...
Arya revirou os olhos e bufou, irritada. É claro que George estava bêbado demais para enxergar o que estava acontecendo no fim do corredor. Talvez a loira teria que aguentar suas dúvidas até que alguém chegasse.
— Com licença... ei, licença! — uma voz abria espaço pela multidão de alunos que havia se formado atrás do grupinho. — Ei! Eu sou o monitor-chefe!
Era Percy. Arya jurou ouvir Fred balbuciar algo como "licença! Eu sou o monitor-chato!".
— Qual é o motivo da retenção aqui? Não é possível que todos tenham esquecido a senha, com licença, sou o monitor-chefe...
E depois de tudo isso, o silêncio foi abaixando, um clima pesado se instalou no ar. Percy ralhou, numa voz alta e esganiçada:
— Alguém vai chamar o Prof. Dumbledore. Depressa.
Todos os alunos se agitaram ao ouvir aquilo, uma confusão. Fred estreitou os olhos tentando ver, mas estava tão alterado que sua visão estava trêmula.
— Que é que está acontecendo? — Gina perguntou, se agarrando no braço de Arya.
— Não sei, pequena... — a loira sussurrou.
Dumbledore chegou uns minutos depois, deslizando imponente entre os alunos, que abriram passagem rapidamente. Arya sabia que não devia, mas projetou com seus poderes uma espécie de escuta invisível , que a faria ouvir e ver o que estava acontecendo.
E ela viu. A Mulher Gorda desaparecera do retrato, que havia sido brutalizado e despedaçado. As tiras de tela estavam no chão e pedaços inteiros da pintura também.
— Precisamos encontrá-la — disse Dumbledore. — Professora McGonnagall, por favor, localize o Sr. Filch imediatamente e diga-lhe que procure a Mulher Gorda em todos os quadros do castelo.
— Vai precisar de sorte! — uma voz fina e gargalhante sussurou alto, revelando a aparição do poltergeist Pirraça.
Arya ao menos precisou perguntar alguma coisa para alguém, porque Lee já veio ao seu ouvido a explicar o quê e quem era Pirraça.
— Que é que quer dizer com isso, Pirraça? — perguntou um Dumbledore confuso e calmo, e o rosto do poltergeist empalideceu.
— Vergonha, Sr. Diretor. Não quer ser vista. Está um horror! Eu a vi correndo por uma paisagem no quarto andar. Se escondendo entre as árvores. Chorando de cortar o coração! — o fantasminha do caos informou, logo com um sorriso satisfeito.
— E ela disse quem fez isso? — perguntou o diretor, calmamente.
— Ah, disse sim! Ele ficou furioso porque ela não quis deixar ele entrar, entende? — Pirraça deu uma cambalhota no ar e sorriu para Dumbledore entre as próprias pernas. — Tem um gênio danado, esse tal de Black.
A multidão inteira começou um burburinho, que incluía o grupinho maravilha dos cinco — Lee, Angel, Arya e os dois gêmeos.
🌞
O Salão Principal estava lotado de alunos, de todas as casas, dormindo em sacos de dormir, enquanto os professores rondavam aflitos.
Arya não estava entendendo nada, nem ninguém ali, mas ainda sim havia escolhido um saco perto do de Angelina e dos meninos, até porque sabia que ainda iria conversar um pouco antes de dormir. Até estava com sono, mas tudo isso a fez acordar de vez.
— Durmam bem. — disse o professor Dumbledore, fechando a porta ao passar. O salão imediatamente começou a zumbir com as vozes excitadas dos alunos, ninguém ali queria ir dormir agora.
— Todos dentro dos sacos de dormir! — Gritou Percy. — Andem logo! Chega de conversa!
Arya ouviu Fred — de algum jeito ela sabia ser Fred — imitando Percy com uma voz extremamente fina e engraçada, ela não conteve uma risada. O ruivo, ao ouvir ela rindo, também riu, de maneira envergonhada.
— Babaca... — o ruivo ralhou, revirando os olhos ao ouvir os berros do irmão clamando por ordem. As luzes haviam se apagado, todas as velas, e o silêncio havia aumentado. Fred se virou devagar, vendo que seu gêmeo já havia dormido, junto de a maioria dos alunos ao seu redor.
— Não posso concordar mais. — Arya resmungou, se virando devagar também, e dando de cara com o ruivo em seu saco de dormir, que estava com os olhos arregalados. A loira deu um meio sorriso, dando de ombros.
Um barulho foi ouvido, as portas do Salão abrindo. Arya e Fred logo viraram as cabeças para ver, apenas encontrando a professora McKinnon e Dumbledore entrando. Como já havia acontecido, pelo menos, 15 vezes.
— Não sei, Dumbledore... tenho medo. — a professora confessa, e Arya repete o processo que havia feito mais cedo, no corredor, para ouvir o quê falavam.
— Fique tranquila, Marlene. Provavelmente, e muito provavelmente, ele não veio aqui atrás dela. — acalmou o diretor, parando a cinco metros de Arya e Fred, que nem respiravam direito.
— Não sei! E se veio?! — ela sussurrou a última parte, como se receasse que alguém os ouvisse. — Tenho medo por Harry, também... mas não posso evitar minha aflição por Arianna, diretor!
Arya engoliu seco, logo alternando seu olhar para Fred, que mantinha suas sobrancelhas juntas, estava confuso e atento.
— Tudo vai dar certo, Marlene. Ele nem vai a reconhecer, está segura! — o mais velho por fim disse, antes que a professora virasse as costas e fosse embora.
E com isso, agora a maior missão deles seria achar descobrir por quê Sirius Black estava interessado em Arianna Rosier.
———
O FRED E A ARYA GENTE AAAAAAAAA
OII! até esqueci de dar OII!
Fred e Arya dando uma de Scooby-Doo resolvendo mistérios KKKK
NÃO ESQUECE de votar e comentar pra me ajudar e eu ainda continuar escrevendo!! Vocês não sejam leitores fantasmas!! 😭😭
Beijoss e até o próximo cap!!
❤️❤️
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