𝐈𝐗. 𝑖𝑛 𝑎 𝑡𝑟𝑒𝑒?

— VAMOS, RONY! Você vivia dizendo que Perebas era chato — disse Fred, se sentando no braço de uma poltrona da Sala Comunal. — E seu rato estava doente há séculos, já estava definhando! Provavelmente foi melhor assim, depressa, vai ver ele nem sofreu.

— Fred! — Gina, que estava sentada no chão, ao lado da lareira, exclamou indignada.

— Ele só comia e dormia, Rony. Sabia que ele me lembrava um pouco você, mas achei que era só pela aparência... — ironizou George.

— Não liga pra ele, Ron. — Arya se pronunciou. — Ele podia ser mais velho que o professor Dumbledore, mas mesmo assim era um bichinho.

— Obrigada, Arya! E ele era muito fiel, uma vez até mordeu Goyle para nos defender uma vez, lembra, Harry?

— É, é verdade. — Harry confirmou sem muito entusiasmo, de um canto qualquer.

— E foi o ponto alto da vida dele — disse Fred, incapaz de manter a cara séria — Que a pequena cicatriz no dedo de Goyle seja uma homenagem eterna à memória de Perebas.

Era claro o tom de deboche dele.

— Ah, sai dessa, Ron! Vai até Hogsmeade e compra um rato novo! — aconselhou Arya, com um braço apoiado no ombro do amigo. — Tenho que ir, me avisem se eu precisar arrumar um vestido tubinho preto para o enterro.

— Aonde você vai? — George a puxou pela capa do uniforme.

— Lupin pediu para que eu fosse atrás dele... um erro na redação sobre Diabretes ou coisa assim. — ela respondeu casualmente.

É claro que a maioria ficou desconfiado da desculpa esfarrapada que ela inventara de última hora para tirar George de seu pé.

Hoje era a primeira aula com Lupin, e Arya não poderia estar mais ansiosa. Tinha esperado essa hora chegar por tanto tempo.

Ela bateu duas vezes na porta da sala de História da Magia, estava cinco minutos adiantada, como o combinado mandava. O Prof. Lupin logo atendeu, con a mesma cara de cansado de sempre, suas olheiras pareciam piorar cada vez mais e os olhos mais opacos que nunca.

— Entre! Como foi para vir até aqui? Alguém suspeitou? — o professor logo perguntou preocupado.

Arya, que já havia se acomodado sentada em cima de alguma carteira, negou.

— Bom, hoje em dia não custa perguntar sabe? Com esses dementadores soltos atrás de Black, nem mais para Hogsmeade se pode ir em paz. — ele comentou, trivialmente.

Arya logo se lembrou de Sirius a contando que conhecia o Prof. Lupin, que eram amigos quando tinham a idade dela. Ela até pensou em mencionar alguma coisa, já que já estavam no assunto, mas decidiu que lembraria depois disso.

— É o seguinte — ele pigarreou. — Você nasceu com poderes únicos, raros... do tipo que eu nunca havia visto em minha vida. Mas lembro de ter visto uma coisa ou outra sobre ilusionistas. Acho que foi em um livro de Mitologia Nórdica! Ah, é este mesmo, que Sir- um amigo me deu de Natal.

Arya analisou o quão rápido o professor reagiu quando percebeu que havia falado de Sirius Black para ela, que tecnicamente não sabe a história.

— Acho que era Loki quem os tinha. O Deus da Mentira, com poderes ilusionistas, que enganava qualquer um. — ele se apressou paravtranquilizá-la quando Arya ergueu as sobrancelhas. — Claro, mas não quer dizer que todos sejam ruins.

— Me conforta o coração, professor.

— Mas você não precisa se sentir mal por isso. Você tem um super-poder! Quem não quer ter poderes especiais? Eu lembro quando era menor, eu queria saber voar, mas desde que eu tentei jogar quadribol uma vez eu vi que não era minha praia.

Ela sorriu quando viu um fantasma de riso no professor, que não era visto muito contente por aí.

— E o que eu posso fazer com esses poderes? Os Mutantes da Marvel já tem a Jean Grey... — ela ironiziou.

— Creio que você deveria ser ruiva para ser a Jean Grey. Mas você pode treinar com seus poderes, se aperfeiçoar em alguma área e usá-los para fazer o bem. Ao contrário de todas as referências que você tem desse assunto. Por exemplo, o Combate Ilusório, quando treinado, faz você poder até se transformar em centenas de clones, para confundir alguém ou fugir.

— Caramba! E como eu faço isso? — perguntou Arya, com os olhos arregalados de curiosidade.

— Vamos fazer um teste. Tenta duplicar esta barra de chocolate. — ele puxou do bolso do casaco uma barra enorme de chocolate já na metade e a pôs na mesa ao lado em que Arya estava sentada.

A loira esticou sua mão e mentalizou a imagem da barra bem na sua frente, observando quando de repente mais uma barra idêntica apareceu ao lado da antiga. Lupin exclamou animado e orgulhoso, a convidando para um hi-five.

— Com licença — uma batida na porta antecipou a entrada da Professora McKinnon na sala de aula vazia e escura. — Ah, Remus! Não sabia que você tinha uma visita hoje. Desculpe interromper.

— Ah, Marlene, esqueci a hora! Arya, você foi muito bem hoje, estou orgulhoso! Talvez na próxima semana possamos nos encontrar de novo? Mesmo horário. — Lupin falava enquanto praticamente a empurava para fora da sala.

— Tchau, Professor Lupin! E Professora McKinnon. — a aluna de despediu, os dois sorriram e acenaram enquanto viam ela desaparecer pela escuridão dos corredores.

Nem professores podiam ficar circulando pelos corredores depois do toque de recolher. Mas mesmo assim Marlene McKinnon insistia em quebrar as regras, as mesmas que ela não respeitava quando tinha a idade de Arya.

Com o retorno de Sirius Black à sua vida, Marlene estava perdida, ele era uma ferida já superada que havia se aberto. Até Minerva já havia tentado falar com ela, a ofereceu uns dos maravilhosos biscoitos de sua sala — o quê fez a loira lembrar de quando era apenas una adolescente que havia sido pega pichando um dos muros da escola e foi mandada para a sala da professora —. Nada adiantava. Nem mesmo ter se reencontrado com um de seus amigos mais antigos, Remus Lupin, que havia sido convocado para ser o novo professor de Defesa Contra a Arte das Trevas, substituindo Gilderoy Lockhart após seu acidente na câmara secreta.

— Marlene, você não pode ficar assim para sempre! — sussurrou Remus, se sentando na cadeira ao lado da mesa onde Arya estava sentada. Marlene havia se sentado em cima da mesa igual estava a aluna loira há pouco tempo. — Você está agindo como uma criança agora! Concordei em conversarmos, mas não podem me ver conversando com você a essa hora da noite!

A loira gelou no mesmo momento que as palavras saíram dos lábios de Remus. Seu tom de voz, suas frases motivacionais e repreensivas, seu jeito de falar... tudo a lembrava de Lily naquele momento. Ela engoliu seco, deixando que uma onda de arrepios descessem por sua espinha.

— Eu não sei o que fazer, Remus. Sobre nada. É uma crise, eu não sei, toda vez que eu vejo ela, bum! Eu travo! — a loira fitava o outro canto da sala, onde estava a porta pela qual saiu Arianna Rosier.

— Ela me lembra você. — o professor sussurra de volta para ela, quando Marlene parece ter entrado em um transe olhando para um canto escuro da sala de História da Magia. A professora de vôo pula de susto, arregalando os olhos ao virar sua cabeça para o amigo de longa data.

— Como? E-eu não estava pensando em...

— Arianna, você estava pensando nela. E sobre isso, eu te digo: ela me lembra você. O jeito de sorrir, a aparência, até as amizades são parecidas. E ver ela com a outra menina, Angelina, me lembra de você e a Lily.

— Eu sinto falta dela. Sinto falta deles, todos eles... todos os dias. — Marlene diz num sussurro, como se estivesse falando mais para si mesma do que para o amigo ao seu lado. — E Sirius...

— Eu sei. Também sinto falta dele, e de James. Sinto falta dos Marotos. — ele respira fundo antes de continuar. — Mas aquela noite, ver a manchete do Profeta Diário no dia seguinte, ver Black atrás das grades foi algo surreal para mim. Eu tenho tanta raiva dele, Mar, mas tanta raiva, que não cabe em mim.

— Você sabe que eu não acredito nessa história. — seca e objetiva, ela mudou seu olhar para suas mãos, que suavam frio. — Sirius nunca faria isso, você como melhor amigo dele deveria saber disso.

Remus ficou em silêncio. Um profundo e mortal silêncio, porque Sirius Black ainda era uma ferida aberta para ambos amigos, e por suas opniões divergirem, eles já haviam discutido demais sobre isso. Marlene sabia que era pedir demais que Remus entendesse seu ponto de vista, ou as escolhas que ela fez no passado que solidificavam sua opnião sobre o caso.

— Você viu o cadáver deles, Marl. Viu o dedo morto de Pettigrew, o menino tem a cicatriz. — Qual prova mais você precisa?

— Sirius não é o culpado. Fim de história. — Marlene bateu a mão na mesa, sempre se enaltecia quando se falava desse assunto, era a natureza dela. Ao olhar para o semblante triste do amigo, ela deitou a cabeça sobre o ombro de Remus. — Não quero falar disso. A gente sempre briga e eu sempre falo alguma merda quando eu fico nervosa...

— Eu sei. Tenta não ficar pensando nisso... — ele assente, com um sorriso reconfortante.

🌞

— Bom dia, flor do dia! — sussurrou Jade em seu ouvido assim que Arya acordara no final da aula de Runas Antigas. — Teve bom sonhos?

A professora parecia pouco se importar com a soneca da aluna, já que metade da aula fazia exatamente isso.

— A McGonagall não veio aqui? Foi um pesadelo?! — ela murmurou sonolenta, contendo um bocejo.

— Ah, não, ela veio sim. Você até conversou com ela sobre as detenções, mas você estava meio acordada e meio dormindo. Foi bizarro.

O sinal bateu, a próxima aula que as meninas tinham era Adivinhação, com a Professora TriLouca (Trewlaney). Mas o apelido dela, inventado por ninguém menos que Lee Jordan, não era à toa, a mulher realmente era maluquinha. Além disso, a aula era bastante difícil e a sala dela cheirava a incenso de canela o dia todo. As carteiras eram, na verdade, mesinhas redondas com duas cadeiras e um jogo de chá. Obviamente sua dupla para essas aulas maluquinhas mas engraçadas era sempre Jade, a maior hippie que Arya teve o prazer de conhecer.

— Sentem-se, crianças! — exclamou a mulher muito magra e adornada de múltiplas lantejoulas coloridas e pulseiras brilhantes. — Sejam bem-vindos! Em nossa aula hoje, nos comunicaremos com baralhos mágicos, de todos os tipos. Vão perceber que são muito interessantes.

— Acho que eu odeio essa aula... — sussurrou Arya, se debruçando sobre a mesa e apoiando a cabeça de qualquer jeito.

— Não é tão ruim, vai. — Jade comentou, embaralhando um baralho todo pintado manualmente (Jade era grande fã de trabalhos manuais).

Enquanto a professora continuava a falar sem parar sobre os baralhos e sua conexão com religiões de matrizes africanas, Arya — que quem olhasse pudesse achar que ela estava sentenciada à morte — ameaçava fechar os olhos para dormir de novo.

— Acorda! — Jade a balançou. — Sabe o que eu estava vendo? Aquele cachorro é muito bonito, olha!

Um cachorro preto, peludo e grande — mas muito grande, do tamanho de um lobo mesmo — estava sentado do lado da janela, com a língua para fora. Ele as encarava fixamente, e inclinava a cabeça. Mesmo que Arya gostasse um pouco mais de gatos do que cachorros, ele era muito fofo.

O cachorro logo saiu de frente da janela, Arya pensou que ele se cansou de implorar atenção, ou estava com sede. De repente, um barulho encheu a sala. Um furacão preto passou pelo lugar, era o mesmo cachorro da janela.

— Também conhecidos como ta- AH!— exclamou Trewlaney, passando a mão na cabeça do cachorro, que vinha na direção de Jade e Arya.

— Um cachorro preto? — gritou um aluno do fundo da sala.

— O SINISTRO!

O cachorro corria pela sala enorme e abarrotada de tapetes e derrubava tudo o que via pela frente até chegar na mesa das meninas.

— É ele! Ele escolheu você! — Trewlaney arfava de medo, apontando o dedo trêmulo para uma das duas amigas. O cão apoiou o queixo em cima da perna de Arya, a encarando. Os olhos do cachorro eram tão negros que Arya conseguia se perder neles, encarando a imensa escuridão.

O animal começou a latir incansávelmente para ela, e Arya olhou de forma desesperada para Jade. A lufana aconselhou para que ela o seguisse para onde quer que ele quisesse. Sem pensar muito — como a maioria de suas atitudes — ela seguiu o cachorro para fora da sala de aula, que parecia a conduzir pelo jardim de Hogwarts.

Ele latia e seu rabo balançava enquanto ele corria rápido, e Arya tentava o acompanhar na mesma velocidade, até uma grande árvore. Ela já tinha ouvido falar daquela tal árvore, o Salgueiro Lutador, pelo incidente com o Ford Anglia do Sr. Weasley no ano passado, mas nunca havia reparado nele de verdade.

Tinha uma grande copa de folhas muito verdes, mas o que chamava atenção mesmo era seu tronco. Era enorme, espalhava-se por uma grande parte do gramado, era cheio de nós e galhos. O cachorro a pegou pela bota de couro e a derrubou, ele tentava arrastá-la para dentro de um grande buraco entre as raízes.

— Ei, espera aí! Socorro! Socorro!— ela gritou, mas aos poucos sua cabeça não era mais vista do lado de fora. Ela tentava se agarrar em alguns troncos, mas era em vão, o cachorro a puxava para mais profundo da espécie de túnel.

Era uma descida de terra até o começo de um túnel muito baixo e curto. Arya se recordava de Fred ou George mencionando essa passagem no Mapa do Maroto, mas eles achavam impossível entrar nela. E Arya também acreditava nessa teoria até agora.

A loira imaginava o que ele faria com ela, provavelmente a devoraria. Ninguém nunca acharia seu cadáver, seria seu fim. Quando o túnel acabou e o cachorro largou o sapato dela, Arya achou que iria vomitar. Seu rosto e seu cabelo estavam deploráveis, seu uniforme poderia ser comparado ao de um sobrevivente de um ataque de urso.

Agora estavam num quarto escuro e desarrumado. Estava sujo, com uma extensa camada de poeira que cobria o lugar inteiro. Arya sentia um déjà-vu ao estar ali, como se já tivesse visto aquele casarão mal-assombrado antes, mas não conseguisse se lembrar.

O cachorro havia voltado depois de um sumiço curto, mas não exatamente em sua forma original.

— Surpresa! — exclamou ninguém mais, ninguém menos que Sirius Black, o assassino que Arya conversava nas horas vagas. — Sou eu!

"Ah pronto, tenho certeza que ele vai arrancar muito mais que só o meu dedinho." — ela pensou, se levantando e tentando não demonstrar medo dele. Afinal, Black era meio pirado.

— Ah, jura?! — Arya respirou fundo e contou até 10. — Precisava fazer essa cena e me tirar da aula? Na frente de todo mundo?

— Ah, qual é? Ninguém gosta da TriLouca! — exclamou Sirius. — E outra, você tava só a carcaça na aula dela, eu já vi dementadores mais felizes do que você estava.

Ele tinha um ponto.

E a curiosidade de Arya sobre toda a história do assassino por trás de talvez um dos maiores homicídios da comunidade bruxa do século valia muito mais do que a Trewlaney naquele momento. Além disso, Arya evitava pensar que a qualquer momento ele poderia decidir esquartejar ela e ninguém saberia.

— Você veio ouvir uma história, não é? Então sente-se, fique a vontade! — Sirius estendeu o braço apontando para algumas poltronas empoeiradas e coberta pelo que sobrou de um pano depois de um possível ataque de traças.

Arya continuou de pé, como qualquer um faria em sua situação.

— Tudo começou em 1971, e se você me chamar de velho eu vou te morder — ele logo advertiu, traduzindo os pensamentos de Arya. — Quando eu vim para Hogwarts e encontrei um menino no Expresso de Hogwarts.

Sirius — que estava bem a vontade em uma das poltronas podres daquela casa abandonada — começou a contar sobre o começo dos Marotos, logo incluindo um jovem Remus Lupin e Peter Pettigrew na história. Brevemente citou a mãe de Harry também, Lily Evans, que parecia ser uma adorável sabe-tudo.

— Espera aí — Arya cruzou as pernas perto de seu joelho quando finalmente cedeu e se sentou em uma parte limpa do chão. — Então você, o Professor Lupin, o pai do Harry e esse Peter aí odiavam o Professor Snape? Quem diria...

— Snape era um babaca. Ainda é, pelo que eu ouço vocês reclamando por aí.

— Como sabe tantos detalhes sobre os professores? — perguntou Arya, numa mistura de curiosidade e preocupação.

— Quem não ama um cachorro peludo e brincalhão? Eu fico andando por aí, nem acredita o que eu ouço. — os dois riram um pouco. — Mas é o seguinte: quando James finalmente conseguiu casar com a Lily, três anos depois de se formar, foi aí que Voldemort começou seu terror.

— Vai falar o nome dele mesmo? — advertiu Arya, mesmo que ela mesma falasse o nome próprio e não coisas como "Você-Sabe-Quem".

— Como eu chamo? "Você-Sabe-Quem"? Me poupe — ele debochou. Mais um ponto para Sirius. — Bem, esse cara instalou um caos. E aí surgiu uma profecia de que um casal, que tinha tudo para ser James e Lily, teria um filho que derrotaria o tal filhote de cobra. Um spoiler: esse é o Harry. — Arya o fuzilou com os olhos e ele soltou uma risada. — Ok, parei.

— Mas até então o que é que Pettigrew e você tem a ver com isso? — ela perguntou impaciente.

— Calma! Com essa profecia, James e Lily, que já estava grávida, Dumbledore decidiu que iriam se esconder sobre a Proteção Fidelius, já que ele era o líder da Ordem da Fênix, a Resistência que fazíamos parte. Sabe o que é o feitiço Fidelius, não?

— Ha ha! Sei. — ela semicerrou os olhos para ele.

— E adivinha quem era para ser o guardião do segredo? Eu. Porque eu era o melhor amigo de James. Eu, Sirius Black. Era assim que todo mundo quis. — ele suspirou. – Todo mundo menos eu. Naquela época houve um boato, uma fofoca, de quem havia um infiltrado na Ordem, um espião. Isso foi o suficiente pra uma briga entre a gente. Alguém inventou para Lupin que eu o acusei de ser o espião. E Lupin, coitado, se defendeu e me acusou. Alguém estava se divertindo por trás disso, sabe? Eu só fiz o que eu achei que não iria machucar ninguém! Eu nunca quis que James e Lily morressem, eles eram tudo o que eu tinha! Não tinha família, esposa, só eles. Eu sou até padrinho de Harry!

Arya abriu a boca quase que como um instinto. Era muita coisa para uma cabeça só.

— Mas então, se James e Lily estavam sobre a proteção, como Voldemort descobriu eles? — Arya indagou entretida, se aproximando mais para ouvir ele.

— Porque não era eu o guardião do segredo. Nem Lupin. Nem Marlene ou Dorcas. Era Peter Pettigrew. Porque, por algum motivo, eu decidi que seria uma ótima ideia por esse idiota como o responsável pela vida deles. Porque eu não percebi os detalhes.

Bumm!

Então Peter Pettigrew era o traidor, hum? Era ele quem havia dedurado os Potter para Voldemort, que era o espião, que havia feito todos ficarem uns contra os outros, tudo isso para ele não ser descoberto.

Arya se lembrou de uma vez que abriu o mapa do maroto e achou o nome de Peter perto do de Ron na Sala Comunal, mas ela não sabia que era ele quem havia sido morto por Sirius Black ou ela teria tirado uma foto daquilo.

— Isso faz sentido. Mas ninguém sabia?

— Era uma época difícil, eu não confiava em ninguém que não fosse James e Lily. Nem em Dumbledore. Fiz isso por baixo dos panos, só os três. Por isso, quando eles morreram e eu quis arrancar a cabeça de Peter e fazer uma bola de basquete dela, fui preso. Porque ninguém sabia, ninguém acreditou em mim.

Caramba, que situação difícil ele passou, Arya pensou. Ver seus melhores amigos contra você, acreditando que você era o assassino, deve ter doído.

Ela se lembrou de uma questão em sua cabeça, como se uma lâmpada se acendesse.

— E o que você queria saber de Arianna Rosier. Você não falou. — perguntou Arya, com um pouco de medo. Medo ou apreensão? Ah, era a mesma coisa, não?

— Tenho uma coisa para falar pra ela.

— Só te falo onde ela está se você contar, era o trato. — ela retrucou.

— Ela é minha filha. — ele não olhava para Arya, mas sim para as mãos sujas e cortadas. — Feliz?

Puta que pariu.

— — —

Oii gente!!

joguei a bomba e saí correndo 👀👀

o q vcs acharam?? me contem nos comentários e deixem uma estrelinha que ajuda DEMAIS

to pensando em respostar tudo ano que vem pra pegar mais engajamento pra fic, n sei viu... mas prometo lançar um cap até antes do Natal

beijosss ❤️❤️

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