𝘶𝘮

𝗕𝗮́𝗿𝗯𝗮𝗿𝗮 𝗟𝗲𝗕𝗹𝗮𝗻𝗰⚡️
𝘕𝘦𝘸 𝘺𝘰𝘳𝘬, 𝘌𝘜𝘈

Dizem que existe cinco estágios de luto: negação, raiva , negociação , depressão e aceitação. Eu gostaria de adicionar mais um, um criado por mim, o que me fez pular todos os estágios diretamente para ele: 𝘰 𝘴𝘦𝘹𝘰.

O sexo me faz aliviar todas as minhas emoções ali. Podem dizer que parece deselegante mas cada um lida com o luto como quer e esse é o meu jeito de não desmoronar e surtar de vez.

Minha mãe, a grandiosa Isobel LeBlanc, havia morrido a um dia, seu jatinho particular caiu. E o meu pai, bom, morreu a um ano e meio, acidente de carro.

Com a morte do meu pai eu usei, claro, o sexo como o meu refúgio, dormia com homens em todas as noites. Só chorei quatro meses depois, fiquei uma semana de cama totalmente desidratada.

Solto um gemido quando o pênis do cara desconhecido entre as minhas pernas me penetrou. Rebolei meu quadril e recebi uma palmada em minha bunda.

O barulho de nossos corpos se chocando e os meus gemidos altos preencheram o banheiro. Não estava nem aí pra quem estava lá fora, não me importo. Minha mãe morreu, eu faço o que eu quiser em seu jantar de velório!

—— você é gostosa pra caralho —— o homem sussurra em meu ouvido com a sua voz rouca extremamente sexy.

Mordo o meu lábio quando as minhas paredes internas se apertam ao redor do pau do cara e eu gozo. Não demorou muito para ele gozar também e dar mais três estocadas antes de sair de dentro de mim.

Sinto o seu líquido escorrer pela minha perna e pego um papel higiênico, limpando as minhas coxas e me livrando da porra branca.

—— eu espero que você não tenha nenhuma doença! —— ajeito o meu vestido e me viro de frente pro cara. Ele estava abotoando a sua calça.

—— relaxa linda, só transo com camisinha. Eu realmente não tinha camisinha aqui comigo porque não imaginei que treparia em um velório! —— abro um sorriso e encaro ele —— o seu nome, qual é?

—— eu sou Bárbara —— estendo minha mão em sua direção e ele aperta —— e você, quem é?

Ele da um sorriso de lado —— eu sou Victor—— ele me puxa pela mão e cola os nossos corpos, levando a boca até o meu ouvido e cochichando —— foi um 𝘱𝘳𝘢𝘻𝘦𝘳 trepar com você em um banheiro pequeno, Bárbara.

E com isso ele sai e me deixa sozinha no banheiro.

Me encosto no batente da porta da grande sala e observo os meus irmãos sentados nos sofás, todos vestidos com roupas pretas, assim como eu.

Minha irmã, Larissa, se ajeita no sofá e morde os seus lábios, pronta para começar a falar:
—— será que é preciso algum de nós morrer para nós vermos?

Abaixo a cabeça e cruzo os braços. Conforme meus irmãos faziam dezoito, eles iam para outros estados fazer faculdade. Eu fui a última a sair de casa por ser a mais nova. Fiquei dois anos sem ver nenhum deles, até que minha avó por parte de mãe morreu e fomos ao velório dela.

Era sempre assim, nunca nos reunimos, só nos encontrávamos na morte de alguém.

—— fazia um ano e meio que não nos víamos —— meu irmão mais velho, Arthur, diz.

A morena mais alta se levanta, e olho a sala em que brincávamos juntos de nossos pais.
—— eu sinto falta de morar aqui, falta do papai e mamãe e falta de vocês —— Milena diz em um tom baixo e se levanta, saindo da sala.

Arthur se levanta e faz o mesmo que Milena. Lara me olha com um olhar julgador.

—— o que foi Larissa? —— caminho até a mesa de bebidas e me sirvo com uma dose de tequila com gelo.

—— por acaso, você estava transando no lavabo perto da cozinha? —— Lara ergue as sobrancelhas e cruza os braços.

Bebo um gole da minha bebida e me sento ao seu lado —— por que a pergunta?

—— você sumiu, foi para o corredor e um homem que eu não consegui identificar foi atrás. Vocês saíram uns quinze minutos depois.

—— sim , eu trepei no banheiro.

—— você não vai mudar? Amadurecer? Você já tem vinte e quatro anos Bárbara! Não é mais aquela adolescente de dezessete anos de quando eu fui embora.

—— qual é o seu problema com a minha vida sexual?

—— o meu problema é que a mamãe morreu hoje, porra! Você nem esperou o corpo dela esfriar e já abriu as pernas em seu velório. Tenha classe Bárbara!

—— exatamente, a mamãe está morta. Ela era a única que podia me dar sermão, você não! —— me levanto e em passos rápidos, deixo a sala.

O meu salto fazia barulho no piso de mármore. Hoje teríamos uma reunião com o braço direito da minha mãe para saber como ficaria a empresa que ela passou a ser dona assim que o meu pai morreu.

Empurro a porta de vidro com o ombro e todos que estavam na sala dirigem seus olhares para mim.

—— atrasada como sempre, Bárbara! —— Arthur diz encarando o seu relógio de pulso —— você não muda?

—— me poupa do sermão Arthur —— jogo minha bolsa em uma poltrona e me sento na mesa junto de meus outros irmãos —— não tenha mais dezessete anos !

Ele ajeita o sua gola e levanta a sobrancelha —— mas age como se tivesse.

Ser a mais nova era péssimo! Todos eles querendo tomar conta da minha vida e me tratando como se eu fosse uma criança. Eu já tinha vinte e quatro anos e não precisava de ninguém para me dizer o que fazer e quando fazer .

Apenas ignoro as provocações de Arthur e cruzo as minhas pernas —— andem logo com isso, eu pretendo voltar pra minha casa ainda hoje.

—— era sobre isso que estávamos conversando! —— Lara joga seu cabelo tingido de vermelho para trás do ombro e junta as mãos em cima da mesa —— todos nós já temos a vida ganha e extremamente ocupada. Temos nossas próprias empresas, nossos filhos e somos casados. Menos você, você é solteira, sem filhos e trabalha a distância nas fianças da empresa da mamãe.

—— e pretendo continuar trabalhando assim! —— bato meus pés no chão já impaciente —— o que você está tentando dizer?

Milena se põe a frente e interrompe Larissa —— o que estávamos tentando dizer é que você que vai tomar conta da empresa!

Me levanta e me apoio sobre a mesa —— o que ? Ela deixou a empresa pra todos nós! Por que só eu que tenho que tomar partido de tudo?

—— como eu expliquei, nenhum de nós podemos largar a vida em nossas cidades e simplesmente se mudar para New York, você pode! —— Larissa explica novamente.

Cruzo os meu braços —— eu também não posso largar toda a minha vida em Los Angeles e me mudar pra cá. E o Arthur? Ele é o único que mora aqui!

—— tenho as minhas próprias empresas e já não tenho tempo nem para elas. E sim, eu acho que é uma péssima ideia deixar você tomar conta de tudo..—— movo minha cabeça concordando com Arthur —— mas...é o único jeito, está na hora de você amadurecer Bárbara. Nós vamos te ajudar a distância, não vai cuidar de tudo sozinha.

—— hey pequena —— Milena levanta e se aproxima de mim, segurando em meus ombros —— você não quer que vendemos a empresa dos nossos pais, quer? —— nego com a cabeça. É claro que eu não quero, eles lutaram muito por essa empresa. —— então aceita a oportunidade que estamos te oferecendo.

Paro pra pensar. A única coisa que eu prenderiam q Los Angeles é a farra, noites de bebidas em boates e dias trocados pela noite. Mas posso achar tudo isso em New York!

Respiro fundo e reviro os olhos —— tá bem!

Meu final de semana tinha sido muito cansativo!

Voei pra Los Angeles, arrumei as minhas coisas e voei de volta para New York.

Meus irmãos insistiram para que eu ficasse na casa de nossos pais, mas recusei, não me sentiria confortável morando lá naquela casa enorme sozinha, sem meus pais por perto..

Nossa família tinha diversos apartamentos aqui em NY, que foram divididos e distribuídos para mim e meus irmãos. Assim como todos os bens e a grana!

Escolhi uma cobertura que ficava em um dos prédios mais altos e era possível ver toda a cidade. Ele era lotado de janelas enormes de vidro e era bem iluminado.

Coloco café em uma xícara e me sento de frente ao meu notebook. Já havia chegado todos os arquivos da empresa e eu passaria a noite toda lendo. Provavelmente eu não dormiria nada, já que amanhã eu já começo a trabalhar.

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top