𝘲𝘶𝘢𝘵𝘰𝘳𝘻𝘦

Comentem bastante!


𝗕𝗮́𝗿𝗯𝗮𝗿𝗮 𝗟𝗲𝗕𝗹𝗮𝗻𝗰⚡️
𝘕𝘦𝘸 𝘺𝘰𝘳𝘬, 𝘌𝘜𝘈

—— ele está me punindo Éric! —— me encosto na minha cadeira e deixo meu celular com as inúmeras mensagens não respondidas,  em cima da mesa.

—— talvez não, talvez ele esteja chateado ainda Babi. O que você fez não foi algo muito legal! —— o meu amigo se senta na cadeira do outro lado da mesa e pega o meu celular em suas mãos —— nossa, quanta mensagem você mandou!

—— pois é. Não me reconheço mais. Eu fui de uma pessoa que não está nem aí para macho nenhum para uma pessoa que se humilha pra um!

Victor está totalmente diferente comigo a semanas! Mesmo ele dizendo que me deu mais uma chance eu sei que ele não me perdoou.

Eu me sinto um lixo porque estávamos indo tão bem e aí eu fudi com tudo, igual eu sempre faço na minha vida.

Nosso relacionamento não está a mesma coisa de antes. Mal estamos nos vendo e quando a gente se vê o clima é totalmente estranho.

Eu mereço ,eu sei. Mereço até pior, eu mereço ser traída, assim como eu fiz com ele!

—— você não está se humilhando, Babi. Isso mostra que você gosta dele e que está sentindo falta dele.

—— esse final de semana é aniversário da Clarisse, a minha sobrinha, e Carol vai fazer aquela festona de sempre. Minhas irmãs vão vim para Nova Iorque e eu queria que Victor e eu estivemos numa boa para eu apresentar ele para elas —— bebo um gole do meu café que eu comprei. Antes de eu fazer cagada, era Victor que trazia para mim todos o dias —— elas sempre me julgam e me dão bronca por tudo que eu faço e queria esfregar na cara delas que estou namorando!

—— ainda pode apresentá-los, não tem problemas algum. Elas não vão saber que vocês estão em um momento difícil e se sentiram a tensão no ar, não podem falar nada, casais passam por altos e baixos, elas são casadas, vão entender!

—— é mas eu não sei se Victor vai querer ir ao aniversário, ou nas reuniões familiares que com certeza meus irmãos vão querer fazer .

—— ele vai, amiga! —— Éric se levanta e pega os contratos que até então, ele tinha vindo aqui para levá-los —— Victor está em reunião na sala doze, já deve estar saindo. Vá falar com ele.

Me coloco de pé.
—— tudo bem!

Éric e eu nos retiramos da minha sala e cada um seguiu para um lado do corredor. A porta da sala de reunião ainda estava fechada então, me sentei em uma cadeira e fiquei esperando.

Em alguns minutos a porta se abre e várias pessoas começam a sair de la de dentro, Victor foi o último e quando seus olhos param em mim, ele se aproxima em passos lentos.

—— oi —— me levanto e Victor deixa um selinho rápido em meus lábios —— eu ia passar na sua sala agora para te cumprimentar.

—— legal. Preciso falar com você.

—— pode falar —— ele coloca as mãos em seus bolsos e me encara.

—— minha sobrinha vai fazer aniversário, dois aninhos. Carol vai fazer uma baita festa e eu quero que você vá comigo —— seguro em seu braço e me aproximo —— olha, eu sei que você está com muita raiva de mim mas minhas irmãs vão estar lá e eu realmente quero que elas conheça você.

—— não estou com raiva de você, Bárbara. E tudo bem, eu vou. Eu sei que é importante para você elas me conhecerem.

Abro um sorriso fraco.
—— obrigada.

—— não é nada —— ele sorri de lado —— tem mais uma reunião na minha empresa, eu não posso me atrasar, tenho que ir.

—— ah..claro vai lá —— tiro a mão de seu braço e me afasto —— vai dormir lá em casa hoje?

—— se eu tiver com tempo passo lá para jantarmos. Não sei se vou dormir, preciso ver se tenho planos para amanhã cedo.

Desculpas. Mesmo com planos pela manhã ele sempre dormia lá ou eu dormia na casa dele.

Eu não posso julgar, apenas tenho que aceitar o jeito que ele está me tratando. Novamente: eu mereço!

—— tudo bem.

—— tchau —— ele se despede e vira de costas, andando para longe de mim.

Mas que droga.
Eu odeio esse clima pesado!

Encaro as costas do meu namorado e bebo mais um gole de vinho.
Victor acabou vindo para jantarmos mas disse que não vai ficar para dormir.

Ele está cozinhando enquanto eu apenas observo tudo em completo silêncio.

—— quer mais vinho? —— pergunto a ele quando vejo sua taça vazia.

Victor me olha por cima do ombro.
—— sim, por favor.

Me levanto com a garrafa de vinho nas mãos e caminho até o balcão em que Victor cortava alguns legumes.

Encho o copo até a metade e deixo a garrafa de lado, levando as mãos até as costas do meu namorado. Depois, abraço a sua cintura e apoio a minha cabeça nele.

—— estou cozinhando, Babi.

—— eu sei. Eu só quero te abraçar um pouco. Isso incomoda você? Porque eu posso me afastar.

Victor tira os meus braços de sua cintura e se vira de frente para mim.

—— não me incomoda —— ele me puxa pelo braço e me abraça. Fecho os olhos e aproveito aquele momento que durou alguns minutos —— eu realmente preciso cozinhar..

—— claro! —— nos afastamos —— eu vou tomar banho enquanto você termina aí.

Termino de beber o resto do vinho que tinha em minha taça e saio da cozinha, subindo as escadas e indo para o meu quarto.

Eu tomei um banho tranquilo e demorado. Aproveitei para lavar o meu cabelo que estava pedindo socorro.

Quando sai, vesti um pijama e desci novamente para a cozinha. Victor já havia acabado de fazer o jantar e mesa estava posta.

Nós comemos enquanto conversamos o básico sobre trabalho e contratos. Nada muito interessante, foi apenas para não ficar um silêncio constrangedor.

Antes tínhamos muitos assuntos legais...
Agora estamos sentados um distante do outro e conversamos como se fosse uma obrigação.

Quando acabamos de comer, consegui convencer o Victor a dormir aqui está noite.
Subimos para o quarto e eu me deitei, esperando Camilo sair do banho.

—— amanhã eu não preciso acordar muito cedo, vou sair só as 10:35 , então não me acorde quando você levantar para ir pro trabalho —— Victor diz saindo do meu closet com uma samba canção que ele havia deixado aqui a algumas semanas.

—— tá bom!

Ele se deita ao meu lado e puxa a coberta para o seu ombro. Levo a mão até o interruptor e desligo a luz, deixando o quarto no breu.

Eu me aproximo de Victor e toco o seu peito, jogo uma perna por cima de seu corpo e quando estou me preparando para aconchegar minha cabeça na curva do seu pescoço, ele segura em minha cintura e me afasta.

—— eu não estou afim de transar, Bárbara! —— ele diz um pouco rude.

—— eu não quero transar Victor, meu Deus! —— rebato.

—— novidade, você só pensa nisso!

Me sento na cama e acendo a luz novamente.
—— eu estou indo na psicóloga exatamente por isso. Estou melhorando, não sou mais viciada em sexo! Pode por favor deixar de ser grosso comigo? Já não me castigou o suficiente?

Victor solta uma risada abafada e se senta na cama.
—— não importa o quanto eu seja grosso com você, nunca será o suficiente comparado ao que você fez, Bárbara.

—— eu já falei que me arrependo amargamente pelo que eu fiz naquela noite. Poxa, se vai ficar me tratando assim porque me deu uma chance então?

—— prefere terminar, é isso?

—— não, eu só estou dizendo que já faz semanas que rolou aquilo e você mal olha na minha cara, não me deixa te tocar, não conversa comigo e está sendo grosso!

—— quer que eu faça o que? Seja carinhoso com você depois do que você fez?

—— eu só quero que você volte a ser como antes! —— me exalto —— fiz merda, eu sei. Eu vivo fudendo com tudo na minha vida mas eu nunca me senti arrependida igual estou me sentindo agora, nunca fiz o suficiente para me redimir igual estou fazendo agora. Eu estou me humilhando por você Victor!

—— eu vou voltar a ser como antes quando eu te perdoar. Eu estou quase lá e não preciso que você me cobre por isso.

Mordo o lábio.
—— me machuca o jeito que estamos.

—— me machuca também porque nós realmente estávamos dando muito certo. Eu até te apresentei os meus pais Bárbara, eu nunca faria isso se não visse um futuro com você.

—— eu vejo um futuro para a gente ,Victor. Eu quero você!

Victor fica em silêncio e depois se deita novamente.
—— conversamos depois. Eu estou com sono.

Ele fecha o olho e se vira de costas para mim.

Limpo uma lágrima solitária que caiu pela minha bochecha e desligo a luz, me deitando e me segurando para não chorar até que eu pegasse no sono.

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