𝘰𝘪𝘵𝘰
𝗩𝗶𝗰𝘁𝗼𝗿 𝗖𝗮𝗺𝗶𝗹𝗼🌪️
𝘕𝘦𝘸 𝘠𝘰𝘳𝘬, 𝘌𝘜𝘈
O evento estava perfeito. Já estava rolando a algumas horas e estava sendo um sucesso. Estávamos todos um pouco alterados , mas não muito. Apenas o suficiente para curtir e dançar.
As arrecadações dos leilões deu muito dinheiro e isso é ótimo, porque tudo vai para o hospital do Câncer!
Pego dois drinks no bar e caminho até a mesa em que Bárbara estava sentada, conversando com o irmão e a cunhada. Coloco o drink em sua frente e ela abre um sorriso para mim.
—— obrigada! —— a morena da um gole em sua bebida e apoia os cotovelos na mesa.
Bárbara falou com inúmeras pessoas, andou de um lado para o outro e deu algumas entrevistas. Ela parecia estar cansada.
—— você quer ir embora? —— pergunto baixo, apenas para ela escutar.
—— não seria falta de educação eu ir embora? Porque tipo, eu que organizei o evento, eu que convidei as pessoas e tal!
—— se você sair sem se despedir de ninguém, eles nem ao menos vão perceber que você foi embora. A maioria estão muito bêbados ou esperando uma brecha para conseguir alguma entrevista.
Ela parecia pensar no assunto. Então, alguns minutos depois, se colocou de pé e me puxou pela mão. Passando entre pessoas que estavam na pista de dança e caminhando rumo a cozinha.
—— o que vamos fazer na cozinha? —— perguntei confuso.
Ela olhou para mim.
—— sair pela porta dos fundos, ué! —— disse como se fosse algo óbvio.
Passamos pela cozinha movimentada de chefes e cozinheiro até chegar na porta. Abri a maçaneta e finalmente, estávamos fora do evento.
—— estou aliviada —— ela coloco as mãos na cintura e fez uma careta —— e também estou com fome!
—— mas você não comeu nada na festa?
—— está falando das comidas chiques que não tampão nem o buraco do estômago? Fala sério, para eu ficar satisfeita teria que comer todos os petiscos!
—— é, você tem razão, essas comidas não me deixam satisfeito também!
Bárbara morde os lábios e depois em olha.
—— sabe o que seria perfeito agora?
Ergo a sobrancelha e espero ela continuar falando.
—— Mc Donald's.
Parados em algum estacionamento qualquer, Bárbara e eu comíamos o lanche que acabamos de comprar no drive thru do Mc, dentro do meu carro.
—— você já namorou? —— ela me pergunta com o canto da boca sujo de cheddar.
Confirmo com a cabeça.
—— sim, uma vez. Foi a dois anos.
—— acabou porque? —— Bárbara lambe os dedos e me olha de forma curiosa.
—— era tudo perfeito. Claro que tinha algumas brigas toscas mas isso qualquer relacionamento tem. Éramos felizes, eu amava muito ela. Resolvi pedi-la em casamento, ela aceitou e duas semanas depois peguei ela transando com outro na nossa cama!
—— que filha da puta —— LeBlanc diz em um tom alto e encabulada —— tem que ser muito trouxa para trair alguém igual a você.
—— igual a mim?
—— é, tipo...você é legal, educado, respeitoso, bonito e é bom de cama —— ela pisca —— ela perdeu —— Babi da de ombro —— azar o dela!
Abro um sorriso e ela faz o mesmo, em seguida, bebe um gole de sua coca e da uma
mordida em seu sanduíche.
—— nunca mais teve algo sério depois disso?
—— não —— respondo —— eu tentei, claro, mas não achei uma pessoa certa para mim ainda. Nenhum rolo deu certo!
—— e está interessado em tentar?
Franzo o cenho por sua pergunta. Bárbara não era de fazer muitas perguntas, ela na verdade mal conversa comigo.
—— por que tantas perguntas hoje, LeBlanc?
Ela da de ombros.
—— só estou curiosa ué!
A morena desvia o olhar e eu estreito os olhos.
—— anda, fala logo! —— insisto.
Ela bufa e volta a olhar para mim.
—— Carol acha que devo tentar algo..sério!
—— como assim?
—— nunca tive nem ao menos um rolinho sério e nem tive sentimentos por alguém —— ela confessa um pouco envergonhada —— e é por culpa minha, sabe?! Nem me dou a chance de achar alguém que possa me fazer feliz, nem ao menos fico até a pessoa acordar depois do sexo. Carolina acha que isso é algo errado, já que eu uso o sexo para esquecer os meus problemas. Ela acha que devo achar alguém, tentar algo e também acha que você é uma boa pessoa para isso.
Fico um pouco surpreso com isso. Desde a nossa conversa no bar eu venho reparando que Bárbara realmente não dá abertura alguma para conhecê-la. Sei que isso são problemas psicológicos, está óbvio.
—— quer ter um relacionamento comigo? É isso mesmo que entendi? —— pergunto.
—— não! —— ela fala rapidamente —— sim?! Aí Deus. Sim, é isso que estou falando. Eu pretendo mudar Victor, não quero ficar sozinha para sempre entende?
—— eu entendo.
Nós nem nos conhecemos direito. Entrar em um relacionamento com ela pode ser algo perigoso para ambos, sobre sentimentos. Mas Bárbara é legal, sei disso pelo pouco que conversei com ela e eu acredito que ela pode sim mudar. E eu quero dar essa chance a ela.
—— sabe ao menos como funciona um relacionamento? —— pergunto e Babi nega com a cabeça —— tá, eu vou te explicar algumas coisas. Não podemos ficar com outras pessoas, sem segredos e sem mentiras. Devemos confiar um no outro acima de tudo. Sair para jantar, ter conversas interessante e não apenas sexo. Temos que nos conhecer melhor, saber das qualidades e defeitos que outro tem. E não devemos nos magoar, fazer algo que o outro não goste e temos que está ali para o outro independente do problema.
Ela fica pensativa por um tempo, até que terminássemos de comer. Começo a observar o movimento das ruas até que Bárbara começa a falar:
—— eu acho que entendi.
—— tem que ter certeza que quer tentar isso.
Realmente devo estar louco por estar aceitando isso. Entrar em um namoro em que eu nem ao me a conheço. Mas, como eu disse, acredito na mudança dela e acredito que aos poucos isso possa dar certo.
—— eu tenho.
—— ótimo, Bárbara LeBlanc, estamos oficialmente namorando —— abro um sorriso e dou um leve empurrão em seu ombro.
—— e agora? —— ela franze as sobrancelhas.
—— ué, agora deixa as coisas irem acontecendo. Hoje, você vai dormir na minha casa. Nada de sexo essa noite!
—— porque sem sexo está noite? —— ela pergunta com uma voz manhosa.
Dou partida no carro e saio do estacionamento.
—— ok, uma rapidinha no chuveiro e pronto!
Enrolada em uma toalha, Bárbara penteava os seus cabelos molhados em frente ao espelho do banheiro.
Deixo de olhar para ela e volto a procurar uma blusa para Babi dormir. Quando acho, deixo em cima da cama e desenrolo a toalha da minha cintura, pegando uma cueca e vestindo.
—— já deixei a blusa aqui em cima!
Ela deixa a escova em cima da pia e caminha até mim. Aponto para cama e ela pega a blusa em suas mãos, tirando a toalha de seu corpo e colocando a minha blusa.
—— estou com frio! —— Babi diz e se deita na cama, puxando os cobertores para cima do seu corpo.
Me deito ao seu lado e faço o mesmo.
—— eu também —— levo a mão até o único abajur que iluminava o quarto e desligo —— você não pode ir embora amanhã antes de eu acordar.
—— não? Por que?
—— porque não Babi. Não tem sentido você ir embora antes do seu namorado acordar, né?
—— "namorado" que palavra estranha de se escutar. 𝘔𝘦𝘶 𝘯𝘢𝘮𝘰𝘳𝘢𝘥𝘰...eu nunca pensei que ia escutar essa palavra na minha vida!
Dou risada.
—— vamos dormir. Boa noite.
—— boa noite —— sinto suas mão segurar a minha bochecha e os seus lábios tocar os meus em um selinho demorado.
Quando ela afasta, abro um sorriso e a puxo para o meu peito, abraçando a sua cintura.
Acham que isso vai dar bom? 🤔
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top