𝟬𝟬𝟮 | 𝐨𝐮𝐫 𝐧𝐞𝐰 𝐡𝐨𝐦𝐞
—O Azriel se ofereceu para nos ajudar, você podia ficar feliz com isso – Sara falou enquanto conversávamos sobre o cara que estava mexendo em nossa lareira pela quinta vez
— Do nada isso Sara? Ele aparece como se não quisesse nada e oferece ajuda? – perguntei – isso é estranho.
— Ele só quer nos levar para um lugar melhor, não vamos ficar presas e escravas dele – ela falou com confiança – o que? vai me falar que acredita em todos os rumores do vilarejo mesmo sabendo que a família Archeron melhorou de vida desse mesmo jeito?
— Eu não estou gostando disso Sara – falei – como vamos saber se é verdade?
—Nós vamos. – ela disse e se virou – Azriel, nós vamos com você.
— Sara – chamei sua atenção
— Nós vamos com você porque confiamos em você – ela disse
— Vocês não iriam se arrepender, eu juro – ele falou sorrindo – peguem o que precisarem, lá daremos um jeito em tudo.
Sara me olhou empolgada e foi pegar seu casaco. Eu revirei os olhos e vesti o meu, aproveitei para levar meu arco e algumas das flechas que me sobraram. Era tudo que tínhamos.
Seguimos Azriel até a cidade, onde o mesmo encontrou com um homem. Ele nos guiou até uma carruagem antiga porém muito linda. Assim nos levou cidade a fora. Muitas horas dentro daquele negócio junto de minha irmã e aquele rapaz bonito que havíamos acabado de conhecer praticamente, que o mesmo se dizia muito amigo de nossa família.
Ao se afastar ao máximo do vilarejo, saímos da carruagem e estávamos no meio do nada, Azriel falou que precisávamos atravessar. No mesmo instante outro macho forte chegou, sorrindo para Azriel com cautela e se aproximando de nós. Azriel segurou forte em Sara e o outro macho fez o mesmo comigo, quando menos esperamos, estávamos em Prythian.
《 ✮ 》
Ele nos mostrou uma grande parte do local quando chegamos, era até que bonito lá dentro. A corte era enorme, era linda em vista do que falavam que seria, a corte noturna brilhava à luz das estrelas, não conseguia imaginar o quão bom era a vida ali dentro. Ele nos levou até um quarto e disse para ficarmos a vontade.
— Se aconcheguem, Rhysand vai ficar feliz em vê-las aqui – Azriel disse no corredor – e sejam bem vindas meninas.
— Está sendo muito atencioso conosco Azriel, agradecemos por tudo – Sara falou
— Faremos o possível para que gostem da estabilidade – ele disse sorrindo e saiu dali
O outro macho continuou com seu sorriso no rosto e apenas sumiu junto do Azriel, em meio a várias sombras.
Sara me olhou feliz e entramos no quarto que foi nos dado. Por um momento, meu corpo arrepiou. A decoração, cada detalhe daquele lugar era lindo.
Eu respirei fundo e então andei mais pelo quarto, a cama era tão macia que dava vontade de não levantar mais. O guarda roupa, cheio de roupas com cores bonitas, peças muito sofisticadas. Eu estava em um castelo, eu realmente estava ali.
Mas afinal, o que Azriel era? Rei? Príncipe? Cavaleiro? Guarda? Não sabia nada sobre o mesmo, mas ele nos trouxe aqui, nos deu comida e aconchego.
— Senhorita – uma moça falou ao lado de outra parecidíssima consigo, gêmeas – a água do banho que o mestre pediu ja está quente, se me permite te ajuda-la.
Eu olhei para ela e logo assenti, involuntariamente. A moça me ajudou a tirar as roupas e me guiou até a banheira. A agua estava de fato quente, boa demais, meu corpo estava tão relaxado. A outra moça logo ajudou Sara do mesmo jeito.
Após uns longos minutos no banho, a moça me enrolou em uma toalha e me direcionou para o quarto. Eu sentei na cama e ela foi em direção ao guarda roupa. Mexeu tanto e finalmente pegou uma roupa, um vestido branco e roxo escuro.
Sara estava usando um azul escuro como o céu noturno cobrindo a corte, era lindo de fato.
Ela me levantou e então me ajudou a vesti-lo. Logo depois me colocou na cadeira de frente ao espelho e penteou meus cabelos, os deixando para o lado.
— obrigada – falei e ela fez uma reverência sem precisão – como se chama?
— Nuala, senhorita – ela disse e sorriu – e ela é Cerridwen. Ela também sorriu.
— obrigada Nuala – falei e elas sairam dali
Eu me olhei no espelho, estava diferente, linda. Não tinha mais aquelas calças velhas, o casaco sujo e as botas esgotadas, era uma nova eu ali.
Me levantei e fui até a ponta do quarto onde coloquei as sapatilhas brancas que estavam naquele local.
—Você está linda – Sara disse
— Você também – falei
— Azriel esta fazendo muito por nós – ela disse – devíamos agradece-lo. Concordei.
Logo outra moça veio até nós. Ela sorriu e sorrimos de volta. A mesma pediu para que a seguíssemos e assim fizemos.
Ela nos levou até Azriel, o mesmo estava parado na frente de uma lareira acesa, observando um quadro enquanto tomava algo de uma taça. Quando nos viu sorriu. A moça saiu do local fechando a porta e então, Azriel nos pediu para que sentássemos. O outro macho estava ao seu lado, do mesmo jeito que estava mais cedo.
—Não tive tempo de me apresentar, Azriel quase não me deixou falar – ele disse – Cassian, me chamo Cassian.
— Aqui está – ele disse me entregando um envelope – a carta de seu pai para Rhysand, o grão senhor da corte noturna, que prometi entregar.
Eu olhei do envelope para ele e então sorri. Sara se juntou mais perto e me ajudou a abrir o envelope. Azriel e Cassian apenas observaram.
" Querido Rhysand, peço desculpas por sumir e nunca retornar, são épocas difíceis aqui no vilarejo e desde que deixei Prythian passo por dificuldades, nada muito grave, mas ainda sim é o motivo pelo qual eu venho lutando... Você sabe, Sara e Aurore precisam de mim depois que a mãe faleceu.
Meu amigo querido, aviso nessa carta que estou doente e pelo jeito que as coisas andam, não tenho certeza se vou sobreviver a bastante tempo... peço então que seu grandioso coração ajude pelo menos minhas filhas, não as deixe desamparadas quando eu for embora.
Sempre disse a você o quão boa Aurore é com um arco e Sara ama as noites, elas vão se dar bem na corte, onde é bonito, onde é o lugar para elas. Sabe onde encontra-las caso precise.
Serei eternamente grato por tudo que fizer por minhas meninas Rhysand.
De seu grande amigo, Kevan."
Quando Sara e eu terminamos de ler a carta, não consegui deixar escapar algumas lágrimas. Meu pai sabia que não estava bem e não nos avisou, não nos deixou ajuda-lo. Não tinha noção do quão longe meu pai trabalhava e do quanto ele trabalhava para nos dar uma vida boa...
O favor que pediu a Rhysand estava sendo cumprido e por pura espontânea vontade, Rhysand parecia de fato querer a mesma coisa que meu pai queria.
Sara devolveu o envelope mas Azriel não aceitou, então ela guardou com ela. Não falei nada, absolutamente nada.
—Obrigada – ela disse – obrigada por atenderem o pedido de meu pai e nos deixar aqui.
nota da autora:
cheirinho de capítulo novo,
eu ainda to desenvolvendo
minha nova habilidade de escrever
fantasia ao invés de qualquer outra
fanfic de mídia social então me perdoem
pela falta de criatividade até aqui.
Bebam água.
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