É complicado.

Charlotte costuma dizer isso quando não tem respostas pelas milhares de perguntas na sua cabeça. A separação dos seus pais isso é complicado. Ela ter se mudado para a Coreia é complicado. Sua mãe ter lhe abandonado é complicado.

Tudo passa a ser complicado quando não tem solução, Lottei usar essa palavra na noite em que sofreu um acidente por dirigir em alta velocidade simplesmente disse que era complicado.

Depois do acidente e os seus pais descobriram que ela era uma adolescente diabética tudo desmoronou, nem a própria Charlotte sabia que está doente foi um choque a sua alimentação começou a ser regulada depois daquele dia.

Nossa isso é mesmo complicado.

O medo dos seus pais foram tão grande que eles ficaram com medo de que seu irmão mais velho tivesse a mesma doença e começou a levá-lo no médico. Que sortudo ele era uma babaca saudável.

As paranoia da sua mãe foram tanto que o seu pai já não aguentava mais a mesma e com isso veio as discussões, as brigas e finalmente o divórcio.

Charlotte torceu para que a vadia não saísse com nada do seu pai. A vaca da sua mãe nem ligava para os filhos só pensava em dinheiro, Lottei achava que se tornou  uma mimada igual a ela.

Sua mãe ainda conseguiu um bom dinheiro depois do divórcio, a vadia da Valentina Parker sumiu do mapa e isso foi bom. Depois de um tempo morando em Nova York, Allan decidiu que seria melhor se mudar com os seus filhos.

O mesmo tinha medo de que a maluca da Valentina tentasse alguma coisa por mais dinheiro inclusive conseguir a guardar de um dos primogênitos do grupo Coleman.

Allan Coleman é um coreano junto americano fez o seu grande império Allan era o presidente de duas empresas do grupo Coleman. A Coleman hotéis e a Coleman que varia de outras coisas também.

Os irmãos Coleman nunca tiveram interesse pelas empresas isso era a vida complicada dos seus pais. O senhor Allan se mudou para a Coreia onde a sua família passou a maior parte da vida. Ele tinha as duas empresas na Coreia então seria mais fácil.

── suas malas estão pronta senhorita ── a voz da Anne chamou a atenção da Charlotte, ela havia ajudando a mesma com as suas sete malas.

Ela só estava  levando o essencial seu pai disse que a casa onde iriam ficar tinha toda a decoração então não precisaria levar nada. Charlotte pegou apenas aquelas coisas que tinham um valor sentimental.

── obrigado Anne pode ir agora.

Depois de longas horas de viagem até o aeroporto particular do grupo Coleman finalmente os três membros da família estavam naquela jatinho Charlotte pois seus fones de ouvidos, aproveitando a viagem.

Tendo que dar adeus à Nova York de alguma forma foi o seu lar e agora ela estava a deixando para trás, mas quem sabe não terá um novo recomeço.

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A viagem foi bastante calma, Charlotte passou horas dormindo e assistido além de comer bastante lembrando que não coisas doces não queria preocupar o seu pai passando a viagem doente. Lottei encostou sua cabeça na janela do carro observando as pessoas, as ruas o quanto tudo era perfeito lembrando de ter vindo para a Coreia ainda pequena, seu pai tinha um irmão de consideração aqui e sempre que vinham ao país ficavam na casa dele.

Charlotte e Thomas tem até um primo de consideração o Lee Suho, quando ele era pequeno foi passar um tempo em Nova York mas depois voltou.

Lottei nunca conseguiu considera o Suho como um primo de consideração pelo simples fato de ser apaixonada por ele desde que eram crianças. Mas isso foi no passado ela tem certeza que ele até tem esquecido que tem uma prima de consideração e uma melhor amiga de infância.

Allan levou os seus filhos para um bairro que era perto do seu trabalho e da escola que ele havia os matriculado. Charlotte resmungou ela odiava o primeiro dia de aula ainda mais quando era aluna nova.

A casa era em um bairro bem amigável pelo menos a família Coleman esperavam eles iriam ficar na casa que o Allan passou toda a sua infância antes de ir embora.

Charlotte desceu do carro batendo a porta e tirou os cabelos do rosto quando o vento passou bem ao meu lado. A casa não era muito luxuosa nem muito chique mais dava para viver.

Ela ajudou seu pai e irmão com as malas e finalmente tinham acabado, a ruiva se jogou no  sofá abrindo os braços e arrancando seu tênis.

── precisamos fazer compras, não tem nada na geladeira só água ── resmungou Thomas tendo que beber água fazendo careta.

── vai com sua irmã ao supermercado, tem dinheiro na carteira vou terminar isso aqui ── Allan pegou uma caixa subindo às escadas.

── eu não vou com você estou cansada demais para andar ── Charlotte colocou seus pés em cima do sofá Thomas empurrou seu corpo fazendo ela cair do sofá e bater seu braço da quina da mesinha ── que droga Thomas.

── vamos logo.

Ele pegou o cartão na carteira do pai e saiu, Lottei resmuguou calçando seu tênis e saindo também para que o seu pai não mandasse ela ajudar na bagunça. Assim que chegaram ao supermercado Thomas pegou uma carrinho e os irmãos começaram a andar procurando alimentos saudáveis, Charlotte praticamente encheu o carrinho de salgadinhos.

Enquanto o Thomas reclamava da falta de juízo que tinha sua irmã, ela praticamente deu de ombros apenas pegando às coisas que gostava algumas eram doces mas toda vez que ela iria comer tomava o seus remédios.

Não queria ter que ficar enternada durante dias por esquecer de tomar os remédios depois de passar horas no mercado finalmente voltaram para casa.

Charlotte direito pro seu quarto vendo as malas jogadas pelo mesmo, o quarto da mesma era uma espécie de vermelho com dourado, rosa com um roxo todas as cores que poderiam imaginar.

Tinha uma cama de casal e uma penteadeira com um espelho e algumas luzes ── o quarto era bem espaçoso que tinha o lugar para que ela pudesse escrever porque Charlotte adorava muito escreve.

Lottei sentou na cama abrindo uma das malas e a primeira coisa que seus olhos se encontram e o retrato, ao qual tinha ela junto com sua mãe, irmão e pai. Ela sentiu suas mãos trêmulas o aperto no peito.

A garota começou a andar de um lado para o outro dentro do quarto, passando a mão frequentemente no  peito sentindo faltar de ar, ela não estava conseguindo respirar era como se fosse morrer.

Lottei agachou ao lado da cama abaixando sua cabeça e tentando recuperar a  respiração mas a dor no peito não passava ela passou as mãos pelo mesmo controlando a respiração.

── Charllotei ── ela ouviu a voz do seu pai não conseguindo olha-lo, mas sentiu suas mãos em seus ombros a expressão de preocupação estampada em seu rosto ── isso é um ataque de pânico certo, eu vou pegar um copo de água respirar fundo.

Ela olhou em direção à porta vendo o mesmo saindo correndo, Charlotte respirou fundo algumas vezes passando a mão pelo seu rosto que estava suado.

── aqui beba essa água ── Allan entregou o copo d'água a filha que deu um boa golada no líquido sentido sua respiração voltar ao normal e o aperto no peito indo embora ── levanta eu te ajudo.

Ele passou uma das mãos pela cintura e a outra segurou a mão da filha, Charlotte levantou e seu pai a colocou deitada na cama.

── pode dormir tranquila estrelinha eu estou aqui ── ele passou as mãos pelo seus cabelos.

Lottei fechou os seus olhos sentindo o toque do pai, pelo seu rosto e um beijo na sua testa.