𝗖𝗮𝗽𝗶𝘁𝘂𝗹𝗼 22
❝ 𝗕𝗟𝗨𝗘 𝗧𝗘𝗔𝗥𝗦 ❞
▬▬ 22: Um velho amigo
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.Seguimos de carro até onde deu, porque tínhamos acabado de chegar bem perto da barreira da cidade, onde estava lotada de pessoas em situações certamente críticas. Elas se amontoavam uma nas outras, enquanto andávamos em direção a barreira, pareciam estar fazendo um protesto. Mas aquele lugar era todo desorganizado com até mesmo barracas, destroços, pessoas dormindo nos chão e muita sujeira e fedor. O que me fez ficar agoniada
— Meu Deus - Newt diz encarando toda a situação a sua frente
— Caminando, hermano - Jorge diz indo na frente
Nós começamos a nos espremer em meio a multidão e indo em direção às barreiras. Sempre tentando não nos separar um dos outros
— Hija, esse lugar virou um verdadeiro inferno - Jorge diz ao meu lado, rapidamente pegando meu ombro e me desviando de um homem que andava rapidamente na nossa direção contrária
— É só continuarmos juntos - Digo
“ SOMOS A VOZ DOS SEM VOZES “ - Escutamos alguém dizer em um autofalante - “ELES SE ESCONDEM ATRÁS DE MUROS, PENSANDO QUE PODEM MANTER A CURA PARA SI MESMOS, ENQUANTO VEEM O RESPOSTO DE NÓS APODRECER”
A voz vinha de um homem em cima de um carro preto, onde junto a ele vinham mais alguns homens sentados ali em cima, armados com máscaras estranhas
Quando o carro passou por nós em pude ver um deles me encarar e até mesmo girar o pescoço para continuar me encarando
— Euem - Digo cobrindo um pouco mais minha cabeça com o pano - Povo esquisito - Após essa frase eu olhei para Newt e então rimos um com o outro
Enquanto o megafone falava, as pessoas em volta pareciam comemorar aquelas frases. Esbanjando gritos de alegria e seguindo o carro, que também ia em direção a barreira
— É ali! É a nossa entrada - Digo apontando para uma parte da barreira que tinha um imenso portão. Porém, era barrado por baixas grades e alguns guardas
As pessoas à nossa volta não paravam de gritar que queriam entrar e que eles deveriam abaixar os muros. Aquilo tudo era uma espécie de protesto
— Jenna, não é isso que estamos procurando. Todos atrás de uma entrada e você de repente vai achar o que eles nunca conseguiram? - Jorge novamente me disse
— Eu vim até aqui, vô. Não vou desistir agora, sinto muito - Respondi
Jorge fez um bico e balançou a cabeça. Mas rapidamente entrou na minha frente e começou a abrir caminho pra mim, gritando um belo “ Sai da minha frente! “, para qualquer um que o impedisse, o que me fez sorrir e começar a segui-lo. Sempre me certificando que estavam todos atrás de nós
— Hija…tem alguma coisa errada - Jorge diz enquanto encarava os portões
Eu o encarei e depois encarei os portões. Não podia dar errado de novo. Não podia!
Foi quando Newt ficou um pouco mais perto de nós e segurou nossos ombros com um certo desespero
— Gente, temos que ir agora. Estamos sendo seguidos e observados! Vejam - O loiro diz e então olha para trás. Onde tivemos a visão daqueles homens de máscaras que eu também acabará de ver. Mas agora eles estavam no meio da multidão caminhando até nós
Com aquele cenário dos gritos das pessoas, Jorge e Brenda preparando suas armas, e aquelas pessoas esquisitas prontas pra nós pegar, o desespero se instalou. Mas só piorou quando um barulho esquisito vindo dos muros acoou pelo local. Fazendo todos ficarem em silêncio, acho que eles nunca tinham chegado nessa parte
Algumas espécies de armas gigantescas em cima do muro se viraram para nós, com suas luzes vermelhas ligadas. E nisso as pessoas começaram a gritar de pavor e saíram correndo
Olho confusa para os outros, sem saber o que fazer, mas os mesmos começaram a correr também, e alguém me puxou pelo braço, me abaixando quando uma explosão atingiu a parte da frente da barreira. Bem próxima a nós. Depois disso nós começamos a sair correndo como loucos, enquanto diversos tiros eram lançados na nossa direção
Nós entramos em uma espécie de beco, jurando que íamos fugir dos tiros. Mas demos de cara com aqueles homens mascarados e pegaram todos nós. Um deles me segurou e me encarou por alguns segundos antes de me por no carro, eu não conseguia ver o seu rosto, mas eu conseguia ver que ele era meio careca e um pouco mais alto que eu, bem pouco
— Me solta, seus idiotas - Tentei segurar fortemente sua mão para fazer algo, mas no lugar disso eu vi uma cicatriz em seu braço. O que me fez lembrar de meus dias na enfermaria onde Gally tinha um corte profundo que não sabia cuidar nem parar quieto. Resultando em eu ter que refazer aquele curativo todos os dias
Engoli seco assim que percebi que a saudade da clareira era mais presente em mim do que deveria. Pelo menos lá todos os meus amigos estavam perto de mim, e não mortos ou…sendo torturados pelo CRUEL
O mesmo rapidamente me empurrou para que eu me sentasse no carro, e se sentou logo a minha frente. Eu fiquei ao lado de Newt, que me olhou com um olhar que dizia “está tudo bem”, e eu dei apenas uma balançada firme com a cabeça, que respondia um “Está”
O carro começou a andar e eu comecei a me desesperar. Mas eu não podia me desesperar, tinha que manter a calma e tentar achar um jeito de fugir. Ainda assim parecia impossível
Não demorou muito e nós paramos, o carro se abriu e nós tiraram dali. Revelando uma estação de trem abandonada e com o céu aberto, deixando o sol entrar. Ali tinham mais caras mascarados, e mais algumas pessoas
— Saíam! - Eles ordenaram pata os outros saírem de dentro do carro. E logo estávamos reunidos novamente, com todos os nossos amigos ali. Completamente confusos
— Pessoal, relaxem! Estamos do mesmo lado aqui - Aquele careca diz
— Como assim do mesmo lado? Quem é você? - Thomas indagou
Aquele cara careca, o mesmo que me pegou, o mesmo que ficou me encarando lá de cima do carro, e o mesmo que eu vi a cicatriz…enfim tirou sua máscara. E eu juro por tudo que meu coração errou uma batida e eu quase me engasguei
Gally
Todos ficaram em silêncio com o choque. Mas era inevitável, Gally sempre foi um dos meus melhores amigos. Uma pessoa completamente louca, mas como eu também nunca fui muito normal, a gente se entendia. E o tanto de dor que eu senti com a sua morte não está explicado. Parece que em meio a todo o caos, uma pontada de esperança de família me atingiu, e era o suficiente para aquecer meu coração. Então eu não me controlei quando saí correndo na sua direção e o abracei. Minha saudade é força era tanta que eu quase o derrubei
— Isso é real? - Eu disse em meio ao abraço
— Eu sei lá. Voltar dos mortos parece real pra você? - Gally riu e me soltou do abraço
Quando eu olhei para os outros, não pareciam ter caras muito boas. Convenhamos que era extremamente compreensível o ódio deles pelo garoto ele nunca foi uma pessoa muito pacífica, muito pelo contrário na verdade. E estar pelo controle do vírus não ajudou nada na situação do nossos último dia no labirinto…onde ele…Bom, vocês sabem
— Obrigada pela recepção pessoal. Senti saudades de vocês também - Gally diz
— Eu não entendi, você falou que estamos do mesmo lado. Mas você, Gally, nunca esteve ao nosso lado. Pelo menos não do meu - Thomas cruzou os braços pra ele
— Vocês conhecem esse cara? - Jorge perguntou
— Era um velho amigo - Caçarola responde
— Como? Como é que pode? Nós vimos você morrer! - Newt diz
— Não, vocês me deixaram lá pra morrer. Se não tivéssemos achado vocês, já estariam mortos - Gally diz, e então suspira - O que vieram fazer aqui?
— O CRUEL, levaram o Minho - Digo - Queremos achar uma entrada
— Eu posso ajudar vocês - Gally responde - Venham comigo
***
— Depois do labirinto, fui pego por um grupo que vinha pra cidade. Eles notaram que eu era imune, trataram de mim e me trouxeram aqui para o Lawrence. Estão em guerra contra o CRUEL desde que a cidade foi controlada
Gally diz enquanto nos guiava até uma sala
— Mas o CRUEL não pode se esconder atrás dos muros pra sempre, né? - Eu perguntei
— Não, não podem - Gally responde - E algum dia, eles vão pagar pelo que fizeram - O mesmo para de andar, e então se vira para nós - Escutem. Ele não recebe muita visita. Deixem que eu falo. Vocês entenderam? E tentem não encarar
— Encarar? - Olhei para os outros
Em questão de segundos nós entendemos do que Gally se referia, o rosto do homem era todo deformado, com veias, buracos, sem um nariz
— Gally! Que bom que conseguiu voltar - O tal homem diz - Jasper me contou o que aconteceu. Foi uma matança
— Não podemos fazer nada contra as armas - Gally diz
— Mas só podem cutucar o vespeiro até certo ponto, antes de serem picados…Quem é essa gente? Por que estão aqui?
— Precisamos entrar no CRUEL - Eu comecei a dizer com cautela - O Gally diz que nos põe do outro lado do muro
O homem começou a me encarar um pouco mais, com curiosidade, pois antes eu estava um pouco escondida dentre os garotos
— O Gally não deveria fazer promessas que não pode cumprir - Ele diz - Além disso, o muro é só metade do problema. Entrar no CRUEL é impossível
— Pode haver um jeito agora - Gally contradiz o homem a sua frente - Mas não funciona sem o Thomas
Agora os olhares foram para o garoto. Que rapidamente tomou de uma expressão confusa
— Eu não diria isso…vocês tem algo bem maior em meio a vocês e não estão sabendo usufruir - O homem rapidamente pegou minha mão, me fazendo assustar. Minhas veias estavam brilhando e eu nem havia percebido
O mesmo começou a dedilhar as veias na palma da minha mão. E então a levou até a parte de seu rosto que era lotada por veias. Conforme o meu toque, as veias de seu rosto tomaram as mesmas colorações e luzes da minha mão
— Você pode sentir…não é? - O homem perguntou, e eu com uma expressão assustada concordei. Porque era a verdade. Era a mesma sensação de hoje mais cedo, quando um Crank tocou a minha mão
— O que isso significa? - Eu disse
— Eu não sei ao certo. Isso é extremamente novo pra mim…eu nunca vi nada parecido. Mas deve ter alguma relevância para a cura - Ele me soltou e começou a pensar - Está bem, eu coloco vocês atrás dos muros. Mas em troca vocês vão descobrir o que essa garota é, e vão descobrir como ela pode me ajudar
— Então o CRUEL agora está guardado algo que nós dois queremos. Se o senhor nos ajudar, todos vão ser vantajosos - Digo
— Está bem, vai ser o seguinte: Vou deixar 3 irem com o Gally. E o resto ficará comigo, como uma garantia - O homem diz
Eu pensei por alguns segundos e então olhei para trás. Esperando alguma resposta negativa ou positiva de meus amigos. Os mesmos rapidamente concordaram com a cabeça
— Combinados? - o homem diz levantando uma de suas mãos
— Tudo bem - Digo - Combinados
Juntei a minha mão a dele, o que fez as veias de ambas saltarem em um azul reluzente
Ele sorriu ao ver aquilo
— Gally, mostre a ela o caminho
***
— Vamos descer pelo esgoto? Você jura? - Eu disse observando o buraco fundo no chão
— Quer salvar seu príncipe encantado, Jennão? Então sim, vai - Gally respondeu pondo as mãos na cintura e logo depois pegando uma escada e colocando ali
Jorge acariciou meus ombros e me deu um sorriso
— Tome cuidado, hija
— Cuidado é meu nome do meio vovô - Eu brinquei e vi o mesmo arquear sua sobrancelha, parecendo lembrar de todos os momentos desastrosos da minha vida
— Gally, toma conta desses três - Caçarola diz
— Oi? O Gally cuidar da gente? Acho que você deveria dizer para eu e Thomas cuidarmos da Jenna e do Gally, essa dupla junta nunca dá em coisa boa - Newt diz
Eu virei minha cabeça para Newt com uma expressão ofendida, quando olhei para Gally ele estava fazendo o mesmo
— Tomem conta um do outro! É isso que queremos dizer - Brenda nos interrompe
Começamos a descer as escadas, eu achei que era a última, mas quando olhei para baixo vi que Newt ainda não estava ali, então procurei em volta e vi o mesmo sentado, abrindo e fechando sua mão
— Newt! - O chamei e ele se assustou, o que me fez rir - O que foi? Está devendo? - O mesmo desceu a manga da sua blusa e sorriu - Vem, vamos logo!
***
Estávamos dentro do esgoto completamente escuro. Com cada um uma lanterna, que parecia não funcionar muito bem
— Argh! Que nojo - Escutamos o Newt dizer
— Credo! - Thomas também reclamou - É, tá tudo ótimo
Gally chegou até uma alavanca e a pressionou. Logo as luzes do restante do túnel se acenderam
— AE! Finalmente fez algo, Gallynha, por que não fez isso antes? - Eu dei duas batidinhas em seu ombro
O mesmo riu balançando a cabeça negativamente
— Fiquem perto de mim, ainda estamos longe
***
Eu perdi um pouco da noção de tempo dentro do túnel, mas eu sei que caminhei por muito tempo em um espaço pequeno é muito fedido
Mas por sorte havia acabado, e agora estávamos entrando em uma estação de trem cheia de gente, pessoas engravatados, e muitas com máscaras
Começamos a nos misturar entre elas, seguindo o Gally
“ Zona vermelha, saindo da estação em cinco minutos, obrigado “
Continuamos andando, e saindo da estação, demos de cara com muitas luzes dos prédios altos vindo na nossa direção. Aquilo hipnotizou meus olhos, era muita tecnologia, muita luz que contrastava entre a noite
— A gente tá muito longe da clareira - Newt diz olhando para tudo a sua frente
“ O toque de recolher obrigatório é em 15 minutos. Por favor, dirijam-se para casa de forma ordenada. Lembre-se: é para a sua segurança “
— Vamos, temos que sair das ruas. Sei que é difícil, mas ajam como se não fosse novidade - Gally diz
— Sou só eu que tô me sentindo um caipira indo visitar a cidade grande? - Digo olhando em volta, ainda hipnotizada com todas aquelas luzes, prédios, e tecnologias
— Isso descreve exatamente como eu estou me sentindo agora - Thomas concorda
Logo pudemos escutar uma risada vinda da direção de Gally, junto com um balanço de cabeça negativamente
Nós corremos para atravessar a rua ser ser pegos pelo caminhão de polícia que passava, e por isso fixamos colados à uma parede de estabelecimento, esperando eles passarem
— Eles aumentaram muito a segurança - Gally diz e então nos olha pensativo - Acho que vocês, trolhos, tem alguma coisa a ver com isso. Vamos dar um fora daqui
O mesmo rapidamente saiu correndo de novo, e nós o seguimos por alguns quarteirões até chegar em uma rua mais fechada, onde tinha um prédio bem grande. E Gally parou ao lado do muro do mesmo
— Vamos pular o muro - Gally diz olhando para nós. Eu rapidamente cruzei os braços esperando que o mesmo desse impulso
Gally revirou seus olhos e então se abaixou para nos dar impulso. E assim fomos um por um, até todos estarem do outro lado
Nos subimos o prédio inteiro até chegar em um ponto alto e Gally parar em uma espécie de sacada gigante, que dava de frente para outros prédios
— É ali. Se o CRUEL estiver com o Minho, é ali que ele está - Gally diz enquanto puxava algo escondido no chão, e posicionava no corrimão da varanda. Era uma espécie de binóculo ou algo assim - Lawrence tenta achar uma entrada há anos. O lugar é entupido e soldados, vigiado por todos lados e rastreadores em todo andar
— Parece a maior fortaleza - Digo
— É, você não disse que tinha uma entrada? - Thomas diz
— Pode ser - Gally deu de ombros
— Pode ser?! Que papo é esse de “pode ser”? - Digo já me exaltando com aquela situação
— Dá uma olhada - Gally se afasta no binoculo e Thomas se aproxima. O mesmo olhou por alguns segundos e logo levantou seu olhar, um pouco pensativo
O que me fez pegar o binóculo e olhar também, vendo do que eles se referiam
Teresa
Só de ver sua imagem meus dentes já rangem de ódio
— Eu disse que tinha uma entrada, Thomas. Só não disse que você ia gostar - Gally diz
Eu observei aquela situação completamente indignada
— Thomas, não pode estar falando sério - Semicerro os olhos ao ver que o mesmo estava esitando - TUDO foi culpa dela. Ela nos traiu, ela é como a princesinha deles, ela tem que morrer, e eu quero matá-la, é perfeito! Não deixe que essa ilusão de amor distorça a sua cabeça…por favor. Pelo Minho
***
( notas da autora )
MDS O REENCONTRO VEIO😭😭😭😭😭
#Amovcsminhaduplaapocaliptica
Oq estão achando?
Amo vcs! <3
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