𝗖𝗮𝗽𝗶𝘁𝘂𝗹𝗼 18
❝ 𝗕𝗟𝗨𝗘 𝗧𝗘𝗔𝗥𝗦 ❞
▬▬ 18: Fulgor
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Eu não estava mais dirigindo.
Depois de só tropeçar em uma pedra com o carro e quase ter furado o pneu, Minho começou a falar que poderia ser perigoso continuar e então Jorge estava no volante agora
Minha cara de emburrada na janela era perceptível. Mas não era pra menos, eu estava tão feliz dirigindo a Bertha
— Aí! - Digo massageando a testa pois tinha acabado de bater minha testa no vidro. Novamente, por conta de Jorge freando - Sem ofensas aí, vovô, mas eu acho que quem não sabe dirigir aqui é você
Logo após isso descemos todos do carro. Estávamos no fim de uma estrada nas montanhas, em meio a mais um monte de montanhas que faziam sombra sobre nós
O restante da estrada estava coberto por carros velhos, amassados e meio abertos jogados, e no fim havia uma espécie de túnel, coberto por algumas pedras
— É, acho que ficamos a pé - Jorge diz e um silêncio reinou enquanto pensávamos e encaravamos aquilo a nossa frente
Começando a andar em meio aos carros, olhamos em volta, dentro dos carros e tudo. Mas não víamos nada além de muito silêncio e coisas velhas
Mas para provar o contrário, rapidamente barulhos de tiros foram escutados, fazendo com que nos afastássemos
— SE ABAIXEM! - Alguém gritou. E assim foi feito, nos encolhemos em meio aos carros, atentos a qualquer coisa
— Está todo mundo bem aí?! - Thomas gritou, e deu eco
— Tudo bem! - Teresa gritou
— Defina “bem”! - Eu disse com a mão no peito, tentando conter o susto. Jorge estava ao meu lado
— Alguém sabe de onde vem os tiros?! - Newt indagou
— O desgraçado do Marcus, nos mandou para uma emboscada - Jorge diz começando a mexer em alguma coisa. Mas eu só conseguia olhar confusa
Com um pouco de dificuldade eu me levantei e tentei espreitar um pouco, para ver de onde os tiros vinham. Mas assim que fiz isso, mais tiros foram lançados
— Que merda! - Disse, me abaixando - O que a gente faz agora?!
Jorge pega algo da sua bota e me entrega
— O que é isso, Jorge? Tinha uma bomba na sua bota?! - Eu o encarei perplexa
— Temos que distraí-los. Se prepara pra lançar!
— Eu? - Digo assustada é então ele pega um botão
— Vai logo! - Ele diz e eu levanto rapidamente - Pessoal! Se preparem pra correr pra Bertha! Pronta?
Eu fecho o olho fortemente com o nervosismo e então aceno com a cabeça
— 1…2…
— Largue - Uma voz feminina foi escutada. E Jorge parou - Agora
Em movimentos lentos em soltei a caixa e me virei com cuidado. Era uma garota morena com um lenço na boca, ela apontava uma arma gigantesca para nós. E tinha outra atrás dela, uma loira
— Levantem, depressa! - Ela ordena. E eu olho para Jorge, para ver o que ele faria, antes de obedecer. Mas ele se levantou - Vocês dois ali agora - Ela apontou para Minho e Newt
— Andem, de pé! - A loira mandou também
Logo todos vieram para trás de nós. Estávamos todos de braços abertos, e elas continuavam com as armas apontadas para nós. Mas em questão de segundos o olhar de uma delas pareceu mudar completamente
— Aris? - A morena diz soltando a arma
Que? Aris? Uma hora dessas?
Nossos olhares se direcionaram para o garoto atrás de nós, confusos. E quando a garota tirou sua máscara ficamos ainda mais
— Meu Deus! Harriet? - Aris diz com alegria, indo em direção a garota
Espera, eles se conhecem
— Caramba, o que você tá fazendo aqui?! - Ela o abraça
— Sonya… - Aris diz e então abraça a garota loira também
Confusa, começo a olhar para o pessoal e então meus olhos se encontraram com os de Minho. Ele também parecia confuso, e desconfiado
— É…o que está acontecendo aqui? - Minho perguntou
Aris então, parou de abraçar as garotas e se virou com um sorriso
— Éramos do mesmo labirinto - Aris respondeu
A garota morena deu um sorriso e então deu um assobio para as montanhas, eu estava realmente bem confusa. Como elas fugiram? Foi igual a gente?
— Tudo certo, gente! Podem sair!
“ Entendido! “
“ Tudo bem! “
“ Cessar armas “
Ao fazer isso, agora pessoas armadas lá nos topos das montanhas se levantaram, e se revelaram. Coisas que eu não tinha visto antes
Logo as garotas começam a nos guiar para aquele túnel coberto por pedras. Tinha uma passagem ali. E dentro do túnel elas começaram a perguntar como tínhamos chego até aqui
— Dê a ré, Joe! - Sonya gritou e então um caminhão no fim do túnel abriu passagem, revelando melhor a luz no fim do túnel e algumas outras caminhonetes
— Vamos levá-los a base - Harriet diz
— Como vocês chegaram aqui? - Perguntei olhando em volta enquanto alguns homens me ajudavam a subir na caminhonete
— O braço direito tirou a gente - Harriet respondeu
— O braço direito…sabe onde eles estão? - Thomas perguntou e a garota que estava ao meu lado na caminhonete apenas deu um sorriso e esticou a mão para que entrassem ali
Era exatamente pra onde iríamos agora
Durante o percurso, Brenda estava em um lado meu e Harriet do outro. Mas tinha um problema, Brenda estava estranha, não falava nada, parecia meio mole e suava muito
— Ei, tá tudo bem? - Toco na coxa dela para perguntar, mas assim que eu faço isso as minhas veias começam a ficar brilhantes. Então logo guardo a mesma, com medo de Harriet perceber. Então, olho mais preocupada ainda para Brenda - Não me diz que você está…
Brenda ergue seu olhar para mim e apenas reprime os lábios em resposta
— Que merda - Murmurei, sem saber o que fazer
— Chegamos! - Harriet diz enquanto abria a porta para nós
Era um lugar enorme, o acampamento era aberto, com uma vegetação um pouco seca em volta. Mas era bonito, me lembrava até mesmo a Clareira, onde todos trabalhavam em seus devidos cargos, um pelos outros
— Planejam isso a mais de dois anos. Quem teve a ideia pra isso tudo nós nunca sabemos, nunca revelaram para nós. Porém, temos dois homens extremamente fortes no comando
Paramos em frente a uma cabana, onde de lá saiu um homem alto, realmente forte, com o cabelo um pouco cumprido e barba grande
— Vince! - Sonya diz
— Pensei que o braço direito fosse um tipo de exército - Minho comentou
— E éramos! - O homem grande diz - Isso é tudo que nos resta. Muita gente morreu para chegarmos aqui…Quem são eles?
— São imunes. Estavam subindo a montanha - Harriet respondeu
— Não aquela ali! - Uma voz diferente foi escutada atrás de Vince. Logo um homem que parecia um pouco mais novo, mas nem tanto, saiu de lá
Ele era loiro, com um topete na cabeça, forte, mas nem tão alto, olhos azuis e um sorriso convencido no rosto, acompanhado de covinhas
— Aquela ali eu reconheço de longe - Ele diz, caminhando na nossa direção e me encarando. Os olhares vieram na minha direção e eu rapidamente me encolhi com desconforto - Jenna, não é?
Eu balancei a cabeça concordando, mas ainda desconfiada
— Sou Luke, fundador do braço direito. Mas você deve me conhecer pela sua tia…
— Abigail - Meu olhar se levantou em esperança. E o loiro me olhou com um sorriso
Antes que outra palavra fosse dada escutamos um baque ao chão. Brenda tinha desmaiado
— Brenda! - Jorge chamou
— Brenda! - Eu me abaixei a chacoalhando para tentar acordá-la também, mas minhas mãos rapidamente voltaram a brilhar
Encaro as veias azuis que se destacavam entre o meu tom de pele, assustada e tentando entender
— O que é isso? - Vince veio na nossa direção e eu rapidamente escondi minhas mãos
Minho percebeu e então me puxou para perto dele. Porém acho que aquele homem não percebeu e começou a examinar Brenda para ver o que há de errado com ela. Quando percebeu, rapidamente se esquivou assustado
— Ela está infectada! Crank, tem um crank aqui! - Uma arma foi rapidamente voltada a direção dela
Thomas entrou rapidamente na frente da arma e eu pude ver Luke segurar o homem para que ele se acalmasse
— Escuta! Me escuta! - Thomas gritou ‐ Olha só acabou de acontecer. Ela não é perigosa ainda
— Não devia ter trazido ela pra cá! - Vince gritou
— Vince, se acalma! São só crianças - Luke o repreendeu, mas o desespero no peito do outro homem parecia maior
— Eu sei, eu.. - Thomas começou a dizer
— Se ela entrar, o refúgio já era! Se afaste! - Vince gritou em resposta
— Eu entendo, tá legal, só me escuta…
Thomas começou a dizer, mas o meu olhar foi para Brenda. Estava caída no chão, agonizando de dor e ninguém fazia nada
Me movi para ajudá-la, mas Minho me repreendeu e me segurou um pouco mais forte para continuar atrás dele
— Fique aí. Já estão com uma arma apontada na cabeça dela, se virem sua mão e apontarem uma pra sua, eu não sei o que sou capaz de fazer - Minho diz, sem olhar para mim. O que me fez engolir seco e esconder ainda mais minhas mãos
Quando volto meu olhar para a conversa, uma mulher aparece em meio aos outros. Ela tinha cabelos pretos e olhos azuis
— Ela está infectada, doutora. Não podemos fazer nada por ela - Vince respondeu a mulher ao seu lado
Mas ela olhou para Brenda e então olhou para mim e depois para Thomas. Quando olhou para mim ela parecia intrigada, e olhou para Luke como se mais tarde quisesse respostas. E quando olhou para Thomas seus olhos brilharam
— Não…mas ele pode - Ela sorriu - Oi, Thomas
— Que papo é esse agora? - Eu murmurei
— O que? - Vince indagou
— Você me conhece? - Thomas perguntou
— Interessante… - Ela disse pensativa, e então olhou para mim - Faz sentido que tenham posto você no labirinto. Jenna também, ninguém nunca controlava os planos de Abigail mesmo
Os olhares foram rapidamente para nós dois. Ela também me conhecia? Eu não me lembrava dela
— Mas tive medo que matassem você depois do que fez. Aliás, depois do que vocês dois fizeram - Ela novamente se referia a mim - Jenna sempre foi um pouco mais corajosa que você, e a tia dela tinha um plano que precisava que a mesma entrasse no labirinto. Mas era arriscado, eu falei isso pra ela, mas ela disse que tinha tudo sobre controle - Ela suspirou - Quando a própria Jenna pediu para entrar no Labirinto por conta de Minho, Abi não pensou duas vezes e a enviou no mês seguinte
Todos se encararam confusos enquanto a mulher analisava Brenda
— E você, Thomas. Quando viu o que Jenna fez, usou isso com um impulso de que você também poderia salvar os seus amigos, que você não aguentava mais ver sofrer, assim como Jenna estava se arriscando porque não aguentava mais ver Minho sofrer. A última vez que nos falamos, Abigail disse que um garotinho estava disposto a ajudar em seu plano, e então a ligação foi para você…e você começou a me dar coordenadas de cada complexo, experiência e laboratório do CRUEL
Os olhares foram para Thomas. O encaramos com um sorriso de orgulho. E o próprio garoto nos encarava também, mas completamente confuso
— Bom, levem-a para tenda - ela se refere a Brenda - Deem roupas limpas e quentes para eles - A mulher diz e então começaram a levar Brenda - É o mínimo que podemos fazer
Começam a nos encaminhar para onde iríamos ficar mas eu sou interrompida
— Hm hm! Você não, Jen! Pensa que eu não vi suas mãozinhas? - Luke disse com um sorriso enquanto balançava os dedinhos simbolizando minha mão - Vem comigo, eu disse pra Abi que a atualizaria sobre você. Pra ver se parte da fase do plano dela estava pronto
Encaro os outros como se esperasse alguma aprovação para ir ou não atrás daquele homem. Mas não obtive resposta, parece que eles deixaram que aquela escolha fosse só minha
E então, com o coração palpitando por curiosidade, eu decidi segui-lo até uma das tendas. Ela estava vazia, apenas com mesas cheias de instrumentos científicos, computadores, rádio e mais algumas coisas tecnológicos
Enquanto eu olhava em volta completamente curiosa, Luke começava a dizer
— Você sabe que a sua tia estava a muitos passos à frente do CRUEL, não é? — perguntou o loiro, fixando os olhos em mim. Eu assenti com a cabeça, curiosa para ouvir mais. - Você era o maior plano dela. Abi disse que faria você brilhar. Ela queria que você fosse a cura, para curar os necessitados. A pílula que você tomou, foi enviada pela Abigail
Eu sabia que não estava ficando louca. As pílulas que eram enviadas para a Clareira eram roxas, sempre foram, mas eu tinha tomado, após a caixa subir pela última vez, eu tinha certeza que eram azuis
— Foi aquela pílula que me deu o poder de controlar os verdugos? — indaguei, tentando juntar as peças do quebra-cabeça que parecia cada vez mais longe de estar completo. O loiro confirmou com um aceno. - Eu achei que podia controlar apenas os verdugos, mas por que minhas veias brilham quando chego perto de algum infectado pelo vírus?
Digo me referindo a Alby quando estava infectado na enfermaria, ao dia do Shopping e a Brenda. Em todos esses momentos, minhas mãos brilhavam mesmo longe dos verdugos
— Tecnicamente, não são apenas os infectados que possuem o Fulgor. Os Verdugos carregavam vestígios do vírus em suas caudas, onde picavam as pessoas. A diferença é que você não controlava diretamente os Verdugos, e sim o vírus Fulgor em si. A pílula te concede o poder de manipular o vírus em sua essência, não apenas os Verdugos. Suas veias ficam azuis devido ao seu sangue contaminado pelo vírus.
Agora uma parte significativa do quebra-cabeça estava lentamente se encaixando, revelando apenas um terço do mistério que me envolvia.
No entanto, uma inquietação crescente tomava conta de minha mente.
— E quanto às consequências de ter o vírus Fulgor em meu sangue? Isso pode me prejudicar de alguma forma? — questionei, um pouco apreensiva, com a minha voz carregada de incerteza.
—O poder que você possui é uma faca de dois gumes, Jenna. É preciso ter cuidado com quem confiar e como utilizar esse dom. Pois assim como ele tem o potencial de ser a salvação para muitos, também pode se tornar a ruína para outros. — Luke respondeu.
Diante da ambiguidade das palavras do loiro, senti um arrepio percorrer a minha espinha
—O que você quer dizer com isso? — mais uma pergunta. Eu já não estava gostando muito dessa situação. Já estou começando a ficar incomodada com todos esses segredos que me cercam.
Eu estou começando a perceber, essas respostas para esses segredos... Pode me levar para um caminho que nem imagino, um caminho perigoso. Uma sensação de inquietação começou a tomar conta do meu corpo.
—Bom, aparentemente, o plano está indo bem. Irei atualizar a Abi sobre você. — diz ele, mudando completamente de assunto. Isso me irritou um pouco. — Foi bom conversar com você, Jenna
Observei ele sair da tenda completamente confusa e até mesmo incrédula. Logo me direcionei até a porta dela, vendo o loiro saindo andando pelo acampamento
— Isso é sério?! Não quer me falar mais nada não?! - Eu disse mais alto por conta da distância
— Foi bom conversar com você, Jenna! - Ele diz sem parar de andar levantando uma das mãos em tchauzinho de maneira sarcástica, repetindo sua frase anterior
Bufo em frustração, começando a andar sem rumo pelo acampamento, eu não sabia onde meus amigos estavam, onde Brenda e Thomas estavam, e nem onde ninguém estava
Então o que me restava era ficar perambulando e pensando sobre o que Luke acabara de dizer. Não era muito, mas explicava muita coisa
— Ei, garotinha… - Uma voz feminina apareceu atrás de mim - Pode me ajudar com um desses baldes? Acabei de lavar essas roupas e são muitas! - Ela disse com gentileza, rindo ao final de sua frase
Seu sorriso era contagiante, o que me fez rir também. Ela parecia ser bem mais velha, mas ao mesmo tempo não tão velha, apenas uma adulta. Suas vestes eram compostas por uma saia fluida composta por alguns desenhos e sua blusa com um vermelho queimado. Seus cabelos cacheados eram esvoaçantes, o que dava um toque de personalidade a ela
— Mas é claro! - Eu disse então pegando um dos baldes, e fomos conversando até o varal. Eu me apresentei e ela também
Seu nome era Glinda, ela era uma mulher extremamente simpática
— Veio até aqui sozinha, Jenna? - Ela diz enquanto estendia uma das roupas
— Ah não, não! Eu vim aqui com os meus amigos e meu… - Pensei um pouco antes de dizer - Meu avô
Ela se virou para pegar mais algumas roupas e me olhou com um sorriso ao escutar a minha última fala
— Ah, então você tem família! Isso é mesmo ótimo, considerando a história dos adolescentes que chegam por aqui. Todos eles foram separados dos pais e familiares - Seu olhar se abaixou ao dizer isso, e então ela engoliu seco - Eu fui separada de um filho meu para o CRUEL - Ela deu um sorriso triste - Mas nunca o encontrei, mesmo depois de todos que o Braço direito resgatou…ele era bem novo, sabe?
Meu olhar se abaixou também, se tornando pensativo. E agora a encarando eu conseguia me lembrar exatamente de uma pessoa em específico
Com um sorriso desacreditado eu então decidi perguntar, mas também com receio de estar sendo muito invasiva
— Qual era o nome dele? - Perguntei a encarando com ansiedade pela resposta
— Chuck
Naquele exato momento meu corpo congelou completamente. Eu não sabia se eu começava a chorar e a abraçava ou se eu ficava feliz por ter achado a família de Chuck, assim como ele sempre sonhou
Mas tudo o que eu consegui fazer foi ficar com os olhos marejados em lágrimas ao me lembrar do garoto. E simplesmente procurar por algo em meus bolsos…o bonequinho dele
“ — O que está fazendo, baixinho? - Digo me sentando ao seu lado na grama
Reparando melhor em suas mãos eu vi uma espécie de bonequinho feito de madeira, era bem pequeno e não estava finalizado. Então Chuck parou o que estava fazendo e estendeu sua mão mostrando
— É muito bonito, Chuck. Acho que está pegando jeito pra coisa - Eu sorri enquanto o dava um empurrãozinho de leve tentando arrancar um sorriso do seu rosto e logo consigo “
“ Ao dizer isso, o garoto me escutou atentamente e deu um leve sorriso concordando. Mas ele não parecia muito convencido
— Se a gente tiver uma família lá fora, será que eles sentem nossa falta? - Ele lança outra pergunta “
— Tinha um garotinho no meu labirinto. Ele se parecia muito com você, cabelos cacheados, sardas… - A mulher levantou seu olhar e começou a me ouvir atentamente. Assim como Chuck fazia - Ele era extremamente gentil, engraçado, leal e companheiro
Peguei a mão da mulher e a entreguei o bonequinho que Chuck havia feito
— Chuck…fez isso com as próprias mãos, enquanto me perguntava e imaginava como seria a sua família fora do labirinto e se ela sentia falta dele - A esse ponto, lágrimas já ameaçavam rolar pelo rosto de Glinda, e foi só questão de segundos até a primeira escorrer - Agora eu tenho certeza de que a família dele sentia falta dele, e que ele seria muito amado
A mulher rapidamente me abraçou e se permitiu cair em lágrimas enquanto apertava aquele bonequinho em suas mãos como se nunca fosse soltar
Ela chorava tão sentida que me fez apertar o coração e retornar aquele dia…aquele momento. E então as lágrimas só vieram
— O que… - Ela enxugou um pouco as lágrimas tentando se recompor, mas era um pouco impossível - O que aconteceu com ele?
Eu balancei a cabeça negativamente, com um sorriso em meio às lágrimas
— Ele morreu como um heroi. Salvando um amigo com extrema bravura, coisa que jamais ninguém faria…Chuck fez, de coração
***
( notas da autora💙 )
MEO DEUS TÁ ACABANDO
O próximo capítulo é o último do segundo ato😭😭😭😭
Eita que tivemos um spoiler do que
a Jenna é...MAS ISSO NÃO É TUDO, o buraco fica ainda mais fundo😝
Queria agradecer a Duda ( staywolfnoir ) por me ajudar com a cena do Luke e da Jen, que eu estava simplesmente EMPACADA nessa cena, e a diva me ajudou MUITO🙏
Oq estão achando??
Amo vcss!<3
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