𝗖𝗮𝗽𝗶𝘁𝘂𝗹𝗼 16

❝ 𝗕𝗟𝗨𝗘 𝗧𝗘𝗔𝗥𝗦 ❞
▬▬ 15: Rádio
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Eu subia as escadas com um sorriso, mas com um pouco de receio. Newt estava no final da escada chacoalhando suas mãos com uma cara nada boa, para que subissemos mais rápido

Enquanto eu caminhava até o meio dos nossos amigos, eu percebi que meu punho estava fechado, completamente tenso. Então eu o abro e esticou meus dedos e depois os fecho novamente, repetindo o processo algumas vezes para afastar o nervosismo que eu não entendia o motivo de estar sentindo

Percebendo o meu nervosismo Minho rapidamente uni as nossas mãos e massageando ali como um carinho. Nossas mãos se juntaram como ímãs, eu não precisava olha-lo para saber que era ele. Mas mesmo assim eu agradecia por ser ele

Estávamos literalmente no meio de todos, o tal homem que eu não conseguia ver direito falava com Thomas. Ele parecia engraçado, o tempo todo brincando e falando gírias em espanhol

— Procuram fantasmas então. - O homem disse respondendo a algo que Thomas havia dito - Pergunta número dois - Ele se aproximou mais de nós - De onde vocês vem?

— Isso é assunto nosso - Minho disse com firmeza

O homem continuou em silêncio, eu continuava sem conseguir ver nada direito, mas vi alguns homens nos segurarem, como se estivessem nos ameaçando

Começamos a tentar nos desvencilhar dos braços daqueles homens e gritar para que ele nos largasse

— Me larga, seu velho nojento - Disse olhando o homem de cima abaixo. Rapidamente dando uma cotovelada no braço em que ele me segurava e logo em seguida um chute nas suas partes baixas. Ele rapidamente me soltou

Mas quando eu pude ver, aquela mesma garota que nos encontrou lá em baixo pegou Thomas pela cabeça e o abaixou, começando a escanear algo em seu pescoço

E aí eu finalmente pude ver a aparência do homem. Ele era velho, assim como sua voz aparentava ser

Quando ele me viu pela primeira vez, manteve seus olhos fixos em mim, paralisados, como se um filme passasse pela sua cabeça. Era exatamente isso que me faltava, estava sendo procurada pelo CRUEL e aquele homem pareceu acabar de achar um tesouro. Não estávamos seguros

— Adivinhou - A garota disse e enfim o homem para de olhar para mim e pega aquela máquina esquisita da mão da garota

— Do que ela tá falando? - Thomas perguntou

O homem soltou uma risada. Mas agora eu já não conseguia mais ver seu rosto direito

— Lamento, hermano. Parece que foram marcados. Vieram do CRUEL. Ou seja: Vocês são…valiosos de mais

Aqueles mesmos homens começaram a nos cercar. Thomas olhava desconfiado. Pude sentir Minho esticar seu braço e me colocar um pouco atrás dele

— Já sabem o que fazer com eles - O “Jorge” diz e assim os homens nos pegaram pelo braço e começaram a nos levar, mas dessa vez foi em vão lutar

— Esperem um pouco! - Jorge os interromperam antes que saíssemos completamente - Deixem a garota

Os meninos olharam pra mim, porém eu continuava com o olhar firme. Com medo de qualquer coisa que pudesse acontecer em seguida, mas tentando ao máximo não demonstrar

— Qual delas? Tem duas - Um homem careca alegou. E por um segundo eu esqueci que Teresa estava no nosso meio

— Aquela ali - Jorge apontou seu dedo para mim - Deixem ela aqui e mandem todos saírem da sala, de resto pode levar os hermanitos

Pude ver os garotos começarem a protestar e se debater para que não me levassem. Pude ouvir as suas vozes protestantes por um longo tempo, cada vez mais baixa, até eles se afastarem o suficiente para não serem mais escutados

Meu punho fechou, eu estava com muito medo. O rádio atrás dele não parava de falar e ele parecia curioso com a minha presença

A garota de cabelos curtos continuava na sala. Sentada em um sofá no cantinho da sala enquanto manuseava uma faca em seus dedos

— O que você quer? - Digo primeiro. Encomodada, obviamente

— Conversar - Ele abriu os braços - Sente-se - Ele apontou para um sofá perto dele e se moveu até a mesa de bebidas - Não vai me dizer seu nome? Acredito que você já saiba o meu

— Jenna - Respondo simplesmente e pude ver ele parar de rosquear a garrafa de bebidas e me olhar, mas rapidamente voltou a fazer o que estava fazendo

— Sabia que é muito falada no rádio, não é? O CRUEL te está te caçando como um diamante valioso, citaram até mesmo uma…tia sua - Ele riu negando com a cabeça - Aceita uma bebida…Jenna? - Ele levantou a garrafa para mim, mas eu engoli seco e continuei ali, parada - Ah, espera, você deve ser menor de idade ou algo do tipo, né? Quantos anos você tem?

Semicerrei meus olhos. Estranhando aquela conversa e seguindo com o olhar todos os movimentos do mais velho

— Hoje é meu aniversário de 18 - Disse e logo em seguida, mais reações estranhas. O homem ficou pensando por um tempo e a garota levantou o olhar para ele, como se eles estivessem pensado o mesmo

O que estava acontecendo aqui?

— E qual o nome dessa sua tia? - Ele diz e então leva um gole da bebida a boca

Engulo seco antes de dizer

— Abigail

Em um movimento rápido, Jorge olhou para a garota que estava no sofá e ela rapidamente pegou aquela mesma máquina que escaneou o pescoço de Thomas e começou a fazer o mesmo comigo

— Aí! O que você tá fazendo, garota?! - Disse e quando me levantei pude ver ela olhar um pouco desacreditada para aquela máquina

Jorge rapidamente pegou o objeto de suas mãos e o encarou por alguns segundos. Depois soltou uma risada desacreditada

— Alguém pode me explicar o que está acontecendo?! - Eu já estava cansada daquilo. Não sabia onde estava, quem eram essas pessoas, onde estavam meus amigos…nada! Eu estava vulnerável

O homem me encarou. Mas agora ele me encarava de um jeito diferente…com os olhos brilhando e com um pequeno sorriso nos lábios

— Abigail era o nome de uma das minhas filhas. E hoje…seria o aniversário da minha neta - Ele diz - Jenna era seu nome

Uma onda tomou conta de mim e memórias começam a ser disparadas na minha cabeça. Eu quando era bem pequenininha brincando com o meu avô

Aquele dia no nosso abrigo…vovô ouviu o CRUEL anunciar que poderia abrigar as crianças em meio ao caos e com o Fulgor se espalhando dia pós dia

Naquele mesmo dia, a minha tia, que trabalhava no CRUEL, e que não tínhamos notícias a bastante tempo desde que a pandemia global se agravava entrou em contato conosco por aquele mesmo rádio. Prometendo cuidar especialmente de mim

Nossa família ficou extremamente feliz, choraram, e eu que não entendia muita coisa, apenas me deixei levar. Mas agora eu entendo, sempre foi sobre mim, para a minha segurança, eles não sabiam o que o CRUEL iria fazer com aquelas crianças, e ter alguém da família assegurando que iria cuidar de mim e me manter longe desses monstros…Os asseguraram

Memórias e frases daquela mesma noite me atingiram. Agora elas faziam todo o sentido

“ Papai chorou quando te escutou no rádio. Quando soubemos que dentre as crianças que estavam sendo abrigadas você poderia cuidar da Jenna, todos ficaram extremamente felizes. A voz da minha mãe tremia com emoção. - Por favor, irmã. Cuide dela, e faça com que ela nunca passe por isso que estamos passando aqui fora.

Um silêncio pesado caiu sobre nós, quebrado apenas pelo som abafado de soluços. Eu podia sentir a dor e o amor nas lágrimas que elas derramavam, mesmo sem ver seus rostos.

Ela estará em boas mãos. Vou fazer com que ela saiba quem você foi pra ela e vou a fazer brilhar, acima de tudo, ela terá muito amor da minha parte. - A voz de Abigail era firme, uma promessa inquebrável “

Uma lágrima escorreu pelo meu rosto, de repente, a imagem daquele homem me era tão familiar. Me remetia a tantas memórias. Tanta nostalgia…tanta saudade

Uma coisa que eu achei que era basicamente impossível de acontecer estava bem a minha frente…família

Queria tanto dizer a Chuck que estávamos conseguindo

— Vô?... - Uma voz trêmula saiu pelos meus lábios

Jorge levantou seus braços e então movimentou a mão para que eu fosse até ele

Sem pensar duas vezes eu corri e rapidamente me grudei a ele. Minha cabeça se mantinha apoiada em seu peito e lágrimas rolavam sem parar pelos meus olhos. Eu não podia acreditar

Meu avô, por sua vez, não sabia exatamente o que fazer com o abraço. Mas rapidamente, me rodeou em seus braços e fez carinho no meu cabelo

Mas eu rapidamente me desfiz do abraço, com uma pergunta me rodeando

Morgan…a minha mãe

— Minha mãe. Onde ela está? Meu pai? Hm? - Eu disse com os olhos brilhando em emoção e expectativa

Mas todas elas foram quebradas e pisoteadas por apenas um olhar do meu avô

— Ela infelizmente…faleceu a alguns anos - Ele diz parecendo começar a se lembrar - Abigail sempre esteve a muitos passos à frente do que o CRUEL, sempre teve muitos planos, e sempre ia contra ao que eles mesmos faziam lá dentro. Por isso ela criou o braço direito…o que os seus amigos citaram. Com a ajuda de Luke, outro cientista do CRUEL, namorado dela. Mas acontece que Luke fugiu para botar os projetos em prática - Jorge explicou

— E porque eles nunca desconfiaram da minha tia? Sei que ela está nessa a anos, e inclusive me colocou no labirinto sem que ninguém soubesse - Eu disse, completamente confusa

— se lembra que eu disse que Abigail sempre esteve a muitos passos à frente do CRUEL? - Concordei - Pois então, ela é um faz tudo, um “braço direito” de Ava Page. A alguns anos ela criou um chip onde ela pode controlar a mente humana, controlar o que ela se lembra, o que ela vê…tudo

Meus olhos se arregalaram com o rumo que a conversa estava levando. Não imaginava nem um terço disso da minha tia

— Ela implantou isso fácil fácil nos hermanos mais poderosos do CRUEL, dizendo que era um teste pra imunidade ao Fulgor, e eles sempre tiveram ela como a sua princesinha então obviamente nem desconfiaram. E desde então tem todo o CRUEL na palma de suas mãos. Mas ela, claro, tem que fazer tudo com cautela, aos poucos, e com cuidado pois não sabe até onde ela tem controle e o quão seu plano vai funcionar

— Ela te atualiza sobre isso todos os anos, é? - Eu indaguei

— Quase todos. Ela parou no ano passado. Disse que a próxima fase de seu plano ia ser colocada em prática com você no próximo ano, lá dentro do labirinto mesmo, só que desde então eu não sei de mais nada, além, claro do que escuto o CRUEL dizer no rádio

Eu balanço a cabeça compreendendo

— Espera, você não falou como a minha mãe morreu - eu ergui meu olhar e ele abaixou o dele, engolindo seco

— Quando Luke fugiu para começar o braço direito, Morgan ficou sabendo pelo rádio, e se voluntariou para ajudar a causa. Mas por um pequeno deslize o CRUEL descobriu a localização deles e bombardeou o lugar - Vi uma lágrima escorrer pelo seu rosto - Sua mãe infelizmente não resistiu

Meus olhos se marejaram e meus dentes trincaram de ódio

— Tá dizendo que o motivo da minha mãe estar morta…foi o CRUEL? - Ele assentiu

Tudo de mim, foi tirado diversas vezes por conta desses merdas. Até quando isso iria durar?

— Tá legal - Ele se levantou de forma agitada - Hora do reencontro familiar acabou! Tenho que arrancar informações de seus amigos. Brenda, fica com ela! Não saiam daqui

Brenda, esse era seu nome

Jorge saiu da sala e eu rapidamente fui até a porta para tentar ver onde ele ia, que me levaria até o lugar onde meus amigos estavam

— Onde pensa que vai? - A voz atrás de mim surgiu

Olho para trás e Brenda me encarava curiosa enquanto continuava a brincar com sua faca nas mãos

— Preciso ver meus amigos. Saber se eles estão bem - Eu disse

— Sinto muito, mas ouviu o Jorge, ficará aqui desfrutando da minha humilde presença - Ela deu um sorriso e eu sorri também levantando as sobrancelhas

Ela parou de sorrir e começou a me analisar com curiosidade antes de dizer

— Quer falar sobre isso? Sei que nem nos conhecemos direito mas…Achou um familiar depois de anos sozinha, deve ser muita coisa pra processar

Franzi minhas sobrancelhas e deixando um sorriso escapar pelo meu rosto. Ela estava agindo como uma amiga…eu nunca tive uma amiga antes

— Realmente. Já aconteceu e ainda acontece tanta coisa comigo que eu simplesmente paro de tentar entender e só aceito. Não acho que esse seja o sentido certo de viver, mas…diante ao mundo em que estamos agora não temos muito direito de escolha

Ela concordou e então ficamos em silêncio por alguns segundos

— Curti o cinto - Ela diz apontando com a cabeça para o meu cinto que tinha algumas pedras pratas e azuis, bem sutis na verdade, mas ainda sim eram brilhantes e lindas

— Obrigada! Acredita que tentaram tirar de mim no “abrigo” em que estávamos? Lutei pelo contrário - Eu disse e apontei novamente para o cinto antes de dizer - Isso faz parte do look

Ela riu e começou a falar da luta que era pra permanecer com acessórios nesse cenário apocalíptico, e que antes amava andar com argolas por aí. Eu não conseguia disfarçar meu sorriso, era tão bom ter uma amiga menina pela qual eu podia simplesmente falar de coisas de garota sem simplesmente receber olhares duvidosos dos meninos que eu convivia

***

Longos minutos haviam se passado, eu Brenda havíamos conversado bastante, mas a garota ficou rapidamente distraída quando viu Jorge entrando na sala de modo muito apressado e começando a pegar e mexer em um monte de coisas

Ela foi até ele e pude ver os dois começarem a conversar. Ambos muito focados no que estavam fazendo

Era perfeito

Medindo meus passos eu consegui sair daquela sala. Mas agora precisava saber onde ela era. Sei de duas informações, uma que era para a direita e subia uma escada, pude ver e ouvir Jorge e aqueles caras gigantescos, fazendo o mesmo percurso

Então faço o caminho. Olhando para o lado o tempo todo com medo de alguém me ver ali. E rapidamente isso aconteceu

Vi aquele homem careca virar o corredor e se eu não escolhesse um dos dois caminhos de escada que estavam à minha frente ele ia me pegar e aí ferrou pro meu lado

Subo um pouco as escadas tentando fazer a minha escolha. E então eu só penso em uma coisa

— 1, 2, 3! - Digo alto, mas ao mesmo tempo me certificando de que não daria para o homem me escutar

Mas que droga. Cantem logo ou não vou salvar vocês, seus idiotas

— 1, 2, 3…Nós…- Eu disse novamente com esperança

Mas logo em seguida eu sorri vitoriosa com a resposta vinda de cima da escada a direita

— NÓS CLAREANOS REUNIDOS OUTRA VEZ! - O coro foi escutado

Com um sorriso vitorioso eu subia as escadas rapidamente e os encontrando amarrados pelos pés em cima de uma espécie de buraco que dava a alguns andares a baixo

— JENNA, MINHA NOSSA! - Thomas disse aliviado

— TIRE A GENTE DAQUI, JENNÃO! - Newt diz com os braços pro ar

Eu começo a ajudá-los, primeiro descendo um pouco mais a corda e os trazendo para o chão com um pedaço de madeira para que eles conseguissem se desamarrar. E assim foi um por um até que estivessem todos livres

Enquanto eu os ajudava eu era disparada por perguntas deles. Perguntando se eu estava bem, o que tinha acontecido lá e mais um monte. As suas vozes aos poucos me causaram dor de cabeça então disse apenas uma coisa que talvez causasse mais perguntas ainda, porém, responderia todas as suas anteriores

— Jorge é meu avô - Digo enquanto desamarrava uma das cordas

— O QUE?! - O coro foi escutado, e as perguntas só continuaram. Mas eu só ignorei até que eles parassem

Começamos a apressar o passo mas rapidamente escutamos um barulho alto de helicóptero e algumas luzes nos atingindo. Seguida de uma voz…Janson

— Pessoal, eu acho que fudeu - Minho diz olhando para cima

o CRUEL estava aqui

— Vamos, vamos! - Thomas disse começando a apertar o passo. Mas fomos barrados por aquele grandalhão careca nos apontando uma arma - Não queremos problemas. Só queremos sair

— É mesmo? Janson, peguei-os para você. Vou levá-los até aí. - Ele disse em seu walkie-talkie

— Ai que ódio - Eu murmurei enquanto o encarava

— Rápido, vamos! - Ele se aproximou com a arma. Porém, nós não nos mexemos - Eu disse vamos!

Ele gritou e então puxou o gatilho. Um barulho de tiro foi escutado, e eu me desesperei

Comecei a ficar estranhamente muito nervosa e tremer. Começando a olhar para todos os garotos, com medo de um deles estar sangrando

Eu já vi esse cenário antes, eu já estive nele. E acho que ele tinha me causado um trauma talvez incurável, uma dor tomou conta de mim, mesmo todos os garotos estando bem. Minha audição ficou embaçada e eu havia simplesmente paralisado

A cena de chorar por Gally caído morto na minha frente e depois olhar pra trás e Chuck também estar morto passava pela minha cabeça. E doía, doía muito

— Ei, Jen…tá tudo bem? - Só aí eu voltei para o mundo real. Minho estava parado na minha frente segurando meus ombros e os outros estavam um pouco mais afastados me olhando com preocupação…junto com a Brenda

— Está… - Eu cocei a garganta e forcei um sorriso - Está! Está tudo bem! Nós temos que ir - Comecei a caminhar até os outros, que ainda me olhavam desconfiados se eu estava realmente bem mas também correram

Começamos a correr por todo o local enquanto seguíamos a Brenda pelo local

Durante o percurso nós combinamos a escutar uma música tocando nas caixas de som espalhadas pelo local. Uma risada saiu pela minha boca

Acho que fazer coisas cômicas em momentos ruins estava no sangue

— Brenda! RÁPIDO! - Encontramos Jorge no fim de uma das escadas - Não temos tempo! Vamos, vamos! - Ele começou a chacoalhar as mãos para que fossemos mais rápido - Por aqui! - Ele abriu uma janela gigantesca com uma tirolesa que levava até um outro prédio

— Tá de brincadeira - Caçarola diz analisando o local com seus olhos arregalados

— Plano B, hermanos. Eu levo vocês até o braço direito, mas me devem uma - Jorge diz nos encarando com as sobrancelhas erguidas

Achei que teria o desconto de vovô e neta

Logo em seguida o mais velho puxou uma das cordas e se jogou pela tirolesa. Seguimos o olhar para ver se ele chegaria até o final sem cair

— VENHAM! NÃO TEMOS MUITO TEMPO HERMANITOS! - Ele gritou

Todos se encararam para ver quem ia amar seguida

— Minha vez! - Eu disse

— Hm hm, sem chances! Eu vou antes - Ele balançou a cabeça me barrando com o seu olhar super protetor e então desceu pela tirolesa

Logo em seguida eu fui, e depois vieram os outros até que todos estivessem do outro lado

Estávamos na varanda de um apartamento abandonado. Jorge sinalizou para que fossemos logo

— Espera! Thomas e Brenda não estão aqui - Eu disse e então pude ver o olhar dos meninos mudar para um sorrisinho. Eu queria rir mas tentei ignorar pois podia ser preocupante

Jorge olhou para o prédio por alguns segundos pensativo. Mas então escutamos barulhos de explosões vindas de lá de dentro

— Brenda aguenta as pontas! Vamos! - Ele diz e então começamos a segui-lo

Nós descemos o prédio pelas escadas e então paramos em frente a algo muito grande com um pano em cima. Eu não estava entendendo mais nada. Os barulhos de explosões da fábrica só aumentavam e Jorge não parecia preocupado

— Vamos! Me ajudem a puxar! - Jorge diz e então fomos ajudá-lo a tirar o pano. Logo revelando um ônibus todo acabado

— Sem ofensas, mas esse treco aí anda? - Perguntei enquanto encarava a lata velha

— Não por muito tempo! Por isso temos que ir rápido! - Jorge diz abrindo a porta. Sem pensar duas vezes nós começamos a subir, mas fomos interrompidos por um barulho muito alto de explosão

A fábrica tinha explodido. Estava coberta por chamas, todos ficamos em silêncio

— O Thomas, está lá! - Minho diz olhando para Jorge

— Temos que voltar! - Newt esbraveja enquanto olhava para Jorge

O mais velho se aproxima

— Eu disse que Brenda aguenta as pontas, não disse, hijo?! - Ele diz começando a nos empurrar para dentro do ônibus até que entrássemos completamente

— Posso dirigir? - Eu disse olhando e sorrindo para o meu avô no volante. Ele me encara por alguns segundos e depois ri

— Vai sonhando! - Ele diz negando com a cabeça e começando a andar com o ônibus

  Meu sorriso some e então começo a ir para fundo, onde meu amigos estavam

Me sento ao lado de Minho e em seguida vejo todos começaram a me encarar. Uma expressão confusa rapidamente tomou conta de mim

— O que que foi? - Pergunto

— Vai explicar essa história de avô ou não? - Newt diz e então eu os encaro vendo que todos esperavam uma resposta também

***
( notas da autora💙 )

ATUALIZEIIII!!!
Tinha gente me cobrando todo dia falando que tava quase tendo um treco. Vcs tem que ver essa ansiedade de vcs viu☝️

E eu falei no meu mural e mesmo assim veio gente me cobrar então eu vou falar DE NOVO. Eu sei que chegou muita gente nova e ainda não sabe mas eu NÃO gosto de ser cobrada, eu não sei se vcs sabem mas a minha vida não gira em torno desse aplicativo e eu tenho uma vida 😱😱😱 Eu tenho os pedidos da minha graphic pra fazer, uma família, amigos e estou de férias. Fora que tem gente que nem comenta durante os capítulos e só fica pedindo mais, eu escrevo pra ver as reações de vcs, então se querem demonstrar que querem mais é só comentar durante os capítulos

Oq estão achando??

Amo vcss! <3

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