𝗖𝗮𝗽𝗶𝘁𝘂𝗹𝗼 13

❝ 𝗕𝗟𝗨𝗘 𝗧𝗘𝗔𝗥𝗦 ❞
▬▬ 13: "Eu odeio você"
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Os olhares confusos se direcionaram a mim, e aos poucos eu me encolhia mais com as pessoas me encarando

Logo todos fomos interrompidos por uma voz achando por todo o salão, uma voz que agora me parecia um pouco familiar, era aquele homem

— Boa noite, senhores e senhoritas! - Ele inicia afirmando uma prancheta em suas mãos e com alguns guardas se posicionando à sua volta - Todos vocês sabem como é. Se for chamado, levante-se calmamente e junte-se aos meus colegas aqui atrás que o conduzirá para a ala leste. Sua nova vida já vai começar

— Alá leste - Eu repeti

— Se lembra de lá? - Newt me perguntou

— Não, não me vem nada em mente. Mas não me soa bem - Disse baixo para que apenas ele escutasse

“ Connor “

“ Evelyn “

“ Justin “

“ Peter “

“ Allison “

“ Geleia “

“ Franklin e…Anne “

Os nomes eram chamados e a cada pessoa que levantava fazia uma espécie de comemoração com a sua mesa. O que significa que eles estavam felizes em ser chamados

— Não desanimem. Se eu pudesse levar todos levaria, acreditem. Há sempre um amanhã. Sua vez chegará - Ele diz e então saiu daquele ambiente com um sorriso amarelo

— Aonde eles vão? - Minho perguntou

— Pra longe daqui - Aquele mesmo garoto, que eu ainda não sabia o nome, respondeu - Sortudos. Tipo uma fazenda, um lugar seguro. Só podem nos levar aos poucos

Eu ri vendo a cara deles o que fez todos me encararem confusos

— E vocês acreditam nisso? - Todos continuaram me encarando - Olha só, vocês podem não ter as suas memórias sobre esse mundo, mas eu tenho. E sei que não importa o que fizermos essa gente sempre vai estar a dois passos a frente se importando sempre com eles mesmos. Em um período apocalíptico no qual estamos vivendo não existe perda de oportunidade…existem poucas, quase míseras oportunidades que se você as perder…está morto. Então, agora tendo essa percepção, vocês acham mesmo que com esse bando de cientistas e esse bando de crianças imunes ao vírus…acham mesmo que eles vão querer simplesmente nos proteger e nos colocar em fazendinhas? Se repararem bem…somos ratos de laboratórios

Todos ficaram em silêncio, agora encarando a mesa, completamente pensativos

— Mas…posso estar errada, e vocês podem decidir simplesmente me ignorar - Dei um sorriso tentando amenizar o clima mas rapidamente desmanchei ao ver que não tinha funcionado

***

Fui obrigada a me separar dos garotos. Era estranho estar em um quarto com mais garotas. Acho que nunca tive isso na minha vida, acho que nunca tive uma amiga na verdade. E por isso, me sentia completamente deslocada enquanto as meninas conversavam naturalmente entre si e eu tinha medo de falar um “a”

Olhei em volta quando fui escovar os dentes, buscar coberta e soltar o meu cabelo. Mas em nenhum desses momentos eu vi a Teresa, e não acho que ela esteja em outro quarto porque também prestei bastante atenção nas filas para entrar em cada quarto

Teresa não estava dentre as meninas dos labirintos, então onde ela estava?

Enquanto as meninas conversavam eu enrolava para escovar os dentes. Eu não queria dormir agora, estava com medo

E então quando fui cuspir a pasta de dente na pia minhas pernas se estremeceram ao ouvir o meu nome

— Indivíduo A12, Jenna. Grupo A - Alguém disse e eu levantei minha cabeça rapidamente, assustada com aquilo

— Estou aqui - Disse enquanto enrolava todo o meu cabelo nos próprios dedos, como forma de distração ao nervosismo

Era uma mulher de pele negra, rabo de cavalo, blusa listrada preta e jaleco de cientista

— Me acompanhe por favor - Ela diz e eu êxito um pouco em cumprir, enquanto os olhares das meninas eram todos na minha direção

Enquanto eu a seguia eu sentia o frio na barriga me percorrer, minhas mãos soavam e eu sentia que nada de bom viria a partir de agora

Quando a mulher abre uma porta com seu cartão revela uma sala cheia de equipamentos, mas meu olhar só focou em três coisas, uma maca, um tanque de água…e a Teresa. Ela estava sentada em um banquinho no canto da sala, com um suéter grande e abraçando o próprio corpo

— O que está fazendo aqui? - Eu disse encarando a garota que rapidamente se levanta ao me ver

— Aí que bom ver um rosto conhecido! Estou aqui a um tempão, fizeram uns procedimentos padrão que fazem nas mulheres recém chegadas aqui - Ela sorriu - Me deram algumas instruções para eu ficar aqui e conversar com você caso fique com medo…igual eu fiquei - Ela sorriu e segurou minha mão

Aquilo estava estranho

— Jenna, vamos lá? - Aquela cientista me apontou para a maca e sorriu, Teresa massageou a minha mão e me deu um sorriso

— O que vão fazer comigo? - Pergunto vendo alguns cientistas entrarem na sala e começarem a se preparar

— Iremos prepará-la para o teste e depois partir para a parte prática, onde te colocamos no tanque e você fica lá o tanto que conseguir. Iremos medir seus batimentos em situações de desespero, já que no seu labirinto por algum motivo o CRUEL não tinha acesso a você, e quando pegamos informações dos sistema deles, logo nós também não tínhamos. Teresa acabou de passar pela mesma coisa, não é?

A garota de olhos azuis confirmou com um sorriso

— Ela conseguiu ficar por quase um minuto e meio debaixo d'gua, impressionante não é? - A enfermaria soltou uma risada e aos poucos foi me conduzindo para que eu me deitasse na maca

Sem muita escolha eu me deitei, o tempo todo olhando em volta

— Como posso confiar em vocês, toda a minha vida eu observei testes como esse acontecerem e nunca eram bons - Eu disse já deitada enquanto cientistas aos poucos vinham e colocavam coisas nos meus braços, peito e pernas

— Você só sente agonia por alguns minutos - Teresa se disse e se aproximou, olhou em volta ao ver que os cientistas se afastaram um pouco, distraídos preparando as próximas coisas que iam colocar em mim, e então disse - Vi sua tia conversando com aquele homem que nos apresentou a esse lugar. Acho que quando isso acabar poderá falar com ela

Eu dei um sorriso esperançosa mas isso rapidamente sumiu ao perceber o que ela acabará de dizer

— Teresa…primeiro que ninguém sabe a aparência da minha tia e segundo…A minha tia trabalha pro CRUEL, o que ela estaria fazendo aqui?! - Eu cerrei os dentes ao dizer e vi a expressão de Teresa mudar logo todos os cientistas começaram a se aproximar rapidamente e tudo o que eu ouvi antes de apagar foi um: cedem ela!

***

Senti meu corpo ser afundando, afundando em muita água

Eu me desesperei, me debati, bati contra o vidro mas de nada adiantava

Era desesperador, só consegui ouvir por último a máquina dos meus batimentos cardíacos batendo e depois fechei meus olhos novamente

***

Meus olhos se abriram novamente e eu estava em um lugar com a luz muito forte, estava respirando por uma máscara e consegui escutar:

— Você tem certeza disso? - Uma voz desconhecida masculina foi escutada

— Faça o que for necessário. Quando ela entrou no labirinto ela estava apaixonada, agora nós vamos fazer ela odiá-lo

Era Ava Paige

***
AUTORA POV

Jenna estava deitada na maca, os eletrodos presos à sua cabeça enviando pulsos de dor e confusão. As memórias estavam sendo manipuladas, distorcidas, e ela não conseguia distinguir o que era real do que era fabricado pelo CRUEL.

De repente, ela se viu de volta na Clareira. No dia em que eles estavam prestes a sair do labirinto mas Gally os interromperam. O garoto havia sido picado, estava desolado com o choro, e Jenna sentiu seu coração apertar

  Quando ela olhou para o lado Minho estava segurando firmemente sua lança e encarando Gally. Jenna percebeu, ele estava prestes a acertar o garoto

“Minho, pare!” Jenna gritou, mas sua voz parecia não alcançar os ouvidos dele.
Minho estava com os olhos cheios de fúria, e antes que Jenna pudesse intervir, ele atacou Gally com uma lança improvisada. O golpe foi rápido e mortal. Gally caiu no chão, seus olhos vidrados, sem vida.

“Não!” Jenna correu até o corpo de Gally, lágrimas escorrendo pelo rosto. Ela olhou para Minho, esperando ver arrependimento, mas tudo o que viu foi indiferença.

“Ele mereceu,” Minho disse friamente. “Ele era uma ameaça para todos nós.”
Jenna sentiu uma onda de ódio crescer dentro dela. Como Minho podia ser tão cruel? Gally era seu amigo, e Minho o matou sem hesitar. Ela se levantou, o coração pesado com a dor e a traição.

“Você é um monstro,” ela sussurrou, a voz cheia de ódio, e incrédula. “Eu nunca vou te perdoar por isso.”

Minho tentou se aproximar, mas Jenna recuou, o olhar dela queimando de raiva.

“Fique longe de mim, Minho. Eu te odeio.”

A memória começou a se desvanecer, mas o ódio permaneceu. Jenna abriu os olhos, de volta à sala do CRUEL, mas a dor e a raiva eram tão reais quanto naquela noite na Clareira

  As memórias boas com o Minho depois desse dia foram apagadas também. O CRUEL fez questão de cada parte boa e importante de Minho na mente de Jenna fosse eliminado, alterado ou distorcido

***
JENNA POV

alarmes eram acoados por toda a parte, logo a porta foi arrombada revelando meus amigos ali, com exceção de Minho. Minha expressão de esperança rapidamente mudou ao vê-lo, eu sentia gastura só de olhar para o mesmo

Pude ver Thomas rapidamente vir na minha direção, Teresa estava logo atrás dele. O mesmo entregou a arma para Minho e começou a me tirar dos fios que eu estava enrolada

— Você está bem? - Ele perguntou enquanto eu me levantava. Tudo acontecia de maneira afobada e rápida, os alarmes acoavam, guardas tentavam arrombar a porta, meus amigos faziam cientistas de refém e tentavam quebrar um vidro para que pudéssemos fugir

Quando o vidro foi quebrado todos foram pulando um por um e quando chegou a minha vez Minho pulou primeiro e estendeu a mão para mim

— Vem, eu te ajudo - Ele diz e eu engoli seco antes de dizer

— Eu consigo sozinha, obrigada!

Corremos em direção a primeira porta que vimos, Thomas atirou em alguns guardas no processo e duas coisas me chamaram a atenção. Minho não parava de conversar com newt e a todo momento olhar para mim e Teresa evitava ficar perto de mim e manter contato visual

Ela eu sabia que estava com medo. Eu já sabia que ela estava escondendo algo de nós e já peguei ela na mentira duas vezes, mais uma que ela deixar escapar eu descubro o que é

Já Minho falando sobre mim Eu não fazia a menor ideia do que era. E sinceramente? Eu não ligava. Ter que suportar a presença dele já era pesado demais pra mim

Enquanto corríamos eu via os guardas e aquele mesmo homem nos seguindo e correndo para nós alcançar

— ALGUÉM PODE ME EXPLICAR O QUE ESTÁ ACONTECENDO?! - Grito para que me escutassem

— É O CRUEL, AINDA É O CRUEL…NUNCA DEIXOU DE SER - Thomas grita em resposta

Olho para a Teresa que rapidamente engole seco

— É UM MOMENTO RUIM PRA DIZER QUE EU AVISEI?! - Digo e então paramos na porta no fim do corredor

Thomas tinha ficado um pouco atrás para atirar nos guardas e nós estávamos colados à porta tentando abri-la

— ESTÁ TRANCADA! - Newt diz desistindo é gritando para que o escutassem em meio a confusão

— Verdade, gênio? - ironizou Minho, os braços fortes cruzados e contraídos. - Não admira que seu nome seja uma homenagem a Isaac Newton... que incrível capacidade de raciocínio.

Newt não mordeu a isca. Talvez já tivesse aprendido a ignorar os comentários sarcásticos de Minho.

Mas eu revirei meus olhos profundamente e me intrometi, cansada daquilo

— Tenta você abrir então! Ao invés de ficar fazendo comentários bestas em uma situação assim

Minho piscou algumas vezes analisando o meu rosto. Como se não acreditasse no que eu acabará de dizer

— Tá falando do que, Jenna? - Ele inclinou sua cabeça levemente para o lado - Sei que fizeram alguma coisa com você naquele laboratório, somos amigos há um tempão e você vive rindo e concordando com meus comentários assim! - Minho diz com um pouco de exaustão na voz

— O PESSOAL! ESTAMOS COM UM PROBLEMINHA AQUI! ‐ Thomas gritou mas foi como se o ódio por Minho naquele momento abafasse o que ele dissera

— Você não é meu amigo. Nunca foi! - Eu disse com prontidão

Minho paralisou e me encarou negando com a cabeça antes de dizer

— Do que você está falando, Jenna? O que fizeram com você? Essa não é você!

— Deixa de ser egoísta, Minho. Essa sou eu, pelo menos desde que você matou meus melhores amigos - As palavras saíram doloridas ao me lembrar de Chuck e Gally naquela noite, mas se transformaram em ódio ao também me lembrar o culpado dessa dor

— PESSOAL!! - Mais alguém gritou e o caos a nossa volta continuava instaurado

— Do que você está falando?! - Minho repetiu a pergunta

— TÁ LEGAL, CASAL. ME DESCULPA ATRAPALHAR MAS PRECISAMOS IR AGORA! - Senti Newt pegar no nosso ombro e tentar nos guiar, mas Minho continuava me encarando esperando uma resposta

— Isso não importa! Só tenha a ciência que eu odeio você! - As palavras foram cuspidas da minha boca

Minho ficou ali, paralisado. Enquanto eu saia correndo para o lado de fora junto com os outros. Ele teria ficado se não fosse por Newt o puxando para fora

Logo em seguida veio Thomas, que por muita sorte não foi esmagado pela porta por ter que passar com ala a centímetros de distância do chão

Quando chegamos na última porta, a que realmente nos levaria ao mundo exterior, meu peito se encheu de esperança

Ela estava ali, aberta para mim, aberta para nós

Não quero cometer o mesmo erro em falar que estávamos livres porque pelo que eu já percebi, falar isso dá azar

***
( notas da autora💙 )

Bom, é isso, eu avisei.

( calma gente é fase, vai ficar tudo bem...eu acho)( calma gente é fase, vai ficar tudo bem...eu acho)

Não quero ver choro (eu chorei) e gente na moral MESMO eu não gosto de comentários chingando e ameaçando nem na brincadeira pq tenho trauma com isso em outras fanfics então se vc comentou vai lá apagar

Oq estão achando?

Amo vcs! <3

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