𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎/ 36 🐍

Eu não tive a mesma sorte que da outra vez... O ônibus foi embora logo em seguida que cheguei no ponto e mesmo gritando o motorista não parou o ônibus.

Xxx: Até que o ônibus podia parar para você né mocinha? -disse uma senhorinha.

― Concordo.

Xxx: Se atrasou?

― Sim, não foi de propósito.

Xxx: Ninguém se atrasa de propósito. -ela sorriu, erguendo um jornal que estava lendo antes de falar comigo- O portão do seu colégio deve já está se fechando...

― Pois é. -sorrio um pouco envergonhada.

Antes que eu pudesse dar uma explicação melhor, um carro vermelho parou por perto da gente e ele era muito familiar, ao ponto do vidro abaixar e eu reconhecer o moço loiro ao acenar para mim com a mão.

S' Lawrence: Ei, guria quer uma carona?

― Sensei?

Xxx: A senhorita conhece ele?

― Sensei, o que está fazendo aqui? -perguntei me aproximando do carro, mas olhei para senhorinha- Conheço sim.

Xxx: Ótimo... Pensei que fosse outra...

S' Lawrence: Tô passeando.

― E o Miguel?

S' Lawrence: Já deixei ele no colégio e pelo visto a senhorita está bastante atrasada hoje. Aconteceu algo?

― Nada demais, os problemas familiares são normais. -sorrio- Mas, o senhor ainda quer me dar uma carona? -acrescentei.

S' Lawrence: O senhor está no céu. -ele riu.

― Perdão.

S' Lawrence: Entra aí logo. -ele me deu ordem para que entrasse no carro- E não esqueça de colocar o cinto outra vez.

― Ok! -me sentei no banco e fiz tudo conforme o que ele pediu- Podemos ir!

E outra vez aqui estou dando um passeio no carro estiloso do Sensei Lawrence de cor vermelha, Miguel havia me dito o quanto ele amava esse carro. Porque será que o Sensei age tão legal comigo? Vixe...

Nós não conversamos muito na viagem, por isso cheguei no colégio sã e salva. Também fiquei admirando o portão que estava fechado, imaginando várias coisas.

S' Lawrence: A senhorita Stark está pensando em escalar o portão? -ele perguntou sendo irônico- Vai conseguir?

― Está tentando me matar é? Eu nem sei me defender direito, lembra? Ai meu Deus.

O Sensei sorriu e simplesmente o portão abriu-me dando espaço para entrar. Talvez eles me viram na câmera de segurança do portão... Ainda bem, eu não subi.

― Obrigada, Sensei! -digo após sair correndo em direção a entrada- Até...

Passei pelo corredor vazio em passos lentos e fui para minha sala, mas não vi ninguém presente nela, até perceber que o horário era de química. A minha cabeça começou a doer só de lembrar que chegar atrasado na aula dele era bem pior que escalar um simples portão... Droga!

― Estão todos estão contra mim! Justamente química hoje? -digo indo em direção ao laboratório de química- Calma.

Ao chegar no laboratório, dei três batidinhas na porta antes de dizer;

― Licença, posso entrar?

O professor Carlos deu uma simples pausa em sua explicação.

Prof: A senhorita está atrasada.

― Eu tive uns pequenos imprevistos... Eu posso entrar mesmo assim? -sorrio.

Prof: Pode, mas tem advertência depois da aula. -ele sorriu- Continuando com o assunto, o gás oxigênio é...

― Posso fazer par com você? -perguntei, próxima do Demetri que estava sozinho.

Demetri: Sim.

Mj: Caramba, você pegou advertência? -ela se aproximou do nosso balcão- Isso é o sinal do fim do mundo, Sn H. Stark!

― Deixa de ser dramática Michele Jones.

Mj: O quê foi que deu em você hoje?

Ned: Ela só chegou ainda mais atrasada.

― Deixem de fazer barulho... Não aconteceu nada demais e o que se importa de ser uma Stark e vou ganhar advertência? Não é o fim do mundo.

Por falta de experiência nós rimos juntos.

― Será que dá para vocês fazerem menos barulho? Hoje estão todos contra mim... A minha cabeça está doendo. Primeiro os meus pais e depois o ônibus que me deixou gritando... E se não fosse pelo Sensei Lawrence eu não teria chegado aqui! Aff isso está me consumindo...

Prof: Senhorita Stark, queira deixar a minha sala, por favor! Estamos em uma sala de aula, não estamos aqui para escutar seus desabafos, os seus problemas familiares.

― Perdão...

Prof: Queira deixar a minha sala, por favor, senhorita Stark! -ele apontou para a saída- E aproveite para tomar um pouco de água.

― Como eu disse, estão todos contra mim. -sair do laboratório com a cabeça erguida, e ao mesmo tempo irritada.

Eu sabia que um bom lanchinho no refeitório iria me acalmar facilmente, mas não imaginei que conversar sobre 'O Assunto' faria com que eu ficasse chateada de novo, e de novo.

Mj: É o quê? Você está dizendo que os seus pais estão contra você por causa do dojô? Nossa e você quebrou o seu próprio despertador? Que garota riquinha...

― É sério isso, Mj?

Mj: Eu sempre achei o senhor seu pai, um homem sério, sem ofensa minha mana. -ela sorriu, debochando- Já a sua mãe eu achei ela um anjinho, e estou incrédula sobre o que ela fez com você hoje.

― Michelle Jones!

Mj: Eita, ela me chamou pelo meu nome... Primeiro vamos falar sobre sua primeira advertência e de como isso não vai mostrar que você tem responsabilidade... É sem dojô pra você minha chapa.

― Mj, você não está me ajudando.

Mj: Perdão, como posso te ajudar?

― Poderia passar por mim na advertência? Eu não posso passar por isso e se minha mãe descobri, já era...

Mj: Perdão, mas eu não posso. Eles vão fazer uma chamada e se você não tiver lá, já era. Falo por experiência própria.

― Estou ferrada. -senti as lágrimas do desespero escorrerem pela bochecha.

Ned: Podemos sentar aí com vocês? -ele perguntou se aproximando juntamente com o Demetri com seus lanches.

Mj: Claro, ninguém tem os nomes escritos nas cadeiras -ela respondeu sendo irônica.

Demetri: Hahaha. -ele riu- Vocês conseguiram compreender aquele assunto de química? É muito maneiro com todas aquelas regras e fórmulas para responder as questões...

― Vai com calma aí, por favor! Eu não aguento escutar números na sala, imagina ter que escutar no refeitório meu amigo.

Demetri: Desculpa.

Ned: Sn, você está bem? -ele perguntou na mesma hora que o garoto aranha se aproximou- Oi Peter, onde estava?

Peter: Oi pessoal! -ele acenou- Eu estava...

― Mj, vamos sentar em outra mesa? Eu quero te contar uma coisinha muito importante. -digo olhando para o Peter.

Mj: Claro, vamos né?

Peter: Vocês já vão embora? -ele perguntou assim que sentou-se na mesma mesa- Eu posso me retirar se quiserem.

― O problema não é você, querido Peter. Nós só temos que resolver um negócio. -digo sem manter contato com ele- Mj?

Mj: Com licença, meninos...

E assim saímos em busca de uma mesa disponível e para nossa falta de sorte, as duas únicas cadeiras disponíveis eram bem próximas ao grupo do dojô Cobra Kai.

Mj: Têm certeza? -ela me olhou e eu afirmei para quê sentássemos na cadeira- Certo, agora me diga o que está acontecendo entre você e o Peter? Eu percebi o jeito que você olhou para ele... Não vai me dizer a verdade?

― Não aconteceu nada entre nós.

Mj: Precisa se sincera comigo, então por que foi que a gente saiu da mesa quando ele chegou? -ela me encarou seriamente.

― Não é nada, Mj, confia em mim. Eu só queria...

Mj: Por acaso ele disse que gosta de você? Então o Peter Park se declarou?

― Não, claro que não pelo amor de Deus! Mj ele não me disse isso e você sabe que eu não gosto dele, caramba, eu gosto...

Mj: Desculpa, Sn.

― Tudo bem. -sorrio- Relaxa tá bom?

Mj: Me desculpe, eu falei sem pensar, eu sinto muito...

― Ei, relaxa, não foi nada, ok? -sorrio, provocando ela- Eu já sabia que você gostava dele.

Mj: O QUÊ? EU NÃO GOSTO DELE!

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top