Capítulo 7
Abri a tampa de meu gloss passando ele sobre meus lábios, grudei um ao outro espalhando. Andei em direção ao meu espelho admirando meu reflexo, coloquei um vestido preto de gola alta com um decote, com um cinto de pérolas em minha cintura , e uma bota da Naked Wolf.
Peguei minha bolsa, e sai de meu quarto atravessando o longo corredor até às escadas, que levavam para o andar de baixo.
Assim que cheguei na sala, meu pai estava sentado em um sofá, atrás do sofá, os irmãos haitanis se encontravam com os bracos cruzados com expressões sérias, e do outro lado da sala Hajime, Sanzu e Hitto.
Até onde meu pai havia me contado, esses homens eram seus amigos de infância, e donos de empresas também.
Mas... Tenho certeza que ele esconde algo a mais.
Assim que me notaram, Sanzu se levantou junto com os outros dois.
—— Harleen, assim que chegarmos naquela boate não saia de perto de mim para nada, mas caso precise chame alguns desses homens para te acompanhar. Estamos entendidos? — ele se levantou com uma pequena caixa nas mãos. Assim que estava poucos centímetros de mim, me peguei surpresa por ele se ajoelhar em minha frente. — use isso caso seja necessário.
Ele abriu a caixa e retirou um coldre, e uma Glock 19 de dentro. Arqueei minhas sobrancelhas confusa, eu teria que usar aquilo? Ele não era apenas um homem "dono de empresas"?
Ele passou o coldre em minha coxa, e em seguida colocou a arma, se levantando em seguida. Ele sinalizou para Kakucho que veio em nossa direção rapidamente.
—— Sua bolsa, minha dama. — ele estendeu a mão, e eu entreguei para ele. — estarei aqui para tudo que precisar.
—— Certo.
A cada minuto aquilo estava mais estranho, vários homens estavam escoltando nós, eu nem sabia como me comportar. Além de que aquele coldre em minha perna estava me deixando desconfortável. Em nossa frente estava os haitanis, e logo atrás Sanzu e Kakucho. Eu ficava meio atrás de meu pai, tentando me esconder.
Uma coisa que eu só parei para prestar atenção agora, meu pai e todos esses homens tem a mesma tatuagem. Eu já tinha visto em meu pai, e no Sanzu, mais por eles serem amigos a anos pensei que fosse algo da adolescência deles sabe? E uns dias atrás pensei que os haitanis, Hajime e Kakucho, fossem apenas amigos de negócios.
Será que isso tem haver com o que eu acho que ele esconde? Por que eu tenho que ser tão lerda?
Subimos as escadas indo em direção a área VIP, sendo guiados por um segurança. O cheiro de droga, e bebidas alcoólicas adentrou as minhas narinas causando ânsia em mim. Dei um passo para trás sentindo Sanzu apoiar suas mãos em minha costa, olhei para ele notando seu olhar preocupado, eu ia avisar que estava bem quando meu pai me puxou.
—— Se quiser ir embora me avise! — ele passou os bracos em volta de meu pescoço, deixando um beijo no topo de minha cabeça.
—— Tá. — entramos em um lugar com inúmeras pessoas se entorpecendo.
Sentamos em um enorme sofá de couro com uma mesa no centro, e logo bebidas e gelos foram colocados em nossa frente. Cruzei minhas pernas sentindo um desconforto, talvez tivesse muito olhos focados em nós.
Sanzu foi em direção a uma mesa de sinuca com os haitanis, jogando uma quantia alta de dinheiro na mesa. Ele se posicionou fazendo a primeira jogada. O haitani mais velho olhou furioso para ele, e deu a volta na mesa fazendo a sua própria jogada.
Enquanto isso Sanzu tirou um saquinho de seu bolso, com pó braço dentro. Ele jogou tudo na mesa fazendo fileiras, e cheirou tudo. Esse lado dele eu não conhecia ainda.
—— Preciso ir ao toalete, pai! — ele virou assim que me ouviu, e sinalizou para Kakucho.
—— Ele vai te acompanhar! — disse, apenas.
O hitto se pois ao meu lado me guiando até o banheiro. Trombei contra algumas pessoas no caminho, mas nada que um pedido de desculpas não resolvia. Sentir um calafrio em meu corpo assim que entrei no meu corpo, mas não me importei.
Sai de dentro do toalete, encontrando Kakucho com uma expressão séria no rosto. Toquei nele tendo sua atenção em mim, e seguimos de volta para a área VIP.
Em frente ao meu pai, no outro sofá, havia vários homens sentados de costas para nós. Me escondi atrás do hitto, na falsa esperança de ter proteção. Nos aproximamos e meu pai me encarou, dando duas batidas no sofá.
Fui até ele me sentando ao seu lado.
Passei o olhar por todos, me assustando assim que vi ele ali entre eles. Ele me olhou com deboche, soltando uma gargalhada deixando até meu pai confuso.
—— Então você é uma putinha do Sano? Achei que você fosse uma garotinha indefesa, Arlequina. — Ele proferiu em meio a risada.
—— Ela é minha filha! — meu pai disse.
A surpresa tomou conta de Minami.
—— Ah... Bom, então ela deve ser pior que você, não? — ele se acomodou no sofá, esticando as pernas — então ela é uma da Bonten.
—— Bonten? — resmungo confusa — o que é isso pai?
—— Não é nada de seu interesse. — notei o desespero em suas palavras, e o encarei expressando minha confusão — Sanzu, leva a Harleen para casa.
—— Vem comigo, senhorita. — ele se pôs em minha frente. Até ele estava estranho, o que deu neles?
—— Não vão me contar o que está acontecendo? — me pus de pé passando meu olhar por todos ali. — o que são essas tatuagens? O que diabos é Bonten?
—— Uai, uma gangue. A maior do Japão, e seu pai é o líder — Minami diz, e eu sinto meu coração querer sair pela boca.
Agora eu entendo, o motivo da morte da mamãe.
—— Seu desgraçado.. — ouço o tal Ran murmurar.
Olhei para meu pai que me encarava com desespero e preocupação... Medo.
Saio dali sem olhar para trás, esbarrando nas pessoas. Me viro para pedir desculpas quando sinto meu corpo sendo empurrado.
—— Tá louca garota? Por que não olha por onde anda? — o homem vem para cima de mim, e eu o empurro de volta. — olha só, temos uma corajosa aqui! Você vai morrer por isso, garotinha.
Meus tímpanos ardem quando tiros são ouvidos, coloco minhas mãos em meu ouvido me agachando. Minha visão desfoca, enquanto ouço as balas bater contra algo de metal causando um barulho irritante.
Meu corpo bate contra algo duro, e eu olho com dificuldade avistando Minami. Ele tinha uma expressão séria no rosto apontando uma arma na direção daquele homem, em meio a uma poça de sangue no chão.
Meu pai estava parado com a arma na cabeça de um homem, e vários outros o cercavam com armas em direção a sua cabeça. Mas já estavam rendidos, pois Sanzu, os haitanis e os outros apontavam um fuzil na cabeça deles. Eu deveria me acalmar?
—— Achei a ratinha, Manjiro. Mas acho que você está com um problema aí, né? — Minami gargalha
—— Você terá a minha resposta, mas tire minha filha daqui. Agora. — ele profere com autoridade.
—— Pronto, virei babá agora.
Ele me coloca em seu ombro, me deixando envergonhada. Bato contra suas costas para ele me soltar mais só ouço sermões.
Logo estávamos dentro de seu carro, eu estava completamente irritada. Eu havia descobrido que meu pai era um gângster, e matava pessoas. É sério, que mesmo depois da mamãe ter morrido por uma gangue ele insiste em ser líder de uma?
Feliz páscoa, amores!
A merda vindo aí...
Votem e comentem.
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