Liam

Se passaram dois dias desde a discussão que eu Theo tivemos, eu preferi não falar com ele, não só com ele e com os meninos também não. Foi errado o que eles fizeram, e o que me deixa chateado é que em nenhum momento eles pararam pra pensar que eu poderia me envolver, talvez eu tenha culpa nisso, talvez eu tenha culpa por ter me envolvido tanto.

— Eu acho que você deveria ouvi-lo — Nolan dizia enquanto íamos até o campo. Eu e o Nolan estamos bem próximos nesses dias, ele tem me ajudado com esse lance todo sobre o Theo, ele está me ouvindo e até me aconselhando — Por mais que ele seja um idiota, ele parece estar arrependido também

— É estranho pra mim, eu estou sentindo coisas que eu jamais pensei sentir, ainda mais pelo Theo — confesso

— Ele fez besteira, mas ele tem o direito de se explicar, de se redimir pelo que fez. Dá uma chance, Liam — meu amigo diz. O Nolan não foi com a cara do Theo, mas mesmo assim ele disse que eu deveria dar uma chance porque ele pareceu sincero

Assim que entramos no campo, atrás de nós aparece, Scott, Isaac e Brett. Eles passam por mim e ao contrário dos outros dias, não se aproximaram e tentam conversar, talvez tenham finalmente entendido que eu não quero falar com eles. Continuo andando com o Nolan, até que sinto alguém esbarrar em mim, olho pra trás e vejo Theo e Stiles

— Foi mal — Stiles diz se afastando. Por um segundo meu olhar se encontra com o do Theo e minhas pernas se enfraquecem quando ele dá aquele maldito sorriso de canto

Me recomponho e o treinador nos manda fazer dois times, Theo, Nolan e Brett ficaram no time oposto. Já Scott, Isaac e Stiles ficaram no meu time. Ouvimos o apito e jogo começou, Isaac saiu correndo com a bola enquanto Stiles tentava parar os jogadores que vinham pra cima dele, o Stiles é horrível!

— Stilinski! — seu nome foi ouvido logo depois de um som ensurdecedor de apito — O que você está fazendo, filho? — o treinador gritou irritado, como sempre

— Jogando lacrosse — respondeu Stiles ofegante — o treinador negou com a cabeça e apitou novamente

Estava tudo bem, até Theo começar a me empurrar, ok, isso é normal pra um jogo de lacrosse, mas acho que te derrubar no chão três vezes seguidas é muita coincidência. Já não aguentando mais essa palhaçada, quando ele estava com a bola, eu corri ao seu encontro e o empurrei com toda a minha força, pegando a bola e marcando

— Boa, Dunbar! — o treinador comemorou, enquanto Theo rolava de dor no chão

(...)

O jogo terminou e o nosso time ganhou, o Theo saiu do campo mancando e eu com um sorriso no rosto, ele mereceu! Entramos no vestiário e logo peguei minhas coisas para ir pro chuveiro, entrei em uma cabine e tirei minha roupa, liguei a água e deixei ela escorrer pelo meu corpo

De repente ficou tudo silencioso, estranhei mas decidi ignorar e continuar o que estava fazendo. Estava terminando de limpar o meu corpo até que me assustei quando algo gelado me tocou, abri meus olhos rapidamente e vi Theo em minha frente, ai meu Deus, ele está completamente... Nu.

— T-Theo?... O que tá fazendo aqui? — perguntei vendo ele se aproximar ainda mais e abraçar minha cintura

— O que eu deveria ter feito a muito tempo — ele levou uma mão em meu rosto — Provando que eu te amo — o mais alto atacou meus lábios e no início fiquei sem reação mas logo cedi

Sua mão acaricia meu rosto e a outra aperta a minha cintura, levei minhas mãos em sua nuca, puxando os fios de cabelo que haviam ali. Nossas línguas em perfeito sincronia em um beijo calmo, necessário e cheio de saudade, assim que o ar se fez necessário nos afastamos devagar e pude vê-lo abrindo seus lindos olhos verdes

— Liam, me desculpa. Você tinha razão, eu fui um idiota, um burro, um inconsequente e fiz tudo errado, eu não deveria ter aceitado aquela aposta e- — o interrompi

— Cala a boca e me beija, Theodore — ele sorriu e colou nossos lábios, dessa vez em um beijo quente e intenso

Desci minhas mãos pelo seu peitoral mas separei um beijo quando ouvi um barulho

— Você ouviu isso? Acho que tem alguém aqui

— Relaxa, eu cuidei disso — ele se aproximou novamente mas afastei

— E se for o treinador? Se nos pegarem aqui assim stamos ferrados — digo receoso

— Fica tranquilo, baixinho. Os meninos estão lá fora pra garantir que isso não aconteça — o mesmo falou depositando beijos em meu pescoço

— Você planejou tudo só pra se aproveitar de mim enquanto tomo meu banho? — Theo sorriu sobre a curva do meu pescoço e senti um arrepio bom

— Você que começou com isso de invadir o banho dos outros — suas mãos deslizaram pelo meu corpo e pararam em minha bunda — Só estou fazen- — em um movimento rápido troquei nossas posições eu o coloquei contra a parede

— Você fala demais — sorri e juntei nossos lábios mais uma vez

Theo passou suas mãos por minha cintura e desceu até minha bunda, apertando o local com vontade e me fazendo arfar. Ele foi sim um imbecil comigo, eu deveria me afastar e deixar ele aqui de pau duro como sempre aconteceu, mas dessa vez eu quero, eu quero ficar e ver aonde isso vai dar

Seus beijos desceram até meu pescoço e suas mãos permaneciam em minha bunda, entre beijos, mordidas e chupões ele sussurrou ainda na curva do meu pescoço

— Você é gostoso pra caralho, Dunbar — senti sua mão agarrar meu membro excitado e soltei um gemido pela sensação boa

Ele fazia movimentos de vai e vem devagar me deixando com mais tesão, seus movimentos foram aumentando e então agarrei seu membro, quero dar prazer a ele também. Nossas mãos se movimentavam no mesmo ritmo, enquanto pelo banheiro só se era ouvido o barulho da água caindo e nossos gemidos sincronizados

Theo retirou a mão de meu membro e levou dois dedos até minha boca, acomodei os dois ali e o chupei, sentindo meu próprio gosto enquanto Theo me encarava mordendo seus lábios. Eu já achava ele um gato, agora o vendo com os cabelos molhados e alguns fios grudados na testa, bochecha levemente rosada e lábios avermelhados pela mordida a alguns segundos atrás, porra, Theodore Raeken é um Deus.

Ele retirou os dedos da minha boca e me puxou pra mais perto juntando os nossos lábios. Pude sentir seu dedo pressionar minha entrada e separei nossos lábios por um gemido necessitado, não é a minha primeira vez, mas no começo a dói pra caralho. Logo outro dedo foi introduzido e ele começou a fazer movimentos, enquanto eu segurava firmemente em seus braços e mordia os lábios para não gemer, tentativa falha.

Delicadamente ele me virou contra a parede gelada, senti sua respiração em minha nuca e uma mão segurar minha cintura, sua glande foi deslizando pra dentro de mim e a sensação é gostosa, mas dói.

— Se você quiser eu pa- — o interrompi

— Caralho, Raeken, vai logo — mandei e senti ele penetrar de uma vez e um gemido alto foi ouvido

A dor foi se transformando em prazer quando ele começou a se movimentar dentro de mim, sua outra mão agarrou minha cintura

— Porra Liam — Theo gemeu em meu ouvido, me deixando ainda mais excitado

Ele estocava com vontade, fazendo movimentos rápidos e fundos, minhas mãos se apoiaram na parede do banheiro enquanto Theo aumentava os movimentos, ele acertou minha próstata uma, duas, três vezes até que eu gozei. Ele estocou mais uma vez e gozou em meu interior, soltando um gemido abafado pelo meu pescoço.

— Porra — digo ofegante enquanto ele sai de dentro de mim

— Eu te machuquei? — perguntou preocupado enquanto me virava de frente para ele

— Não — ele me deu um selinho — Foi incrível — ele sorriu — Agora precisamos de um banho de verdade — sorrimos e o mais alto concordou

Depois do nosso banho com algumas mãos bobas e vários beijos, nós nos secamos e nos vestimos, pude ver que Theo ainda manca um pouco

— Você não foi pra enfermaria? — pergunto meio sem jeito, até porque foi eu que fiz isso com ele

— Não, mas não foi nada grave — ele disse se sentando para calçar seu tênis — Nós ainda precisamos conversar — ele me olhou

— Precisamos... — falei ajeitando um pouco meu cabelo rebelde

O celular dele toca, ele rapidamente pega o mesmo e sua feição alegre muda para apreensivo. Ele atende e depois de uma pequena conversa desliga

— Nós podemos conversar na minha casa? Minha mãe ligou e disse que vai precisar resolver uma coisa no trabalho, preciso ficar com a Lisa — perguntou se levantando e assenti

Nós saímos do vestiário e Scott e Isaac estavam lá fora, no corredor vazio encostados na parede e com uma cara de tédio. Os dois nos lançaram sorrisinhos maliciosos assim que nos viram e dei um soco no braço do Isaac que resmungou, Theo agradeceu por eles terem ficado "cuidando" da entrada, já que eles não encontraram a chave da porta do vestiário. Nós quatro andamos até a saída e me deu um friozinho na barriga de lembrar o que Theo me disse mais cedo, ele disse que me ama.