3. The flame

"Com o crime e o terror dominando constantemente as ruas, a única pergunta que resta a nós mesmos é: algum dia estaremos livres da família criminosa Holland?"
- S/n S/s

Thomas leu as palavras impressas no verso com os dentes cerrados e o maxilar apertado. Aquele havia sido o terceiro relatório no mesmo mês que aquele jornal escreveu sobre ele e sua máfia, e com tanta atenção dos olhos do público, da polícia e do FBI, era muito arriscado para seu negócio se mover discretamente, mesmo com todos os olhos secretos e espiões dentro das forças do governo.

Tom estava aborrecido porque seu negócio de família mafiosa geracional estava sendo impedido aos poucos por uma repórter com uma atitude arrogante e intrometida.

Embora Tom tivesse reunido todas as informações e fotos sobre aquela mulher e muitas vezes fizesse seus homens segui-la para que ela chegasse em casa em segurança à noite, ele não podia deixar de sentir uma atração furiosa por ela.

É claro que a ideia daquela mulher escrevendo sobre ele e abrindo a boca para espalhar notícias fazia seu sangue ferver, mas a pele macia e delicada e os olhos gentis que só ela tinha faziam seu coração bater forte, sem falar em como ela ficava maravilhosa em seus vestidos de gala e trajes de escritório.

Os pensamentos de Tom estavam à deriva na ideia de assistir S/n naquela noite na gala, ele sabia que sem dúvida ela estaria lá, tentando se intrometer em mais fofocas e dramas entre as famílias criminosas de Londres. E, sem dúvida, ela estaria usando um de seus infames vestidos vermelhos que abraçavam a sua figura perfeita.

— Ei, cara! Apresse-se, a limusine chegou. — disse Harrison, abrindo a porta apenas para sair logo depois.

Tom soltou um breve suspiro, dando uma última baforada no cigarro acinzentado e colocando uma bala de menta na boca antes de deixar o seu escritório marrom-escuro para se juntar a seu melhor amigo no longo e lustroso veículo preto.

— Ela vai estar lá? — Tom perguntou, ou grunhiu na direção de Harrison, deixando o loiro rir em resposta.

A afeição que Tom tinha por S/n era insanamente profunda, mesmo que as palavras que ela escreveu tenham causado muitos problemas.

— Por que você simplesmente não admite que está apaixonado por ela, mate? — Harrison riu de novo, observando as luzes da cidade passarem pela janela, bebendo da taça alta de champanhe.

— Porque eu não estou, seu idiota de merda. — Tom respondeu de uma forma bastante rude, mas a explosão dele só fez Harrison rir mais ainda para si mesmo, enquanto eles dirigiam o resto do caminho para a gala em silêncio.

***

Lá estava S/n, parada bem no centro do salão de baile, todos os olhos e luzes aparentemente focados ao seu redor. Ela ria com um grupo de homens e mulheres conversando enquanto sua mão segurava com força as bolhas líquidas através de seu copo de vidro.

Durante a conversa monótona, os olhos dela vagavam continuamente pela sala, procurando por histórias ou pessoas dramáticas para escrever o enredo da próxima semana, e quando ela encontrou o homem que queria, não pôde evitar o sorriso malicioso que surgiu em seus lábios pintados por um batom vermelho, enquanto ela engolia o último gole restante do recipiente em sua mão.

Os olhos de Tom estavam focados nela enquanto ambos se observavam do outro lado da sala. O seu vestido vermelho de alças afastadas o suficiente para mostrar uma parte considerável de seu peito, com um decote cruzado nas costas, flutuava em torno das coxas dela, a iluminação fazendo seu cabelo brilhar contra sua pele e a maquiagem suave fazendo seus olhos gritarem por Tom, quase tendo que controlar os seus movimentos enquanto ela o encarava de cima a baixo.

Não demorou muito para que Tom chegasse até S/n na pista de dança, os dois corações sentindo as batidas dos corações aumentarem a cada segundo que passava, os olhos fixos um no outro e os dedos dela tremendo na expectativa de tocá-lo.

A ideia do infame tosco e durão Tom Holland a segurando gentilmente e batendo contra ela apaixonadamente a noite toda deixou sua cabeça tonta e seu estômago revirado de excitação.

No entanto, toda a sua força de trabalho e operação contra a família criminosa Holland seriam destruídos se o fizesse, assim como sua matéria profissional e reputação. Mas quanto mais perto Tom chegava dela, mais o seu profissionalismo voava pela janela.

— Senhorita S/s. — Tom cumprimentou-a com a sua voz baixa e gentil.

E ela não tinha certeza se era o salto ou o efeito dele nela, mas seus joelhos quase tropeçaram e cederam ao seu peso assim que ouviu a voz dele.

— Holland. — ela cumprimentou de volta, tentando manter um rosto severo e uma atitude enquanto ele estava parado bem perto dela. — Como está indo o comércio ilegal de munição de armas com a Grécia? — sorriu, ficando sob a posse dele facilmente quando viu sua mandíbula cerrar.

— Estaria tudo bem se você mantivesse seu nariz fora dos meus negócios, querida. — As palavras saíram de sua boca como veneno, e um toque de tristeza podia ser visto nos olhos dela se ele olhasse de perto o suficiente, o que Tom fez.

— Acho que você esqueceu que é meu trabalho, querido. — ela respondeu, suspirando e começando a se virar para ir embora, mas Tom estendeu a mão para o braço dela, puxando S/n para perto dele, envolvendo os braços em volta da sua cintura, com um enorme sorriso arrogante estampado em seu rosto.

— Dance comigo. — ele exigiu, fazendo S/n revirar os olhos, mas mesmo assim obedeceu ao seu desejo.

Os dois ficaram juntos em silêncio por um tempo. Uma das mãos dela apoiada no ombro dele, e a outra descansando no peito dele, enquanto ele permanecia na parte inferior de suas costas, tocando sua pele nua de baixo para cima. Ele estava adorando o facto de poder aproveitar que o vestido dela ser decotado nas costas.

S/n tentou evitar o olhar dele, se ocupando vasculhando a sala, notando os homens de Tom espalhados pelos arredores, bloqueando convenientemente as saídas, mas o olhar dele atraiu-a de uma forma sedutora.

— Você está corando, sabe disso? — Tom afirmou lentamente, sua voz sensual mais uma vez afetando o corpo dela.

Ela já havia sentido o calor em suas bochechas subir assim que apanhou Tom olhando para ela, mas agora que ela estava perto dele e tocando em seu corpo, todo o seu rosto acabou por queimar completamente.

— Está apenas quente aqui, não se iluda. — S/n zombou, ela estava construindo uma barreira, protegendo-se de parecer frágil e fraca diante da aparência durona e criminosa na sua frente.

— Oh, darling. — Tom se inclinou, seu rosto perto do dela, seu hálito quente e mentolado contra a pele de S/n enquanto arrepios subiam à superfície de sua pele. — Você está arrebatadora pra caralho.

O comentário a deixou atordoada, pois ela virou a cabeça para evitar o beijo dele, capturando os olhos do melhor amigo de Tom, Harrison, que estava de pé, os observando com um sorriso, fazendo S/n se sentir mais consciente sobre a proximidade entre ela e Tom.

A mulher não respondeu a ele e, em vez disso, cravou suas unhas pontiagudas no peito dele, fazendo-o afrouxar o aperto enquanto ela se afastava rapidamente, correndo para o banheiro antes que pudesse explodir.

Correndo pela porta branca para o banheiro de mármore escuro imaculado, S/n apertou a mão no peito, desejando poder resolver a coceira que sentia no fundo do peito. Ela tirou o celular debaixo do peito, ligando para o sua melhor amiga e colega de trabalho.

— Porra, me ajude, Kriss. Estou em uma merda complicada aqui. — ela falou antes que sua amiga pudesse responder.

Ela sabia que havia corrido um grande risco. Cada evento desde que ela esbarrou em Tom foi um risco. Bem, não a dança, mas o frio na barriga, a tontura e as dores de cabeça que ele lhe deu. Era um compromisso perigoso se apaixonar pelo homem que você jurou a si mesma destruir. A ironia estava rindo na cara dela, que estava cega pelas suas palavras duras.

— Ah... Tom Holland, não é? Eu te disse, você só precisa foder, tirar toda essa energia reprimida do seu sistema e depois escrever sobre como ele foi uma merda na cama. — respondeu Kriss, mastigando um pacote de crips através da linha.

S/n revirou os olhos mais uma vez, não importava o quanto ela negasse querer dormir com Tom, ela sabia que Kriss estava certa, ele era como um vírus, um vírus que a havia infetado.

— Ugh, mesmo se eu quisesse transar com ele, o que não sei, arruinaria minha escrita, eu seria muito tendenciosa. — S/n respondeu, olhando para suas bochechas coradas no espelho.

Caramba.

— Você já não é tendenciosa? — Kriss comentou pelo telefone, enchendo a sala de silêncio porque S/n não sabia como responder. — De qualquer forma, aposto que ele é um assassino na cama, se você não se atirar, eu vou. — ela desviou o assunto, fazendo S/n se encolher internamente, mas rir.

Ela soltou um suspiro profundo, olhando para suas unhas, pintadas de vermelho escuro.

— Ele parece o tipo que te domina totalmente na cama, é verdade, mas... — S/n foi rapidamente interrompida por uma mão segurando o telefone atrás dela, fazendo a garota gritar antes de outra mão envolver sua boca, impedindo-a de o fazer.

Os olhos dela se arregalaram quando encontraram o reflexo de Tom no espelho, e mesmo que seus olhos tenham caído em compreensão, seu corpo ainda estava tenso.

A mão de Tom relaxou contra a mão dela, pousada sobre a dele, que se encontrava ainda cobrindo os lábios dela. Então ele largou o telefone com força no balcão de mármore e usou as mãos, agora livres, para tocar na sua cintura, fazendo movimentos com suas mãos de cima para baixo.

Ele estava ciente do efeito que causava nela, pois podia ver a sua reação claramente no espelho, bem como sentir os seus músculos tensos sob as palmas das mãos dele.

— Você teria muita sorte em descobrir, darling. — Tom sussurrou em seu ouvido, afastando o cabelo solto do pescoço dela, expondo a pele fresca aos lábios que roçavam contra ela.

Sua respiração era áspera e pesada, e ela quase desmaiou quando a boca dele começou a sugar a pele dela com força, seus olhos se fechando e a cabeça caindo para trás para permitir um acesso mais fácil.

— Tom... — o nome dele saiu de seus lábios, fazendo com que ele apertasse a cintura dela e seu corpo se esfregasse contra o seu lentamente.

Os dois gemeram em resposta, o eco de luz ao seu redor, deixando-a ciente de sua situação, S/n estava permitindo que ele fizesse isso com ela, mas porque era bom demais para parar.

— Tom... E-eu não posso fazer isso. — S/n sussurrou, sua cabeça e seu coração lutando um contra o outro, não querendo que o momento parasse.

— Sim, você pode, S/n. — murmurou ele entre irresistíveis beijos e chupões, e o som de Tom sussurrando o nome dela de forma tão explícita e sensual fez seus joelhos fraquejarem e seu coração palpitar.

— O meu trabalho...

— Desista. Fique comigo, você pode começar a porra do seu próprio negócio, eu faço qualquer coisa por você. — Tom garantiu, continuando seu ataque em seu pescoço enquanto os olhos dela se arregalavam.

S/n então empurrou sua bunda para trás, empurrando-o para trás, permitindo que ela se virasse para encará-lo, empurrando sua mão para o peito dele e empurrando-o ainda mais.

— Eu não preciso de você para resolver minha vida, saiba disso. — ela cuspiu, furiosa, mas ainda carente ao mesmo tempo, seu corpo ansiando pelo contato quente de Tom, que anteriormente a alimentou.

— Claro que não, querida. — ele disse, pegando os pulsos dela em suas mãos e a segurando contra o balcão do banheiro para evitar que ela batesse ou o empurrasse novamente. — Mas eu posso te oferecer sua própria empresa, seu próprio jornal, a porra do mundo se você estiver comigo, S/n. — Tom se aproximou, seu corpo contra o dela, causando uma reação catastrófica em sua barriga.

— Vou pensar sobre isso. — S/n disse olhando para ele de cima abaixo com um olhar julgador, escondendo todo o desejo que sentia por ele.

Ela odiou dar a ele o controle, especialmente quando se tratou do seu trabalho, mas ter seu próprio negócio significava administrar seu negócio e não ser controlado por segmentos forçados, prazos ou tópicos sobre os quais você nem queria escrever, e você sempre pode comprá-lo de Tom quando quiser.

— Tudo bem por mim. Mas enquanto você tem seu tempo para pensar, deixe-me beijar você. — Tom exigiu, inclinando-se novamente para capturar seus lábios juntos em um beijo febril.

Fogos de artifício explodiram em seu estômago enquanto ela ficava carente e desesperada por seu toque, e ela se moveu mais forte contra ele. Sua perna contornando a cintura dele, ela sentiu a mão áspera de Tom precorrer sua pele até chegar à parte inferior da sua coxa, aberta para ele, deixando seu toque entrar em erupção em sua pele nua, seus lábios contra os dela, a fricção lhe dando muito, mas não o suficiente, ela precisava de mais.

S/n apalpou o peito dele, tirando o paletó e correndo as mãos para desabotoar os botões antes que as mãos dele pegassem as suas.

— Diga primeiro. — disse ele, encarando ela seriamente numa tentativa de esconder toda a sua excitação.

O medo de que ela fugisse depois de eles transarem era mais forte do que qualquer excitação que ela podesse lhe causar, que, no caso, era muita.

— Eu vou ficar com você. — ela suspirou, sabendo muito bem que havia acabado de entregar a vida a ele.

Mas S/n não se importava, ela sabia que tinha um forte sentimento por ele, tal como ele tinha por ela, e estava disposta a sacrificar muito por ele, tal como ele faria por ela.

— Que bela rainha você será, S/n.

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