1. Princess
Tom seguia S/n por toda parte, era o trabalho dele, e ele era bom nisso. Nem uma única vez ele deixou seus olhos escaparem dela, observando-a cuidadosamente, analisando cada movimento, cada passo e cada expressão com olhos penetrantes. Ele sentia um formigueiro sempre que seus olhos encontravam os dela, o que acontecia raramente considerando as circunstâncias.
Tom estava fora de si. Ele era tolo e ela era uma princesa, nunca se contentaria com nada menos que um príncipe e, mesmo que quisesse Tom, estava noiva de outro príncipe para fortalecer os relacionamentos das nacionalidades.
Príncipe Phillipp de Papua Nova Guiné. Tom zombou, que maneira miserável de disfarçar um homem como aquele. Ele era egoísta, preguiçoso e nem se importava com o respeito moral pelas mulheres. Ele visitou S/n duas vezes desde o noivado, e Tom assistiu com suas entranhas se contorcendo ao ver os dedos sujos e pegajosos de Phillipp tocando sua pele preciosa. De todas as vezes em que Phillipp se aproximava demais, os olhos da princesa procuravam pelos dele, chamando por ajuda, que era a única parte do olhar dela que ele gostava: a pura necessidade com que ela implorava a ele.
Ele achou S/n insaciável, linda além das palavras, e ele admirava a forma como ela se encaixou no luxo da vida real, mas ainda permaneceu gentil e humilde como sempre. Todos os dias ela percorria o palácio, cumprimentando todos que passavam e se dirigiam às cozinhas para ajudar os chefes a cozinhar, o que eles aceitavam abertamente, contra a vontade da rainha. A rainha era bastante contida, antiquada e francamente rude, especialmente com S/n.
Ela odiava a própria filha e a repreendia sempre que ela conversava abertamente com alguém inferior à família real, ou se envolvia em eventos ou feiras comuns de caridade. A rainha tinha a cabeça muito enfiada na bunda para ver que cada palavra dura que ela falava trazia lágrimas nos olhos da filha, o que enlouquecia Tom.
O que estava acontecendo bem na frente dele? Ele e o guarda da Rainha ficaram parados nos cantos da sala de estar da rainha, observando a conversa, mais como uma discussão, rolar na frente deles, a atmosfera desconfortável coçando o pescoço de Tom.
— Você não pode sair desse casamento S/n, eu já te disse milhões de vezes — A rainha zombou, revirando os olhos para a filha. Todos os dias S/n procurava sua mãe, implorando incansavelmente para não casá-la com um velho bruxo, mas ela nunca cedeu.
— Por favor, mãe, você não se importa com o amor? Com a minha felicidade? Eu não quero me casar com alguém que não amo. — A mais nova chorou, suas mãos voando em gestos loucos, suas bochechas esquentando, enquanto ela tentava controlar suas lágrimas quando ameaçaram cruzar a linha dos olhos.
— Você vai aprender a amá-lo, S/n. — A rainha suspirou, puxando a xícara de porcelana azul e branca aos lábios, bebendo suavemente o chá fresco que a empregada lhe serviu.
O casamento seria em três meses, mas o burburinho de ambas as nações estava rugindo nos últimos cinco. A mãe de S/n colocou você em vários eventos sobre matrimónio para tentar influenciar a mente da filha, criando o casamento perfeito e grandioso que ela sempre sonhou, mas você não queria isso. S/n teve que se casar para manter o poder, não apenas das outras nações, mas também porque não poderia herdar o trono sem um rei ao seu lado.
— Duvido muito, mãe. — Ela zombou, pousando a xícara de chá de porcelana com bastante força no prato correspondente.
— Você é apenas uma jovem, o que você sabe sobre o amor? Ou sobre governar um país? Pelo menos me diga um dos decretos leais. — A mais velha perguntou sem paciência, fazendo com que a sua filha permanecesse em silêncio. — Você não conseguiria governar por si mesma.
— Eu vou estudar! — S/n suplicou juntando as mãos em súplica como uma criança, ela estava desesperada. — Eu posso aprender, você pode ser minha professora, e eu posso casar com quem eu quiser, por amor. Dê-me três meses para aprender tudo o que você sabe.
— Você não pode aprender tudo em três meses, criança. — A voz da Rainha era baixa, seu tom mudando de implacável para triste. — Tudo bem S/n, se você encontrar alguém que ame dentro de três meses, alguém adequado e digno, e eu cancelarei o casamento. — A rainha disse, os olhos da mais nova imediatamente se voltaram para capturar os de Tom, um leve rubor rastejando em seu rosto. — Mas, você deverá comparecer às aulas todas as quartas e sábados para aprender a ser uma princesa adequada, o que significa nada de cozinhar, e você arranja tempo para o Príncipe Phillipp.
— Negócio fechado.
***
Tom observou S/n vagar sem rumo por um mês inteiro, a cabeça dela tonta e sem foco desde que fez o acordo com a mãe. Todos os homens com quem ela se encontrou, Tom odiava. Ele não pôde evitar, mas ele só queria gritar com ela e tomá-la em seus braços. Ele estava bem na sua frente e ela estava sendo cegada pelo sol.
Seu corpo caiu em sua cama, um profundo suspiro deixando seus lábios manchados de vermelho. O corpo dela estava dolorido por causa do seu encontro, onde o Cavaleiro Real Ben decidiu que patinar no gelo seria romântico, mas ela caiu pelo menos 7 vezes, e Tom estava lá para pegá-la mais do que o próprio Ben.
Os olhos gentis de Tom flutuavam na mente dela mais do que ela gostaria de admitir para si mesma. Toda vez que ela olhava para ele, suas mãos ficavam suadas e começavam a tremer, ele era o homem mais fofo, gentil e bonito que ela havia conhecido, e ela pensava todas as noites se sua mãe pensaria que ele era adequado o suficiente para se casar com a princesa, porque ele era o único que ela queria.
— Tom. — ela chamou com a voz insegura enquanto olhava para os intrincados desenhos do teto do seu quarto. Os passos de Tom ecoaram em seu ouvido, aproximando-se de seu corpo deitado. Os dois se sentiram tontos.
— Sim, Vossa Alteza? — Tom perguntou, fazendo uma pequena reverencia sem conseguir esconder um leve sorriso em seu rosto.
Toda vez que alguém se dirigia a S/n pelo seu título real, ela se encolhia, seu estômago revirando da maneira mais desconfortável. Mas quando ele saiu dos lábios de Tom, ela mal conseguiu reprimir o gemido que saiu de seus lábios relutantes.
— Você acha que eu sou louca? Pensando que consigo encontrar o amor em três meses? — S/n perguntou, sua cabeça virando e os olhos encontrando os dele. Tom podia notar como respiração dela estava descompensada e instável, enquanto seus olhos lacrimejavam levemente, e a visão o fez querer envolvê-la em seus braços e proteger ela até que ele morresse.
— Se me permite ser tão ousado em dizer, Vossa Alteza, eu acho que você sabe que você é. — Tom riu, tentando aliviar o humor dela e fazer S/n sorrir, e quando ele viu os lábios dela se curvarem para cima pela primeira vez em meses, seu coração pulou uma batida.
— Verdade. — Ela respondeu simplesmente, olhando para o teto.
S/n ficou em silêncio por um momento, antes de se levantar, indo em direção a Tom, agarrando nas suas mãos e entrelaçando os dedos, arrastando-o para o jardim. Tom estava prestes a protestar, mas a sensação da pele dela, quente, tão perto da dele o deixou sem palavras, ele se sentia como um menino de creche, perdidamente apaixonado pela garota mais popular da escola.
A boca de Tom se abriu, antes de S/n calá-lo.
— Não fale, por favor, Tom, eu só quero aproveitar isso em silêncio. — A voz dela era suave e tranquila, fazendo Tom obedecer sem fazer perguntas.
Os dois caminharam lentamente pelo jardim, a luz do sol se pondo, um tom laranja escuro pintado no céu, brilhando através dos galhos das árvores altas e deixando as flores coloridas do jardim brilharem. S/n se sentou na beira da fonte, fechando os olhos enquanto ouvia o suave gotejamento do fluxo de água, misturado com o chilrear dos pássaros e o suave zumbido do vento.
O corpo de Tom de uma forma quase automática se sentou ao lado do dela, as mãos ainda entrelaçadas em seu colo. Ele não queria nada além de confessar seus sentimentos eternos por S/n ali mesmo, mas a dor no rosto dela o fez ansiar por obedecer à regra dela de não falar.
— Tommy. — ela sussurrou, baixo o suficiente para que Tom não tivesse percebido se ele não estivesse tão concentrado nos lábios dela. Ele cantarolou em resposta, olhando de volta para seus olhos abertos, profundas piscinas marrons procurando em sua alma. — Diga-me no que você está pensando. — Os olhos de S/n se voltaram para baixo, e ela respirou fundo.
— Hm... Eu estava pensando em como você é linda, como todo homem que você conheceu é um tolo por não estar de ponta-cabeça por você, e o quanto eu quero te beijar agora. — Tom falou, seu polegar agora esfregando contra sua pele, causando arrepios em seu rastro.
Ele quase arregalou os olhos ao perceber a naturalidade com que as próprias palavras deixaram os seus lábios. Num momento normal, ele daria uma resposta curta e superficial. Mas, naquele momento, tudo o que ele queria era fazê-la perceber que ele poderia fazer dela a mulher mais feliz do mundo. S/n se sentiu como se estivesse sonhando, ouvindo todas as palavras que queria ouvir desde que ela havia conhecido Tom. Ela sentiu a respiração contrair dentro de sua garganta.
— Por que você não me beija então? — Ela perguntou, ainda se recusando a erguer os olhos para encontrar os dele.
As mãos dela tremiam, o que Tom notou pelo aperto que ele sentia contra as suas palmas. Ele observou enquanto ela colocava a outra mão para colocar uma mecha de seu cabelo atrás da orelha. Tom levou as mãos ao queixo de S/n, levantando seu rosto para encontrar os seus olhos.
Ela nunca havia se sentido tão adorada por um homem antes, e o jeito que Tom olhou para S/n fez o coração dela pular. Mas ela ainda estava tão nervosa sobre o quão poderosos eram os sentimentos que ela tinha por Tom, e como ela sabia que sua mãe desaprovaria.
O tempo parecia distante, inexistente enquanto ela observava Tom se inclinar para frente, a respiração dele contra lábios dela, o coração agora batendo forte em seu peito. Ela levantou os olhos para olhar para os olhos de Tom, e olhou profundamente em seus olhos, seguindo caminho até os seus lábios rosados, enquanto imitava suas ações, capturando seus lábios num beijo doce e significativo.
Os dois ficaram trancados juntos, as mãos de Tom em volta da cintura de S/n e os braços dela em volta do pescoço dele, puxando-o para mais perto dela enquanto eles continuavam se beijando. Pequenos gemidos e choramingos saíam dos lábios dela enquanto grunhidos saíam dos dele, ambos querendo e precisando tanto um do outro.
Ela se sentiu quase como se os lábios de Tom a levassem às nuvens, enquanto seu corpo experimentava os formigamento que ele enviava.
— Eu te amo, S/n. — Tom sussurrou, separando seus lábios dos dela. S/n não pôde deixar de sorrir incontrolavelmente, rindo e corando enquanto ele a observava profundamente.
— Eu também te amo, Tommy. — Ela respondeu entre pequenos risos de felicidade, puxando-o de volta para um beijo curto e doce. — Agora, quem vai contar para minha mãe? — A garota não pôde deixar de perguntar, rindo da expressão facial apavorada de Tom, encolhendo os ombros e puxando ela para o colo dele, ansioso para que permanecessem juntos pelo resto da eternidade.
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