𝘴𝘪𝘹𝘵𝘦𝘦𝘯. 𝖼𝗁𝖺𝗉𝗍𝖾𝗋 𝗍𝗐𝗈

𝙚𝙢𝙞𝙡𝙮
𝘢𝘵𝘶𝘢𝘭𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦
2 𝖽𝖾 𝗃𝗎𝗅𝗁𝗈, 2022

Normalmente, meus dias são baseados em sentar na praia e ignorar tudo e todos a minha volta. Infelizmente, hoje isso não foi possível.
Essa noite eu tive um sonho estranho, que estava mais pra um pesadelo. Um cara estranho, com roupas pretas e uma pele que parecia que ia despedaçar no ar com qualquer toque, tentava me matar e matar mais uns campistas, ele dizia coisas estranhas e sem sentido sobre o caos e o fim do mundo. No final ele virou poeira, mas eu acho que aquilo não foi só um sonho.
Instantaneamente quando eu acordei, obriguei Marina e Ethan a levantarem da cama e contei tudo sobre o sonho para eles. Nós saímos pra procurar Quiron logo em seguida.

Agora são 5:30 da manhã, e estamos em frente a casa grande esperando o centauro, ou até mesmo o Sr. D, aparecer para nos atender.

— Será que você foi a única a ter esses sonhos? - Marina perguntou, a primeira frase que alguém disse desde que saímos do Chalé 3.

— Eu não sei. Mas espero que sim, e que seja só um sonho como qualquer outro. - Suspirei.

Sr. D apareceu na porta assim que eu terminei de falar e ficamos em silêncio novamente.

— São 5:00 da manhã, o que vocês querem? - Seu tom é o mesmo de sempre, um deboche que me irrita. A barba grisalha estava mal feita e bagunçada e a blusa branca tinha algumas manchas marrons, eu acredito que sejam de Diet Coke. Ele não parecia muito feliz de ter seu sono atrapalhando por três adolescentes.

— Acho que tem alguma coisa acontecendo. - Eu disse. Ele suspirou, coçou o queixo coberto pela barba e foi para o lado, abrindo espaço para entrarmos.

Assim que ele fechou a porta, começou a se locomover pelas salas da casa. Nós três andamos silenciosamente atrás dele, e nenhum de nós falou uma palavra quando ele entrou no escritório e se sentou na cadeira giratória atrás da mesa, nem mesmo ele disse qualquer coisa.
Acho que ele ficou esperando um de nós se pronunciar, mas como não aconteceu, ele simplesmente levantou e disse que iria chamar Quiron.

Eu me sentei no longo sofá encostado na parede, com Marina a minha direita e Ethan a minha esquerda. Ficamos uns cinco minutos em silêncio antes de Quiron entrar no cômodo, com Dionísio logo atrás dele. Os olhares de nós três imediatamente subiram ao rosto do centauro.

— O que exatamente aconteceu? - Ele perguntou sem nem se quiser dizer um oi, e eu rapidamente comecei a explicar nos mínimos detalhes tudo o que eu me lembrava do sonho.

Quando terminei, o olhar do centauro saiu de nós e foi para a paisagem do outro lado da janela. Sem nem mesmo olhar para nós, ele respondeu que eu não sou a primeira a passar por esse sonho.

𝙖𝙪𝙧𝙤𝙧𝙖
𝘢𝘵𝘶𝘢𝘭𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦
4 𝖽𝖾 𝗃𝗎𝗅𝗁𝗈, 2022

Na maioria das vezes, o início do verão era a melhor época para se estar no acampamento. Mas esse ano tinha alguma coisa diferente. Já é 4 de julho, mas Quíron ainda não anunciou nenhum jogo de verão (nós fazemos jogos para nós divertir e treinar, como o Caça Bandeira), o chalé de Hermes está lotado porque os deuses aparentemente decidiram que não vão mais assumir qualquer filho, os semideus em missão que deveriam ter chegado ao acampamento no dia 1 ainda não estão aqui e não respondem nenhuma mensagem de íris, e a maioria dos sátiros e espíritos simplesmente decidiram se esconder na floresta e não aparecer mais. Tem alguma coisa MUITO errada.

Mas aparentemente eu sou a única a perceber isso, pois o resto do acampamento continua agindo como se tudo estivesse normal.

Agora são umas 10:00 da manhã, eu estou caminhando ao redor dos chalés e procurando algo para passar o tempo e ocupar a minha mente. Eu poderia simplesmente voltar para o Chalé 10 e passar o resto da manhã perdendo tempo com minhas irmãs, mas eu queria fazer algo diferente hoje.
Eu passava em frente ao Chalé 7 quando esbarrei em alguém. Olhei para trás e vi Scott, o conselheiro do chalé de Hefesto.

— Ai Rora, Kai e Emma vão dar uma festa amanhã, chalé de Zeus às 21:00! Avise seus irmãos, hein! - Scott caminhava para trás, e quando virou se esbarrou em uma garota de Hermes. Eu sorri.

— Obrigada, Scott! - Gritei sabendo que ele já estava longe demais para me ouvir se eu apenas falasse.

Tá vendo? Todo mundo agindo como se nada estivesse acontecendo.

𝙚𝙢𝙢𝙖
𝘢𝘵𝘶𝘢𝘭𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦
4 𝖽𝖾 𝗃𝗎𝗅𝗁𝗈, 2022

Como conselheira do Chalé 1, eu tenho muitos trabalhos importantes no Acampamento Meio-Sangue. Mas nenhum deles anula o fato de eu ainda ter a responsabilidade de dar festas incríveis.

É a primeira semana do verão, e as melhores festas do acampamento acontecem no período das férias, e o Chalé 1 é responsável pela festa de abertura desse período. Normalmente acontece no dia 02, mas esse ano houve um pequeno atraso, então vai ser no dia 05.
Espero que Jacob chegue até lá. Ele já deveria estar aqui há dias, mas não chegou até agora.

Agora, eu estou deitada na minha cama olhando pro teto, esperando que algum milagre aconteça e as minhas tarefas se cumpram sozinhas. Kai está na cama em frente a minha, provavelmente fazendo o mesmo que eu. Eu e o meu meio-irmão nos damos muito bem. Nós dois vivemos no acampamento durante o ano todo, e quando eu cheguei ele já estava aqui a anos. 
Já Jacob é um pouco mais distante. Tanto eu quanto Kai o amamos, mas ele não passa muito tempo no acampamento considerando que foi para o ensino médio mortal e está quase sempre em missão.

— O que tá fazendo? - Pergunto enquanto levanto a cabeça para o olhar. 

— Pensando. 

— Meus Deuses, seja mais específico, Kai! - Às vezes meu meio-irmão responde às minhas perguntas de um jeito que me irrita.

— Em tudo, na vida - Eu bufo e ele percebe, já que decide continuar. - Fazem uns cinco meses que nem um de nós dois é chamado pra qualquer missão. Uns quatro que nenhum campista novo é reconhecido. Pelo menos sete que nenhum Deus dá sinal de vida - Eu arqueio a sobrancelha esquerda. - Não acha isso estranho?

— Eu deveria achar estranho? - Dessa vez quem revira os olhos é ele. 

— Quer saber, deixa pra lá Em, é coisa da minha cabeça. - Ele se levanta e sai da cabine, me deixando um pouco perdida.

𝙡𝙖𝙣𝙖
𝘢𝘵𝘶𝘢𝘭𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦
4 𝖽𝖾 𝗃𝗎𝗅𝗁𝗈, 2022

O Acampamento Meio-Sangue é o lugar onde os filhos dos Deuses podem viver, e principalmente sobreviver. É o lugar onde eu passo os verões, e eu realmente amo estar aqui, mas às vezes eu queria viver normalmente sempre, sem ter que me preocupar com o medo de virar lanche de monstro a qualquer momento.
Mas de qualquer forma, esse acampamento também faz parte da minha vida.

No acampamento, eu sou responsável pelas aulas de arco e flecha. Ou seja, normalmente eu passo as minhas tardes ajudando os campistas mais novos interessados em tiro ao alvo a aprenderem a atirar com um arco. Na maior parte dos dias, apenas campistas de Apolo se sentem interessados em aprender a utilizar um arco, por isso eu me surpreendi tanto quando uma campista de Ares apareceu pedindo ajuda.

— Tem certeza, Tine? Normalmente seus irmãos preferem as espadas e lanças. - Perguntei a Cristine Mars, uma das crianças de Ares. Mesmo que ela costume passar mais tempo lendo com as crianças de Atena, ainda achei meio esquisito que ela esteja aqui.

— Sim! Eu não sou boa com as lâminas como eles, mas eu preciso aprender a lutar de alguma forma algum dia. Arco e flecha é minha melhor opção por enquanto. - Eu sorri para ela, que se dirigia às prateleiras onde os arcos ficam localizados. Ela pegou um dos mais simples, mas com certeza muito bonito. Pouco menor do que o que eu uso, ele tem flores desenhadas em sua armação.

Cristine se aproxima de mim novamente, e eu a mostro como mirar. Ela não leva muito jeito para isso, mas tenho certeza que pode melhorar com o tempo.

DEMOROU MAS VEIO
o segundo capitulo de by the gods finalmente está entre nós😩

esse é um pouco menor do q o prometido, tendo só 1400 palavras, mas eu to com um bloqueio criativo GIGANTESCO, entao eu peço desculpas

também tem uma narração a mais do que disse que teria, isso foi mais ou menos pra compensar o capítulo não tao grande quanto deveria ter sido

espero que tenham gostado, vou tentar voltar com o 3 o mais rápido possível<3

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