𝗉𝗋𝗈́𝗅𝗈𝗀𝗈; 𝗈 𝗆𝗈𝗂𝗇𝗁𝗈 𝖺𝗋𝖽𝖾𝗇𝗍𝖾
✿ིྀ 𝇈𝅄⊹
﹙ ✶⠀ ⠀ 𝒜.⠀▇⠀ ━━━━ a rosa reluzirá em todo seu culto, suas doçuras e espinhos perambulando ao precipício do moinho ardente. ━━━━ 🥀﹚
ִㅤू🩸. ▇ haverá 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐞𝐮́𝐝𝐨 𝐬𝐞𝐱𝐮𝐚𝐥
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𝑶 𝐓𝐄𝐌𝐏𝐎 𝐏𝐀𝐑𝐄𝐂𝐈𝐀 𝐄𝐒𝐓𝐀𝐑 𝐂𝐎𝐍𝐆𝐄𝐋𝐀𝐃𝐎, 𝐀𝐒𝐒𝐈𝐌 𝐂𝐎𝐌𝐎 𝐎 𝐂𝐎𝐑𝐀𝐂̧𝐀̃𝐎 𝐃𝐎 𝐏𝐑𝐈́𝐍𝐂𝐈𝐏𝐄 𝐀𝐄𝐌𝐎𝐍𝐃. Seu único olho lilás, um vislumbre, estava envidraçado, atordoado que apenas as profundezas do desespero poderiam vir à tona. Àquele coração se empurrava contra o peito, batida por batida, por ora que uma geleira de sua melancolia entupia suas correntes sanguíneas. O corpo do jovem era um pico de uma montanha, que asfixiava-o com cada batimento cardíaco, parecendo que poderia cessar a qualquer momento.
Tampouco não fez, nunca fez. Em vez disso, era apenas um sentimento dolorido que fardava muito sobre o príncipe. Uma mortalha que nunca aqueceu e, em vez disso, esfriou sua alma, congelando seus órgãos até que parecia não restar mais nada.
O Targaryen engoliu em seco, o caroço em sua garganta aumentando a cada instante. A vulnerabilidade o inundou, e em seu mais sincero anseio, estava à vontade de gritar e deixar-se cair no precipício. Ele queria decepar em mil pedaços a barreira de carne e sangue que o protegia, cortando seu peito abertamente com uma lâmina afiada, sentindo a dor extrema, a ponto de que muitos clamariam por um fim, pois era insuportável.
Mas Aemond era diferente, a fragilidade o permeando, perturbando por contínuos. A mente dele, agora um redemoinho de pensamentos. Ele não podia negar que a morte de Lucerys trouxe satisfação, uma reivindicação pelo que foi feito a ele anos antes.
De qual motivo a tristeza? O príncipe não conseguia esclarecer às vezes; a verdade era que ele simplesmente queria amor; afeto; significativa, embora não demonstrasse, mantinha seu coração um pedaço de gelo. Um sentimento que muitos compartilham, tristeza flui e refluxos; sempre tememos em morrermos sozinhos, nunca ter realmente alguém, alguém que se importe, e é isso que perambulava em momentos como esses na cabeça dele.
─── Tens permissão para ter momentos como este, meu príncipe. ─── escovando as madeixas prateada do príncipe com o polegar e o indicador, a palavra de Rowena evapora de sua boca em tal calmaria. ─── és apenas um homem. E você nunca estará sozinho. Estou aqui, assim como o restante.
A pálpebra do príncipe se fechou com o toque dos delicados dedos da meretriz nos fios de suas madeixas. Um mísero, porém gratificante, sorriso puxou o canto dos lábios dele.
─── Hm... ─── Aemond murmurou com a boca, uma vez descansando seu corpo contra o dela. Ele deixou com que ela tocasse a mão na cintura dele.
─── Devo agradecer por suas palavras, minha cara, portanto o silêncio me convém no momento, simplesmente continue o que você estava fazendo antes! ─── ele declarou, mais uma ordem do que um pedido gentil, deixando a cortesã conturada, porém ela não recusou, escapou apenas um suspiro da boca dela.
Ele se sentia confortável ao lado de Rowena.
Os dedos de Rowena deslizaram sobre os ombros do jovem, seu toque leve no início à medida que ela explorava os contornos de seus músculos. Os polegares massagearam a base do pescoço dele, amassando os nós que se formaram na área. Ainda subindo nos ombros dele, seus dígitos penetrando, aplicando a pressão certa para liberar o estresse que o manteve em cativeiro.
O corpo do príncipe relaxou, o ar frio se dissipando, mesmo quando ele permaneceu em posição fetal, enrolado nos braços da mais velha. Exposto, enquanto partículas de suor frio escorregavam entre suas coxas e suas costas musculosas. Ainda que o calor permanecesse fora da tenda, em meio aos doadores de prazer alheios, Aemond se agarrou mais à perna dela, acompanhado com sua nudez. Ele estava com frio, precisava aquecer-se.
Respirando o cheiro dela, uma mistura de lavanda e mel. Era um cheiro que sempre parecia acalmá-lo, aterrando-o de uma maneira que nada mais poderia.
─── Você é bom demais para mim.. ─── disse ele, com uma voz quebrada, mal audível, contudo ela o ouviu mesmo assim.
─── Shh... ─── ela sussurrou com hálito quente contra a pele dele, formigando.
Mesmo assim ele não pôde deixar de sentir o peso de suas emoções, a repra que estava segurando seus sentimentos por tanto tempo finalmente rachando. A respiração dele se estabilizou, tornando-se lenta e constante.
Os dedos dele começaram a traçar círculos preguiçosos na perna da mulher, a mente de Aemond ainda girando em turbulência frenética. Apesar da exaustão afogar sobre ele, o príncipe se viu incapaz de deixar ir por completo, pensamentos ainda permeando na cabeça dele, eletrificando sua coluna dura, bem curvada. Hoje à noite, Aemond se desviou do delírio da tal guerra que estava prestes a estalar com ratos e queijo correndo por Red Keep. Tudo desfocou, exceto o calor do corpo dela contra o dele, o peso reconfortante dos braços de Rowena no ombro do príncipe, o som de suas respirações encruzadas, sucumbindo-o em uma falsa sensação de segurança, um casulo de paz e prazeroso que ele não conhecia há algum tempo.
Aemond estava despreocupado, inflamado pela luxúria carnal. Nem sequer imaginava que, em outro lugar, os gritos agonizavam na garganta de sua irmã, que suplicava para sacrificar-se em vez de escolher um de seus filhos para morrer. Enquanto a rainha viúva, amordaçada, apenas observava o sangue alastrar-se, ensopando sob a face; o mesmo escarlate que manchou os lábios de Rowena com a mordida do príncipe.
𑂯 🥀ֺ. ─── dois dias após;
do ocorrido que ficou
conhecido como sangue e queijo
𝑨𝑺 𝐄𝐒𝐅𝐄𝐑𝐀𝐒 𝐃𝐄 𝐀𝐕𝐄𝐋𝐀̃ 𝐃𝐄 𝐀𝐆𝐍𝐄𝐒 𝐄𝐑𝐀𝐌 𝐂𝐎𝐌𝐎 𝐔𝐌𝐀 𝐏𝐈𝐒𝐂𝐈𝐍𝐀 𝐃𝐄 𝐌𝐈𝐋𝐇𝐎̃𝐄𝐒 𝐃𝐄 𝐃𝐈𝐀𝐌𝐀𝐍𝐓𝐄𝐒 𝐀𝐂𝐔𝐌𝐔𝐋𝐀𝐃𝐎𝐒 𝐒𝐎𝐁 𝐀 𝐋𝐔𝐙. Sua tonalidade distinta, diferenciando-se do tom azul padrão da maioria. Elas reluziam a cada hora que passava, rutilando com os borrões de clareza dos candelabros, cujo lançava uma neblina no canto aonde a jovem se encontrava sentada. Batendo os dedos contra o tecido fino, ela ajustou a parte debaixo da vestimenta, ao contrário das demais cortesãs que estavam como os Deuses lhes haviam trazido, nuas ao lado da mais nova.
─── Por qual motivo você não se junta a nós? Sempre sendo estranha... ─── Penny questionou-a, com os braços cruzados, os pressionando sobre os seios, enquanto rolava os olhos azuis.
Agarrando a escova, a cabeça de Agnes desviou do ponto em que olhava, uma parede de misturas de colorações, era difícil identificar que cor realmente era. Direcionou-a para aonde estava parada àquela jovem de cabelos prateados. A morena arqueou uma das sobrancelhas escuras, logo estreitando as orbes, que brilhava como se estivesse um ponto de interrogação pelas palavras ditas por Penny.
─── Ser estranha tem suas vantagens, Penny. ─── cruzando a perna direita sobre a esquerda, Agnes traçou um sorriso de canto, confiante nos lábios carnudos.
─── Assim, ninguém virá para satisfazê-la, não estou apenas clamando sobre sexo, contudo fingi gostar de alguém, que tal pessoa concederá riqueza no final. ─── Penny afirmou, aproximando-se da morena, observando àquela coluna ereta perfeitamente alinhada.
─── Eu não quero fingir, apenas para ser paga com moedas que não mudaram minha vida; eu só quero o prazer de entreter e a satisfação na dança. ─── Agnes refutou, enfim fechando aquele assunto cansatio, sempre as mesmas tentativas das garotas que fracassavam.
Ainda com a escova marrom marmorizado por detalhes alaranjado, Agnes deslizou-a pelas madeixas acastanhadas, penteando o que parecia ser horas para manter cada fio em estado agradável. Embora não pretendesse se entregar à companhia de um homem ou de uma mulher, a jovem queria ficar bonita para à noite que parecia mais conturbada do que o normal de tal quietude, ainda mais depois do ocorrido com a Rainha Helaena dias atrás.
A vaidade transcorria pelas veias dela. Agnes não desfrutava aparecer diante dos outros nua ou desajeitada, por mais que sua casa era um bordel. Ela sempre se vestia e se vestia muito bem, com roupas únicas que ela própria costurava porquê era uma de suas paixões, além de se aventurar aos redores de Kings Landing, sem saber quando voltaria.
Penny, distanciando do assunto anterior que a deixou sem argumentos para rebater a sua colega, inclinou a cabeça para fitar no vestido que Agnes estava usando.
─── Eu gostaria de compreender como você faz vestidos tão bonitos. ─── ela expôs um sorriso fraco, porém gentil; admirando aquele traje.
Tal traje era deslumbrante para uma cortesã, até porquê à maioria utilizam dos trapos mais simples, alguns empoeirados e outros desbotados com buracos enormes de rasgos. Uma visão etérea, como se os próprios Deuses renunciassem aos seus deveres para cumprir a obrigação de criá-la, traçando-o com tamanha paciência que nada poderia ser um fracasso, para cada ponto, cada linha, textura ou molde. O topo para cobrir os seios consistia em um tecido liso de uma fluorescência que, em seu destaque, espelhava cada clarão por onde Agnes caminhasse; assim como agora, aonde ela estava ─── espelhado pelas chamas do fogo crepitante dos candelabros. Ombros expostos, segurados por tiras sobre ambos os braços, dando a alucinação de escorregarem a qualquer instante, escorrendo pela pele macia.
Pingentes triangulares pendurados no topo por correntes, salientando a curva da cintura da jovem. A saia, feita do mesmo material, fluída, além da mísera transparência ao redor de seu corpo. Uma fenda permeava pelo lado, dando visibilidade pelas pernas, bem como seu umbigo, um recuo oval.
Para alguns, pode ser considerado vulgar, um desrespeito utilizar tal traje; entretanto para outros, foi um presente dos céus, moldado perfeitamente para caber no corpo dela, no qual tem uma altura de um metro e sessenta e cinco. Há semelhanças com os vestidos das mulheres de Dorne, e não foi coincidência. Agnes era uma admiradora dos contos que cercavam a o local, tudo em busca de um sonho de um dia vê-lo em cores, vívido em sua frente, para vislumbrar todo canto sem ter um mínimo de cansaço.
─── A arte de costurar é uma habilidade que aperfeiçoei ao longo de muitos anos. ─── Agnes pronunciou, a melódica voz rondando por seus lábios. ─── É uma forma de expressão, uma maneira de criar algo bonito a partir de pedaços simples de tecido.
─── Estamos perdendo tempo, se a madame já embelezou o suficiente, temos pessoas para satisfazermos. ─── uma das garotas disse, interrompendo-a e revirando olhos.
Acomodando a escova na mesa à frente, após finalizar o cabelo, Agnes endireitou o corpo, levantando-se e caminhando em direção às outras. Suas costas estalaram, sendo tensionada os músculos, sentindo-os dormentes, ───uma dor aguda se espalhava por toda a região, resultado de estar sentada muito tempo. Mais uma vez, encontrou os olhares de escrutínio das outras mulheres que estavam atrás de Penny, que esbanjava um sorriso agradável, ainda encantada com aquela roupa azulada ou perolada.
Enquanto Selene sentiu o ar gélido arranhado contra sua pele, ficando cansada da espera, além de sua escassa consideração por Agnes. Ela foi uma daquelas que mais vezes amontoava palavras de insignificância a mais nova, concentrando-se nela com expressões carrancudas, gargalhando e até mesmo, às vezes se gabando de como ela era cem vezes melhor. Girando as costas, Selene agarrou as mãos dos outras duas, puxando-as para fora da tenda, deixando Penny e Agnes sozinhas; sem sequer se importar.
─── Não liga para ela. ─── avisou Penny, estendendo o braço para aconchega-lo no de Agnes que negou com a cabeça.
─── Ela ainda não compreendeu, que não conseguirá retirar um pingo de raiva de mim, comentando tais palavras vazias. ─── Agnes contornou um sorriso de canto, sacudindo a cabeça para o mesmo lado da mais velha, que assentiu acompanhando-a no riso bobo.
Embora ambas não fossem tão próximas, sempre que podiam, elas estavam juntas. Espionando outras conversas ou ouvindo sobre os casos das pessoas excêntricas que aparecem por lá, e Agnes valorizava ouvir as histórias das garotas, jamais esquecendo de cada palavra. Sua cabeça era um livro organizado, claro, eles não ficavam amontoados e sim alinhados, lembrando de todas palavras; para que um dia talvez fosse sua arma contra o mundo ou contra alguma ameaça futura.
𝑨 𝐂𝐀𝐁𝐄𝐂̧𝐀 𝐃𝐎 𝐏𝐑𝐈́𝐍𝐂𝐈𝐏𝐄 𝐂𝐀𝐎𝐋𝐇𝐎 𝐂𝐀𝐈́𝐃𝐀 𝐂𝐎𝐍𝐓𝐑𝐀 𝐎𝐒 𝐓𝐑𝐀𝐕𝐄𝐒𝐒𝐄𝐈𝐑𝐎𝐒 𝐄𝐒𝐓𝐀𝐕𝐀, 𝐀𝐒 𝐀𝐋𝐌𝐎𝐅𝐀𝐃𝐀𝐒 𝐍𝐀̃𝐎 𝐓𝐀̃𝐎 𝐌𝐀𝐂𝐈𝐀𝐒 𝐂𝐎𝐌𝐎 𝐃𝐄 𝐑𝐄𝐃 𝐊𝐄𝐄𝐏. A pálpebra do único olho ativo se fechou, deixando que escapasse um gemido rouco; gutural de sua garganta apertada. A sensação da boca de Rowena no membro dele era quase demais para suportar.
Os lábios dela enrolados em torno do comprimento grosso e duro de Aemond, a língua girando lento e em círculos em torno da glande sensível, provando o pré sêmen salgado e doce que se mesclava na ponta. Ela podia senti-lo pulsando contra sua língua, e seu corpo estremecendo aos picos da excitação, levando sua boca mais fundo, pois o príncipe detestava algo vagaroso demais. As ondas de choques térmicos eram enviadas através de cada centímetro do corpo musculoso do jovem.
O nariz dela sendo pressionado por contínuo contra a virilha dele, inalando o cheiro almiscarado, masculino inundar suas narinas dilatadas. Ela podia sentir os testículos pesados e cheios, contra o queixo dela, quando a mão dele estava acomodada no cabelo ruivo dela. Aemond puxava os fios rebeldes, que não paravam no lugar. Empurrando a cabeça dela freneticamente para cima e para baixo, encharcando o comprimento pelas saliva, além de faze-la engasgar um pouco.
Traçando a língua na veia grossa que corria ao longo do membro, a mulher sentiu ele pulsar e pulsar sob a boca dela. Rowena podia sentir o gosto da salinidade da pele dele, a amargura de excitação, e isso só alimentou seu almejo de agradá-lo, para fazê-lo se desfazer diante dela, enquanto suas mãos agarravam os testículos dele. Aemond sentiu a mordida afiada de seus dentes raspando contra seu lábio inferior, provando a bordura metálica de seu próprio sangue que preencheu a boca.
─── Rowena... ─── Aemond engasgou, sua voz rouca e, sendo acumulada por gemidos e assobios de carência, rogando por mais.
Rowena chupou com mais força, suas bochechas esvaziando quando ela chegava com a garganta até o fundo. Os gemidos de Aemond ficaram mais altos, mais desesperados, seu peito se levantando a cada respiração irregular, o corpo dele arqueando para fora da cama, seu prazer acelerando a cada movimento da boca dela.
─── Não pare! ─── ele ordenou, necessitado daquilo.
Assim que Aemond estava à beira de jorrar os jatos do líquido morno, a cortina marrom foi subitamente postada de lado com uma força que a fez atingir os ouvidos macios do jovem príncipe. A risada sarcástica, abarrotou o local, cometendo que Aemond rapidamente guiasse a cabeça para lado direito, lá estava seu irmão, Aegon. O rei moveu as mãos, estalando-as ambas as palmas uma com a outra, deixando a vermelhidão estabelecer diante dali.
Rowena engoliu com força, puxando a boca do membro de Aemond. Uma corda de saliva conectando seus lábios ao comprimento ainda rijo. A mulher esfregou o canto da boca com a palma da mão, fisgando entre os dois irmãos, juntamente dos escudeiros atrás que a vislumbravam esfomeados pela carne dela. Aegon alargou ainda mais o sorriso, seu olhar demorando na aparência desgrenhada da ruiva.
A madame de imediato sentou ajeitando-se na cama, entre as cobertas empoeiradas, agarrando-as e forrando sobre seu corpo aquecido. Pingos míseros de suor, gotejaram pelas coxas, rolando pelo restante da perna dela, não diferente do príncipe que estava encharcado com cada gotícula.
─── Saia! ─── Aemond rosnou, levantando as costas do colchão para arquear-se, escondendo-se em casulo feito por ele, dando suas costas para seu irmão e para os outros.
As unhas do príncipe mais novo se enterraram em ambos os joelhos, deixando buracos avermelhados feito pelos arranhões. Mesmo desgastadas, roídas de tanto mantê-las na boca, ainda feriam e eram mais afiadas do que as naturais; um hábito de nervosismo idêntico de sua mãe, que sempre se machucava. Os dedos de Aemond começaram perder a cor, ficando pálidos, enquanto as bochechas ficaram rosadas ─── quase um carmim dado ao rubor. As memórias frescas vieram à tona em sua mente, e Aemond relembrou da última vez que seu irmão o trouxe para a madame, contudo não era Rowena, ele não era tão novo, parecia que havia sido um ano atrás quando estava com seus dezoito anos.
─── Aemond, o Feroz. ─── Aegon provocou, mantendo o sorriso na face, reclinando-se da cortina para se afastar dela, sacudindo as mãos para cima e para baixo.
─── Você já viveu tanto, mas ainda se deita com sua primeira mulher. ─── gargalhou ele, com passos curtos, porém longos, até chegar na cama.
Ao invés de se sentar, Aegon se deitou na cama, deixando seu corpo cair pesadamente, espalhando alguns dos lençóis úmidos pelo suor de seu irmão.
Roendo os dentes contra a língua, o príncipe ainda em sua concha protetora, baixou a pálpebra como se a insegurança que se instalara dentro dele fosse espancado por cada palavra de seu irmão. Durante alguns instantes, Aemond queria se esconder em um buraco, escuro e frio, para ver se a morte o atingiria mais depressa. A língua dele formigava, e ele não conseguia produzir saliva suficiente para engolir, afogar-se nelas como permeava em sua mente.
A brisa que o atingira dias antes ressurgiu mais uma vez, mais gélida que congelou as entranhas de Aemond por dentro, parecendo que sua vida estava esgotando ali mesmo.
─── Nada melhor do que ver meu irmão se divertindo com uma das minhas sobras. ─── Aegon cerrou os dentes, erguendo as sobrancelhas, demonstrando as rugas ao lado de seus olhos.
O corpo de Aemond endureceu, e seus músculos começaram a tremular, ao ouvir o riso desprezível de seu irmão invadindo os ouvidos doloridos. A mandíbula do mais novo torceu-se, e seus dentes rangiam, embora sua boca permanecesse fechada, o ressoar repetidas vezes era escutado. A face angelical de príncipe caolho parecia abatida, e apenas para almas imaginárias que poderiam estar perambulando no local avistaria. O mais novo parecia tão indefeso e suplicante, almejando que tudo acabasse.
─── Eu sempre soube que você era um fraco, Aemond. Mas eu não pensei que você fosse tão patético quanto isso.
Aegon proclamou, fitando na face de Rowena que abaixou a cabeça sem sequer olha-lo, fazendo o rei esgueirar os olhos para encontrar as costas de Aemond.
O lilás do príncipe se levantou lentamente, estudando um ponto na parede rabiscado com desenhos de corpos nus. A orbe outrora sem vida, agora parecia palpitar com uma energia vil, como se os tons mais profundos de violeta estivessem derramando pouco à pouco gotas de tintas escura na esfera. E, à medida que a obscuridade tingia seu olho, o rubi na cavidade ocular vazia dele pegou a luz, ressaltando um brilho incomum. Era como se a pedra preciosa tivesse um fogo dentro dela, esquentando cada segundo e, passando esse calor pelas veias do rapaz.
Ele estava sem sanidade pronto para rasgar o corpo do irmão, pois a palavra '𝐟𝐫𝐚𝐜𝐨' o arrebentou ali mesmo. Contudo, não hoje. O hálito quente debatendo contra o queixo de Aemond.
Fechando a pálpebra por um pico de flash, fora rápido o suficiente para evitar que seu coração parasse hoje e sua vulnerabilidade desaparecesse. Aemond guiou a face em rumo de seu irmão, que estava dando milhares de risadas extasiadas, com a garganta secando em meio a elas. Ainda em silêncio, ao qual Aemond simplesmente acenou com a cabeça antes de se levantar, nem dando significativa em expor sua nudez ao mais velho e aos amigos que estavam assistindo.
Girando o corpo nem muito rápido e, nem lânguido, Aemond fisgou para cada um lá; o silêncio de Rowena, cujos lábios abertos estão brilhando pela saliva permanecida no inferior do próprio. O riso depravado de Aegon e dos escudeiros que o estudaram, dois deles fechando o rosto em preocupação.
─── Se quer tanto à fode-la, irmão, fazer ela de sua refém para não chegar no final como muitas dizem, ela é toda sua. Qualquer puta dá no mesmo. ─── Aemond proclamou, a voz séria divagando por sua boca, crua e gélida, fazendo o local esfriar muito mais do que outrora.
O príncipe desceu da cama, em silêncio, rachado apenas pelo rangido dela e das solas de seus pés encostando em solo quente. O ecoo dos risos de Aegon, fundia por todos os cantos, porém o caolho não se importava naquele momento, ele deixou a tenda, esquivando-se pelos escudeiros que, antes de tudo, tinham vozes dramáticas acalentadas pelo riso, todavia sumida pelo odor do pavor entupido em seus corpos.
O comprimento de Aemond já havia descansado, amolecido, portanto ainda se contorcendo com o sal do pouco sêmen que havia escorrido. O príncipe compreendia na atenção dos olhares que o seguiram, vislumbrando a estatura alta, descendo cada fitar da cabeça aos pés. Porém, ele não ligou, apenas seu raciocínio trabalhando depois de uma mera humilhação, pontadas emergindo sobre toda a mente. E Aemond, permaneceu com o olho focado no caminho à frente, com semblante sério estampado, além de estar ciente de cada canto e pessoa ao seu redor por causa dos bons reflexos que tinha.
A música decorria por aquela área, não muito alta, nem muito baixa, apenas o eficiente para preencher o local, vibrando os ouvidos de Aemond. Ele parou seus passos longos, à alguns metros de distância, observando quatro cortesãs dançarem em giros fracos. A orbe do príncipe, varreu por elas, escolhendo à dedo para qual agradaria ao seu gosto. De princípio, ele fixou o olho sentindo uma quentura subir por ele, porém não o calor de lubricidade. O Targaryen apreciou as jovens ali, todas eram lindas, e algumas tinham belezas distintas, conforme era o padrão que o príncipe já estava acostumado. Entretanto, um momento depois, as quatro que estavam amontoadas se afastaram, dando espaço para uma que surgiu entre elas. A hipnotização o sobressaltou, e o estômago de Aemond se retorceu, assim como sua cabeça, onde todos os pensamentos agora estavam esbranquiçados, jamais humilhações ou guerra pairando por eles.
Uma faísca não identificável que acendeu no corpo dele, pelo que pareceu uma eternidade, Aemond deixou sua linha de visão somente nela, por um breve momento, percebendo a diferença, era a única que rompia com as convenções da casa dos prazeres, além de ser a única estar vestida de forma que não inigualável as demais moças. Os movimentos daquela garota, atiçaram-o de alguma forma, lá dentro do seu âmago obscuro.
Aemond não conseguiu desligar daquele momento, nunca a tinha visto na casa. Uma novata talvez, ou uma rosa rara que se recusou a deixar os pensares do príncipe, cujo aflorava por um desejo dele a tê-la.
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