𝗖𝗢𝗡𝗧𝗥𝗔𝗖𝗧 - 𝟬𝟲

𝗕𝗮́𝗿𝗯𝗮𝗿𝗮 𝗘𝘀𝗽𝗶𝗻𝗼𝘀𝗮
"But l've been on my best behaviour
Pacing back and forth..."

Arrependimento. Essa era a palavra que me definia no segundo exato depois que mandei a mensagem para Victor e ele visualizou tão rápido que não pude voltar atrás. Não, não tinha nada a ver com Victor em si, mas com a ideia maluca dele. Eu nunca tinha feito algo assim e me assustava um pouco, pois sentia como se estivesse me vendendo para agradá-lo.

Nessa mesma noite, chamei os meus amigos para nos reunirmos na minha casa para assistir um filme quando decidi contar a eles sobre a situação.

——— Bárbara, você é sortuda para um caralho. ——— Foi a primeira frase que foi dita depois que eu terminei de falar tudo, e ela veio da boca de Gilson.

———Eu sinto como se estivesse me vendendo. ——— Suspirei.

——— Não tem nada a ver. Foi ele quem te procurou, ou seja, ele quem te quer. ——— Carol disse e se sentou ao meu lado no sofá.

——— Isso é verdade. ——— Bianca começou a falar. ——— Eu sempre percebi que o Victor tinha uma quedinha pela Bárbara na empresa, então isso não me surpreendeu em nada.

——— O que mais me deixa intrigada nisso tudo é como um cara como ele está sem transar há tanto tempo. ——— Milena opinou.——— Talvez seja por opção dele mesmo, porque nós sabemos o rebuliço que ele causa entre as mulheres só por ser quem ele é.

———Será que ele não estava há seis meses
esperando a Bárbara dar uma chance para ele? ——— Elena disse, o que fez com que todos nós caíssemos na risada.

——— Bom, mas agora a merda já está feita, não tem como voltar atrás. ——— Peguei o controle da televisão, mexendo em alguns botões até colocar no filme. ——— Amanhã eu, ele e o amigo dele Victor temos uma reunião.

——— Reunião? ——— Lara perguntou.

———Sim, eu acho que é sobre essa proposta. ——— Respondi e ela balançou a cabeça levemente.

Coloquei o filme para começar e logo estávamos todos entretidos e concentrados no longa. Quando acabou, nos despedimos e eles foram para suas respectivas casas, me deixando sozinha cheia de ansiedade e curiosidade para o que iria acontecer no dia seguinte.

Cheguei na empresa às 8h em ponto. A reunião seria às 8:30h na sala de Victor e decidi beber um copo de chá para poder me acalmar, mas não funcionou muito. Só deu tempo de responder alguns e-mails e ler alguns artigos curtos antes de ter que ir para a sala dele.

Subi rapidamente de elevador e logo estava no andar da revisão, e Dezi me avistou imediatamente.

——— Bom dia, srta.Bárbara! Eles já estão lhe esperando.

——— Bom dia, Dezi. Obrigada. ———Respondi e me dirigi até a sala, que estava com a porta aberta. Vi Arthur deitado no sofá e Victor entretido com alguns papéis.

Assim que dei três batidas na porta Arthur se levantou rapidamente e Victor largou os papéis.

——— Bom dia. ——— Falei e permaneci encostada na porta.

——— Bom dia, Bárbara . ——— Victor disse e se levantou da cadeira, tirando os óculos do rosto e os colocando nos cabelos, como de costume. ——— Feche a porta, por favor. ——— Ele pediu e assim o fiz.

Após alguns segundos eu e Arthur nos sentamos nas duas cadeiras que ficavam em frente à mesa de Victor e ele estava sentado do lado oposto.

———Já que você aceitou a proposta, temos que tornar isso mais sério, não acha? ——— Arthur disse e eu o encarei confusa. ———Você e Victor terão que assinar um contrato para que os dois estejam cientes que depois da noite que vocês passarem terão que agir como se nada tivesse acontecido.

——— Pelo amor de Deus, Arthur. Não precisamos de um contrato para saber que vamos fingir que nada aconteceu depois. - Retruquei.

——— Bárbara , eu confio em você, mas não podemos confiar no Victor . Não sei se você sabe, mas o nosso amigo aqui tem um histórico de apego à pessoas enorme, então ele mais do que qualquer outro precisa saber que isso não irá passar de uma noite. ——— o moreno explicou e eu fiquei sem reação.

——— Você é o amigo dele, deveria ajudá-lo com conselhos e não espalhar o que ele sente para outras pessoas. ——— Falei e pude vê-lo se encolher levemente para trás. Em seguida olhei para Victor, que possuía um olhar agradecido.

———E você não precisa falar de mim como se eu não estivesse aqui, Arthur. ———O moreno alfinetou e o amigo revirou os olhos. ———Vamos logo com isso?

——— A única coisa que vocês têm que fazer é assinar aqui. ——— Arthur indicou para as duas linhas vazias e nos deu duas canetas. ——— É apenas de uma folha, mas diz todas as exigências do Victor para a noite de vocês, Bárbara.

——— Exigências? ——— Perguntei.

——— Sim, não são muitas, mas essenciais. ——— Victor disse e olhou para mim. ——— Aí tem algumas perguntas também, nós vamos te dar uma cópia para que você possa ler mais calmamente quando estiver sozinha.

Li rapidamente o documento antes de assinar rapidamente e Victor fez o mesmo.

——— Muito bem. Agora vocês têm um acordo, boa sorte. ——— Arthur disse, pegou os papéis e em seguida saiu da sala do amigo, nos deixando a SÓS.

——— Victor, quais são as exigências?

——— Calma, coelhinha. Você vai saber de tudo, apenas pegue a cópia. ——— Ele me estendeu o papel e eu o peguei, encostando ao meu peito. ——— Bom dia de trabalho, Bárbara . O jantar de amanhã será ótimo, tenho certeza.

——— Jantar? ——— Indaguei, confusa.

——— Sim, está no contrato. Amanhã temos um jantar às 19h em ponto na minha casa.

——— Ah. ——— Falei simplesmente. ———Victor?

——— Sim?

——— Eu não estou gostando disso.

——— Prometo que irá gostar. Você é a pessoa perfeita para isso, Bárbara.

——— Você já disse isso. ——— Lembrei.

——— Eu sei, mas é a verdade. ——— Ele respondeu, colocou os óculos de volta no rosto e voltou sua atenção para os papéis. ———Até mais, coelhinha.

Me dirigi até a porta e passei por Dezi, que se despediu de mim. Voltei para a minha sala rapidamente e me sentei na cadeira, colocando a cópia do contrato na minha frente para poder ler.

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CONTRATO DE UMA NOITE

Das partes: Victor Augusto Miller e Bárbara Passos Espinosa.

CLÁUSULA PRIMEIRA - DO OBJETO.

1.1 O presente contrato tem por objeto o interesse de ambas as partes da companhia um do outro por apenas uma noite (após isso interações ou conversar sobre essa noite
serão inteiramente proibidas)

CLÁUSULA SEGUNDA - DA CONTRATANTE.

2.1 A contratante deverá trajar um de seus vestidos vermelhos na noite abordada;

2.2 Por fim, deve atender aos desejos do
CONTRATADO, assim como ele deve atender aos desejos da CONTRATADA.

CLÁUSULA TERCEIRA - DO CONTRATADO.

3.1 Jamais, em hipótese alguma, force a
CONTRATADA a fazer algo que não queira. Por mais que tenha sido assinado um contrato, forçar alguém a fazer algo contra a vontade é violação;

Nova York, Estado de Nova York, Estados Unidos. América do Norte.

Responsável: Arthur Campbell.

Não revisei o capítulo, se tiver algum erro me avise.

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