𝟏𝟏. ▎o início do fim ─ parte 1
❛ O INÍCIO DO FIM ─ PARTE 1 ₊˚.꒷⤸
─── 𝓝𝐎 𝐓𝐈𝐌𝐄 𝐓𝐎 𝐃𝐈𝐄
( 𝓼𝒆𝒂𝒔𝒐𝒏 𝓸𝒏𝒆 )
❛❛ i know how much it matters to you
i know that you got daddy issues
and if you were my little girl
i'd do whatever I could do ❜❜
ㅤㅤ─ daddy issues, the neighbourhood
─── Os soldados nos viram na escola. Eles nos abandonaram. Depois, eles bombardearam. ─── Namra disse enquanto caminhava ao lado de Onjo e Yoona.
Depois de Cheongsan, assim como aconteceu antes, se sacrificar para que o grupo pudesse fugir e as áreas serem bombardeadas assim como Namra tinha dito, o grupo tinha se refugiado na floresta. No meio da confusão e fumaça durante o bombardeio, Daesu acabou machucando sua perna e agora precisava da ajuda de Wujin para caminhar.
─── Pra eles, alguns adolescentes mortos vale pelo número de infectados que foram explodidos, ─── O repúdio na voz de Yoona entregava tudo que ela sentia naquele momento, mas ela respirou fundo para soar mais calma ao completar sua fala ─── mas a gente sobreviveu até aqui.
─── Acho que foi minha culpa. ─── Namra voltou a falar, olhando para o chão. ─── Como estávamos com os zumbis, eles devem pensar que não somos zumbis nem humanos, como eu. Talvez tenham pensado isso.
─── Não diga isso. ─── Onjo disse baixo, olhando para ela.
─── Não tem problema se eu ficar com vocês assim? ─── A presidente perguntou, olhando para as duas garotas.
Onjo negou com a cabeça. ─── Você é nossa amiga e a presidente de classe. Não teríamos sobrevivido sem você.
─── Você ajudou a tirar Gwinam do terraço, e ajudou a gente a sair de lá pra ir pro ginásio, e avisou das explosões. ─── Yoona concordou, sendo direta. Era uma coisa simples de ser percebida, em sua opinião. ─── Mesmo se a gente tivesse conseguido fazer uma dessas coisas sozinhos, a gente provavelmente teria morrido tentando fazer uma das outras. Não teríamos conseguido sem você, e nem queríamos. Não por você ter uma "vantagem", mas por você ser nossa amiga.
─── Você nunca se transformou, e nunca vai se transformar. ─── Onjo completou, continuando a tentar confortar Namra.
─── A gente é um grupo, presidente. ─── Yoona disse, afagando o braço de Namra, da mesma maneira que sabia que Yerim teria feito se estivesse ali em seu lugar. Yoona continuou acompanhando a conversa das amigas, concordando quando Onjo disse que poderiam fazer uma fogueira novamente naquela noite, já que Namra tinha gostado muito da última vez.
Seria bom ativar uma memória feliz em um momento assim.
─── Merda, acho que estamos perdidos. ───Mijin reclamou, parando na frente do grupo. ─── Sinto que estamos andando em círculos.
─── Hari, veja! Tem algo ali. ─── Wujin disse para a irmã, apontando para um galho abaixo do pequeno morro que eles estavam.
Assim que desceram para ver o que era, e encontrando uma fita amarela amarrada no galho, Hari continuou a encontrar mais fitas indicando um caminho. Quando Onjo agachou ao lado de uma lanterna e começou a chorar, suas outras colegas só observaram sabendo que não podiam fazer nada.
Yoona não conseguia acreditar que aquela era a cidade onde cresceu.
O lugar estava totalmente coberto por uma enorme neblina de fumaça, e Yoona tentava ignorar o fato de ter sido a mesma explosão que matou Cheongsan algum tempo antes. As ruas estavam cobertas de papel e destroços, mas pelo menos não tinha nenhum corpo que ela conseguia ver. E isso incluía os caminhantes mortos afetados pelo vírus, o que já era algo próximo de uma vitória.
De qualquer maneira, Yoona mantinha em mãos o taco que tinha pegado de Jinyoung, já que o terceiranista tinha se armado novamente com o taco que pertencia a Daesu ─ que obviamente não estava em condições de lutar. Inclusive, o colega de Yoona estava se apoiando em Suhyeok e Wujin para conseguir andar. Nas costas de Yoona, ainda estavam seu arco e sua aljava improvisada.
Taewon e Jinyoung caminhavam ao lado de Yoona, como duas paredes para manter ela segura.
─── Aqui está muito quieto. ─── Minho sussurrou, aparecendo ao lado de Jinyoung. Desde que saíram do primeiro ginásio, os dois garotos estavam acostumados a permanecer lado a lado, então Yoona sequer se assustou.
─── Bom, considerando que jogaram bombas aqui perto, eu não acho muito estranho. ─── Jinyoung sussurrou de volta, engasgando em uma risada assustada.
─── Não tendo mortos por aqui, já é algo bom. ─── Taewon se aproximou de Yoona para falar com o tom baixo. Queria conseguir conversar com os amigos e ser ouvido por eles, mas ao mesmo tempo não queria arriscar pensar que estavam totalmente sozinhos. ─── E eu digo dos dois tipos.
Yoona respirou fundo, mas concordou com um barulho baixo, e ouviu o mesmo vindo dos dois garotos que estavam do seu outro lado. Era exatamente o que ela tinha pensado algum tempo antes. Quando Taewon começou a se afastar novamente, todos eles cessaram seus passos ao perceber que Namra tinha parado. ─── Esperem. ─── A presidente disse.
Como que por instinto, Yoona se aproximou de Taewon e fechou seus punhos mais fortemente ao redor do objeto em suas mãos. Todas as vezes que Namra agia assim, terminava em alguma catástrofe acontecendo com o grupo. Quando ela sentiu a mão de Taewon nas suas costas e levantou o olhar apenas para encontrar os olhos ansiosos e hesitantes do garoto, ela sabia que ele pensava do mesmo jeito.
Em um movimento rápido, Namra se virou para olhar o caminho de onde o grupo tinha vindo, fazendo com que todos olhassem para trás assim como ela. O caminho permanecia vazio e apenas coberto pela neblina, mas obviamente tinha algo que apenas a presidente conseguia detectar. E não era algo bom.
─── O que foi, Namra? ─── Onjo perguntou, ao lado da garota.
Suhyeok foi o primeiro a sair do lugar, andando preocupado até Namra após soltar Daesu ─ que gemeu de dor por causa da falta do apoio, mas Jinyoung rapidamente correu até lá para ajudar o segundanista. ─── O que foi? Tem alguma coisa aqui?
─── Zumbis. ─── Foi tudo que ela disse. Yoona continuava olhando na mesma direção de Namra, sentindo seu corpo ficar cada vez mais ansioso porque não tinha nada lá. ─── Por todo lugar.
─── É mais um motivo pra gente ir embora. ─── Taewon frisou, apertando mais o aperto ao redor de Yoona em um instinto protetor, ignorando a presidente, que agora contava os mortos que conseguia ouvir. ─── Se a gente ficar aqui, só vamos aumentar a chance de acabarmos mortos.
─── Ele tem razão. ─── Suhyeok concordou, acenando com a cabeça. ─── Vamos! ─── Ele exclamou em um sussurro, puxando Namra pelo braço assim que viu que Jinyoung tinha substituído seu lugar ao lado de Daesu.
Os outros não hesitaram antes de começarem a correr, se dividindo de maneira que Daesu ─ por estar machucado ─ ficasse no meio para que ele e os dois colegas que o ajudavam não fossem pegos de surpresa por estarem mais lentos que o restante. Yoona sentiu sua mão ser agarrada por Taewon, garantindo que os dois ficassem lado a lado.
Eles corriam por entre os becos e ruas da cidade, esperando encontrar qualquer coisa. Algo que fizesse eles ficarem seguros, que os ajudasse a fugir, qualquer coisa. Yoona sabia que o barulho da corrida poderia atrair mais infectados, mas pelas expressões que Namra fazia quando olhava para trás ela tinha certeza que eles já estavam ferrados e ficariam ainda mais se não encontrassem algum lugar para ficar.
Talvez teria dado certo, mas a perna de Daesu falhou, mesmo com o apoio dos dois colegas, e ele, Jinyoung e Wujin caíram direto no chão. Nenhuma pessoa do sequer teve tempo de falar alguma coisa, porque assim que se viraram para trás os mortos já estavam chegando.
Quase inconscientemente eles se dividiram e cada um começou a seguir em alguma direção. Taewon não hesitou em correr até seu melhor amigo, empurrando o zumbi que se aproximava de Jinyoung antes de puxar o garoto pelo braço até que ele estivesse em pé. Ao menos foi isso que Yoona conseguiu perceber enquanto corria para o centro do quase círculo que o grupo formou, deixando o taco cair no chão e puxando seu arco e uma flecha rapidamente.
Ela sentia era seu peito subindo e descendo rapidamente ao mesmo tempo que ouvia seu coração quase saindo pela boca e o barulho de Minho, que tinha permanecido do seu lado, batendo nos mortos que se aproximavam dos dois pelo lado que Yoona não mirava. Tudo que Yoona fazia naquele momento era focar, principalmente, naqueles que se aproximavam de Taewon e Jinyoung. Yerim fez tudo para proteger os outros quatro do grupo inicial, e ela faria o mesmo.
Até que as flechas acabaram e Yoona jogou seu arco para longe, se abaixando para pegar o taco no chão e ajudando Minho a liberar o caminho para Taewon e Jinyoung, que faziam seu caminho de volta para perto deles.
O exército estava lá.
Eles não tinham ido atrás dos sobreviventes novamente desde que os abandonaram no topo do colégio, mas estavam ao redor da cidade. Yoona não sabia se aquilo tinha aumentado sua raiva, ela estava muito cansada e aliviada por finalmente poder parar de ter que sobreviver para entender isso naquele momento.
Fazia quase uma hora que os sobreviventes estavam sentados em uma sala dentro da instalação que o exército estava usando como centro de atividades e centro de quarentena. Yoona sentia o corpo de Taewon grudado do lado do seu, assim como esteve desde que entraram ali e ele empurrou a carteira para mais perto da dela, e ela se sentia aliviada por isso porque era bom ter a afirmação de que ele estava ali.
Aos pés de cada um deles tinha uma caixa com mantimentos dados pelo exército após eles terem liberado os alunos, e Yoona quase tropeçou na sua ao levantar assim que o interrogatório acabou. A mão de Taewon foi rapidamente para o cotovelo de Yoona, e, ao olhar para ele, ela encontrou os olhos preocupados do garoto. Ela balançou a cabeça e abaixou para pegar sua caixa, enquanto seus outros colegas já deixavam a sala.
Yoona viu Jinyoung parado do lado de fora ao lado de Minho, que segurava a porta com um sorriso gentil, que ela retribuiu, e então ela saiu da sala ao lado de Taewon.
Ela estava cansada, mas ainda estava atenta ─ afinal, menos de duas horas atrás ela estava fugindo ─ e percebeu a movimentação entre os soldados desde que ela tinha dito seu nome para o registro. Assim que ela saiu, Yoona viu os soldados enfileirados na parede e batendo continência enquanto o general do exército passava entre eles e andava diretamente até o grupo, totalmente focado e ignorando todos os outros.
Os colegas de Yoona estavam divididos em um misto de confusão e susto, sem entender por que um general ocuparia seu tempo com um grupo de adolescentes. A garota até ouviu um sussurro de Daesu dizendo que eles com certeza tinham dito algo errado no interrogatório e seriam presos, parando de falar assim que o general parou na frente deles. O garoto bateu uma continência estranha, resmungando de dor quando recebeu uma cotovelada de Hyoryung, e alguns dos colegas até se afastaram.
Yoona, por outro lado, continuou parada e só apertou os lábios um no outro, antes de respirar fundo e falar. ─── Oi, pai.
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