𝕮𝖆𝖕𝖎́𝖙𝖚𝖑𝖔 𝕯𝖔𝖎𝖘

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ATENÇÃO! Esse capítulo contém gatilhos! - violência, assassinato, etc
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"𝑨 𝒗𝒊𝒏𝒈𝒂𝒏𝒄̧𝒂 𝒑𝒐𝒅𝒆 𝒑𝒓𝒐𝒑𝒐𝒓𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒓 𝒖𝒎 𝒂𝒍𝒊́𝒗𝒊𝒐 𝒎𝒐𝒎𝒆𝒏𝒕𝒂̂𝒏𝒆𝒐, 𝒎𝒂𝒔 𝒐 𝒑𝒓𝒆𝒄̧𝒐 𝒆́ 𝒂 𝒑𝒆𝒓𝒅𝒂 𝒅𝒂 𝒑𝒓𝒐́𝒑𝒓𝒊𝒂 𝒉𝒖𝒎𝒂𝒏𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 "

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𝐕𝐈𝐍𝐆𝐀𝐍𝐂̧𝐀 𝐏𝐑𝐎𝐅𝐔𝐍𝐃𝐀 𝐄 𝐉𝐔𝐒𝐓𝐀, uma força que impulsiona a alma a buscar equilíbrio. É uma mistura de fúria controlada, dor transformada, determinação inabalável e anseio por justiça. Uma chama interior que arde, guiando passos firmes em direção à verdade e à redenção.

Madison sabia que Saint Charloss era um homem ambicioso e arrogante, como todos os Dragões Celestiais. Eles eram uma aristocracia opressora, cuja ascendência divinizada os leva a uma postura de superioridade desmedida. Seu poder era sustentado por uma teia de manipulação, exploração e controle, exercido sobre os governos e instituições. Tendo suas visões de mundo marcada por um elitismo extremo. Onde "inferiores" são vistos como meros objetos de exploração.

E foi por uma dessas que Tobias foi morto.

Ela se aproximava da cama de Saint Charloss enquanto o mesmo encarava seu corpo sem desviar os olhos, nem notara que Madison estava sem sua corrente em volta do pescoço.

Homens. Pensou Madison.

- Não chamei. - ele se aproximou de Madison dando um sorriso ganancioso. - Mas agora você irá ficar. - A puxou pela cintura com força, fazendo Madison soltar um gemido de dor pela brutalidade.

Era sempre assim. Ele a tratava sem o mínimo de delicadeza e Madison tinha que ser submissa a toda e qualquer atitude. Mesmo quando ele apalpava suas coxas e ela não gostasse, quando ele passava as mãos pelo seu rosto o apertando, quando ele tocava nela sem aviso prévio. Mas principalmente, quando ele a obrigava a fazer "amor" com ele, mesmo que ela não quisesse.

Ela estava cansada disso.

Agora, ele não poderia encostar um dedo em Hancock ou suas irmãs. Agora, Madison tinha a opção...

Antes que Saint Charloss pudesse iniciar qualquer ato, as asas de Madison surgiram numa velocidade imaginável e quebraram o capacete transparente em volta da cabeça dele. Saint Charloss caiu imediatamente para trás com o impacto. E em menos de um minuto seu rosto apresentava uma imagem desoladora, marcado por cortes profundos e irregulares, como se a pele tivesse sido rasgada por garras afiadas. Cacos de vidro espalhados, como pequenos cristais sangrentos, penetravam fundo na pele, causando feridas abertas e dolorosas. A testa tinha cortes diagonais com sangue coagulado, enquanto uma lasca de vidro fina cravava-se na sobrancelha esquerda. Seus olhos ficaram inchados e vermelhos lacrimejavam intensamente, e o nariz quebrado sangrava abundantemente. Seus lábios fendidos e inchados revelavam bolhas de sangue, e a pele retalhada exibia feridas profundas, como se o próprio vidro se tornasse parte do rosto.

Asas de borboletas eram inofensivas, mas não quando Madison as usava.

- SUA VADIA! O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO?! - Saint Charloss gritou irritado olhando os cacos de vidros caindo em suas mãos escorrendo sangue, o seu próprio sangue. Sangue de uma elite, o sangue de uma classe nobre estava sendo derramado. Ele se levantou com dificuldade, cuspindo o líquido vermelho que se acumulava em sua boca.

Estava possesso de ódio. Como aquela mulher vulnerável e frágil, que há cinco anos atrás não fez nada apenas ficou apenas chorando vendo o corpo do menino morto no chão enquanto ele ria da situação, havia o derrubado com um único só golpe?

- Estou fazendo o que deveria ter sido feito a anos atrás. - Madison respondeu. Sua voz não transmitia emoção nenhuma enquanto ela encarava o rosto deformado de Saint Charloss.

Só que, Madison havia esquecido de considerar a altura do homem. Ele veio para cima dela com um soco, explorando a brecha da diferença de altura. As asas de Madison se fecharam em volta de si como um escudo para os socos desferidos de Saint Charloss, ela as mantia firmemente enquanto pensava numa maneira de contra-atacar. Então, suas asas se abriram de repente, fazendo o homem ser jogado para trás novamente.

- Você tem ideia do que está fazendo?! Eu sou um nobre mundial! - Saint Charloss grunhiu. - Você não passa de uma escrava, uma puta! Sem mim você não é.... - disse levantado o tronco para encarar Madison.

- Cale a boca! - Madison o interrompeu. Suas borboletas começaram a voar em volta dela, todas da mesma cor de suas asas, roxas. - Neste exato momento, milhares de escravos estão sendo libertos, se você tiver azar não sobrará nenhum. EU AGUENTEI POR CINCO ANOS ESSA HUMILHAÇÃO! - diz se exaltando. - EU REALMENTE NÃO ENTENDO! O MESMO AR QUE CORRE EM SEUS PULMÕES, CORRE PELO MEU! O NOSSO SANGUE É VERMELHO IGUAL! E MESMO ASSIM VOCÊS SE ACHAM SUPERIORES UM FEITO DE SEUS ANTEPASSADOS! - Madison se aproximava lentamente do homem com uma aura assassina atrás de si, as borboletas voavam eufóricas ao redor do quarto. Ela parou em frente ao corpo de Saint Charloss, se posicionando no meio das pernas do homem que a olhava assustado pela energia do quarto. - Vocês são podres...seus ancestrais sentiriam vergonha.

Agora Saint Charloss não estava tão confiante assim. Ele sabia finalmente que ela poderia matá-lo num piscar de olhos. Seus braços apoiados tremiam enquanto encarava a figura em sua frente. Ela não parecia humana. Conforme Madison tinha andado até ele, a visão que ele tinha era dela com uma névoa roxa se formado atrás de seus passos, com asas surgindo atrás de suas orelhas, e os olhos...brilhando num roxo vibrante, como se tivessem acabado de achar uma presa.

- Não parecia tão corajoso agora, não é? - disse Madison debochando da cara assustada do homem.

- Se...se me matar, vo-você será caçada por assassinato de um nobre mundial! - gaguejou Saint Charloss engolindo em seco.

- Eu vou correr o risco. - Madison respondeu e pisou firme no meio das pernas do homem. O grito agoniante do homem percorreu pelo quarto.

- Madison - chamou Tobias ao lado dela - Temos que ir, a maioria já está indo embora.

Ela suspirou olhando o olhar preocupado de Tobias. Olhou para o verme no chão encolhido de dor e se decidiu. Se virou em direção á porta, mas antes de abri-lá, virou o olhando novamente.

- Kōgeki no junbi o shimasu ( 攻撃の準備をします) - Madison ordenou para suas borboletas ao esticar a mão na direção de Saint Charloss. Elas voaram rapidamente na direção do homem, grudando na pele dele como carrapatos.

- AHHHH! O QUE É ISSO?! SUA ESCRAVA FILHA DA PUTA! - Saint Charloss entrou em desespero. Não sabia do que reclamaria, da enorme dor em seus testículos, ou daquelas borboletas que voavam e grudavam ao seu redor. Tentava afastá-las, mas de nada adiantava, uma vez que tinham ordens de sua mestra, nada as impedia de cumprir o seu objetivo.

Madison abriu a porta do quarto e saiu com Tobias a acompanhando. Ouvindo os gritos desesperados de Saint Charloss.

Mas ele merecia mais...mais dor, mais sofrimento, o que ela faria não era nada comparado aos anos de angústia que ele trouxe para muitos.

- Bakuhatsu suru chō (爆発する蝶 - borboleta esplosiva) - Disse Madison fechando a mão em um movimento rápido. Ela saiu andando pelo vasto corredor enquanto uma explosão foi escutada dentro do quarto, ela não chegou a atingi-lá, ela não permitiu isso, podia controlar o raio das explosões de suas borboletas. Mas com certeza isso faria com que um incêndio se iniciasse. - Vamos Tobi. - Madison olhou para o garoto.

- Eu...Ah, Mad...

- Ei. Eu sei que você queria mais isso do que eu. - Madison disse caminhado pelo corredor de inúmeras celas abertas. Era reconfortante passar por ali sem escutar os gritos de dor e sofrimento dos escravos.

- Ahg! - resmungou - Eu só não queria que você se machucasse. Mas eu sei que ele merecia muito mais! - bufou frustrado. - Se ele não tivessem te escolhido, quem sabe eu não poderia estar vivo.

- E se você não tivessem um pavio tão curto. - afirmou Madison e o menino de 11 anos desviou o olhar envergonhado. - Eu lhe disse para não fazer nada.

Dando um último passo para fora do castelo. A morena parou para observar depois de anos o mundo por fora. O céu noturno se estendia sobre ela como um vasto manto de veludo, pontilhado por milhões de estrelas cintilantes. A lua cheia prateda e iluminosa, brilhava intensamente se estendo suavemente pelo horizonte. A brisa leve e gelada do vento veio em seu rosto, e por um segundo ela se permitiu respirar fundo aquele ar novamente. Com o som do caos ao longe, não....caos não...gritos felizes de escravos libertos.

Foi aí que ela se deu conta.

Estava livre de Mary Geoise.

- Ainda não entendo porque quer ficar aqui. Já não tem mais nada a fazer. - Madison olhou para Tobias. O espírito do amigo a acompanhava durante todos esses anos, mas agora que havia acabado tudo, não entendia o porque ele ainda queria ficar com ela, Tobias já estava pronto para partir fazia tempos.

- Nah, ainda te importunarei por mais algum tempo. Eu sumo as vezes, mas prometo que sempre voltarei para você. - Tobias brincou sorrindo para a mais velha. - Tem pessoas que eu ainda quero conhecer. - explicou olhando para o céu estrelado.

Madison não entendeu o que ele queria dizer, mas apenas acenou com a cabeça, esperava aproveitar um pouco mais da vida agora. Avistou um grupo de escravos roubando um navio, prestes a sair, notou que previsava ir embora dali também. Tobias vendo a reação demorada da amiga, riu.

- Vamos Madison! Corra antes que perca a carona. - ele avisou saindo correndo em direção do barco.

A mulher piscou atordada e saiu correndo em seguida, rindo feliz como uma criança. E por um momento, isso a fez lembrar de quando ela e Tobias brincavam, em quando eram felizes. Era estranho essa sensação...de felicidade.

Ela teria que se acostumar com isso.

5 anos atrás - Ilha de Kalthok - West Blue.

A ilha de Kalthok, localizada no pulmão de West Blue, era um oásis árido e quente, famoso por suas ferrarias renomadas e artesãos habilidosos. O clima lá era extremamente quente e seco, com temperaturas escaldantes entre 35°C e 45°C, umidades baixas e ventos intensos. A geografia árida e rochosa é marcada por montanhas escarpadas, vales estreitos e praias arenosas. A cidade principal, Kalthok, é uma fortaleza ancestral com ruas sinuosas, edifícios de pedra e argamassa, e mercados vibrantes.

Os cidadãos eram rústicos, resilientes e orgulhosos de sua herança, destacando-se como habilidosos artesãos que eram, comerciantes astutos e guerreiros treinados. A ilha era especialista em ferraria, metalurgia e em comércio de armas, com a lendária Oberon's Forge e o Museu de Armas Antigas como principais atrações. A cultura local era rica, com festivais como a Festa do Fogo e o Torneio de Armas, além de tradições orais e histórias de heróis locais. Kalthok é um destino único, onde a habilidade e a resistência se unem em uma experiência inesquecível.

Tinham vizinhos excelentes. Tabern Island ficava do seu lado, onde era liderada pela família Lharpy, um grande clã com bastante influência, a ilha era especialista em bebidas, então, tinham um acordo que ambos se beneficiaram com os recursos um dos outros. Enquanto eles lhe davam recursos de prazeres para a sociedade e lhe ajudavam com alimentos, Kalthok os ajudava no armamento e soldados.

Em meio ao calor extremo da ilha, existia uma jovem de 15 anos com cabelos azulados e escuros, ela era o inverno em meio a todo aquele calor, todos que chegavam perto dela se sentiam acolhidos e chegavam a se esquecer do calor que ali existia. Não tinha uma pessoa sequer da ilha que não conhecesse Madison, ela era neta dos donos do melhor restaurante que tinha na cidade, sempre servindo os clientes numa gentileza que encantava a todos.

Ao seu lado, andava sempre o garotinho ruivo, Tobias. Que nunca parava de tagarelar sobre algumas curiosidade sobre armas e ferraduras. Seu pai era um dos artesãos, por isso o garoto era completamente fascinado pelo trabalho.

- Mad, sabia que estão construindo espadas gêmeas?! - Tobias dizia animado enquanto ele e Madison caminhavam pelas ruas da cidade. Madison carregava uma cesta de compras que havia feito para o restaurante e observava serena para as ruas da cidade. - Pelo que o papai disse, é para a família Lharpy. A senhora Ária veio fazer pessoalmente a encomenda, ela disse que queria uma arma para dar para seus futuros filhos. Já pensou? Os futuros descendentes dos Lharpy! Será que eu já serei adulto quando eles forem crianças? - o garoto continuava entusiasmado - O que acha Madison?

- Não sei Tobi. A senhora Ária está grávida? - indagou Madison curiosa.

- Não sei, mas tem boatos de que ela espera um menino. - disse Tobias meio incerto. - Mas ela não está gorda. - falou inocentemente.

- Tobias! - repreendeu Madison rindo. - Não fale assim. Talvez ela esteja no início da gravidez, demora um pouco para aparecer o formato do bebê. - explicou.

- Ahh....faz sentido. - o garoto colocou a mão no queixo fazendo uma expressão pensativa. - Acha que vai ser menino ou menina?! Você consegue adivinhar com seu dom, não é?!

- Não é bem assim que funciona. - riu Madison. - Mas bem, não acho que vai ser uma menina primeiro. Mas se vier, ela será linda. Os Lharpy são uma família linda e feliz, com certeza ela será recebida com muito amor e carinho. - disse virando a esquina para a praça da cidade. - E sobre o nome, não sou eu que decido, Tobias. - disse rindo da reação do menino.

- Uau! - Tobias ficou encantado. - Queria ter seu dom! - disse se sentando na beira da fonte da praça.

- Não, você não gostaria...- respondeu Madison meio triste. - Eu vejo coisas boas Tobias. - se sentou ao lado do garoto olhando para as ruas, viu o senhor Kaito, esposo da senhora Esmeralda, ele havia falecido há nove anos. Estava ali, sentado na cadeira observando sua adorável esposa regando as plantas, ele a amava tanto. - Mas eu também vejo coisas ruins... - ela viu as sombras entre os becos a encarando, quando eles sabiam que ela podia os ver, não a deixavam em paz. - Não foi dom, foi apenas raciocínio.

Tobias a olhava meio culpado. Ele achava incrível o dom da amiga, mas nunca havia parado para pensar desse outro lado. Ele achava que era tudo muito simples, afinal, ele não conhecia ainda a grande parte da maldade do mundo.

- Não se sinta culpado Tobi. - disse Madison com ternura. - Ainda tem muito que aprender. - Ela começou a invocar suas borboletas, várias delas com asas roxas começaram a voar entre eles fazendo cosquinhas em Tobias, que ria alegremente. - Essa risada que eu gosto. Não fique desanimado. - sorriu gentilmente.

- São tão lindas. - disse Tobias quando uma das borboletas pousou em sua mão. - Você é incrível, Mad. - o menino sorriu.

Num instante o tempo mudou, os ventos começaram a se agitar e as árvores balançavam de um lado para o outro rapidamente. Pessoas chegaram desesperadas e se reuniam na praça em filas nas laterais das ruas, deixando o meio como uma passarela livre.

As duas crianças olhavam a situação confusos, o que estava havendo?

- Venham crianças, rápido! Se ajoelhem aqui no canto! - Uma conhecida, Margareth, os chamou. Madison e Tobias atenderam seu pedido rapidamente e se ajoelharam ao lado da mulher.

- O que houve Margareth? - perguntou Madison confusa. Ela nunca tinha visto uma situação como essa.

- Dragões Celestiais. - sussurrou a mulher. - Vieram aqui na ilha, Rogers avisou do porto.

- Dragões Celestiais?! - indagou Madison surpresa. Ela sabia muito bem quem eram, sua avó lhe avisou sobre eles. A garota não ia nem um pouco com os ideias dos mesmos, mas sabia que se quisesse viver, deveria ficar quieta e obedecer.

- Ei, Mad. - Thomas puxou de leve o vestido branco que Madison usava. - o que são Dragões Celestiais?

- São uma classe social de elite. - explicou ela rapidamente. - Tobi, me prometa que não vai falar nada, não questionei, não faça nada! Entendeu? - disse Madison com seriedade.

Tobias concordou com a cabeça e logo uma voz se fez presente.

- Ora, ora, o que será que temos aqui?

Lá no início da fileira de cidadãos ajoelhados, na passarela, surgiu um homem montado em outro homem com quatro guardas ao seu lado. Saint Charloss era seu nome, com seu típico capacete transparente em volta da cabeça. Ninguém na vila sabia o porquê o homem estava ali, era um mistério, por que uma elite viria até o meio de West Blue?

O homem que servia como sua montaria foi praticamente se arrastando para trazer o Dragão Celestial em suas costas, ele era enorme, e apesar do bom porte do escravo, estava nítido que ele não estava mais aguentando.

Madison viu Tobias do seu lado se remoendo. O menino odiava injustiças, mas Madison torcia para que dessa vez, ele conseguisse deixar passar para que nada de ruim lhe acontecesse.

- Velho folgado. - sussurrou Tobias impulsivamente. Para seu azar, Saint Charloss estava passando em sua frente nesses exato momento.

Saint Charloss parou e encarou Tobias. Ele havia falado mais alto do que imaginara. Madison começou a suar frio, por Deus, ela havia pedido para ele ficar quieto.

- O que você disse moleque?! - Saint Charloss pegou a arma de seu bolso e a engatilhou apontando para o garoto. Ele encarava firme o Dragão Celestial, não tinha medo dele.

- Eu disse..

- Foi um erro meu senhor. - Madison interrompeu Tobias se jogando na frente do mesmo, se jogando na frente da mira de Saint Charloss. - Me perdoe, meu amigo é imaturo, falou sem pensar. - ela estava desesperada, não poderia perder o pequeno.

- Você...- Saint Charloss a analisou de cima abaixo abrindo um sorriso malicioso. - Uma moça bonita... será minha escrava pessoal!

- O que? - perguntou Madison atordoada, ela estava tentando ver se havia escutado direito. O som surpresa nas respirações da população foi de imediato. Eles já sabiam o que aconteceria.

- É o que?! - Tobias se intrometeu novamente se pondo a frente de Madison, encarando o dragão celestial com puro ódio. - Você não vai levar a Madison! Ela é preciosa para todos na ilha! Quem você...

Ele nunca terminou. O som de um tiro foi disparado e em seguida um grito de pavor foi escutado e logo depois outro disparo.

Madison estava paralisada. O que havia acontecido?

Olhou para seu vestido branco, agora estava manchado de vermelho. Tocou em seu rosto sentindo um líquido vermelho descer pelo mesmo.

Então ela viu....

O corpo do pequeno Tobias na sua frente no chão, aquele pequeno corpo ficando palido a cada segundo que se passava. Com um ferimento no ombro e outro no centro da cabeça...um tiro.

Gritos dos cidadãos foram escutados, alguns começaram a correr em direção de Saint Charloss, mas mais tiros eram disparados pelos guardas que o acompanhavam e corpos iam caindo no chão antes mesmo de chegarem ao destino. Madison estava paralisada, ela não queria acreditar...era mesmo Tobias ali? Morto?

A risada do Dragão Celestial foi escutada. Ele ria. Ria da morte estúpida do garoto que havia o desafiado.

Uma dor intensa veio em seu coração ao continuar encarando o corpo de Thobias. Seus olhos se encheram de lágrimas enquanto uma mistura de emoções a invadia. A tristeza profunda se misturava com raiva e desespero, e Madison se sentia culpada por não poder proteger a vida inocente. Ela soluçou sem acreditar e abraçou firmemente o pequeno corpo.

- Tobi, acorda, vamos, não é hora para brincadeiras. - sua voz saia embargada pelo choro. - Tobi! Não faz isso comigo.... Por favor.... - sua voz foi morrendo a cada palavra dita.

Madison foi tirada a força pelos guardas, que com muita insistência e ameaças, conseguiram a fazer soltar o pequeno corpo e começaram a levá-la para longe. Ela não tinha forças...viu de longe o pai de Tobias sendo segurando por três cidadãos para não corre o risco de ser morto, ele chorava de raiva, de tristeza, de tudo que pudesse sentir naquele momento. E para piorar sua situação, viu sua avó, chorando a olhando, sendo amparada por duas amigas. O rosto de sua avó, ela sabia que seria a última vez que a veria.

Diversos corpos mortos no chão, alguns aínda protestaram para libertarem ela, mas Madison não queria que ninguém mais morresse por conta dela. Não era justo. Por isso ela nem se forçou a revidar, ela queria que todos de sua ilha ficassem em paz. Dando um último olhar para sua avó, ela a olhou com lágrimas nos olhos, sorrindo para a mais velha não se preocupar. E num último sussurro silêncio, Madison disse:

"Eu te amo"

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𝕹𝖔𝖙𝖆𝖘 𝖉𝖆 𝕬𝖚𝖙𝖔𝖗𝖆

Espero que tenham gostado💜 não se esqueçam de curtir o cap e comentar.

Sim, Saint Charloss foi de Vasco e não vai voltar 🙌

Para dar uma suavizada depois desse cap, trouxe alguns memes 👁️👄👁️

Madison para Saint Charloss:

Madison saindo plena como se não tivesse acabado de matar um Dragão Celestial:

Tobias quando Saint Charloss disse que levaria a Madison:

Tobias quando a Madison fala pra ele que a ele já pode passar para o véu: