𝙐𝙢𝙖 𝙧𝙤𝙨𝙖

Oi amores, voltei com mais um capítulo espero que tenham gostado do capítulo anterior amo vocês .

Boa leitura a todos!

O Jung caminhava seguindo o cheiro fraco de morangos e chantilly. Adentrando a floresta, seu olfato se perdeu dentre o odor das flores e ele praguejou ao perceber que havia perdido o único rastro que tinha. Seguiu o caminho com as pedras e não deixou de notar a trilha de galhos quebrados, seguindo até o campo de Tulipas e o levando até uma árvore. Seguiu aquele caminho e então sentiu o cheiro mais forte de menta.

— Você não costuma descer a montanha, Choi . — sorriu. — Parece que está atrás do ômega novamente. — negou com a cabeça, suspirando. — Ah, irmão. Por que precisa ser tão teimoso? — bagunçou os cabelos, frustado.

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— Não pense muito sobre isso, ok? — o lúpus puro tentava acalmar o ômega, que olhava as mechas com um desespero evidente no olhar.

— Não pensar sobre isso? — O Jung aumentou seu tom, e o lobo de Choi não gostou nada daquilo. — Algo está errado. Eu preciso voltar. — O menor caminhou até o guarda-roupa do alfa, procurando o casaco de sua mãe.

— Você não pode, e época de caça, esqueceu? — Wooyoung pegou a peça que procurava e não pensou duas vezes antes de sair pela porta. —  Não faça isso. Você está sendo imprudente, Jung. — O garoto não o dava ouvidos. A colina já era descida pelo pequeno. — Pare aí mesmo. — tentou mais uma vez e então se surpreendeu ao perceber o ômega começando a correr para longe de si.

— Mamãe? — O pequeno entrou no quarto da ômega, encarando a mulher que costumava uma peça de roupa. — O que está acontecendo? Por que meus cabelos estão assim?

A mulher o fitou. Arregalando os olhos quando percebeu as pontas do cabelo do pequeno ômega num rosa vivo. Rapidamente ela se agachou, procurando por qualquer ferimento, tocando as pontas do cabelo do menor e vendo que a cor não saia dali.

— Wooyoung. Onde você estava? — seus olhos eram repletos de preocupação.

— Eu e Joong fomos até a beira do rio, para buscar água, como a senhora pediu.

— Você tocou em algo estranho? —  indagou preocupada.

— Não. Mas eu vi um garoto, do outro lado.

— Você tem certeza? O rio é grande. Pode ter sido algum animal.

— Não, mamãe. Eu tenho certeza. Eu o vi. Mas ele sumiu. E então ele apareceu na minha janela agora pouco, mamãe. Ele me deu isto. — O Jung lhe mostrou a flor, num vermelho vivido. Um vermelho escarlate.

— Uma Rosa.

— O que a Rosa significa?

A Jung encarou o ômega, um sorriso nos lábios tentando disfarçar a preocupação.

— Acho que você deveria descobrir sozinho, querido. — sua mãe acariciou seus cabelos. — E sobre isso. — segurou alguns fios avermelhados, suspirando. — Não veja aquele garoto novamente. Ele lhe trará a morte.

— E se eu encontrar com ele?

— Então fuja.

Os passos do Jung mantinham-se no mesmo ritmo, vendo que o alfa, agora corria atrás de si e não demorou para que o alcançasse.

— O que você está fazendo? — o lúpus perguntou, segurando seu pulso de forma brusca. — Precisamos voltar agora.

— Não. — Jung pediu ofegante. — Eu preciso ir pra casa. Eu preciso estar longe de você. Você... Você irá me matar.

—  Eu não vou. —  O Choi o olhou confuso. — Por que diz isso?

— Essa não é a primeira vez que a cor aparece, San. Ela me disse que isso me traria a morte. Você me traria à morte. — apontou para o alfa.

— Não. Eu nunca te machucaria. Eu juro, Jung. Os lúpus não são assim. Confie em mim. Se quisesse o machucar, já teria feito.

Jung suspirou. As dúvidas ainda rodavam sua mente. Mas não houve tempo para pensar. O alfa ouviu os galhos se quebrando e seu coração acelerou. Ele precisava levar Wooyoung de volta, alfas se aproximariam a qualquer momento se o vissem ali.

— Ora, ora. — O alfa moreno surgiu entre os galhos olhando atentamente o ômega e respirando fundo, inalando o cheiro de morangos com chantilly. —  O que temos aqui? — Seu olhar tornou-se para o lúpus, que agora possuía uma feição séria, mas ao mesmo tempo preocupada. — Pensei que nossos pais tivessem sido claros, dongsaeng. — A cabeça do mais baixo se encheu de dúvidas. — Não se aproxime do ômega. — O mais velho repetiu as palavras, proferidas anos atrás por sua mãe para o lúpus menor. — Você até que me enganou por um tempo, sabe? Fez eu pensar realmente que você desistiria. Mas aqui estamos. De novo.

O lúpus não demorou a se colocar na frente do Jung, como se protegesse sua presa. Um rosnado ecoou. As orbes escarlates tomaram cor nos olhos do Choi . O cheiro de menta expandiu-se.

— O que está acontecendo, San? — Wooyoung se pronunciou, sua voz tão trêmula quanto o resto de seu corpo, fazendo o maior o olhar preocupado. Ele não podia recuar agora. Não quando sabia que seu irmão estava prestes a levá-lo de si novamente.

— Eu não quero brigar, hyung. Por favor, vá embora. — San pediu, mesmo já sabendo qual seria a sua resposta.

— É preciso. — Seonghwa estendeu os braços. —  Por favor, San. Me entregue ele. — pediu mais uma vez, sussurrando para não acordar o de cabelos vermelhos.

— Eu não posso. — O Choi mais novo recuou, com o garoto que dormia serenamente em seus braços. — Seonghwa-hyung. — Negou freneticamente quando o outro alfa tentou se aproximar.

— Eu prometo que vou cuidar dele, tudo bem? — O Park mais velho se desesperou ao ver os cabelos do ômega começarem a tomar uma cor vermelha nas pontas. —  Você precisa me entregá-lo agora, San.

O mais novo relutou ao entregar o pequeno nos braços do lúpus mais velho.

— Você fez a coisa certa. — Seu pai tocou seu ombro, tentando acalmar o pequeno lúpus que agora chorava desesperado ao ver seu irmão levar o garoto para longe de si.

San correu até Seonghwa.

— Espere. — o irmão o olhou. — Deixe eu levá-lo, por favor.

O lúpus mais velho suspirou. Entregou o ômega de volta nos braços de seu dongsaeng. O caminho foi silencioso, as lágrimas caiam sem pausas de segundos. San colocou o ômega sobre a cama e deixou um beijo em sua testa. Pulou a janela preparado para voltar quando ouviu o pequeno resmungar. Olhou para trás. Jung coçava seus olhos, sonolento.

— Quem é você? — Wooyoung  encarou as orbes, pela primeira vez, escarlates.

Choi olhou para a pequena Rosa que nascia entre a grama. Nunca havia visto aquela flor nascer de forma tão rápida, e se abrir de tal maneira, San a pegou e atravessou o braço pela janela, estendendo a flor para o ômega. Jung se aproximou, alcançando a planta e a cheirou. Encarou a pequena e delicada planta, desconhecida por si. Voltou seus olhos à janela, entretanto já não havia mais nada ali. Sentiu sua bexiga apertar e correu para o banheiro, se assustando ao notar as pontas vermelhas em seus cabelos no espelho.

— San. Por favor. Eu o protegi, não o protegi? Ele está bem, como pode ver. — Seonghwa se aproximou, vendo o mais novo recuar outra vez.

— Do que ele está falando? — Wooyoung encarou o maior, confuso.

— Seu pai está preocupado com você, Wooyoung. — Seonghwa tomou mais um passo com cautela. — Hongjoong está preocupado.

— Como o conhece? — Jung juntou toda sua coragem para sair de trás do lúpus quando um sorriso singelo se fez presente no rosto do outro alfa.

— Eu sou aquele garoto de quem Hongjoong vive falando pra você. — seu sorriso apenas aumentou ao ver que estava ganhando a confiança do ômega.

Outro passo foi dado antes que Wooyoung sentisse sua mão ser agarrada com delicadeza. Voltou-se para a face do Choi . Por que o alfa parecia ter tanto medo?

— Vamos para casa. — Seonghwa chamou sua atenção. — Eu prometo que se me deixar levá-lo, não vou deixar que nada lhe aconteça. — O alfa estendeu-lhe a mão.

— Não. — San se pronunciou. — Ele vai ficar comigo. Vamos assim que a caçada acabar.

— Acho que não é você quem decide isso. —  Seonghwa olhou para o ômega que mantinha-se pensativo. San o encarou também.

Jung fitou as orbes escarlates. Mantendo o contato visual ali. Eram tão lindas. San parecia ser um lugar seguro. Wooyoung sentiu seu coração acelerar. Os olhos do Choi lhe observavam com tanta intensidade, gritavam para que Wooyoung não fosse, não agora. Não estaria disposto a deixá-lo. Ele não estava pronto para isso, não queria isso, nunca mais. O ômega lhe trazia uma sensação indescritível. Atiçava seu lobo. O deixava louco.

Jung sorriu, um sorriso triste. Um sorriso que não demorou a desaparecer quando abandonou a mão do alfa.

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