𝙎𝙚𝙦𝙪𝙚𝙨𝙩𝙧𝙖𝙙𝙤𝙨

Oi amores, voltei com mais um capítulo espero que tenham gostado do capítulo anterior amo vocês .

Boa leitura a todos!

— Os lúpus ficarão no Sul, enquanto os alfas no norte da vila. Não sabemos de que lado eles atacarão, por isso teremos que ser cautelosos. — Jennie explicava. — Metade dos betas vão ficar no leste e a outra metade no oeste. É menos provável que ataquem nesta região. — Os outros dois presentes na sala apenas concordaram para que a Kim seguisse com o plano.

— Podemos esconder Wooyoung no quarto secreto. San terá que ficar com ele já que a marca é recente, não devemos arriscar separá-los. — O Song se pronunciou.

— Mingi tem razão. — O Choi concordou. — Ainda não sabemos quem é o traidor daqui, então eu sugiro que façamos isso em segredo.

— Ainda estou apreensivo sobre juntar os ômegas. — O beta mordeu o lábio inferior, suspirando. — Os lúpus não vão confiar cegamente nos alfas e nem vice-versa. Estaríamos mentindo se disséssemos que eles apenas protegeriam uns aos outros sem qualquer conflito se os juntássemos nessa área.

As mãos da alfa apertaram a carne de sua cintura em uma tentativa de calma.

— Teremos os lúpus em uma casa e os ômegas em outra. Eu quero no mínimo vinte alfas ao redor. As crianças ficarão no portão. — A Kim respirou fundo antes de prosseguir. — Os primeiros a avistarem a vila do Sul se aproximar darão o sinal e eu quero todos reunidos com exceção dos que ficarão de guarda nas casas. — A alfa encarou o Choi. — Seonghwa, todos os lúpus já chegaram?

— Foi informado que sim.

— Ótimo. Vamos nos preparar.

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Jung sorriu ao receber outro selar sobre a marca em seu pescoço. As mãos do alfa rodiavam sua cintura enquanto alguns beijos eram distribuídos sobre seu rosto.

— San-ah, pare de ser bobo. — O ômega desferiu um tapa em seu braço, sentindo sua face queimar pela vergonha que o lúpus estava o causando.

— Você sequer consegue estar bravo. — Wooyoung revirou os olhos com a afirmação.

O sorriso do Choi foi desaparecendo aos poucos ao sentir a mistura dos vários odores cada vez mais perto.

— Wooyoung. Se esconda. Agora. — O ômega o encarou confuso. — Rápido. — A feição do alfa pareceu ainda mais desesperada.

Jung correu para o quarto de seu pai, trancando-se dentro do cômodo. Pôde ouvir o som alto da porta sendo arrombada. Seu corpo inteiro tremeu.

— É melhor que não se aproximem. Para o próprio bem de vocês. — San ameaçou, vendo três dos cinco alfas presentes ali recuarem.

— Está enganado se pensa que sairá daqui vivo. — O de cabelos escuros riu. — Yugyeom, Youngjae, se quiserem começar a festa.

Choi observou quando dois alfas vieram para cima de si, cerrou os punhos. O vermelho em seus olhos nunca estivera tão vivo.

Jung ouviu o som estridente do vidro se quebrando, olhou para trás, avistando dois alfas adentrarem o quarto. Recuou, girando a maçaneta e voltando a abrir a porta.

— Saia daqui! — O lúpus gritou, vendo Wooyoung ser cercado por dois outros alfas. — Não. Ele não. Não o toquem.

As mãos do Choi seguraram o pescoço de um dos inquilinos, apertando forte, o asfixiando. Observou quando um saco foi colocado na cabeça de Jung e ele foi levado. San tentou a todo custo se soltar. A raiva corria por suas veias de uma maneira indescritível. Seu lobo gritou dentro de si. Ele conseguiu sentir todo o medo de Jung, o ômega estava tão assustado. E isso foi a última coisa que sentiu antes de algo pesado acertar sua cabeça e tudo escurecer.

O alfa caminhou até a porta de sua casa, sentindo cheiros desconhecidos tomando o local. Quando girou a maçaneta seus olhos se arregalaram ao ver móveis completamente destruídos, objetos quebrados sobre o chão. Correu pelo lugar, procurando por seu filho e Choi. Nada. A casa estava completamente vazia.

— O que aconteceu aqui? — Mingi o encarava tão aterrorizado quanto.

— Parece que os planos mudaram. — Seonghwa suspirou.

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O ômega abriu os olhos, a respiração descompassada. Sentiu toda a preocupação de San pela marca. Seu coração apertou, porque ele estava com dor, muita dor. Choi estava sendo machucado. Observou o local em que estava. Correntes prendiam seus braços e suas pernas, o lugar era frio, lhe trazendo arrepios e tremores. Lágrimas começaram a cair por seu rosto, podia-se ouvir o som das goteiras. Era húmido, tão gelado. Por que Wooyoung sentia-se tão fraco? O gosto do sangue em sua garganta, o pavor de seu alfa.

— Está tudo bem. — Ouviu a voz de Choi, procurando em volta, sem sinal algum do maior. — Não tenha medo, uh?

— San? — Ele arregalou os olhos. — Como?

— Não temos tempo. Eu lhe explico depois. Vou tirar a gente primeiro.

Ouviu o ruído da porta sendo aberta, o cheiro que invadiu suas narinas, Wooyoung conhecia aquele cheiro. Odor de eucaliptos.

— Ele está aqui. San, eu já o vi antes.

— Fique calmo.

— Vejo que acordou, pequeno. — Wooyoung quis vomitar. — Se lembra de mim? — O homem dizia com um sorriso nos lábios. — A Lua estava realmente linda naquela noite, não acha? — Ele se aproximou, tocando o rosto do Jung que tentou impedir o ato, mas as correntes não permitiam. — Tão bela quanto você.

— Eu sou o único que pode lhe tocar assim. — O ômega podia sentir a raiva do lúpus.

Como se San soubesse exatamente o que estava acontecendo comigo. Podia ouvir o Choi gritar dentro de si. E num impulso ele cuspiu. Cuspiu com todo o seu ódio. O alfa cerrou os punhos, tentando se controlar.

— Bem ousado para um ômega, não acha? — Pronunciou após limpar o rosto.

Jung riu sem intenção. O que estava acontecendo?

— Me deixe tomar conta de você. — Novamente a voz do Choi ecoando por sua mente. — Me deixe entrar, príncipe. Eu o farei se arrepender. Se me permitir, ele nunca mais irá te machucar.

E Wooyoung o fez. Sentindo uma excitação correr por suas veias. Sua voz quis sair. E ela saiu.

— Não pense que vai escapar. Ele vai se soltar, e vai caçar você. Arrancará cada parte sua.

O alfa arregalou os olhos. Nunca havia visto nada igual.

— Como pode dizer isso? — Levantou o punho, sendo impedido pela fala do menor.

— Ele mesmo me falou. Acho que você deveria correr enquanto tem tempo.

As mãos do alfa apertaram o pescoço de Wooyoung, o asfixiando. As orbes do ômega mescladas entre o escarlate e o rosa.

— Ousa mesmo falar assim comigo? Você não tem medo?

Jung deu de ombros.

— Não. Mas você deveria ter. Não achou que iria desafiar um lúpus e sair impune dessa forma, achou? — O alfa engoliu em seco. — Está com medo? Porque no seu lugar eu teria, Jackson Wang.

O alfa cambaleou para trás. O sorriso nos lábios do ômega se alargando. Aquilo o irritou profundamente.

— Seu alfa está inconsciente. Ele não pode te salvar agora. Portanto, que tal brincarmos um pouco?

Os olhos do lúpus se abriram, evidenciando o escarlate que tomava conta de seus olhos. Os dois presentes na porta o encararam espantados. As correntes foram quebradas, como se Choi não tivesse feito nenhum esforço. O sorriso sádico se estabelecendo em sua face. San estalou os dedos vendo-os retrocederam. Estavam horrorizados.

— Vocês vão se arrepender profundamente por desafiarem um lúpus.

San rosnou, arremessando o alfa contra a parede enquanto o beta apenas o encarou assustado, se encolhendo e Choi se aproximou.

— Não, por favor. — Ele se ajoelhou, implorando por sua vida.

— Você é tão patético, Tsc! — O lúpus riu. — Essas correntes estão me incomodando. — Mirou os próprios pulsos, ainda presos pelo metal que arrebentara. O beta retirou as chaves de seu bolso de forma desastrosa. Suas mãos tremiam quando encaixou na fechadura, abrindo as correntes. — Obrigado. Agora corra até seu chefe, e diga a ele que está prestes a conhecer um verdadeiro lúpus.

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