Olá meus amores. Trouxe mais uma fic Abo para vocês. Já perceberam que amo esse tema né?  Espero que gostem
E dêem muito amor, a essa linda história.

Obrigada pela atenção amo vocês e boa leitura ♥︎

A aldeia estava agitada. Era início de Primavera. Os algas saiam nesta época do ano para caçar novas peles para seus ômegas, mas não apenas isso. Como uma velha tradição da vila do Norte, no primeiro dia de Primavera, era comum que os alfas levassem seus ômegas à floresta para verem as flores se abrirem. Era uma maravilhosa visão e um perfeito dia para se fazer pedidos de casamento ou agradar seu ômega. Muitos betas também iam por ver, estes sempre teriam que ter algum acompanhante. Nenhum ômega poderia sair sozinho. Isto nunca fora permitido e não seria de forma alguma, mas claro, sempre tem um ômega curioso que não pretende respeitar essa regra, e este era Jung Wooyoung. Um jovem bastante interessado em ver as flores da Primavera, e o pequeno ômega era ansioso demais para esperar por algum alfa, ansiava por esse dia desde seus 4 anos, além de que adorava provocar seu pai.

— Joong, vamos! — o menor chacoalhava os braços do amigo, vendo-o negar pela  terceira vez.

— Eu já disse, Wooyoung. Por mais que a ideia seja tentadora, eu não vou sair sozinho. Já pensou se nós perdemos? — encarou o ômega que mantinha o biquinho nos lábios, ainda com um olhar esperançoso .

— Não vai estar sozinho, eu vou estar com você! Vamos? — pediu de novo com a voz manhosa, olhando o de cabelos azulados, apenas revirar os olhos negando novamente. — Você é um chato! — bateu no ombro do amigo que nem sentiu. — Tudo bem — Cruzou os braços. — Eu vou sozinho.

— Se for eu vou contar para o Senhor Jung. — alertou o azulado.

— certo — suspirou derrotado. — Você ganhou.

Deixando o amigo pensar aquilo. A ideia de ser pego não estava em seus planos, pelo menos não até estar dentro da floresta. Seria tarde quando seu pai descobrisse. Não era proibido que o Jung levasse o ômega, afinal, também era um alfa, mas o Senhor apenas negou, deixando o menor furioso.

Jung não costumava ser um filho rebelde, mas desde a morte de sua mãe aos seus 15 anos havia mudado drasticamente. Ele sentia falta da mulher que lhe dera a vida, de seu carinho. As flores da Primavera sempre fora algo que sua mãe adorará. Todos os anos seus pais saiam para vê-las, Wooyoung nunca esquecerá do sorriso de sua mãe quando voltava para casa, e como falava sobre as plantas.

Por um lado entendia seu pai. Talvez fosse doloroso demais para o senhor Jung rever as flores. Mas Wooyoung estava determinado. Ele não desistiria.

Eram plenas 5 da manhã quando caminhou até a porta de sua casa na ponta dos pés para não acordar seu pai. O sol ainda não havia nascido. Era normal que as aldeias saíssem naquele horário, para que pudessem aproveitar bem o dia e voltar antes do Sol se pôr.

O cheiro do ômega se misturou dentre os diversos que saíam da aldeia. Jung usava um dos casacos de sua mãe para escapar do frio que fazia pela manhã. Era uma hora e meia de caminhada até a floresta, e já havia se passado cerca de 45 minutos desde sua saída. Seu pai provavelmente ainda não havia acordado. Seus pés estavam doloridos e, por mais que agora estivesse em seus dezessete anos, nunca havia andado tanto em toda sua vida . Observou muitos ômegas sendo carregados no colo, enquanto alguns betas pareciam não se importar.

Jung resmungava baixinho, mas não se arrependia. Quando finalmente chegaram a floresta, o ômega de cabelos rosados deu graças aos céus.

— Tomem cuidado ao entrarem na floresta! Eu sugiro que andemos em grupos de quatro pessoas. — um alfa dizia. — Não se separem de seus parceiros. Quando a Lua puder ser avistada, nos encontraremos aqui.

Os olhos do Jung se arregalaram. As pessoas começaram a entrar na floresta sem olhar para trás . E quando percebeu ele estava sozinho. Começou a seguir o último grupo sorrateiramente para não atrair a atenção deles, percebendo que um dos betas marcava as árvores com Sol's desenhados. Era o símbolo do Norte. Sua forma de localização para que não se perdessem. Outro beta deixava a cada cerca de um metro, pedras pintadas de azul para fazer a trilha, havia suas sacolas cheias delas. Quando o Sol se fez presente no meio do céu, ele presenciou as plantas se abrirem dando uma coloração incrível ao local .

𝙀𝙧𝙖 𝙢𝙖́𝙜𝙞𝙘𝙤…

Todas as Primaveras sua mãe o trazia uma flor diferente e lhe ensinava o nome dela. Se abaixou  para que tocasse em uma Margarida. As pétalas da flor eram tão macias. Fechou seus olhos e sentiu o odor divino da planta. Se levantou e caminhou na direção das Rosas, tomando cuidado para que não tocasse seus espinhos e ele sorriu satisfeito ao cheirá-las. Sua mãe sempre dizia que o cheiro das flores é melhor quando acabam de desabrochar, e agora ele podia finalmente concordar com isso .

Quando se levantou novamente para que fosse até as Tulipas, percebeu um homem fora da trilha, escorado em uma árvore, perto o suficiente para que notasse a aparência jovem do rapaz. Pele morena e cabelos drasticamente escuros. Suas pernas fraquejaram assim que observou as orbes Escarlate de seus olhos. O aroma de menta podia ser sentido mesmo estando longe. Aquilo não poderia estar acontecendo.

Cambaleou para trás, fazendo com que tropeçasse em um galho e caísse.. Seus olhos estavam arregalados e seu corpo em um completo estado de choque.

— 𝘕𝘢̃𝘰 𝘷𝘢́ 𝘴𝘰𝘻𝘪𝘯𝘩𝘰 𝘢̀ 𝘧𝘭𝘰𝘳𝘦𝘴𝘵𝘢. — 𝘚𝘶𝘢 𝘮𝘢̃𝘦 𝘭𝘩𝘦 𝘥𝘪𝘻𝘪𝘢.

— 𝘗𝘰𝘳 𝘲𝘶𝘦 𝘯𝘢̃𝘰, 𝘮𝘢𝘮𝘢̃𝘦? — 𝘰 𝘰̂𝘮𝘦𝘨𝘢 𝘦𝘯𝘤𝘢𝘳𝘢𝘷𝘢 𝘢 𝘮𝘶𝘭𝘩𝘦𝘳 𝘲𝘶𝘦 𝘢𝘤𝘢𝘳𝘪𝘤𝘪𝘢𝘷𝘢́ 𝘰𝘴 𝘤𝘢𝘣𝘦𝘭𝘰𝘴 𝘳𝘰𝘴𝘢𝘥𝘰𝘴 𝘥𝘰 𝘱𝘦𝘲𝘶𝘦𝘯𝘰.

— 𝘈𝘩 𝘶𝘮𝘢 𝘭𝘦𝘯𝘥𝘢, 𝘴𝘰𝘣𝘳𝘦 𝘢𝘭𝘧𝘢𝘴 𝘢𝘴𝘴𝘶𝘴𝘵𝘢𝘥𝘰𝘳𝘦𝘴. 𝘚𝘦𝘶𝘴 𝘤𝘢𝘣𝘦𝘭𝘰𝘴 𝘴𝘢̃𝘰 𝘮𝘢𝘪𝘴 𝘦𝘴𝘤𝘶𝘳𝘰𝘴 𝘲𝘶𝘦 𝘰𝘴 𝘥𝘦 𝘲𝘶𝘢𝘭𝘲𝘶𝘦𝘳 𝘰𝘶𝘵𝘳𝘰 𝘢𝘭𝘧𝘢, 𝘴𝘦𝘶𝘴 𝘰𝘭𝘩𝘰𝘴 𝘴𝘦 𝘵𝘰𝘳𝘯𝘢𝘮 𝘷𝘦𝘳𝘮𝘦𝘭𝘩𝘰𝘴 𝘲𝘶𝘢𝘯𝘥𝘰 𝘴𝘦𝘶 𝘭𝘰𝘣𝘰 𝘢𝘴𝘴𝘶𝘮𝘦 𝘰 𝘤𝘰𝘯𝘵𝘳𝘰𝘭𝘦. 𝘚𝘦𝘶 𝘤𝘩𝘦𝘪𝘳𝘰 𝘦́ 𝘧𝘰𝘳𝘵𝘦 𝘦 𝘦𝘭𝘦 𝘤𝘰𝘴𝘵𝘶𝘮𝘢 𝘤𝘰𝘯𝘴𝘦𝘨𝘶𝘪𝘳 𝘰 𝘱𝘰𝘥𝘦𝘳 𝘴𝘰𝘣𝘳𝘦 𝘲𝘶𝘢𝘭𝘲𝘶𝘦𝘳 𝘰𝘶𝘵𝘳𝘢 𝘤𝘳𝘪𝘢𝘵𝘶𝘳𝘢 𝘲𝘶𝘦 𝘴𝘦 𝘢𝘱𝘳𝘰𝘹𝘪𝘮𝘢. 𝘚𝘢̃𝘰 𝘤𝘩𝘢𝘮𝘢𝘥𝘰𝘴 𝘥𝘦 𝘢𝘭𝘧𝘢𝘴 𝘭𝘶́𝘱𝘶𝘴 𝘱𝘶𝘳𝘰, 𝘕𝘢̃𝘰 𝘲𝘶𝘦𝘳𝘪𝘢 𝘤𝘳𝘶𝘻𝘢𝘳 𝘤𝘰𝘮 𝘶𝘮 𝘴𝘰𝘻𝘪𝘯𝘩𝘰 𝘞𝘰𝘰𝘺.

— 𝘌𝘭𝘦𝘴 𝘱𝘢𝘳𝘦𝘤𝘦𝘮 𝘢𝘴𝘴𝘶𝘴𝘵𝘢𝘥𝘰𝘳𝘦𝘴. — 𝘰 𝘱𝘦𝘲𝘶𝘦𝘯𝘰 𝘑𝘶𝘯𝘨 𝘤𝘰𝘮𝘦𝘯𝘵𝘰𝘶. — 𝘔𝘢𝘴 𝘦́ 𝘢𝘱𝘦𝘯𝘢𝘴 𝘶𝘮𝘢 𝘭𝘦𝘯𝘥𝘢, 𝘤𝘦𝘳𝘵𝘰?

𝘈 𝘮𝘶𝘭𝘩𝘦𝘳 𝘢𝘴𝘴𝘦𝘯𝘵𝘪𝘶.

— 𝘈𝘨𝘰𝘳𝘢 𝘥𝘶𝘳𝘮𝘢, 𝘮𝘦𝘶 𝘣𝘦𝘮. 𝘈𝘮𝘢𝘯𝘩𝘢̃ 𝘵𝘦𝘳𝘦𝘮𝘰𝘴 𝘶𝘮 𝘥𝘪𝘢 𝘤𝘩𝘦𝘪𝘰. — 𝘥𝘦𝘪𝘹𝘰𝘶 𝘶𝘮 𝘣𝘦𝘪𝘫𝘰 𝘯𝘢 𝘤𝘢𝘣𝘦𝘤̧𝘢 𝘥𝘰 𝘨𝘢𝘳𝘰𝘵𝘰 𝘢𝘯𝘵𝘦𝘴 𝘥𝘦 𝘴𝘢𝘪𝘳 𝘥𝘰 𝘲𝘶𝘢𝘳𝘵𝘰.

Jung piscou…

Olhou para o local onde jurava ter visto o garoto mas não havia nada ali. Olhou para os lados, tentando avistar o grupo que seguia, mas não havia nenhum sinal deles. Foi então  que ele ouviu um rosnado, um rosnado alto. Olhou para trás. Seu corpo tremia. Outro alfa estava ali, seu cheiro estava mais forte que o de costume, totalmente diferente do que havia avistado segundos antes. Wooyoung tentou se levantar, mas o homem de meia idade avançou sobre si, fazendo-o bater a cabeça.

𝘛𝘶𝘥𝘰 ??𝘧𝘪𝘤𝘰𝘶 𝘦𝘴𝘤𝘶𝘳𝘰 .