𝙉𝙖̃𝙤 𝙚́ 𝙪𝙢 𝙖𝙙𝙚𝙪𝙨

Oi amores, voltei com mais um capítulo espero que tenham gostado do capítulo anterior amo vocês .

Boa leitura a todos!

Jung resmungou quando sentiu a claridade em contato com seus olhos. Sentando-se na cama confortável, sentindo a seda roçar na ponta de seus dedos. Só então pôde perceber que não usava vestes. O quarto onde se encontrava também era diferente. Um local tão branco que chegava a cegar-lhe. Observou quando a porta foi aberta, revelando um San de cabelos completamente bagunçados, seu cheiro denunciava a falta de banhos e as olheiras indicavam o já evidente cansaço. Choi estava repleto de culpa. Era isso o que sentia, e Wooyoung não saberia dizer o porquê.

O lúpus congelou ao perceber que o ômega o encarava. Jung estava bem ali, acordado, confuso. E naquele momento a felicidade se instalou em seu peito, a sensação de alívio e alegria o preencheu. Ele correu até a cama, tomando Wooyoung em um abraço caloroso.

— Você está bem? — Choi o mirou preocupado. — Sente alguma dor? Consegue ver bem?

Jung apenas fez uma careta pela confusão de emoções que captava.

— O que está acontecendo? — Perguntou, olhando em volta mais uma vez, logo identificando estava. — Por que eu estou em um hospital? E por que você parece tão aflito, San-ah?

Choi soltou o ar pesado, antes de sentar-se em uma ponta da cama, ao lado de Jung. Tomou fôlego para que pudesse prosseguir.

— Qual a última coisa que se lembra? — Indagou, percebendo a feição pensativa do menor.

— Eu estava em um lugar escuro... Haviam correntes... — O ômega franziu o cenho. — Você estava falando comigo. Mas não estava de fato. Eu não sei explicar. — Wooyoung fitou as próprias mãos, contrariado.

— Wooggie. — chamou o de cabelos avermelhados, que logo tornou com um olhar. — Não acho que você esteja preparado para ouvir isso... — Jung pode sentir a dor através do sorriso falso que San lhe dera, como se estivesse tentando amenizar a situação, sabendo que a notícia seria pior do que esperava. — Já fazem algumas semanas, na verdade. Você dormiu por um grande período de tempo por conta dos ferimentos. — O menor já avistava os olhos do lúpus se encheram de água. — Seonghwa e alguns alfas avançaram para o Sul na tentativa de nos salvar. — Choi passou a mão pelos cabelos escuros, melancólico. — Como pode ver, eles conseguiram.

Wooyoung só sentia a dor crescer.

— Fale logo. — Sua voz saiu embargada, denunciando o choro próximo.

— Mingi insistiu em ir junto. Segundo Seonghwa, havia algo importante que ele deveria fazer. Quando estávamos indo ao encontro dos outros,  um grupo de alfas nos atacou. Jackson tentou matar Seonghwa mas Mingi interveio e... — O alfa não precisou completar para que o Jung entendesse.

Ambos se juntaram em um abraço doloroso, compartilhando o pesar.

— Eu sinto muito, San-ah. — O ômega lamentou, apertando a cintura do lúpus que apenas assentiu.

E assim ficaram durante longos minutos, o silêncio naquele instante não importava. O momento foi quebrado ao ouvirem um pigarrear. San se afastou do menor, mirando a face pálida do ser de cabelos azulados escorado no batente da porta.

Durante aquele tempo Hongjoong tinha tentado ser forte, mas era aparente que suas tentativas foram falhas. Apenas noites e mais noites de choro fora o que o ômega conseguia.

— Vocês querem um tempo ou...

— Você pode ficar, San. — O Kim afirmou, caminhando em direção ao ômega e se sentou na cadeira presente perto da cama. Fitou as próprias mãos em um suspiro longo. — Creio que já tenha recebido a notícia. — Hongjoong não tinha coragem para encarar Wooyoung, sabia que o menor o observava. — Tem algo que Mingi queria que você soubesse. — Puxou uma pequena fotografia de seu bolso, a coloração mostrava que já era antiga. Entregou ao Jung, ainda evitando olhar em seus olhos. — É sobre sua mãe. — O ômega analisou a foto, vendo a Jung presente ali, carregando um bebê em seus braços, um homem abraçava seus ombros. — Eu sei que esse não é o melhor momento, mas ele queria que você soubesse logo.

San segurou a mão de Wooyoung, lhe passando confiança. O Kim finalmente tomou coragem para fitar aquelas belas orbes mistas de rosa e escarlate.

— Prossiga. — O lúpus pronunciou, vendo o outro assentir.

— Você não é filho único. Assim como eu não sou. — O ômega engoliu em seco. — Esse bebê na fotografia é o Mingi, e esse homem ao lado da sua mãe, o pai dele. — O Jung mantinha a feição inexpressiva, não sabendo o que deveria pensar. — Sua mãe era uma Song. Ela teve uma grande participação na associação secreta dos lúpus. Foi onde ela conheceu o pai de Mingi. Eles não eram apaixonados, não como ela era pelo seu pai, mas sua mãe passou o cio com o senhor Park, e então Mingi veio. — O Kim observou enquanto as lágrimas deixavam os olhos de Wooyoung. —Nesse mesmo ano a senhora Song conheceu seu pai. Eles tiveram um lindo romance. Ela não queria abandonar Mingi, então tentou ganhar a guarda dele, mas o senhor Park não deixou.

— Mingi era meu irmão? — A voz do Jung saiu quase inaudível, vendo o Kim concordar, deixando que mais lágrimas escapassem. É droga, era tanto que tinha a pensar naquele instante.

— Sua mãe foi vista de má forma pelos Song, e por conta do desgosto da família, eles a expulsaram. Foi assim que ela começou a conviver com seu pai, e você veio. — O ômega sentiu quando as costas de sua mão foram acariciadas pelo polegar do alfa. San se mantinha calado, com medo de dizer algo que não devesse, ele apenas puxou Jung de encontro ao seu peito, e vê-lo naquele estado era tão deprimente. Mirou Hongjoong para que prosseguisse. — Mingi nunca a culpou, Wooyoung. Também nunca odiou você. — O coração do Kim apertou ao ouvi-lo fungar. Jung apertou a camisa do lúpus. — Ele deixou algo para você. Disse que o destino de nosso povo depende disso. Está na cabana onde você e San passaram o cio. Sei que não é um bom momento agora... Mas... — O menor interveio.

— Cale a boca. — Wooyoung limpou as lágrimas do seu rosto, deixando ambos os lúpus perplexos. — Como você pode dizer isso tão naturalmente? Como pode agir como se você tivesse sido o menos afetado nisso tudo? — O Kim abriu a boca para contrariar, logo sendo impedido. — Nem ouse dizer que estou errado. Você sabe que é a verdade, Yay! Você pode chorar também. A fraqueza faz parte. — O Jung segurou as mãos do amigo, o abraçando. — Eu sei que vai ser difícil mas vamos superar isso, juntos.

O de cabelos azulados assentiu, mirando as belas orbes mescladas por alguns segundos antes de sorrir tristinho.

— Acho que você deve ir agora. — San se pronunciou. — Está tarde. — O Kim assentiu. — Se quiser posso levá-lo.

— Não é preciso. Seonghwa está me esperando lá fora. Vamos visitar Mingi ainda. — Hongjoong levantou-se, dirigindo-se à porta e antes de girar a maçaneta encarou novamente o casal. — Vocês vão ficar bem?

Wooyoung apenas assentiu, seguido de San. Jung observou quando a porta foi fechada e voltou a encarar o lúpus.

— Era isso que estava te incomodando tanto então? — O ômega arqueou as sobrancelhas.

— Você sentiu?

— Sim. Também senti sua culpa. — O de cabelos vermelhos observou Choi fitar os próprios pés.

A verdade era que aquilo estava a doer mais no alfa do que em Jung, e ele sabia disso.

— Eu tive uma visão. Mingi estava lá. Pensei que poderia salvar vocês dois. Baixei minha guarda apenas por alguns instantes... — A voz do maior falhou.

— A culpa não foi sua. — O Choi negou. — A culpa não foi sua, San-ah. — Wooyoung se pôs de joelhos, abraçando o lúpus que deitou a cabeça em seu peito. — Vai ficar tudo bem. — Acariciou os fios escuros do maior. — A culpa não foi sua. — Sussurrou por fim, deixando um beijo em sua cabeça.

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