𝙁𝙧𝙞𝙤

Oi amores, voltei com mais um capítulo espero que tenham gostado do capítulo anterior amo vocês .

Boa leitura a todos!

O ômega coçou seus olhos sonolento, percebendo que ainda não havia amanhecido, mas o ar gelado que passava pela janela aberta acabou lhe acordando. Ele andou até a mesma. Lembrava-se perfeitamente de tê-la fechado antes de se deitar. Quando se aproximou, sentiu a corrente de ar cercar seu corpo, o trazendo arrepios.

Olhou para o céu, iluminado apenas pela Lua. Era uma visão maravilhosa. Uma visão que poderia ter durado mais, se não tivesse sentido um cheiro completamente diferente, de eucaliptos. Seu olhar desceu lentamente, seu corpo tremeu quando encontrou os olhos dourados de um alfa, que o encarava, inspirando seu cheiro. Ele estava imóvel, quando percebeu o homem se afastando e então pulando em direção à janela, Jung tentou correr, mas seus braços foram agarrados e puxados para baixo, fazendo com que ele caísse e um grito fino escapou de sua garganta. Seu corpo inteiro doía pela queda, percebeu que seu abraço sangrava, se assustando por ter as unhas do alfa ainda cravadas em sua pele.

Sua boca foi tampada pela mão grande, o impedindo de gritar.

— Você é tão lindo. — o homem acariciou a bochecha do ômega com o polegar.

Jung sentiu seu rosto ser encharcado pelas próprias lágrimas. Implorando para o alfa com o olhar. Seu coração acelerado e seu corpo tremendo pelo medo, além de um braço dolorido pelo machucado recém feito.

— Não chore, pequeno. — o alfa sorriu sádico. — Vamos nos divertir muito.

— Não toque nele. — todos os pelos do seu corpo se arrepiaram, e Wooyoung sentiu-se seguro mesmo que o Choi usasse sua voz de alfa. Suas orbes escarlates denunciavam que seu lobo assumia o controle. — Te dou três segundos para se afastar. Um.

O outro alfa o olhava apavorado. Se levantando de cima do corpo do ômega e tropeçando em seus próprios pés.

— Dois.

E quando Jung piscou novamente, o homem havia sumido de sua vista. Choi correu em sua direção, o ajudando a levantar.

— Tudo bem? — encarou o pequeno ao que suas orbes voltavam à cor normal. — isso está feio. — disse ao olhar para o braço ensanguentado do ômega.

Novamente seus olhos tomaram o vermelho e sentiu seu sangue ferver. Choi queria caçar o alfa que lhe havia feito aquilo e o devolver em dobro, entretanto agora sua prioridade era o ômega assustado e trêmulo a sua frente. Choi o pegou no colo e o levou para dentro.

— Vai doer um pouco.

Ele passou o algodão com algum tipo de medicina - que o Jung não soube identificar - sobre os cortes, vendo o ômega grunhir e tentar puxar o braço de volta, mas o maior segurava seu pulso com força. Depois de limpar o ferimento, enrolou com a faixa nas partes onde estavam os cortes.

— Melhor? — perguntou por fim, vendo o outro assentir. — Você ainda está tremendo.

Seu olhar era preocupado. As orbes escarlates ainda presentes ali, alternando entre o castanho.

— Só estou com frio. — deu um sorriso singelo, se arrumando em sua cama e enrolando-se em suas cobertas.

— Você quer ajuda?

— Não, logo vou ficar bem.

Jung fechou seus olhos ouvindo os passos distantes. E assim que Choi se afastou o ambiente pareceu ainda mais frio. O menor se enrolou mais as suas duas cobertas e fechou os olhos, buscando qualquer resquício de sono.

— É provável que as noites passem a ser mais frias agora. Você vai precisar dele.

Wooyoung acompanhou o olhar de Yunho até ver que o mesmo olhava para San.

O ômega resmungou baixinho. Estava completamente gelado. Parecia que as cobertas não eram o suficiente e ele se xingou mentalmente por isso.

Por que Choi escolherá morar logo no alto da montanha? Sempre o lugar mais frio.

Wooyoung se enrolou em um de seus cobertores e praguejou ao sentir seus pés entrarem em contato com o chão. Não sabia onde havia deixado seus sapatos, tendo que andar descalço até o quarto ao lado. Assim que o ômega se aproximou da porta, tentando tomar coragem para bater, ela foi aberta. As orbes escarlates o encaravam e Wooyoung sentiu-se corar, abaixando o olhar, fitando os próprios pés com a ponta de seus dedos roxa pelo frio.

— E-eu... — O Jung subiu o olhar, percebendo que o alfa o encarava com a mesma feição, não demonstrando nenhuma expressão ali.

San deu espaço para que menor entrasse, e assim que o ômega fez, ouviu-se o baque forte da porta, fazendo Wooyoung se assustar. O ômega engatinhou na cama, se deitando ali. Não parecia tão confortável quanto a sua.

O alfa se aproximou, retirando a própria camisa e o Jung admirou silenciosamente cada gominho de seu abdômen.

Era a primeira vez que dormiria com outro alfa que não era seu pai.

Por mais que ele quisesse, não conseguia desviar o olhar. Quando percebeu, San sentou-se na beirada do móvel, dando a deixa para que o ômega despertasse de seu pequeno transe, se escondendo entre as cobertas tomado pelo vergonha.

— Juro que não estava olhando.

Ouviu San rir baixinho.

— Jurar em falso é feio, ômega. — O alfa puxou o pano, descobrindo o rosto do menor que apenas virou-se para o outro lado.

Choi puxou o pequeno corpo de encontro ao seu, enlaçando seus braços envolta de sua cintura e sentindo aquele cheiro maravilhoso de morangos com chantilly tão perto, o embriagando. Estava sendo tão difícil lutar contra seu lobo.

Jung fechou seus olhos, sentindo o corpo quente junto ao seu. Não demorou para que adormecesse.

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O alfa podia jurar estar enlouquecendo. Fazia semanas desde o sumiço de seu filho. Por que Jung Wooyoung não poderia simplesmente obedecê-lo? Ele sabia que havia chances de seu filho não estar mais vivo, porém sentiria se algo tivesse acontecido ao ômega, e estranhamente, o lobo de Boo-Hwa sentia-se tranquilo.

— Você promete lhe encontrar? —  o alfa indagou ao outro homem a sua frente que assentiu.

— Não voltarei até que isso aconteça, senhor Jung.

Park Seonghwa era o alfa mais conhecido da vila do Norte. Um dos melhores caçadores. Seu olfato era de se invejar por qualquer um e o maior era cobiçado por diversos ômegas. Não fora difícil para o Jung convencer o alfa a caçar seu filho, já que Seonghwa era um amigo próximo de Hongjoong , na verdade, fora o Kim quem dera a ideia de contratar o alfa.

Seonghwa saiu da casa dos Jung, carregando apenas um cachecol pertencente ao ômega. A floresta era perigosa, mas por Park Seonghwa ser um nômade, ele conhecia cada parte dela. Sempre fora um bom explorar desde pequeno.

Olhou para o Kim sentado na porta de sua casa e sorriu assim que o de cabelos negros o encarou.

— Está tudo bem. Eu vou encontrá-lo, ok? — O Kim assentiu.

— A culpa é minha. Eu devia ter ido com ele. — passou as mãos pelos fios macios, frustrado.

— Você não teve culpa, Joong. — tentou tranquilizar o ômega. — Talvez se você tivesse ido, os dois não estariam aqui agora. Imagina como seus pais se sentiriam se você sumisse?

— Promete que vai tomar cuidado? — o ômega o abraçou forte.

— Prometo. Eu voltarei logo. Você verá. — Park selou os lábios do ômega antes de soltá-lo.

Ele encontraria Jung Wooyoung custe o que custasse.

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Choi havia levantado mais cedo. Observou por longos minutos o ômega aconchegado em seu peito, com a respiração serena para por fim mirar a faixa em seu braço, coberta por algumas poucas manchas de sangue. Viu o menor abrir os olhos, sorrindo com a visão adorável que lhe era proporcionada, observando aqueles belos lábios carnudos balbuciarem coisas sem sentido por conta do sono.

— Eu preciso levantar, Sannie. — o menor reclamou e, só então o alfa percebeu que suas mãos apertavam a cintura de Jung com uma certa força, fazendo com que o mesmo resmungasse.

— Desculpe. — suas mãos abandonaram a pele aquecida e macia do ômega.

Wooyoung levantou-se ajeitando a blusa que vestia e fitou as próprias mãos.

— Obrigado por me ajudar.

Sorriu para o alfa que assentiu levantando-se também. Wooyoung caminhou até o banheiro e retirou a faixa de seu braço, surpreendendo-se ao notar os cortes quase cicatrizados. Como havia se curado tão rápido? Seus dedos passearam sobre as marcas procurando por qualquer resquício de dor. Nada.

— Certo... Isso é estranho. — Sussurrou para si e encarou seus fios vermelhos, notando suas pontas em um tom rosados, logo arregalando os olhos.

Wooyoung não demorou a abrir a torneira, jogando água em cima das pontas numa tentativa falha de expulsar a nova cor. Se olhou no espelho outra vez, os olhos agora tomados pelo rosa. Balançou a cabeça tentando afastar seu lobo.

— Você está bem, Wooyoung-ssi? — O alfa o encarou preocupado, franzindo o cenho quando notou a nova cor.

— Isso não é normal. — Encarou o maior. — Sannie-ah, o que está acontecendo?

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