𝙁𝙡𝙤𝙧𝙚𝙨

Oi amores, voltei com mais um capítulo espero que tenham gostado do capítulo anterior amo vocês .

Boa leitura a todos!

A noite havia chegado, Wooyoung encarava o Lúpus que afiava a ponta de sua lâmina. Seus braços possuíam alguns músculos que se destacavam e alguns pingos de suor que caiam, deixando o ar quente.

— Eu ainda não sei seu nome. — o alfa mirou o ômega que corara fortemente por ser pego em seu ato de observação.

— Jung Wooyoung. — fitou os próprios dedos, buscando voltar à coloração normal de suas bochechas. — E o seu?

— Choi San. — tornou a atenção a sua lâmina. —  Por que estava sozinho na floresta?

— Eu queria ver as flores. — O Jung explicou. — Minha mãe sempre foi admirada por elas até falecer. Queria me sentir mais perto dela.

— E deu certo? — O Choi indagou.

— Um pouco. Eu não tive tempo suficiente para explorar. — O alfa assentiu. — Por que você mora aqui?

San voltou a encará-lo, seu olhar mantinha-se manso.

— Fomos expulsos.

— Fomos? — Wooyoung recrutou confuso.

— Sim. Eu, minha família, e todos aqueles que nascem Lúpus. Somos um risco para a sociedade.

O ômega deu uma risadinha e aquilo, de certa forma, atingiu o maior.

— Você não parece ser um risco para a sociedade. — Sua face voltou a uma expressão séria. — Espera. Existem outros? — O olhou perplexo.

— Existem. Vários. A maioria morando em florestas, como eu, outros tem seu jeito de se infiltrar nas vilas e viver uma vida normal. Mas os ômegas lúpus não têm essa chance. — O alfa percebeu o olhar curioso de Wooyoung. — Quando nascem, suas famílias fogem. Afinal, se um ômega lúpus for descoberto, ele será vendido, e nenhum pai quer isso para seu filho. E respondendo sua afirmação, nem todos nos vêem assim, Jung. Na maioria das vezes eles têm medo de nós. Por isso nos querem longe.

— Mas vocês não são assustadores. — O ômega franziu o cenho.

— Você me pareceu bem assustado quando me viu.

O Jung se calou. Não tinha argumentos para aquela afirmação. Seus olhos já estavam pesados, e ele se enrolou mais no cobertor em que seu corpo se encontrava escondido.

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Quando San disse "Vamos dar um passeio" ele não tinha imaginado que iriam tão longe, mais especificamente, subindo a montanha. As pernas do Jung doíam mas ele não queria reclamar. Desistir seria idiota já que quando perguntou pela décima terceira vez se já estavam perto do local, o alfa o respondeu um "sim" singelo.

O de cabelos rosados deu graças aos céus quando percebeu o Choi parar. Fitou os próprios pés tentando recuperar o fôlego.

— Chegamos. — o lúpus pronunciou, vendo Wooyoung suspirar aliviado.

Assim que o ômega ergueu os olhos e presenciou a diversificação das cores de cada planta, ele se encontrou preso na paisagem maravilhosa a sua frente. Abriu a boca, contanto, nada saiu. Estava completamente chocado. Eram tantas flores que Jung não saberia indentificar. O cheiro forte de avelãs, misturado ao de café, atingiu seu olfato. Avistou um homem alto de cabelos loiros, que cheirava as flores. Seu aroma se misturava as plantas e podia alcançar suas narinas tão forte. Era um ômega. Um ômega lúpus.

— San! Que bom revê-lo! — o ômega abraçou o alfa que retribuiu com um sorriso. Wooyoung fez uma careta para os dois. — Quem é esse? — Observou o loiro caminhar em sua direção. — Adorei seu cabelo. — O abraçou e o Jung, meio sem jeito, o retribuiu. — Eu sou Jeong Yunho. É um prazer...

— Wooyoung. — O ômega foi seco. O Jeong riu deixando o outro confuso.

— Você vê isso? — Apontou para a marca em seu pescoço.
— Não pertence a ele. — tornou para o alfa, que encarava as plantas em uma expressão serena — Pode ficar tranquilo.

Yunho cruzou os braços, soltando um sorriso discreto.

— Wooyoung adora flores. Talvez você pudesse apresentar estas para ele. — O alfa se referiu ao campo.

— Sério? — O ômega mais baixo deu pulinhos.

— Jongho  está lá dentro. Não acho que vá querer ficar com a gente, certo? — O Jeong proferiu e o Choi assentiu, se dirigindo à cabana e o ômega voltou a fitar Jung. — Vamos?

Wooyoung concordou eufórico.

— Como você e San se conheceram? — A primeira pergunta viera em um ato repentino e curioso, embora não surpreenderá o mais velho.

— Oh, sim. É uma história engraçada, na verdade! — O Jeong se abaixou entre duas espécies de flores, tocando suas pétalas. — Há quatro anos quando estava passeando pela floresta. Eu era muito novo, tinha mais ou menos a sua idade. — O lúpus sorriu, se lembrando. — Eu acabei encontrando uns alfas na floresta. Era tempo de caça, mas eu não sabia disso. Foi quando ele apareceu. — Yunho juntou as mãos ao peito e suspirou apaixonado.

— O San — o outro ômega negou.

— Choi Jongho. Ele me apresentou ao outro Choi, aquele inquilino. — Fez uma careta. -
— Brigamos tanto que chegamos a quase nos matar. — O lúpus riu ao lembrar da vez em que puxava os cabelos de San com raiva. — Mas estamos bem hoje. Somos como irmãos.

Jung assentiu, dando uma risadinha pelo conto de Yunho.

— O que são? —  indicou uma flor de cor azul, suas pétalas eram diferentes, mas continha um aroma divino.

— Estas são as Centaureas. Elas significam sensibilidade. — Olhou para o outro ômega que admirava a flor. — E estas, — apontou para o outro lado onde havia outro tipo de flor. — são as Frésias. A calma e a essência da amizade.

— São lindas.

E assim se seguia. O lúpus apresentou cada uma das espécies presentes ali ao ômega, que ficou admirado com a beleza de cada uma. Agora o Jung encarava o homem alto e de cabelos Negros, sentado sobre o chão, enquanto seu ômega se encontrava na cozinha, preparando algo para que pudessem comer. Ele até se ofereceu para ajudar, mas Yunho queria fazer-lhe uma refeição por si, pois, segundo o Jeong era uma ótima maneira de causar uma boa impressão.

— Quando você partirá? — O alfa lhe encarou dos pés a cabeça, fazendo o Jung corar nervoso.

—  E-eu… San disse que me levaria de volta quando o período de caça passasse. — O Choi  assentiu. — Você também foi expulso? — Se atreveu a perguntar. A curiosidade sempre falava por si.

— Eu nasci na floresta. Minha mãe era uma lúpus.

— Deve ser legal ter uma ômega lúpus como mãe.

— Ela era um alfa lúpus, ômega.

Jung abaixou o olhar, levando as mãos até o rosto, sentindo suas bochechas doerem por tamanha vergonha.

— E como ela tem passado? — Tentou descontrair.

— Tem descansado bem em seu túmulo. — O Choi deu de ombros e o de cabelos vermelhos sentiu-se ainda mais envergonhado.

— Eu sinto muito.

Voltou a encarar o lago à sua frente, onde haviam várias flores lótus, trazendo uma paisagem divina, Wooyoung avistou outro tipo de flor na lateral, outra que não conhecia. Ela não possuía pétalas como as outras. Caminhou até a planta para que pudesse olhá-la melhor.

— NÃO TOQUE NESSA FLOR! — Ouviu o outro ômega gritar e se virou rapidamente, vendo o Jeong se aproximar. — Não acredito que ela finalmente nasceu. Não a vejo há quatro anos. — O lúpus olhava para a planta incrédulo. — Estas são Copos de Leite. São extremamente raras nessa região, costumam aparecer apenas quando o frio se aproxima. O que é estranho, pois estamos em plena primavera.

— O que isso quer dizer? — O Jung indagou confuso.

— É provável que as noites passem a ser mais frias agora. — Jeong mirou o alfa que agora falava com seu marido. — Você vai precisar dele.

Wooyoung acompanhou o olhar do mais velho até ver que o mesmo pairava sobre San.

— Definitivamente, não.

O Jeong riu.

— Você não terá muitas opções quando a noite chegar.

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